magnolia Magnolia S

Park ChanYeol um escritor de Manhwa que está no auge de sua carreira, com o sucesso de sua última Webcomic finalmente conseguiu fechar seu primeiro contrato. Ele tinha seis meses, tinha, no passado, pois o tempo estava esgotando e ChanYeol tinha apenas mais um dia até o término do seu prazo, entretanto ele não tinha uma linha da sua próxima trama. Perdido, confuso, sozinho e como a maior bloqueio criativo da sua vida se vê prestes a surtar até conhecer um garoto com peculiar de chifres e cauda de demónio. [[ESTA FANFIC TAMBÉM ESTA POSTADA NO SOCIAL SPIRIT NO USUÁRIA MAGNOLIAS]]


Fanfiction Bandas/Cantantes Sólo para mayores de 18. © Magnolias

#comédia #aventura #Alta-fantasia #Baixa-fantasia #332 #Reino-mágico #baekhyun #chanyeol #ação #violencia #exo
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O garoto estranho de outra dimensão explodiu a fonte.



Olhando para o computador novamente se sentiu perdido, já não tinha mais noção do que estava digitando. As ideias clichê rodeavam sua mente, ideias sem graça e cheias de apelação eram quase um tentação. Ele queira algo novo, algo épico que iria valer cada centavo. No entanto, ele não conseguiu pensar em nada, absolutamente nada, estava sem ideia nenhuma. ChanYeol pensava em todo o tipo de coisas, digitava, digitava mas quando parava notava que aquilo não fazia sentido.

Assim, deste jeito perdurou durante seis meses, a pressão do sucesso do seu último webcomic era algo que o fazia desistir de todas as suas ideias, já que a crítica definiu sua última obra como “Marcante e inovadora” e isso o fazia pensar em como ele deveria dar seu melhor. Sentar na frente de seu computador nunca havia sido tão difícil, parecia que estava com uma arma na nuca. Lá estava ele, novamente digitando, novamente perdido tentando a perfeição. Nos últimos meses o manuscrito mais longo que ele escreveu tinha meia página, fazia um mês que ele não saia do primeira parágrafo de uma de suas ideias.

Não conseguindo desenvolver nada, mesmo tentando muito. Sentado na sua cadeira a horas olhando para tela, vendo a barra piscar esperando que ele escrevesse algo. Olhando fixamente, tentava elaborar uma frase autêntica, mas seu olhos estavam cansados e sua mente estava mais lenta do quando começou. Levantou lentamente a cabeça e olhou para o relógio que marcava meia noite e meia, cansado pousou a cabeça na escrivaninha e jurou que seria por pouco instantes. Um barulho incômodo tocava e fazia ChanYeol resmungar, estava cansado só queria alguns minutos.

O barulho insistente continuava, um brilho incomoda o seus olhos e ele confuso pensou que seria a tela do computador. Abrindo os olhos desajeitado olhou para o relógio que marcava dez horas, então logo percebeu que havia dormido. Desesperado já que aquela seria a sua contagem regressiva para o fim do seu prazo, ele tinha que escrever algo, precisava. Novamente o barulho, ChanYeol todo desengonçado foi atrás do que emitia o som. Destrambelhado por ainda desta bêbado de sono, saiu esbarrando em tudo, quebrou um copo, tombou com a mesa e derrubou uma cadeira até encontrar o bendito celular. Olhou o nome na tela, senti seu coração sendo colocando em uma estaca, deu dois passos para trás, tentou pensar em alguma desculpa. Talvez ele poderia de dizer que estava doente, mas já havia dito isso semana passa. Ele precisava de uma desculpa, se perguntava por que andava tão sem ideias, nem para nova trama, nem para as desculpa. Apesar da pouca coragem ele atendeu.

—A-alô?

Sua voz trêmula era algo que o entregava com frequência, no entanto a mulher do outro lado da linha não conseguia notar o nervosismo do escritor. ChanYeol tinha em mente que se tudo desse errado naquele telefonema, ele ainda teria que entregar alguma coisa. Acreditava que não podia perder o contrato só por causa de um telefonema, ou por estar atrasado com sua trama. Assim que a voz simpática começo ChanYeol parou de respirar.

