phoenix Phoe nix

Água, Terra, Fogo, Ar. A muito tempo as nações viviam em paz e harmonia. Então tudo isso mudou, quando a nação do fogo decidiu atacar. Só o Avatar domina os quatro elementos e pode impedi-los, mas quando o mundo mais precisou, ele desapareceu. Cem anos se passaram e meu irmão e eu descobrimos o novo avatar, um garoto dominador de ar. Embora sua habilidade com o ar seja ótima ele tem muito que aprender antes que possa dizer eu sou Naruto, o Avatar. Mas eu acredito que o último mestre do ar possa salvar o mundo.


Fanfiction Anime/Manga Todo público.

#naruto #avatar #crossover #DesafioCrossover #DesafioNaruHina #ALendaDeAang #OUltimoMestreDoAr
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Livro 1 - Água: O garoto no Iceberg

Nossa tribo está cada vez menor. Quando tinha oito anos de idade minha mãe foi assassinada por dobradores num ataque da Nação do fogo. A partir desse momento assumi o papel de minha mãe em casa e na nossa aldeia. Aos doze anos de idade, meu pai liderou um grupo de homens que partiram para o Reino da Terra a fim de participarem de resistência a nação do fogo. Com isso, Neji tomou seu lugar e agora treina as pequenas crianças que ficaram.

Minha avó conta que o Avatar sumiu a cem anos atrás e apenas ele será capaz de nos ajudar a vencer essa guerra. Muitos perderam a esperança, mas eu acredito que o Avatar vai aparecer e nos ajudar a vencer o Rei Madara.

Nosso mundo é dividido em quatro nações: a Tribo da Água, Reino da Terra, Nação do Fogo e Nômades do Ar. Dizem que o Avatar é um dobrador de ar, por isso, o exército de dobradores do fogo destruíram por completo a vila dos Nômades do ar. Nunca mais, durante cem anos, vimos um dobrador de ar.

Neji e eu estamos navegando por essas gélidas águas em nossa humilde canoa procurando peixes para nossa aldeia. Meu irmão é uma pessoa muito centrada e não gosta quando tento dobrar a água. Eu sou a única dobradora da vila, tudo bem que estamos em apenas 21 pessoas. Meu irmão pensa que por ser apenas eu que dobra a água, o ideal seria aprender a lutar.

— Eu vou pegar esse peixe, observe Hinata. – Disse concentrado ao observar o peixe que nadava solitário.

Quando percebi que o peixe estava na minha parte da canoa, movimentei minhas mãos de forma circular, a fim de envolve-lo em certa quantidade de água e traze-lo para cima. E obtive êxito, apesar da pouca experiência.

— Olhe Neji, consegui pegá-lo! – Disse direcionando a bolha d’agua com o peixe na direção do meu irmão, que quando se virou, bateu com a lança na dobra, que se desfez. Em cima de sua cabeça.

— Olha só Hinata, eu sempre me dou mal quando você inventa de fazer essas magias estranhas com água.

— Neji, se chama dobra e pode ser que você também consiga, se tentar.

Ele me olhou com resignação. Já havíamos conversado muitas vezes sobre isso, mas ele não gostava do assunto.

— Eu não acredito nisso, inclusive ficaria muito chateado se tivesse tal “poder”. Eu sou um guerreiro estrategista, Hinata, não quero fazer essas coisas malucas e inconvenientes como você. Por causa de dobradores nossa mãe morreu, não suporto esse tipo de habilidade.

Eu fiquei muito triste e brava com esse comentário. Nem todo dobrador é uma pessoa ruim. Direcionei-me em frente a ele, ficando de costas para onde a canoa ia.

— Você não pode falar como se eu tivesse culpa de algo, meu irmão. Você sabe o quando eu sofri também. – Enquanto falava, gesticulava com as minhas mãos e o rosto de Neji assumia uma feição de preocupação. – Como ousa dizer que sou uma pessoa ruim, sendo que conhece mais do que ninguém minhas personalidades e sentimentos, porque se dirige a mim dessa forma. Sabes que tenho muita paciência, mas agora você foi longe demais.

