linest LiNest

Ele não iria se arrepender do destino que o aguardava após sua escolha porque seu único arrependimento foi ter botado os pés em Nevermind e conhecido Jungkook. (Fanfic escrita para o Desafio Amor de Frases)


Fanfiction Bandas/Cantantes Sólo para mayores de 18.

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Cuento corto
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Nosso crime

●Notas Iniciais○


Frase tema: "O amor nasce de pequenas coisas, vive delas e por elas às vezes morre" - Lord Byron


Avisos: Essa fic contém violência, um pouco de gore e o uso de religião como material fantástico e metafórico. Se qualquer uma dessas coisas te incomoda então não leia.


Primeiro quero agradecer a minha beta, Amanda, que salvou minha vida como sempre.


Uma nota interessante é que toda a fic foi baseada na música Jar of Hearts da Christina Perri, então recomendo ouvir ela para entender melhor e tmb algumas músicas do BTS são mencionadas na fic. Vamos ver quem pesca as referências menos óbvias d(*ゝωб*)


Espero que gostem!


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Já estava quase amanhecendo quando Jimin pousou nas antigas ruínas do templo de Nevermind, embora fosse difícil ter qualquer noção de tempo quando tudo o que existia agora era escuridão - o céu escuro com as nuvens roxas que haviam coberto a terra desde que a guerra havia começado.


Com cansaço, Jimin afastou o cabelo preto que caia sob os olhos e abaixou as asas douradas, as mesmas desaparecendo como pó de ouro atrás das suas costas, deixando a penumbra tomar conta do seu redor novamente. Não que precisasse de luz para enxergar seu caminho, ele conhecia bem aquele lugar.


Afinal, foi ali onde tudo começou.


Com passos decididos, Jimin subiu os degraus e entrou pelo o que outrora fora um arco imponente, mas que agora não eram nada mais do que dois pilares desiguais, as marcas de encantamentos poderosos como cicatrizes brancas na superfície das pedras. Nenhum poder emanava delas, aqueles círculos sendo apenas relíquias do passado, uma magia desgastada pelo tempo que fascinara um jovem Jimin. Ele costumava tentar ler as linhas apagadas, pequenos dedos traçando os padrões de letras dentro dos grandes círculos brancos, mas tudo o quê Jimin poderia entender eram os nomes de Binah, Gueburah e Hod porque aqueles eram os guias de Daydream, os presentes que J-Hope havia deixado para seu povo e que todo cidadão conhecia. Ver o nome das suas divindades marcadas nas pedras negras da terra proibida era como afrodisíaco para a curiosidade de Jimin, um mistério que precisava descobrir e assim, por tentação e teimosia, ele continuou visitando o templo mesmo sabendo que era um crime, mas ele ignorou esse detalhe porque, para um jovem e impulsivo Jimin, as leis dos anciões apenas pareciam correntes que o prendiam nas douradas paredes do castelo e, mesmo obediente, Jimin desejava mais do que o destino imposto a ele.


Mesmo com toda a sua determinação, foi difícil para Jimin conseguir fugir para a liberdade, sua família e reino uma barreira difícil de passar, não foi até alguns anos mais tarde que a oportunidade apareceu na forma de uma viagem dos seus pais que durou mais do que o necessário, já seus irmãos estavam muito distraídos para notá-lo - Namjoon com seus estudos e Taehyung com seu treino com os guardas - e assim o caminho estava livre para Jimin se aproximar dos estábulos e, com as mãos trêmulas, roubar um dos cavalos. Era a primeira vez que Jimin fez algo para si próprio, por vontade própria, e a sensação eufórica que ele sentiu no momento abafou a culpa e o medo permitindo que ele sentisse orgulho de si mesmo. Foi assim que Jimin cometeu seu crime. E ele não se arrependeu disso até que fosse tarde demais, até que fosse obrigado a encarar seus erros e seu egoísmo.


Calmamente ele andou pelos destroços de Nevermind, seus passos ecoando em um som metálico graças ao ferro da armadura, o barulho anunciando sua presença no silencioso santuário. Não que isso fosse uma preocupação, Jimin sabia muito bem que era aguardado e talvez estivesse sendo desde o começo daquela guerra, as aparições do seu inimigo sempre sendo reportadas nos campos mais afastados de onde Jimin estivesse lutando, o confronto sendo evitado até o último momento.


Em um primeiro instante, isso o havia enfurecido, a sede por vingança nublando seus pensamentos, mas foi também o tempo necessário para que fortalecesse sua convicção, permitindo para ele aceitar e ter a certeza de que, no momento crucial, teria coragem para fazer o sacrifício e salvar seu mundo. Aquele momento sendo agora. Ele subiu as escadas destruídas que davam para o topo do templo, pisando com segurança mesmo com a pouca firmeza da construção, não mais com medo de cair. O frio fúnebre do local parecia mais acentuado graças a longa escuridão, o sol não mais presente para deixar o ambiente menos sinistro e triste.


É melhor assim, Jimin pensou, ele não podia se permitir ser distraído pelas lembranças dos dias ensolarados que passou ali. Risos, brigas, lágrimas, um abraço, uma dança e um beijo, todos os momentos emoldurados e abençoados pela luz de Gueburah. Todos eles agora engolidos e destruídos pela raiva e decepção.