—Bom dia, ChanYeol. Como vai? Espero que bem! Estou ligando para marcar nossa reunião para segunda. —Um pequeno silêncio na linha fez com que o escritor tremesse inteiro. Ele não sabia o que responde, a mulher do outro lado, impaciente, continuou a falar.—Eu sei que seu prazo termina amanhã, mas estou fora da cidade então marcamos a reunião para discutir o seu novo Manhwa segunda-feira, espero que esteja tudo pronto.  —Novamente sem reação, a mulher se perguntava se tinha alguém na linha. Ela riu meio sem graça por causa do silêncio e continuou falando. —Apesar tudo, apresentação vai ser rápida, mas preciso de muito material, para aprovação, traga uma segunda ideia, caso a primeira não agrade muito. Sabe como é, mas tenho certeza que teve uma ideia ótima só precisa nos mostrar para possamos preparamos o lançamento. ChanYeol? Está tudo pronto?

Olhando para tela de seu computador, Park se perguntou o que faria. O mais incrível de tudo era que ele nem sabia que dia era, então se segunda fosse amanhã ele estaria ferrado. O pior é que eram tantas coisas envolvidas, sentia medo de falar a verdade e estragar tudo, sentia medo de mentir e não conseguir encobrir sua mentira depois. Era tudo pelo contrato, não podia desagradar quem está a lhe pagando, afinal o cliente sempre tem razão. As contradições da mente de ChanYeol o deixava preso em uma encruzilhada, a sua decisão declarava muito e lhe colocava em um posição da qual não poder voltar atrás, o que estava dito estava dito. Por um minuto ele cogitou contar a verdade, entregar o joga e espera que a editora entendesse o que estava acontecendo.

Mas aí sua ficha caiu, a verdade não era o que aquela mulher no telefone queria ouvir, se sentiu ingênuo de cogitar uma coisa assim, a pouca convivência de ChanYeol com o mundo o fez esquecer certas coisas. Em um pensamento rápido e que faria com que ele se arrepende por um bom tempo, armou o argumento perfeito. Tudo ficaria bem se ele não tivesse dito.

—Sim, está tudo pronto. —Riu forçado, para tentar se convencer do que dizia. Ele estava mentindo na cara dura, mesmo sabendo das consequência que isso poderia lhe trazer depois. —Estava conversando com a Ah-Yong sobre uma segunda trama, ela vem pegar o manuscrito hoje para começar a desenhar.

A mulher do outro lado da linha riu aliviada, afinal não era só ChanYeol que dependia desta trama. Ele sabia que mentir era uma péssima ideia, mas não era como se contar a verdade fosse uma boa escolha. Qualquer das escolhas iria deixar-lo em maus lençóis, pelo menos ele havia escolhido o lenço.

—É muito bom ouvir isso. —Ela falou ansiosa, enquanto do outro lado Park ria em meio ao seu choro de arrependimento. Agora que havia mentido teria que levar isso até o final. Por fim, ela deu a última facada dizendo ao escritor. —Sabia que você era uma ótima escolha ChanYeol!

Envergonhado do que havia feito, ele abaixou a cabeça tentava puxar algo em sua mente para falar que não soasse falso. Um pouco sério olhou em volta, ele sabia que não lhe restava nada além de terminar aquela conversa.

—Muito Obrigada, senhora Kang.

Desligando o telefone, olhando para o seu reflexo na tela preta. Triste admitia em silêncio que agora ele era um mentiroso, suspirou cansado e se virou para voltar ao doloroso trabalho que tanto amava. De relance viu alguém, sentia os olhos passado de raiva olhando para ele. Tentou sorrir, torcia para que ela não tivesse ouvido. Não gostava de mentir e provavelmente ela não cairia, sendo esperta como era já saberia de tudo assim que ChanYeol abrisse a boca.

—Como ela consegue acreditar em você? — Andando na direção de Park, a moça o repreendia. Ela já estava cansada de desculpas esfarrapadas, queria ver o que havia de errado com ele. Somente de olhar ela já sabia, anos trabalhando juntos, eram grande amigos afinal. —Primeiro, porque você não atende as minhas ligações. Segundo, como você quer que eu desenhe algo que você não tem. ChanYeol…o que você acha que vai acontecer quando nós dois chegarmos lá de mão vazias. Nós nunca mais vamos conseguir fechar um contrato!

A voz dela estava mais aguda que o normal, talvez pelo nervosismo, já que ela detestava aquela situação. Detestava ter que desenhar sobre pressão, acabar tudo em cima da hora, porque a ChanYeol não conseguia cumprir os seus prazos.