— Hinata, é melhor parar de fazer isso...

— NÃO ME PEÇA PARA FICAR QUIETA NEJI!

E foi nessa hora que um iceberg começou a se partir ao meio. A rachadura começou da sua parte de baixo e foi subindo rapidamente até o topo. Percebi que os movimentos que fiz com as minhas mãos foram os causadores daquilo.

O iceberg se rachou e jogou a canoa contra várias placas de gelo que boiavam sobre a água, os pedaços grandes do enorme gelo, atingiram em cheio, destruindo nossa embarcação. Conseguimos ficar sobre uma placa e quando pensávamos que estava tudo bem, algo redondo e brilhante subiu da água.

Era como se fosse um iceberg perfeitamente circular, e tinha um garoto da nossa idade lá dentro, junto a um enorme animal vermelho.

— Neji, precisamos ajuda-lo, ele deve estar vivo.

— Hinata, isso é muito estranho. Veja as roupas e as características desse menino. Cabelos loiros e esses três risquinhos na bochecha...

— Ele só pode ser um dobrador de ar. Deve ser de alguma família que sobreviveu. Vamos ajuda-lo!

— Não acho que será benéfico para nossa aldeia. Se a Nação do Fogo descobrir, estaremos mortos.

— Então de nada vale o sacrifício de nosso pai? E o de nossa mãe?

A contra gosto, Neji me seguiu, apesar de não me ajudar a bater naquele enorme gelo, me emprestou seu bumerangue para que eu pudesse fazer. Após umas cinco batidas o gelo se rachou e soltou uma enorme quantidade de ar, que nos empurrou com brutalidade para não muito longe dali.

O rapaz loiro, que estava sentado de olhos fechados, pernas dobradas na horizontal e os punhos juntos, de repente ficou iluminado com tons de laranja e amarelo, apareciam algumas marcas pretas por sua roupa e assim ele terminou de destruir o círculo onde estava, levitando uns 5 metros de altura. Assim que saiu de lá, voltou ao normal e começou a cair. Ao perceber que ele se chocaria no gelo, corri para o segurá-lo.

*

A alguns quilômetros de distância dali, navegava Sasuke Uchiha, filho do Rei Madara. Ele estava exilado e só poderia voltar para casa, quando encontrasse o Avatar. Sasuke tinha uma personalidade irritadiça e estava sempre nervoso, mas ele tinha seus motivos. Junto a ela, navegava seu irmão mais velho Itachi. Ele tinha muitas habilidades e treinava seu irmão. O trono do Reino do Fogo era destinado a ele, mas o negou, ele tinha os seus motivos também.

— Vamos Sasuke, você precisa aprender o básico da dominação do fogo, só assim você terá vantagem sobre seus inimigos.

— Eu preciso aprender um novo movimento agora! – Disse exasperado lançando fogo pelas mãos.

Itachi mantinha sempre a mesma expressão despreocupada. Sua voz rouca soava sempre no mesmo tom. Por fim olhou para seu irmão e lhe respondeu:

— Tudo bem, eu te ensino. Depois do chá.

Sasuke revirou os olhos, mas notou uma ventania incomum e um forte clarão na direção leste de seu navio. Por fim chegou à conclusão de que seria o Avatar, não poderia ser outra pessoa.

— Irmão, você viu esse clarão e esse vento? Com certeza é o Avatar.

— Pode ser apenas um clarão, Sasuke. – Disse aparentando desinteresse, mas no fim, queria apenas desviar o assunto.

— Não Itachi, com certeza é o Avatar e nós iremos para lá. Timoneiro. – Gritou Sasuke. – Acerte o curso para a luz. Finalmente eu encontrarei o Avatar e poderei voltar com honra para casa. – Disse para si mesmo. Enquanto não percebia os olhos atentos de seu irmão.