Foi preciso apenas alguns degraus para que Jimin chegasse no grande espaço aberto que outrora fora a moradia de um deus obscuro; um amplo espaço que já foi protegido por uma grande abóbada de rubi, mas que havia há muito tempo desmoronado junto com grande parte do templo, deixando todo o recinto descoberto e a mercê das forças da natureza. O vento e a chuva havia feito o trabalho de desgastar quase tudo, apagando as gravuras de tinta vermelha nas paredes, não restando nada além de um grande olho vermelho atrás do trono de pedra negra; rachaduras cobriam todo o local, mas diferentemente do restante do templo, grande parte das torres de sustentação e janelas estavam intactas e cobertas por jasmim estrela - as flores da trepadeira praticamente pintando de branco todo o lugar, se mesclando com as pequenas flores de álisso que brotaram do piso quebrado e impregnava o ar com a fragrância de mel. Tudo junto criava uma pintura de preto e branco, como uma miragem em uma terra desolada e morta. Era uma ilusão pela qual Jimin havia se apaixonado na primeira vez que viu assim como ele se apaixonou pelo homem sentado no trono a sua frente.


“Você finalmente chegou.” o homem disse e, mesmo depois de tudo, a voz forte e melódica enviou um arrepio pelo corpo de Jimin. “Levou mais tempo do que eu esperava. Muito ocupado com meus guerreiros, Wardianus?” zombou, o rosto fino e bonito apoiado no punho da mão direita humana enquanto as grandes e negras garras dragônicas da mão esquerda batiam com um suave click entediado no apoio do trono, o som soando alto no silêncio sepulcral, ele estava vestido com uma armadura negra, sua pele, branca como porcelana, a única coisa destoando do restante - Jimin tinha certeza que não o teria notado se não fosse por esse detalhe. Isso e os olhos de um vermelho intenso e sobrenatural.


Jimin não respondeu, ele apenas estendeu a mão enluvada e invocou a espada azul sagrada, Blue Side. Sua luz iluminando sua expressão que não demonstrava nenhum sentimento.


“Oh, não podemos jogar um pouco de conversa fora? Sem promessas e juras de amor? Nem um “eu senti sua falta, Jungkook”, pelos velhos tempos?” o homem zombou novamente, seus lábios finos se levantando em um sorriso de escárnio.


“Nós dois sabemos quem você realmente é. Agust D.” Jimin disse friamente, o nome da criatura deixando um gosto rançoso em sua boca. Ele abriu as asas, as lanças douradas e afiadas se espalhando atrás dele, Jimin agora um farol no meio da escuridão. “Você vai parar de falar e lutar, ou não tem confiança de que vai ganhar de mim? Já desistindo tão cedo?”


Com as palavras de Jimin, Agust D soltou uma risada suave e rouca, descruzando as longas pernas e se levantando.


“Nunca foi um desejo meu matá-lo, mas você escolheu seu destino ao se tornar o Wardianus e não me dá outra opção.” Agust D diz, sua risada se foi e ele o olha com frieza, toda a diversão sumindo da sua face. “As coisas poderiam ter sido tão diferentes para vocês se ele tivesse me escutado, pequenino.”


E Jimin tenciona assim que escuta o velho apelido, lembranças nadando em sua mente em um caleidoscópio de imagens, sons e cores.



Branco



“Você é tão mandão, mesmo sendo tão pequeno!” Jungkook resmungou, fazendo uma careta exasperada quando Jimin estendeu os livros na frente deles, desde que descobriu que o outro garoto não sabia ler, Jimin tomou para si a missão de ensiná-lo dizendo que era o mínimo que podia fazer depois que Jungkook o ajudou a descobrir muitos dos segredos do templo - o garoto mais novo tendo muito mais experiência com as ruínas do que ele por ter morado nelas a maior parte da vida.


“Primeiro, eu não sou pequeno, eu só sou um pouco atrasado no meu desenvolvimento.” Jimin diz orgulhosamente, repetindo as palavras de Namjoon, mas pareceram muito menos impressionante quando ditas por ele. “Segundo, sou tão mandão porque você é um pirralho cabeça dura!” Jimin repreendeu, estendendo o livro branco de leitura e ortografia para Jungkook. Aquele era o livro que a rainha sempre usou com ele e seus irmãos e Jimin tinha carinho especial pela sua praticidade divertida, era menos didática, sim, mas sem perder o objetivo de ensinar uma criança a ler e escrever, era um bom livro.


“Você só é chato.” Jungkook resmungou em resposta, mas pegou o livro branco de Jimin com cuidado, tentando não danificar o mesmo com suas garras, seu rosto suavizando em uma expressão curiosa.


“Eu não seria tão chato se você me escutasse, Jungkookie.”


“Sim, sim, pequenino. Tanto faz.”


“Eu não sou pequeno!” Jimin grita irritado, mas Jungkook não tem medo da ira de Jimin e apenas se esquiva do soco visando seu braço dracônico, rindo da careta do outro porque as bochechas rechonchudas e coradas faziam Jimin parecer adoravelmente fofo naquele momento. Mesmo quando ele estava com raiva.



Amarelo



“Hey, pequenino, você está atrasado hoje.” Jungkook diz em cumprimento quando Jimin entra pelo arco da grande sala e o garoto de cabelos rosados sente seu coração perder uma batida ao ver o rapaz mais alto.