—Calma, Ah-Young! Eu estou apenas tendo problemas, mas nós vamos conseguir.

Ela o encarou, sua expressão não era amigável. ChanYeol em um surto não conseguia pensar em nada, queria sumir, desaparecer. Já que sabia que sua mentira não duraria muito tempo com Ah-Young ali. Ela o olhava incrédula, a falta de compromisso de ChanYeol já era uma coisa recorrente devido a falta de prioridade do mesmo. O conhecia o suficiente para conhecer seu perfeccionismo exagerado e sua falta de noção social, afinal ele não havia saído de casa durante seis meses.

—Você tem noção de que dia é hoje?

Piscou algumas vezes, olhou para ela com uma clara incerteza, olhou para o calendário pregado na parede data marcada parecia tão longe. Fazia muito tempo desde a última vez que tinha olhado no calendário, pois para ele o tempo era uma pressão invisível então se você não tem noção de tempo a pressão temporal não existe, entretanto está aplicação na prática o deixava completamente ferrado.

—Terça? Dia 22?

Ah-Young colocou a mão sobre os próprios olhos, tentando transparecer a frustração que sentia no momento. Ela estava cansada de ficar preocupada sozinha, se perguntava quando ChanYeol cresceria.

—Hoje é sexta dia 25, temos dois dias para fazer tudo o que você prometeu. —O coração de ChanYeol parou e depois de alguns segundos pulou para fora com força, ele sentia que iria morrer pela dor, mas ele acredita que tinha como ficar pior. Ah-Young revirou os olhos com o drama desnecessário de Park, continuou sem dar muita importância para ceninha besta do parceiro infantil. —Se pelo menos você tivesse os manuscrito, eu consegui desenhar um capítulo e dava para dar uma improvisada, mas nem isso você tem. Então, me diz. Como vamos fazer isso?

O desespero crescia nos olhos de ChanYeol, novamente aquela pressão temporal, detestava ser pressionada apesar de esta sempre sendo pressionado ainda estava acostumado e achava que nunca se acostumar. Aquilo era muito difícil admitia que Ah-Young estava em seu total direito, mas também achava que ela estava sendo um pouco dura consigo. Ele nunca havia falhado com ela, quer dizer, não havia falhado tanto, na verdade, ele havia falhado bastante, mas ainda sim não merecia tanta repressão.

—Eu não sei, só preciso pensar.

Sua mente parecia ter pifado, seu cérebro estava em plena discordância, sabia que do jeito que estava não poderia ficar, mas mesmo se esforçando ao máximo não conseguia nem uma ideia de como iria conseguir terminar aquilo. Olhando de um novo ângulo percebeu que era impossível fazer tantas coisas para segunda, não dava para escrever nada em dois dias. Uma resposta rápido e mais positiva do que desistir Ah-Young falou:

—Você teve seis meses para pensar. —Ela jogava aquilo na cara dele, sabia  o quanto aquilo o deixava chateado, afinal assim como todos Park detestava falhar. —Cara, você passou os seis meses trancado aqui tentando escrever algo, se não está saindo nada é porque tem algum problema.

ChanYeol a olhava confuso, era difícil admitir que algo com ele estava errado, apesar de Ah-Young mostrar o que estava errado Park se recusava a ver. Infeliz com aquele conclusão, sentir-se ofendido e falou magoado.

—O que está querendo dizer?

Ah-Young sabia que Park jamais admitiria o seu próprio defeito, era fácil para ele fingir que estava tudo bem. Além disso estava ciente de que as coisa estavam difíceis para ele, mas ele tinha que ver o lado dela. Ela gostava de trabalhar com ChanYeol, mas estava ficando cada vez mais difícil trabalhar com ele, apesar de nunca tocar no assunto ela esperava que ele superasse o passado.

—Eu estou falando ChanYeol, que você precisa viver. Passar todo este tempo aqui pensando não vai te trazer uma história incrível, você precisa viver um história para poder escrever uma história. Se você durante seis meses não viver nada, está sem gás para escrever.

Incrédulo, discordava de tudo que ouvia. Ele estava bem e iria dar tudo certo, ele só precisa de mais tempo para fazer tudo aquilo funcionar. Apesar de não saber como faria, sabia que faria.