*

Quando sentiu o impacto de cair em meus braços, ele abriu seus olhos e pude contemplar uma imensidão azul. Sorri, pois estava aliviada por ele estar vivo. Em troca recebi um enorme sorriso que durou tempo o suficiente para que o garoto me perguntasse:

— Posso te fazer uma pergunta? Chegue mais perto. – Pedia-me com um olhar cansado e tristonho.

— O que foi? Pode falar. – Disse a ele, que como num estalo mudou sua fisionomia para uma muito animada.

— Vamos brincar de trenó com os pinguins? – Apesar de ficar confusa, assenti positivamente com a cabeça.

— Tudo bem... eu acho...

Então como se flutuasse ele levantou. Neji já estava impaciente e por fim perguntou:

— Quem é você? Como conseguiu ficar dentro de um Iceberg e não estar congelado?

— Eu me chamo Naruto e não sei ao certo como consegui parar naquele Iceberg. – Respondeu movimentando a cabeça como se procurasse por algo.

— Você é um dominador de ar? – Constatei isso pelas suas roupas e seus cabelos loiros, características dos Nômades do ar.

— Sou sim Hinata, por que o espanto?

— Porque não vemos dominadores de ar a cem anos. Por quanto tempo ficou preso aí? – Contou Neji.

— Mas isso não faz sentido, senão eu teria 116 anos e minha aparência seria bem diferente. Acho que devo estar aqui a algumas semanas no máximo.

Um som de rosnado se fez audível e ele flutuou até o círculo de gelo onde estava. Fomos atrás dele e nos surpreendemos com o que vimos! Uma enorme raposa com uma, duas, três... NOVE caudas, apareceu boiando. Ela tinha cara de ser muito mal humorada. – Kurama. – Gritou abraçando o enorme animal. - Finalmente, meu companheiro de todas as horas.

— Você só estava preocupado comigo porque quer voar por aí em cima das minhas costas.

Tamanho foi o susto que levamos! O animal FALAVA!

— Hinata, vamos embora daqui agora, isso só pode ficar pior. Um dobrador de ar, aquela luz toda pode ter sinalizado as embarcações do Reino do fogo e essa raposa enorme que fala. Vamos embora. – Neji estava muito nervoso com a situação e eu o compreendia muito bem, mas...

— Como o esquentadinho vai embora? Nadando? – Respondeu a raposa. Olhamos a imensidão gelada ao nosso redor, e não havia nada que pudesse nos levar, apenas gelo e água.

— Se vocês quiserem eu e Kurama podemos dar uma carona para vocês. Ele voa. – Ofereceu-nos Naruto.

— Sim, aceitamos sua carona, já que não tem outro jeito. – Meu irmão aceitou sem a menor vontade. – Precisamos chegar depressa na aldeia.

— Sim, eu costumo voar, mas hoje quero ir flutuando, LENTAMENTE pela água. – Ironizou Kurama.

Nos olhamos atônitos por tamanha provocação, mas não havia outra saída, a não ser essa. Kurama nos ajudou a subir em suas costas com suas caudas, ficamos em cima de uma enorme cela, que ocupava mais da metade de suas costas.

— Quando Kurama estiver mais disposta, ela voará pelo céu. – Falou Naruto gesticulando com suas mãos.

Ele estava me olhando sorrindo e ficou assim por um tempo, até que o questionei.

— Porque está sorrindo desse jeito para mim?

— Ah, eu estou sorrindo? – Perguntou coçando sua nuca e seus cabelos loiros desgrenhados. Não sei qual o motivo, mas eu sorri também. E não sei qual o motivo, Neji estalou sua língua em desaprovação.

*

Enquanto isso, no navio de Sasuke, Itachi se espreguiçava enquanto observava o irmão olhando fixamente o trajeto que a embarcação traçava.

— Eu vou dormir, meu irmãozinho. Sugiro que faça o mesmo. Você precisa descansar. – Esperou alguns segundos, e por não obter resposta, prosseguiu. – Mesmo que aquele seja o Avatar, deve lembrar-se que papai, vovô e até mesmo nosso bisavô, nunca conseguiram capturar o Avatar. Se isso acontecer com você, não será demérito algum.