Jungkook estava sentado desleixadamente no trono de pedra negra, o torso e braços fortes completamente descobertos e as pernas abertas, os músculos da coxa bem delineados pela calça preta que ele usava e seus olhos vermelhos brilhavam com diversão maliciosa, um sorriso de lobo em seu rosto. Com a luz forte do sol, tudo ao redor deles parecia pintado em amelo, tornando aquela visão em algo majestosamente pecaminoso. De repente, o ar parecia muito mais abafado e não por causa do calor insuportável do verão.


Com as bochechas queimando com vergonha, Jimin desvia o olhar e resmunga: “Não me chame assim, seu pirralho!”


Ele ainda se sente satisfeito quando escuta Jungkook rir.



Preto



“Eu não sei mais o que fazer, pequenino.” Jimin escuta Jungkook sussurrar, dedos longos da mão humana passando pelo seu cabelo rosa em uma carícia gentil.


Já fazia algum tempo que havia acordado, mas Jungkook não havia notado, então Jimin continuou quieto porque aquela uma das raras vezes que teve a chance de ouvir as preocupações que Jungkook escondia. Era difícil fazer o outro homem falar sobre o que estava sentindo ou pensando e Jimin tentava aproveitar ao máximo aqueles poucos momentos vulnerabilidade e confiança.


“Nunca deveria ter chegado tão longe, isso nunca deveria ter importado, mas agora ele está ligado demais.” Jungkook faz uma pausa e então solta um suspiro. Ele parece tão cansado, Jimin pensa e sente seu coração doer. “Não, não somente ele. Eu também. Esse é o problema.”


Jimin não entende o que aquilo deveria significar já que não sabe de quem ou sobre o quê Jungkook está exatamente falando, mas já faz algum tempo que seu amado vem agindo estranho. Ele parecia distante e quieto nos últimos meses, se silenciando durante as suas conversas e respondendo Jimin monossilabicamente, tornando o pouco tempo que eles conseguiam ficar juntos no templo em um constrangedor silêncio. Era pior do que quando Jimin o conheceu pela primeira vez e os dois eram muito novos; quando Jimin era alegremente extrovertido e insistente e a atitude ranzinza de Jungkook poderia ser desculpada pela timidez do mais novo. Agora tudo só parecia… Quebrado e isso assustava Jimin, o assustava muito. Engolindo a pergunta que ameaçava rasgar sua garganta, Jimin fechou os olhos e tentou fazer com que a dor em seu peito e a ansiedade que torcia suas entranhas sumissem.


E ele também chorou porque sabia na escuridão da noite Jungkook não veria as suas lágrimas.



Vermelho



Foi com horror que Jimin assistiu a cena a sua frente acontecer. Era quase como se tudo estivesse se movendo devagar, cada detalhe ampliado enquanto Jimin assistia as garras do braço esquerdo de Jungkook atravessarem o estômago do seu irmão, sangue e tripas espirrando na frente do rosto chocado de Jimin. Os olhos arregalados e dourados de Taehyung olharam em sua direção e Jimin pode ver quando o brilho neles desapareceu, sua mão afrouxando o aperto ao redor do machado, o encontro do metal com a grama e o corpo de seu irmão batendo em um baque surdo em cima das flores brancas de álisso acontecendo simultaneamente.


“Tae… Tae… Não pode… Isso... Não pode ser real.” Jimin sussurrou, ainda em completa descrença com o que estava acontecendo na sua frente. Era como se ele estivesse assistindo toda aquela cena sem realmente estar ali presente, se sentindo completamente desligado da situação e da sua mente, como se o Jimin que estava vendo o corpo estirado de Taehyung em sua frente fosse um Jimin completamente diferente daquele que estava falando porque sua boca se movia, mas não era ele mesmo dizendo aquelas palavras. “Isso não era para acontecer... Não era… Não era para ser assim.”


Não era para Taehyung estar ali.


Não era para ninguém descobrir que Jimin iria fugir com Jungkook aquela noite.


Ainda sem entender direito o que ele estava vendo e vivendo exatamente, Jimin ergueu a cabeça para olhar para Jungkook - ele estava de joelhos? Desde quando ele estava de joelhos? E por que ele não percebeu antes? - enquanto o homem mais alto se aproximava. O som dos passos das botas de couro pisando na grama soava muito alto nos ouvidos de Jimin, como um metrônomo marcando seus batimentos cardíacos, cada passo mais perto gerando um pulso mais forte do seu coração e a vontade de fugir era tão forte que Jimin podia sentir seu corpo tremendo com o esforço para se manter parado, sua mente gritando para ele se afastar, mas então a lembrança das garras atravessando Taehyung no meio piscava em sua cabeça e Jimin se sentia paralisado novamente. Jimin apenas reagiu quando sentiu a mão - a humana - de Jungkook tocar seu rosto. Ele tentou se afastar, mas Jungkook segurou seu rosto com força, soltando um “tsk” repreendedor enquanto o puxava para perto de si, o obrigando a olhar diretamente para ele, em seu olhos, um azul e o outro vermelho. Um com um brilho de desespero desolado e o outro com um brilho de louca alegria.


Foi então em choque que Jimin percebeu que aquele não poderia ser Jungkook. Aquele não era o Jungkook que ele conhecia e amava.


“Quem é você?” ele perguntou com a voz trêmula.


“Ah pequenino, não podes ser tão ingênuo.” o estranho disse, um sorriso de gentil complacência que pareceu errado no rosto fino e bonito de Jungkook. “Tenho certeza que os anciãos te ensinaram sobre mim.”