—Eu não funciono deste jeito, Ah-Young. Você sabe! Eu detesto contato com outras pessoas, gosto de fantasia, mundo mágicos cheios de guerras e lutas incríveis é sobre isso que eu escrevo e nunca precisei viver nada disso.

Cansada daquela situação, Ah-Young jogou a toalha, mas ciente que se tudo desse errado ela também sofreria, já que aquilo mexia com sua vida profissional. Torcia para que ChanYeol estivesse certo, porque senão, tudo acabava ali.

—Ah, sei lá, então ChanYeol. Faz o que você quiser, mas eu vou avisar se você não me entregar o manuscrito hoje, eu vou desistir de você.

Sabendo que ChanYeol dependia dela, queria virar o joga, já que Park sempre controlou o tempo agora seria a vez dela. Em contrapartida, o escritor se via perdido, afinal aquilo era sobre humano.

—Como assim desistir de mim, Ah-Young? Nós somos uma dupla!

Ela deu os ombros para ele, estava pensando se iria embora agora ou dava um explicação. Estava cansada demais, concluiu que não devia nada a ele e sim ele a ela. Começou a andar deixando ele para trás, antes de fechar a porta falou:

—Nós éramos uma dupla, mas parece que você esqueceu como funcionava as coisas. —Ele a olhou perdido, Ah-Young cedeu por um momento olhou para ele por um segundo e falou: —Eu sou sua amiga em primeiro lugar, só que eu não posso deixar você interferir na minha renda assim… Então, até hoje a noite.

A porta fechou, o silêncio pairou. ChanYeol parado na frente da porta tentava entender tudo aquilo, o que seria dele sem Ah-Young? Era a pergunta que matutava em sua cabeça, tudo aquilo era como ter uma bomba em mão, sabia que se jogasse ao ar machucaria alguém e se ficasse com ele se machucaria. Não ter uma solução fácil estava matando ChanYeol, ele nunca foi muito bom em lidar com coisas assim, não era maduro o suficiente. Por ele tinha que escolher? Desde sempre ele havia deixado claro que só servia para escrever. Suspirou, caminhou para cozinha abriu o armário pegou um miojo colocou a água no fogo.

Sentou na mesa e abriu o pode do miojo, olhou durante um tempo para o nada e quando viu a água borbulhava. Era assim que perdia tempo, disse a si mesmo. Se pôs de pé e levantou as mãos para o céu e falou:

—Senhor das trevas, ou Senhor da luz o que eu faço?

O silêncio absoluto o incomodava, a resposta não estava aparecendo mesmo clamando muito. Quem o olhasse nessa situação o chamaria de louco,  porque insistir em algo falido era burrice. Caminhando pelo seu apartamento, olhava em cada centímetro para ter alguma inspiração. Nada, nada lhe dava um dica de como sair daquela situação. Volto para cozinha se sentou na mesa e começou a saberia o seu miojo apimentado, apesar de não ser fã de pimenta não negava que a mesma o fazia pensar, esquentava o seus neurônios, de acordo com ele. Sua mente pesada de carregar tudo sozinha, começou a reclamar em voz alta.

—Não acho sair uma boa ideia… mas eu deveria? Eu não quero falar com ninguém, mas sair não significa que eu vou falar com alguém. —Virando sua cabeça um pouco para o lado, sentia a sua  vista um pouco cansada. Andado se questionava. —Eu vou ou não vou?

Pegou seu óculos em cima da escrivaninha, colocando se sentindo melhor. Com a visão mais nítida, continuou pensando: ir ou não ir? Aquele era o dilema da vez, ChanYeol com medo de tomar a decisão errada ergueu as mãos na frente dos olhos, sem querer acabou batendo em uma caixa da estante. Da caixa vários pequenos dados caíram, era nostálgico vê-los lembrança das longas partidas de Magic que já tivera antes dela aparecer.

Ah-Young, JinHoo, JongSuk e outros amigos, nerds em batalhas épicas para provar que a cor verde era melhor do que a cor branca. Ele sempre preferido o deck de Felinos, bater era muito mais divertido, enquanto Ah-Young preferia o deck azul que tinha magia de cancelamento. Ela era muita chata sempre impedindo jogadas que seriam épicas, enquanto JinHoo acabava com todo mundo de mansinho fingindo que estava ajudando, afinal ele gostava de jogar de preto e azul, um traido. JongSuk era o único honesto, mas suas cartas eram super forte. Era engraçado lembrar daquilo, porque confirmava o que Ah-Young dizia, ele vivia e escrevia coisas incríveis, aquela tinha sido sua melhor época, quando jogava com os amigos e se divertiam em coisa fúteis como jogo de cartas. Então, ele deveria sair,  ChanYeol caminho até a porta e tentou a abrir, mas cedeu e voltou para trás. Olhou para caixa cheia de dado que havia pegado do chão.