— A honra de nenhum deles dependia de sua captura, a minha sim. Preciso capturar esse covarde e provar que eu sou capaz, só assim poderei regressar com a cabeça erguida para casa.

*

Durante o caminho, fiquei pensando diversas coisas a respeito de Naruto e dos dobradores de ar. Será que o Avatar conseguiu escapar e levou algumas pessoas com ele? Naruto poderia ser alguém próximo do Avatar? Se essas respostas fossem positivas, poderíamos ir atrás dele e pedir sua ajuda.

— Oi Naruto.

— Oi Hinata. O que você estava pensando?

— Estava pensando se você conhece o Avatar. Você o conhece?

A expressão de Naruto tornou-se preocupada e constrangida.

— Não, eu não o conheço... quer dizer... eu conheci gente que o conhece. Porque?

— Por nada, só curiosidade.

— A ‘tá.

— Bons sonhos.

— Durma bem.

Durante todo o caminho Naruto dormiu, não acordou nem quando chegamos a aldeia. Neji o levou até uma cabana para que dormisse melhor.

Enquanto ele dormia sozinho na cabana, sonhava com um momento. Estava chovendo. O céu estava muito escuro. Logo a tempestade alcançou Naruto e Kurama. A chuva tornou-se tempestade e logo o vento fez-se violento, por isso caiu dentro d’agua. O impacto foi muito forte, fazendo os dois desmaiarem. Entretanto Naruto tornou-se brilhante, bateu seus punhos e cruzou as penas na horizontal. De baixo d’agua, fez um bolha de ar, onde se envolveu junto com Kurama e ao redor dessa bolha, começou a surgir gelo, formando em enorme Iceberg Redondo.

— Naruto, Naruto. – Tocando em seu braço, chamei-o. Ele acordou de supetão, como se estivesse desesperado. – Se acalme Naruto, já estamos na aldeia. Venha! Quero lhe apresentar a toda ela! Todos querem te conhecer.

Nos apressamos a ir para fora. E apresentei-o a toda a vila. Vinte e uma pessoas no total.

— Naruto, essa é a vila toda. Vila toda, esse é o Naruto.

Todos estavam surpresos o que causou certa desconfiança em nosso visitante.

— O que foi? Por que me olham assim? Meu cabelo está muito bagunçado? Infelizmente não consigo arruma-lo. – Disse com um sorriso sem graça, coçando a nuca.

Minha avó se aproximou dele e lhe contou o motivo.

— Acontece que há cem anos não vemos um dobrador de ar, pensamos que eles estavam extintos até meus netos encontrarem você.

— Extintos? – Questionou Naruto. Cortei esse assunto para evitar que ele se prolongasse demais.

— Naruto, essa é minha avó.

— Pode me chamar de vó. – Ela respondeu.

Neji observou uma madeira fina que ela segurava e a pegou.

— Para que serve esse objeto? Não vejo utilidade em uma guerra como arma.

— É porque não se trata de uma arma, ele deixa eu controlar as correntes de ar em volta da minha sustentação e voar. Eu uso através da dobra de ar.

As crianças ficaram extasiadas em como ele utilizou a dobra para expandir aquela pequena madeira, transformando-a num planador. Naruto fez diversas manobras pelo ar. Ele girava para a esquerda e para a direita, ziguezagueava com total controle do que fazia. Os aldeões iam a loucura e eu o olhava muito impressionada, quanto mais demonstrava surpresa, algo mais difícil ele fazia. Até que não notou a torre de vigia de Neji e se chocou contra ela. Metade da neve que a formava veio abaixo. E é claro que meu irmão ficou muito bravo.

— Olha só o que você fez Naruto! Destruiu minha torre de vigilância. Como saberei dos perigos que estão se aproximando da aldeia sem um bom locar alto para observar?

— Me desculpe Neji, foi sem querer, eu me distraí um pouco. – Explicou-se sorrindo e coçando a nuca, como de costume. Mas Neji não deixaria se ludibriar pelas desculpas de Naruto.