E Jimin assistiu aterrorizado enquanto grandes asas de borboleta brotaram em suas costa - elas tinham o formato de asas de uma borboleta birdwing, mas o padrão de cores eram em púrpura, dourado e vermelho e elas pareciam emanar uma singela fumaça preta. E então, como em um pesadelo, as grandes asas se estenderam sobre os dois, como se os escondendo do resto do universo, e Jimin chorou ao assistir as marcas que eram desenhadas em linhas vermelhas de sangue na testa de Jungkook.


Agust D, elas escreveram na antiga língua dos deuses.


“Por quê?” Jimin perguntou antes mesmo de ter noção do que estava fazendo, a voz sufocada com o terror que ele sentia. Tudo parecia frio, mas o toque de Jungkook - não, não de Jungkook, de Agust D - era especialmente congelante.


O silêncio logo após a pergunta ser feita pareceu durar anos, apesar de ter durado apenas alguns minutos, e então o deus soltou Jimin, permitindo que o mesmo se afastasse enquanto voltava a ficar de pé, suas grandes asas brilhando na luz da lua.


“Por ele. Sempre por ele.” Agust D respondeu encarando um Jimin encolhido e trêmulo, olhos bicolores completamente vazios, embora uma lágrima tenha escorrido pelo lado direito de sua face, caindo do seu olho azul. “Adeus, pequenino.” disse e então se foi, asas batendo em um impulso que arrancou flores brancas do solo enquanto o deus alçava voo.


Foi somente então que Jimin gritou.



Roxo



Tudo aconteceu em um borrão depois disso.


Jimin não registrou muito desde o momento que ele saiu do templo carregando o corpo de Taehyung. Ele se lembrou dos gritos dos guardas o levando até seus pais, das lágrimas da rainha, da raiva no rosto do rei, do choque desolado de Namjoon e do interrogatório dos anciões, mas era tudo como um grande quebra-cabeça onde muitas peças faltavam e Jimin não tinha realmente vontade de montá-lo. Ele apenas deitou na cela da torre mais alta do castelo onde havia sido preso e olhou para o céu, observando as nuvens roxas lentamente se formando nas terras distantes do norte. Era um anúncio claro de guerra e Jimin se perguntou quanto tempo levaria até seu pai montar seu exército.


Levou trinta dias antes que Jimin fosse solto. Taehyung já havia sido enterrado.


No mesmo dia em que ele foi permitido entrar novamente no castelo, seu pai o chamou até o grande templo de J-Hope e lhe deu um tapa forte o bastante para arrancar sangue.


“Eu espero que você esteja feliz com o que resultou dos seus atos estúpidos.” gritou e Jimin pode ver nos olhos dourados e frios do rei que ele apenas não estava morto por ter a mesma linhagem daquele homem porque, se dependesse de seu pai, ele não estaria ali. “Eu espero que você não apareça na minha frente até ter se tornado um homem, Jimin.”


E com essas palavras, o rei saiu do templo deixando Jimin sozinho com uma bochecha pulsando e um lábio cortado. Ele então olhou para cima, para a grande estátua de ouro branco de J-Hope e seu rosto sempre sorridente que o assistia com tristeza.


Com carinho letárgico, Jimin se lembrou quando ele e Taehyung estavam sentados ali, no dourado chão do templo, cadernos em seus colos e tintas em seus pequenos dedos enquanto tentavam pintar cada um o quadro da grande estátua.




“Ele parece triste.” disse Taehyung, olhando atentamente para o rosto do deus.


“Quem? J-Hope?” perguntou Jimin distraidamente.


“Sim. Você não acha que ele parece triste.?” Taehyung questionou seu irmão, o olhando com seriedade.


“Eu não sei.” Jimin fez uma careta pensativa enquanto encarava o sorriso da estátua. “Ele só parece… normal para mim.” deu de ombros sem achar uma resposta melhor. Ele nunca foi do tipo que se interessou em analisar os sentimentos passados por estátuas, essa era uma coisa do Taehyung, assim como livros eram uma coisa do Namjoon. Jimin sempre se deu melhor com a dança.


“Hmmm, eu ainda acho que ele parece triste.” disse Taehyung decidido e Jimin revirou os olhos com diversão, não era como se esperasse que seu irmão mudasse seu ponto de vista. Quando Taehyung colocava uma ideia na cabeça, era difícil tira-la de lá.


“Se você diz.” Jimin cedeu e voltou a pintar. Ele realmente não era um grande fã da atividade, nunca havia desenvolvido muita habilidade em desenhar, mas ele gostava de passar o tempo com Taehyung, então apenas ia junto com seu irmão sempre que o mesmo o chamava para uma das suas “viagens artísticas”, como orgulhosamente chamava.


Eles ficaram em silêncio confortável e pacífico até que Taehyung cutucasse Jimin, chamando sua atenção, pedindo para o irmão se aproximar com um balançar de mão ansioso. Confuso, Jimin se chegou mais e permitiu que Taehyung agarrasse seu braço antes de aproximar a boca da sua orelha. A ação o confundiu porque não era realmente necessário tanta cautela, ninguém além deles estava no templo naquela hora da tarde, mas Jimin havia aprendido há muito tempo atrás a não questionar Taehyung e suas estranhezas.


“Eu ouvi uma vez que Hobi tinha um amante secreto chamado Suga.” Taehyung sussurrou como se fosse um segredo. “Mas que eles nunca puderam ficar juntos porque Hobi apenas nos amava demais e decidiu se sacrificar pelo nosso bem.”