—Vou tirar no dado. —Olhando para caixa tirou um dado de vinte faces e disse a si mesmo.—Acima de 10 eu vou, abaixo de 10 eu não vou.

Decidido, mas não confiante no que estava prestes a atestar como veredito, ele jogou o dado. Em câmera lenta o dado verde foi jogado no chão, rolando lentamente mostrando suas diversas faces. Assim que parou ele foi capaz de ver o número onze de estampado na única face virada para cima. Era o fim, seria isso, então, ele teria que sair.

—Droga de D20.

Sem ânimo nenhum ele cruzou a porta, os raios do sol entravam em contato com seus olhos sensíveis e fazia com que ele sentisse dor, isso era derivado da escuridão que vivia. A rua estava cheia de pessoas bem arrumadas, sua vontade de voltar para casa nunca havia sido tão grande, porque não se compara era impossível. Respirou fundo e continuou andando, devagar saia do prédio onde morava indo em direção a rua. Se sentia horrível, enquanto as outras pessoas usavam roupas da moda, ele usava um moletom gasto e incrivelmente largo em seu corpo, enquanto as pessoas tinham a pele reluzente e hidratada Park estava cheio de espinhas e com olheiras enormes pelas noites mal dormidas. ChanYeol nunca teve uma autoestima muito alta, com o passar dos anos ela parecia estar caminhando para o buraco. Sentia como se todos o olhasse com nojo, mas ninguém se importava com a figura de Park ali. Ele era apenas mais uma pessoa normal, andando pela rua. Cansado de andar ChanYeol parou em um parque que vinha com os amigos, eles costumavam jogar Yu-Gi-Oh! ali, tudo aquilo parecia tão distante. Frustrado, suspirou alto.

“Eu tinha razão sair de casa não me ajudaria a escrever, foi uma grande perca de tempo. Por que eu não consigo pensar em nada”

Rendido, perdido e cansado ele olhava para o nada esperando ainda que alguém lhe desse uma saída. Riu cansado de tudo aquilo, era engraçado como as pessoas entravam na sua vida e conseguiam fazer tanto estrago. Ele sabia que uma hora iria ficar tudo bem, mas ele precisava que ficasse tudo bem agora, precisava pensar.

—Mas você está pensando? Chegar nessa conclusão é ter uma linha de raciocínio, mexe com os seu neurônios e atiça o pensamento. Você está pensando!

Um voz suave, porém alheia soou nos ouvidos de Park, que de maneira confusa olhou para os lados sem entender o que de fato estava  acontecendo ali. O parque vazio, apenas ele é um menino esquisito que olhava para os pombos de forma assustadora, ele apenas desviou o olhar e balançou a cabeça arrumando o cabelo.

“Por um segundo… por um segundo achei que alguém tinha me respondido. Eu tenho certeza que não falei nada em voz alto, será que eu estava pensando em voz alta?”

Rindo sozinho, ele concluiu que não havia sido nada. Entretanto o menino esquisito virou em sua direção com um olhar bizarro. A face bonita mostrava também a loucura nos olhos dele, afinal beleza nunca havia sido sinal de sanidade. Ele sabia bem disso. O menino o encarou até que disse:

—Não, você não está falando em voz alta.

Park demorou até processar a informação, refletiu olhando para o menino esquisito, havia algo de errado com ele só que não sabia o que poderia ser. As palavras eram dirigidas as pouco, silaba por silaba, enquanto nada chegava ao seu cérebro, ChanYeol tentava prestar atenção naquele que tirará sua atenção dos próprios pensamentos. Por fim, concluiu que não havia entendido nada e desentendido o respondeu:

—Quê?

O menino virou a cabeça como uma cobra e olhou como se fosse dar um bote, sorriu mostrando os dentes, perverso, na concepção de Park que se afastou um pouco. Ele se perguntava em silêncio quem era aquele maluco, não se prendeu muito no pensamento já que o garoto disse:

—Você não está pensando em voz alta.