— Você tem dezesseis anos e age como uma criança de dez...

E assim, Neji ficou pelo menos dez minutos dando um sermão daqueles em Naruto, que ouvia atentamente cada palavra. No final, depois de levar um cascudo Naruto começou a reconstruir a torre, mas todos os aldeões o ajudaram. Mas minha avó me chamou para meus afazeres.

— Você viu vovó, ele é de verdade, eu não disse? Eu poderei aprender a dobra d’agua com ele. – Comentei com toda a esperança que agora sentia em meu coração. Ele poderia nos ajudar a encontrar o Avatar e ainda me ensinar dobra d’agua.

— Hinata, não deposite suas esperanças nesse rapaz, você pode ter uma grande decepção. – Retrucou minha avó, sem demonstrar muita confiança.

— Eu não acredito nisso vovó. Ele é muito especial e acredito que possua muita sabedoria. – Ao dizer isso, direcionamos nosso olhar á Naruto, que estava com a língua no planador congelado.

*

— Vamos, de novo. – Dizia Itachi enquanto ensinava o princípio básico da dobra de fogo à Sasuke.

Sasuke treinava na proa de seu imenso navio. Haviam dois guardas dobradores de fogo usando uma armadura especial para que não se queimassem excessivamente. Sasuke estendeu suas mãos na horizontal direcionando o fogo a cada um dos guardas, esses desviaram e atacaram em sincronia o Uchiha, que se abaixou e deu uma cambalhota, agora na retaguarda dos guardas, cruzou os braços com um xis e lançou novamente uma leva de chamas a cada um.

Após esses movimentos, Itachi o corrigiu com firmeza.

— Não, o poder da dobra vem do fôlego e não dos músculos. A intensidade de suas chamas não depende de sua força bruta. O fôlego se torna energia no corpo, a energia se estende por seus membros e vira... – Então Itachi se posicionou e lançou uma enorme chama, que parou a centímetros do rosto de Sasuke. - ... FOGO! Faça direito dessa vez!

— CHEGA. – Reclamou Sasuke. – Eu treinei essa sequência o dia todo, estou mais do que pronto para aprender a próxima. Ensine-me.

— Não, você é muito impaciente, tem que dominar o básico. TREINE DE NOVO!

Sasuke rosnou e rangeu seus dentes com desgosto e raiva, não podia perder tempo treinado dobras básicas, ele precisa se tornar mestre com urgência e começar pelo básico, que supunha saber demais, era uma perca enorme de tempo, tempo esse que ele não dispunha.

Num ímpeto de raiva chutou o ar soltando chamar muito fortes que derrubaram um soldado.

— Os sábio nos dizem que o último dobrador de ar foi visto a cem anos, então o Avatar teve mais de um século para dominar os quatro elementos e eu vou precisar mais do que a dobra básica para derrota-lo. Você VAI ME ENSINAR O EXERCÍCIO AVANÇADO. – Ordenou a seu irmão mais velho. Que o olhava com a mesma feição de sempre.

— Tudo bem. Mas antes eu terminarei minha refeição. – Ao dizer isso colocou dois dedos na testa do irmão mais novo empurrando-a devagar para trás. – Agora não irmãozinho.

Sasuke o olhou com incredulidade, como podia ser tão despreocupado. Como pode ter negado o trono, mesmo com tantas pessoas elogiando suas habilidades. Essas coisas bailavam na cabeça de Sasuke, que se conformou em esperar seu irmão terminar a refeição.

Neji orientava os meninos da tribo.

— Vocês precisam lutar com fervor. Se a tribo do fogo aparecer por aqui seremos apenas nós a derrota-los. Temos que honrar nossos pais que foram atrás de ajuda para não nos entregarmos por completo a Nação do Fogo. Por isso...

Um menino levantou a mão.

— Neji, eu preciso fazer xixi. – Disse segurando a calça, como se estivesse muito apertado.