“Amante? Suga? Nunca ouvi falar disso.” Jimin resmungou, se afastando do irmão e ignorando o “shh” repreendedor que o garoto fez. “E J-Hope era um deus puro lembra? Isso deve ter sido mentira. E você tem que parar de ficar chamando J-Hope de Hobi, é blasfémia!”


“Eu não acho que foi, eu confio em Jin-hyung.” Taehyung disse teimosamente e Jimin fez uma careta ao saber o contador daquela mentira. Ele nunca gostou muito de Jin, não conseguindo confiar no mago apesar dele ser um bom amigo de Namjoon e Jimin sempre confiar no seu irmão mais velho. Ele só sabia que havia algo de errado com Jin. “E Hobi é um nome melhor também.”


Não querendo discutir, Jimin só balançou a cabeça negativamente e suspirou, imitando Namjoon sempre que ele estava exasperado com os seus irmãos mais novos. “Você é impossível, Tae.”


“Você que é!” disse contrariado e então colocou os dedos no pote de tinta roxa, jogando no rosto de Jimin. Taehyung gargalhou com o olhar chocado do garoto menor.


“Seu idiota! Você vai ver só!” Jimin gritou pegando um dos potes de tinta e correndo atrás de Taehyung que já havia se levantado para fugir da represália.


Eles então começaram uma guerra de tinta dentro do templo, ganhando um castigo por cinco meses pela travessura.




Com um sorriso aguado, Jimin toca o pé da grande estátua e faz uma prece silenciosa pedindo forças - ele não tinha direito de pedir nada mais - e então se vira, indo em direção à saída do templo. Ele tinha uma vingança para orquestrar.


“Namjoon, convoque o Grã-Sacerdote. Eu estou pronto.” é o que Jimin anuncia quando Namjoon pergunta o motivo da sua visita em sua sala de estudos.


“Mas Jimin-” Namjoon começa a dizer já se levantando em protesto, mas Jimin estende uma mão na sua frente em um sinal de pare e acena negativamente.


“Não, Namjoon! Apenas… Apenas faça o que eu pedi. Por favor.” Jimin implorou olhando para o mais velho em uma súplica por compreensão sem questionamentos.


Uma das melhores qualidades de Namjoon sempre foi como ele conseguia ler e entender as pessoas e, como Jimin esperava, seu irmão procurou em seu rosto a verdade da sua escolha e quando a encontrou ele acenou afirmativamente. Era por isso que Jimin sabia que Namjoon seria um grande rei.


“Eu só espero que você não se arrependa, Jimin.” Namjoon diz, seu olhar preocupado e gentil fazia a pele de Jimin coçar com raiva, mas ele apenas sorri para seu irmão mais velho, tentando tranquiliza-lo.


“Eu não irei.” Jimin promete e ele estava falando a verdade.


Ele não iria se arrepender do destino que o aguardava após sua escolha porque seu único arrependimento foi ter botado os pés em Nevermind e conhecido Jungkook.



▼▼



Como se recebesse um soco, Jimin sentiu sua mente voltar para o presente.


Sobrecarregado, ele fechou os olhos com força, tentando controlar a espiral de emoções que estava ameaçando dominá-lo e, por um segundo, as asas em suas costas ameaçaram desaparecer e a luz de Blue Side piscou, mas a ardência das lágrimas não derramadas o trazem de volta para a realidade e Jimin força sua mente a ficar em branco, todos os pensamentos sendo abafados e desaparecendo por detrás de uma cortina branca de calma muito bem praticada. Quando Jimin abre seus olhos novamente tudo o que existe nas orbes douradas é o puro ódio vazio.


“Você fala demais, Traître.” Jimin cospe com desprezo, sentindo um leve orgulho com a raiva que brilha nos olhos vermelhos de Agust D antes do desprezo tomar conta novamente.


“Traître, hein? Pelo jeito os anciãos te ensinaram muito bem, Wardianus.” com um balançar da mão direita, Agust D invoca a lendária First Love, sua famosa kusarigama, a corrente da arma se enrolando em seu antebraço e a grande foice da cor vermelho sangue flutuando ao seu lado. Ele então abre as suas grandes asas de borboleta, os padrões em púrpura, dourado e vermelho tão familiares mesmo que Jimin só as houvesse visto uma vez.


Ele nunca poderia esquecer.


E ali, em sua frente, Agust D é como uma bela visão da morte, o deus caído e amaldiçoado das lendas. “Vamos pequenino, vamos terminar com isso.”


Assim começa. Em um movimento rápido, Jimin se desvia do borrão vermelho da kusarigama e então, em seguida, fecha suas asas ao redor do seu corpo para se defender do soco inumanamente forte da mão dracônica de Agust D, o impacto violento fazendo com que as lanças douradas rangem ao absorvê-lo. Jimin então posiciona sua espada para o ataque antes de abrir as asas, empurrando o deus para longe de si e se lançando para frente com um bater forte de suas asas, lanças clicando umas nas outras. Ele está pronto para acertar o seu oponente, mas Agust D desvia facilmente em um salto, voando para o outro lado da sala, distante de Jimin.