Ainda sem entender, ChanYeol balançou a cabeça rindo um pouco, mas quando percebeu do que se tratavam todas aquelas palavras ficou confuso. Refletiu e chegou a conclusão que tinha pensado alto, mas ainda não entendia o que o garoto estava falando ou o que o mesmo queria falar.

—Como assim? —Disse confuso, para o garoto que o olhou estranho. Não queria o irritá-lo já que ele não parecia normal.—Eu estou pensando em voz alta? Me desculpa, eu…

Em contraponto, o garoto riu nasalado, pareceu não se importa com a confusão do escritor que ainda o olhava sem entender.

—Não, não é isso que eu estou falando. Eu estou dizendo ao contrário, você não está fazendo isso.

Pacífico e suspeito o garoto bizarro se mostrava, ChanYeol confuso sobre como ele poderia ter chegado àquela conclusão se Park não tinha falado nada. Arregalando os olhos, ele se mexeu um pouco para o lado ficando na ponta do banco, distância era uma coisa importante. Nunca se sabe quando ou o que pode acontecer com uma pessoa insana do lado.

—Como você sabe disso? Ou melhor do que você está falando?

Aquilo era muito confuso, porque nada que saia da boca do garoto fazia sentido. Ele nem mesmo tive dizendo alguma coisa lógica, Park afirmaria que ele estava sobre efeito de subsistência ilícitas.

—Bem, eu estou falando do seu pensamento. Pelo que me pareceu você parecia esta com um problema de saber se estava falando em voz alta o que estava pensando ou não. Você deve ter ficado confuso porque eu tinha respondido o seu pensamento anterior. — Afirmou o estranho com delicadeza, sua voz suave às  vezes destacava a falta de senso, por isso ChanYeol não percebeu muito que havia algo mais estranho por vir. Assim que Park concordou, ele prosseguiu: —Então, humanos não leem mente. Não era assim em Zero Frontier, achei que os humanos sabiam fazer isso.

O silêncio deu um efeito a expressão de susto de ChanYeol, que ficou surpreso e assustado com a afirmação do jovem. Seguiu a mesma estratégia de antes, foi mais um pouco para o lado mesmo já não tendo mais banco.

—Você é louco? Em primeiro lugar, você não sabe ler mentes, e segundo, Zero Frontier é apenas um manhwa. Ficção, sacou?

O rapaz colocou a mão na cintura se levantando fazendo com que Park fosse para de trás do banco, se ele precisasse correr estaria na vantagem. A expressão de desgosto do estranho era engraçado, ele não era ameaçador era um rapaz baixinho de feições joviais era mais engraçado do que assustando. Mas por incrível que pareça Park estava com medo.

—Eu sei sim, ler mentes. Apenas de ter demorado um pouco para aprender a entrar no íntimo dos seres. Zero Frontier não é feição, é incrível, melhor história que já li!

Na única coisa que Park prestou atenção foi na última frase, seu peito se encheu de orgulho em ouvir da boca de um estranho um pouco altera que sua obra era incrível. Ele pode esquecer por um minuto que o rapaz havia afirmado que sabia ler mentes, só porque ele havia elogiado sua obra.

—Fico feliz em ouvir isso, então você é fã dos meu webcomic.

Pensava que o rapaz era só alguém passando por um momento difícil, resolver ignorar toda aquela baboseira de antes para tentar, tentar ficar feliz.

—Sim, sou muito seu fã! Em Skylian, nós não podemos ver coisas dos outros mundo sem um acordo diplomático entre as dimensão, mas eu me arrisco porque suas histórias são muito boas Sementor Park.

O menino sorria como se tivesse ganhado um doce, Park o olhava meio perplexo sem entender nada. As palavras sem nexo fazia com que o menino tivesse acabado de sair de um anime ou de um manhwa.

—O quê? Desculpa acho que eu ouvi errado o que você disse, tem como você repetir.

O garoto apenas sorriu e falou da forma mais clara que conseguia. Quase solfejando cada palavra, para que Park conseguisse entender o que ele dizia.

—Eu disse que sou super seu fã e que em Skylian, que foi de onde eu vim, nós não podemos mexer em coisas das outras dimensões, mas eu me arrisco porque sou seu fã!

A palavra dimensão quebra todo o sentindo na narrativa do garoto, estava tudo normal até ele falar dimensão. Aquela garoto era estranho, Park queria que tudo terminasse logo, se afastava aos poucos, mas a cada passo para trás o infeliz das dois para frente complicando a fuga de Park.

