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Capítulo 1

MORTE...

De acordo com o dicionário temos dois significado:

1. Interrupção definitiva da vida de um organismo.

2. Fim da vida humana.

É o termino de algo, é como acabam as coisas, das piores as melhores esse é sempre o fim.

Para Regina aquilo não era como o fim, talvez um novo recomeço mas na maioria das vezes era como se estivessem arrancando o sorriso, a felicidade e a chance de ver como as coisas. Sabe, a vida é uma ignota, sabemos que vamos nascer, crescer e morrer. Mas quem determina a hora e o momento para aquilo? O fim vem no tempo justo? E infelizmente nunca teremos essas respostas.

               ~*~*~*~*~*~*~*~

Minha mãe trabalhava o dia todo e as vezes nos sábados, meu irmão e eu ficávamos com nossa avó ou com nossa tia. E meu pai? Bom ele se separou de minha mãe quando eu tinha doze anos. Com toda a ausência de minha mãe, minha avó Elisabeth sabia de todos os meus segredos, era praticamente minha mãe de verdade.

Era ela que me aconselhava quando eu estava em dúvida, era dela que eu recebia consolo, enfim minha melhor amiga ( posto que deveria ser ocupado por minha mãe), mas infelizmente minha avó faleceu quando eu tinha dezessete anos e a única coisa que eu conseguia fazer era chorar, e chorar mais um pouco. Foi a partir daí que minha vida mudou, logicamente será a partir daí que começarei a contar.

13 de abril de 2015

Era um dia de terça-feira, meu dia estava um tédio só, nada de bom acontecia, então eu ouvi um sinal, um bom sinal... o da escola indicado que as aulas daquele dia haviam acabado.

- O que você vai fazer a tarde, senhorita? - Robin me perguntou, bom nos estávamos namorando, mas minha mãe não aceitava e como boa filha que sou, estava pouco ligando para o ela queria.

- Bom vou para casa de minha avó, e vou fica por lá não tenho nada melhor para fazer - respondi.

- Então que tal irmos a sorveteria do centro? - perguntou me abraçando.

- Desculpe Robin vou que ficar com minha avó, ela ainda não melhorou - ele desanimou - Mas você pode passar lá, ela gosta de te ver.

- Eu também gosto dela, então está combinado às duas horas eu vou para lá - com animação ele respondeu.

- Então tá, tchau - o beijei e sai, mas ele me puxou pelo braço e me beijou.

Depois de um longo tempo tentando me libertar dos braços dele, ele resolveu me levar até minha casa, ou melhor, a casa de minha vó.

- Vó cheguei! - gritei do portão, mas quem me respondeu foi Mary, minha tia.

- Venha! - ela gritou de volta, então entramos, mas quando chegamos lá embaixo, minha tia estava chorando no sofá, como era de costume coloquei minha mochila no outro sofá e fui até o quarto, mas ela não estava lá, Jonathan, meu tio, estava na porta do banheiro.

- Onde ela está? - perguntei.

- Sente aqui - eu a obedeci e sentei - Minha mãe está... - ela não disse mais nada, eu soube que minha vó não estava entre nós. Coloquei os dedos em meu cabelo, repetindo várias vezes a palavra não.

É um pesadelo, só pode ser pensei.

- Princesa eu acho melhor ir antes que sua mãe chegue - Robin disse.

- Certo, eu vou te levar - então eu levei Robin até o portão - Você vem...?

- Você quer que eu venha? -ele me perguntou, apenas balancei a cabeça afirmando - Então eu venho.

- Obrigada - falei.

- Não fique assim, sei que Lisa está em um lugar melhor - falou passando os dedos levemente em minha bochecha - E você ainda tem Emma e a mim.

- Eu... - falei, mas ele me calou.

- Sei que é difícil para você e não precisa dizer nada - me beijou suave e rapidamente - Não estou fazendo isso por me sentir obrigado, faço porque Elisabeth era uma pessoa maravilhosa e merece que a pessoa que ela mais amava receba consolo e carinho, como ela sempre quis que recebesse.

Ficamos mais alguns tempo conversando, quando o relógio marcava vinte para as três, Robin foi embora, mas me deu a certeza que voltaria antes mesmo que eu pudesse escolher uma roupa para ir ao velório.

10 de Junio de 2018 a las 22:06 3 Reporte Insertar Seguir historia
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