“Você melhorou, eu vejo.” o deus resmunga, mas Jimin não poupa tempo para suas palavras, impulsionando o corpo para cima, subindo rapidamente no ar antes de descer em ataque e, assim como ele imaginou que aconteceria, Agust D usa sua kusarigama para tentar agarrar sua espada, mas ele desloca uma das lanças de sua asa para bater na corrente e prendê-la na grama abaixo deles, prendendo assim Agust D no lugar e levantando sua espada. Jimin se posiciona então para cortar aquele corpo ao meio, mas um escudo dourado é invocado quando Agust D estende a mão dracônica e Blue Side se choca contra ele em uma explosão de energia que joga o corpo de Jimin para longe, batendo em uma das colunas da sala do trono, cacos de rochas negra explodindo ao seu redor, a estrutura frágil desmoronando com a força do impacto. Ele tosse com a nuvem de poeira que o rodeia, ele sabe que se não fosse pela forte armadura e as asas, ele já teria quebrado todos seus ossos, talvez até mesmo explodido com o impacto.


“Eu não tenho tempo para brincadeiras” Agust D diz, sua voz agora era fria e os olhos vermelhos focados em Jimin. “Nunca foi meu plano o envolver, mas eu não vou esperar outra oportunidade para ter Hoseok de volta. Você vai morrer aqui, pequenino.”


Jimin não tem muito tempo antes de abaixar o corpo assim que o deus termina de falar, a explosão da foice batendo contra a parede jogando grandes pedaços de pedra negra ao redor do corpo encolhido de Jimin. Ele então nota com alarme que algumas das pedras foram derretidas no chão e, olhando para o local onde a foice ainda estava fincada e Jimin assiste chocado enquanto lava escorre lentamente da fissura, o metal da foice pulsando em vermelho brasa. Ele rapidamente tenta se afastar, mas assim que ele se move Agust D aparece, o agarrando pelo pescoço e batendo suas costas na parede, o prendendo ao lado da kusarigama ardente. Jimin tenta então usar a sua espada, mas Agust D é rápido em arrancá-la de suas mãos, a jogando para longe e então, antes que Jimin possa usar as lanças das suas asas, Agust D usa a mão dracônica para arrancar o mecanismo nas costas da armadura, as asas douradas desaparecendo como pó e é com terror que Jimin percebe que não há mais nada que ele possa fazer, ele está completamente indefeso.


Seu terror deve ser aparente porque Agust D lhe dá um pequeno sorriso benevolente, até mesmo gentil enquanto ele puxa First Love da parede e a aponta para Jimin, só o calor do metal sendo suficiente para sentir a pele do seu pescoço queimar.


“Eu gostaria que fosse diferente.” o deus diz e realmente parece sincero. É com crescente resignação aterrorizada que Jimin tem a realização que ele falhou, que permitiu a morte de milhões graças ao seu erro, seu crime, e que nunca poderia se redimir porque Jimin era o culpado pelo fim do mundo e ele não salvaria ninguém.


Me desculpe Tae, pensa Jimin fechando os olhos, lágrimas de desespero caindo pelo seu rosto, e faz uma oração para J-Hope implorando perdão mesmo que não mereça, mesmo que fosse egoísta. E ele está pronto para morrer quando Agust D solta um grito agonizante e Jimin sente o aperto sufocante em seu pescoço afrouxar, seu corpo caindo como uma boneca de pano no chão. Assustado, ele olha para cima e assiste enquanto Agust D segura a cabeça em suas mãos, o rosto contorcido em dor.


“Não… N-não!” ele grita, olhos apertados com força enquanto puxava seus cabelos em desespero. Jimin estremece quando nota o filete de sangue escorrendo pelo lado esquerdo do rosto do deus, suas garras puxando mais do que só o cabelo.


“Você não pode, não agora, não quando-” ele se interrompe em um grito antes de abrir os olhos e olhar em sua direção. Jimin quase engasga com o soluço chocado que solta quando olhos de um azul elétrico miram os seus, suas memórias sobre Jungkook batendo nele como uma onda gelada o engolindo em um vasto mar azul, o afogando nas lembranças: um menino alto com um olhar feroz e uma língua afiada, mas mãos trêmulas quando o conheceu; um belo e tímido garoto que ele ensinou a ler e escrever e aprendeu a como fazer rir; o homem que ele tanto amou, o mesmo homem que destruiu seu mundo e agora aparecia após Jimin já ter aprendido a esquecê-lo.


“Jun-Jungkook?”


“Ra...Rápido… Não… Tempo...”


Com olhos arregalados, Jimin encara Jungkook, não encontrando nada além de determinação ali, ele então entende o que o outro homem está pedindo e sente seu coração, que tão arduamente aprendeu a ignorar, quebrando mais uma vez. Jimin não protesta, ele se levanta com pernas trêmulas e corre até Blue Side, a pegando com um aperto firme no punho dourado e então se vira olhando novamente para Jungkook - ele parecia cansado, como se apenas desejasse poder ceder e se curvar sobre si mesmo, mas a determinação ainda era firme em seus olhos azuis, mesmo com o vermelho ameaçando tomar o controle.


“Faça!” Jungkook grita e Jimin acena afirmativamente.


Eles não tinham mais tempo.


Beati illi, quos reperiet in tuis sanctissimis voluntatibus, quia secunda mors non faciet eis malum.” Jimin cantarola a prece, sua voz um choro triste, e então, em um ataque certeiro, finca a lâmina iluminada no peito de Jungkook, observando com doloroso remorso o sangue escorrer pelo punho da espada até tocar seus dedos enluvados.