—Certo, mas como assim de outra dimensão? Tipo outro país?

Tentando enrolar o garoto, ChanYeol dava trela para pudesse pensar em como sairia daquela situação nada agradável.

—É eu vim de Skylian, um lugar denominado pela cultura dos homens humanos como inferno. —Ele disse sorrindo, Park sentiu um calafrio no seu corpo. Balançou a cabeça concordando e pedindo para que o garoto continuada. —Vocês nos chamam de demônios, por causa do nossos chifres e caudas, mas nós somos legais e pacíficos e não queremos machucá-los…

—Como assim caudas e chifres? — Park lentamente levantou os olhos  em direção ao topo da cabeça do rapaz, sabia que aquela baboseira não  era verdade, ele teria reparado se tivesse algo suspeito na cabeça do menino. Assim que olhou lá estava  e com o susto caiu para trás.—Ah! Como… quê? Desde quando você está com isso na cabeça.

O menino sorriu e alisou os seus chifres, levou o que Park disse como um elogio por mais que não tem sido. Ainda em choque ChanYeol acreditava que aquilo era uma grande zueira.

—Eu nasci com eles, minha mãe fala que meus chifres são os mais bonitos da dinastia. —O sorriso do garoto morreu, um expressão triste brotou em seu rosto, os seus olhos se encheram de lágrimas, mas nenhum caiu. —Ou pelo menos, falava.

Park riu, ele tinha que admitir que aquele rapaz era um excelente ator, mas que aquilo já estava na hora de acabar.

—Isso é brincadeira, né?

Assim que Park falou, o garoto mudou da água para o vinho. Sorrindo com se nunca tivesse ficado triste.

—Que brincadeira? Estamos brincando? Do quê?

Sério, irritado com toda aquela situação, sentiu vontade de bater no rapaz. Aquilo não era possível, ChanYeol então, sem paciência para gracinha falou um pouco mais grosso:

—Você que está brincando com a minha cara. —Sua expressão fez o garoto se encolher, sentir medo por um minuto. Vendo aquilo, Park voltou a sua pose, tentou buscar uma calma inexistente e falou. —Tudo que você está falando é uma doideira.

Decepcionado o rapaz que alegava ser de outra dimensão, juntou as mãos na frente do corpo. Sua tristeza era clara, se sentia confuso nunca pensou que o seu ídolo iria lhe tratar assim de maneira tão rude.

—Sementor Park, por que esta agindo assim?

Os olhos lacrimejados do rapaz fazia Park sentir raiva,  queria nunca ter saído de casa. Se soubesse que ir encontrar um maluco daqueles, nem teria cogitado.

—Semen.... o quê? Olha o que está acontecendo? Por que você está fazendo isso comigo? Alguém te pagou?

—Ninguém me pagou para nada, Sementor Park! Eu estou apenas falando a verdade. —As lágrimas escorram pelos olhos do rapaz, as pessoas passavam e olhavam aquela cena e Park já não sabia o que fazer. Ele havia feito um cara estranho chorar. —Acontece que eu acabei de fugir de casa, vim para Terra porque meu tio está me caçando por toda Skylian. Ele quer o trono e o isso, ele envenenou minha mãe agora eu preciso proteger esta relíquia, porque senão ele vai começar uma nova guerra em Skylian, nossa paz é muito importante.

Sem nenhum ressentimento ChanYeol bateu palmas debochando de tudo contado pelo menino, se levantou antes de começar a andar disse:

—Nossa, isso daria uma ótima história.

O menino por sua vez secou as lágrimas e retrucou em sua última apelação.

—O que eu estou te contando é verdade, você precisa acreditar em mim!

Cansado de tudo aquilo, Park passou a mão no rosto e apontou de forma dura para o rapaz, estava de saco cheio e com raiva. Fazia muito tempo desde a última vez que ChanYeol havia fica com raiva.

—Olha menino, você está segurando um globo de neve e está me dizendo um monte de coisas que daria uma história incrível. Sabe o que eu acho? Que você está chapado.

—Eu não estou chapado. —O garoto protestou, a acusação. Um pouco confuso com o dialeto que  Park usava se sentiu confuso e perguntou:—Desculpa, mas o que significa isso?