“Jim…Jimin.” Jungkook o chama, sua voz fraca arrancando Jimin do seu lamento e o fazendo olhar para cima assustado porque ele esperava que Jungkook já estivesse morto - tinha certeza que havia o acertado no coração. Ele pisca várias vezes até limpar sua vista nublada pelas lágrimas e conseguir enxergar o rosto pálido de Jungkook e seu sorriso orgulhoso.


“Não… Não…” Jimin soluça, abraçando o corpo flácido do homem mais alto, enquanto ambos caem no chão de joelhos.


"Perdão, Jimin, perdão.” Jungkook implora, sua voz soando cada vez mais fraca com cada palavra, virando a cabeça, ele aproxima sua boca da orelha de Jimin até que seus lábios gélidos a tocassem e, com suas últimas forças, murmurou: “Sarang.... hae… Jiminie”.


E então Jungkook ficou completamente em silêncio, seu corpo desfalecido nos braços de Jimin e em desespero agoniante ele lembra a primeira vez que aquele homem havia lhe dito essas palavras.



Verde



Havia sido difícil escapar do castelo depois do casamento de Namjoon e Hwasa, Jimin teve que esperar até muito mais tarde naquela noite, quando o casal já havia sido levado para o palácio nupcial pelos anciões e a maioria dos convidados já houvessem se ausentado das festivações ou estivessem bêbados demais para notar ele saindo. Depois de anos fugindo das muralhas e despistando os guardas, Jimin se considerava muito bom em ser furtivo.


Ele atravessou correndo o arco para dentro da sala do trono e pulou nos braços de um Jungkook surpreso.


“Você conseguiu!”


“É claro que eu consegui! Sou um profissional.” Jimin brincou e os dois riram, suas testas encostadas uma na outra, mas então Jimin se afastou rapidamente para confusão de Jungkook.


“O qu-


“E-eu tenho um presente.”


“Oh, é mesmo? Qual?” Jungkook perguntou, olhos azuis brilhando com curiosidade agora que a preocupação de que algo estava errado havia sido descartada. Respirando fundo, Jimin sentiu suas mãos tremerem enquanto ele segurava o rosto de Jungkook e usava as pontas dos pés para ficar um pouco mais alto - maldito seja aquele belo garoto e a sua irritante altura - e então, antes que ele perdesse a coragem, Jimin beija Jungkook.


Ele não faz ideia do que está fazendo, Jimin nunca havia beijado ninguém antes e a falta de resposta inicial de Jungkook é desmotivante, mas então ele sente garras segurarem sua cintura gentilmente e a mão humana de Jungkook tocar seu rosto enquanto lábios macios se começam a se mover desajeitadamente junto com os seus.


Eles continuaram se beijando até que o ar se fizesse necessário e ambos se afastasse para recuperar o folêgo.


“Feliz aniversário.” Jimin diz ofegante e sorri para Jungkook, mas seu sorriso diminui ligeiramente quando Jungkook continua em silêncio, o olhando de um jeito estranho. De repente a ansiedade o domina, ele sabia que era uma ideia idiota. “F-foi ruim?”


“Não!” Jungkook grita, como se assustado que Jimin se afastasse, e então, limpando a garganta, Jungkook confessa timidamente, as bochechas coradas com vergonha. “É só que esse foi meu primeiro beijo.”


“F-foi o meu também.” Jimin diz, se sentindo aliviado ao saber que não havia feito nada de errado. E então ele percebe que Jungkook nunca esteve com mais ninguém além dele e parece que o outro homem chega à mesma conclusão porque sua timidez some dando lugar a um sorriso orgulhoso.


“Sério?” Jungkook pergunta em sussurro enquanto aproximava o rosto de Jimin. Rindo, o homem mais baixo também se aproxima com um sorriso malicioso e divertido.


“Sério.” Jimin diz e então ri quando Jungkook o beija.


Eles passam mais alguns minutos explorando a boca um do outro e aprendendo qual ângulo é melhor e mais confortável para eles até que Jungkook termina o beijo abruptamente e sorri com alegria quase infantil para um Jimin confuso.


“Vamos dançar! Eu nunca dancei com você antes também.” Jungkook diz soltando uma risada eufórica enquanto puxava Jimin com ele para o centro da sala, ambos sendo iluminados pela luz da lua cheia.


“Eu dancei praticamente por horas já.” Jimin choraminga cansado, mas ele não protesta quando Jungkook coloca o braço humano ao redor da sua cintura e segura a sua mão em um aperto cuidadoso com suas garras. Eles se encaram por um segundo, olhos dourados e azuis presos um no outro em expectativa até que Jungkook se movimenta e Jimin o segue, permitindo ser conduzido em uma dança sem música. É um pouco desajeitado, mas Jimin não se importa, não quando Jungkook sorri e olha para ele como se Jimin fosse todo o seu mundo.


“Saranghae Jiminie.” Jungkook sussurra no pé da sua orelha antes de o conduzir em um giro e então apenas existe ele e Jungkook brilhando em prata lunar - o cheiro de mel das flores ao redor deles tornando tudo em um sonho inebriante aos olhos de Jimin.


Mas era real.


Jungkook era real.



▼▼



“Não.” Jimin sussurra, mirando desesperado o grande olho vermelho em sua frente, não registrando a ironia da situação enquanto seus pensamentos entravam em uma espiral caótica de sofrimento. “Você não pode fazer isso comigo, Jungkook, não pode!” gritou, se agarrando ao corpo morto em seus braços enquanto chorava.


Acima deles o céu outrora escuro com a promessa de destruição estava se abrindo para um céu ainda escuro, mas dessa vez graças as nuvens cinzentas da chuva que cai em gotas pesadas sob o mundo, como se lavando toda a sujeira e purificando todo o mal restante. Sem o véu escuro que havia coberto a terra, todo o espaço na grande e abandonada Nevermind era agora visível, fazendo com que tudo parecesse mais claro. Esperançoso.



Jimin havia ganhado e expurgado seu pecado, mas o gosto da vitória não era doce.



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○Notas Finais●


E aqui estou eu novamente com uma fic gigantesca lol e olha que só não passou dos 6k por muito pouco viu? E deuses não sei no que eu sou pior, escrever cenas de luta ou criar um universo usando músicas do BTS. Eu ficava rindo de mim mesma, mas confesso que adorei tornar o Hoseok e o Yoongi deuses e suas músicas em armas místicas, afinal meu sonho é a BigHit fazer um rpg do BTS. Mas enfim, vamos explicar algumas coisinhas.


O nome desse AU é So Far Away e basicamente é um mundo de fantasia medieval com tecnologia futuristica, Jar of Hearts é um final alternativo desse AU onde tudo deu errado porque, na verdade, eu pretendo escrever mais sobre ele no futuro já que acabou ficando bem mais complexo do que eu planejei. Uma curiosidade é que originalmente essa fic se passaria em um AU Steampunk, mas o plot acabou saindo dos trilhos na hora da criação.


Dicionário básico e algumas curiosidades:


Saranghae: Eu te amo em coreano

-ssi - é um honorifico formal usado com pessoas mais velhas, ele é um pouco menos formal do que hyung


Wardianus - significa guardião em latim


Traîte - significa traidor em francês, eu queria usar o latim, mas só era muito parecido com como é escrito em português então usei outra lingua mesmo


Binah, Gueburah e Hod são 3 sephirah da Árvore da Vida na cabala


A prece que o Jimin faz no final foi retirado do Laudato si' e significa "Bem aventurados aqueles que cumpriram a tua santíssima vontade porque a segunda morte não lhes fará mal" eu usei esse trecho por fazer bastante sentido no contexto da cena na fic.


E bom, é isso gente, espero que tenham gostado e se divertido. Amei muito escrever essa fic e participar do desafio (*⌒∇⌒*)


Comentários e criticas construtivas são sempre bem vindos~

20 de Junio de 2018 a las 03:00 3 Reporte Insertar Seguir historia
3
Fin

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LiNest Meu nome é Aline, também conhecida como Linest e eu estou realmente feliz por poder compartilhar meu trabalho com tanta gente agora!!! Você só precisa saber 3 fatos sobre mim: Amo Angst. Sou Nerd. Sou Army.

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Maira  Pareja Maira Pareja
Mi comentario es el más corto que hay hasta el momento pero digo que muy salido de lo normal porque es diferente hasta el hyung fue eliminado aquí y solo quedo el ssi .Maravilloso
August 28, 2019, 14:57
Inkspired Brasil Inkspired Brasil
Ain cara que história de tirar o fôlego do início ao fim. E acaba que é maior história linda de amor cara, tipo o Jungkook e o Jimin maior hino, o amor deles era lindo puro, sabe? Mas é igual a vida real, tem que ter algum fdp para estragar com tudo, ain meu coração. Quando o Taehyung morreu esmagado pela garra, meu mundo desmoronou sabe, tava tudo tão doce. Depois o pai do Jimin falando para ele voltar só quando fosse um homem, cara quis o abraçar e dizer bebê vai ficar tudo bem, mas meu sexto sentido sabia que só estava por começar. Mas aí a cena de ação começou e parei de respirar na hora, meu deus o mundo vai acabar, já invoquei todos os deuses aqui e gritei. Cara me lembrou muito Cdz, e o Jungkook é o meu Shun, na saga de Hades. Foi espetacular essa cena, digna de um livro maravilhoso de fantasia. E esse também foi o maior problema da história; você nos inseriu num mundo de fantasia, entrando não explicou como ele funcionava e quem eram os personagens e sua função naquele universo. Você criou um mundo de fantasia simples, porém não sabemos quase nada sobre ele. Se tivesse feito crossover com alguma obra já existente (usando os personagens naquele universo), aí essa explicação não seria necessária porque o próprio fandom já nos diria o essencial sobre quem são os Wardianos e por que eles existem, por exemplo. Mas tirando isso, você está de parabéns! Obrigada po ter participado do desafio.
June 29, 2018, 06:50

  • LiNest LiNest
    Awn eu fico feliz que vc tenha gostado tanto, eu apenas escrevi e escrevi e aí criei isso, originalmente nem era pra ser um AU de fantasia medieval, mas quando eu escrevi a primeira linha apenas não consegui parar e tive que me forçar a não ultrapassar o limite de 6k do desafio. E sim, entendo o que quis dizer e concordo, esse AU acabou ficando mais complexo do que o planejado e agora irei fazer uma série onde tudo será explicado melhor, na verdade, Jar of Hearts é mais como um esboço, um sketch, de uma coisa maior, mas tmb é um final alternativo do universo que vou criar. Ainda assim, fico muito feliz que tenha te lembrado de CdZ que sem dúvida é uma inspiração. Obrigada pelo comemtário e foi ótimo participar do desafio, eu adorei. Até o próximo, see ya~♡ June 29, 2018, 18:15
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