ChanYeol riu, nunca se sentiu tão certo em sua vida. Ele apontou com um sorriso no rosto dando um xeque mate no rapaz

—Está vendo! Doidão nas drogas. —Com calma, ele decidiu lidar  com a situação. Afinal, o menino drogado era fã da sua obra, sentia que deveria mostrar o caminho correto.—Sabe eu não te julgo, mas assim acho que isso não faz bem, talvez você devesse continuar como cosplay. Larga disso porque não faz bem, então eu vou indo.

Park virou as costas começou a andar pela parque admirando a paisagem satisfeito com o que havia vivido. Talvez depois dessa conversa louco com um estranho conseguisse escrever alguma coisa, de longe ele ouvia a mesma voz o chamando aos berros. Ele parou, olhou para trás cansado de todo aquele fuzuê, o rapaz parou em sua frente, Park não conseguiu evitar o olhar cansado.

—Sementor Park, espera!

—O que foi, garoto?

O menino segurava o globo de neve, tinha uma expressão decidida.

—Eu posso provar. —Ele chacoalhou o globo e volto a falar: —Posso provar que estou falando a verdade.

Apenas de estar cansado daquela situação, sabia que o menino não o deixaria em paz se não lhe desse está oportunidades. Queria acabar logo com isso, por isso pensou em algo rápido, novamente algo que ele se arrependeria.

—Eu não me importo, duvido que seja verdade. —Falou duro, todo aquele estresse estava lhe deixando o seus humor ruim.  Mas sabia que iria acabar rápido se ele fizesse o que tinha em mente.—Vamos fazer assim, eu aposto o que você quiser que você não consegue provar nada e só está desesperado por atenção. Entretanto, se eu estiver errado faço o que você quiser, se você não conseguir só vai me deixar ir embora. Fechado?

—Fechado! O que é fechado?

Sem muito ânimos para as gracinha do rapaz, apenas respondeu revirando os olhos.

—Quer dizer que você concorda!

—Eu concordo!

Eles caminharam um pouco, para na frente de uma fonte de água, poucas pessoas passavam por ali, as que passavam jogavam um moeda e faziam um desejo. Park achava isso interessante e por causa disso resolveu sentar ali perto.

—Certo, como vai fazer para me provar.

—Com isso! —O menino voltou a mostrar o globo, ele fez uma pose  e se concentrou. Depois de um tempo ele olho para o pará o objetivo o analisou e disse baixinho: —Como liga isso?

O garoto havia ficado com aquela enrolação fazendo Park perder dez precioso minutos. Ele não estava nem um pouco feliz de estar ali, mas continuava mesmo sabendo que aquilo não daria em nada.

—Desisti logo, quero ir para casa preciso escrever meu manuscrito.

Se ajeitando no banco, ChanYeol via o menino se esforçar e mesmo assim apenas o óbvio acontecia. Park se levantou e começou a andar em um grito reprimido o garoto se esforçava ao máximo.

—Espera aí…

Quando Park virou para responder um barulho enorme e com um fumaça gigantes vieram em sua direção. Olhando para o mesmo lugar não via mais a fonte só desastrosos, completamente abismado e surpreso. Aquilo não era possível.

—Meu Deus! O que você fez? —Disse ChanYeol assustado.

—Eu explodi isso aí!

O menino todo orgulhoso segura o globo em sua mão em uma pose de super herói. Ainda sem saber como reagir, Park apenas sentou.

—Como você fez isso? Como é possível?

Feliz com a conquista o rapaz se ajoelhou e ficou na mais baixo que ChanYeol, para conseguir olhar em seus olhos que estavam presos no chão. O olhar vazia diziam muito sobre a surpresa, aquilo não era normal, aquele menino era uma aberração.

—Como eu ganhei, Sementor Park quero ir morar com você.

Aquela colocação do menino anormal fez ChanYeol pular do banco, balançando a cabeça freneticamente em forma de negação. Seria impossível, não poderia colocar aquele maluco com poderes dentro da sua casa.

—O quê? De jeito nenhum.

O garoto fechou a cara, cruzou os braços na frente do corpo e com um grande bico ele falou:

—Mas você disse que eu podia pedir qualquer coisa.

Park ChanYeol estava sem saída e preso a um garoto estranho de outra dimensão.

13 de Noviembre de 2018 a las 18:08 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Leer el siguiente capítulo O garoto estranho de outra dimensão é o maior folgado.

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