— Mas na hora da guerra precisaremos segurar nossas vontades.

— Mas eu preciso ir agora, estou com muita vontade.

Resignado, aceitou a situação.

— Quem mais precisa usar o banheiro? - Então todos os meninos levantaram a mão. Neji colocou as mãos sobre o rosto e após massageou as têmporas. – Podem ir.

Assim que eles saíram, Neji se confessou.

— Hinata, a situação de nossa aldeia é muito complicada. Como nos defenderemos apenas com as crianças.

— Neji, meu irmão... – segurei em suas mãos. – precisamos acreditar que tudo vai melhorar, e eu tenho certeza que Naruto será a porta para a solução.

— Eu espero minha irmã, de todo meu coração, porque eu realmente não sei o que será de nós.

Enquanto Neji depositava toda a sua seriedade em nossa conversa, Naruto brincava com as crianças de escorregar nas caudas de Kurama.

— Não acredito que estão largando a aula dos guerreiros para brincarem? Naruto será que não percebe que estamos no meio de uma guerra? – Esbravejou Neji.

— Sua aula é muito chata moleque, deveria saber disso. – Bosejou Kurama, deixando meu irmão mais irritado.

— Guerra? – Perguntou Naruto com feição de dúvidas. Ele escorregou por uma cauda da Kurama. – Você está falando sério?

— Hã? – Neji não acreditara no que ouviu. - Como assim, você não sabe da guerra? É claro que estou...

— PINGUIM!!! – Assim que avistou um, Naruto saiu literalmente voando em sua direção.

Inevitavelmente Neji e eu nos olhamos.

— Ele está falando sério Hinata?

Essa pergunta, nem eu era capaz de responder.

Fui atrás de Naruto e o encontrei brincando com os pinguins. Admirava toda aquela molecagem que ele esbanjava e me perguntava como ele conseguia ser tão despreocupado. Muito cedo eu assumi responsabilidades, fazia tempo que não me divertia e olha-lo me deixava feliz.

— Oi Hinata, me ajude a pegar um pinguim. – Disse-me com aquele sorriso aberto.

— Eu te ensino, caso você me ensine a dobrar água. – Pedi a ele. Essa era minha chance de aprender a dobrar.

— Eu bem que gostaria. – Falou enquanto flutuava para sentar na neve. – Mas eu sou um dobrador de ar, não posso te ensinar. Ninguém na sua vila pode lhe mostrar como faz?

— Infelizmente não Naruto, eu sou a única dobradora d’agua do Polo Sul inteiro.

— Mas e no Polo Norte? Devem haver mais dobradores. Você precisa aprender com um mestre de verdade.

— Não entramos em contato com nossa aldeia irmã a muito tempo. Não é como se dobrássemos a esquerda na próxima geleira. Eles ficam do outro lado do mundo Naruto.

— Então está decidido. Iremos voando com a Kurama para o Polo Norte. E você achará um mestre.

— Mas Naruto, eu não sei...

— Olha isso a gente decide depois. Agora vamos aproveitar e usar os pinguins como trenó.

Por um impulso segui Naruto nessa proposta, não achava de deveria fazer, mas me pareceu tão tentador. Foi o momento mais divertido que eu vivi durante muitos anos. Passamos por muitas geleiras, corredores de gelo e cavernas. Em certo momento Naruto aproveitou e fez um pinguim voar. Ele conseguiu me fazer sorrir de forma sincera, e eu adorava isso. Gostava também de vê-lo sorrir, era muito bonito. Paramos quando encontramos um navio abandonado da Nação do Fogo. Naruto entrou, mesmo pedindo para que ficasse, poderiam existir muitas armadilhas lá dentro, não podíamos correr esse risco.

— Hinata, se quer ser uma dobradora, precisa ter coragem.

E assim ele me persuadiu a segui-lo. Lá dentro era enorme e tinha muitas armas brancas, como lanças, facas e espadas.

— Quando isso aconteceu Hinata?

— Esse navio assombra minha tribo desde que vovó era pequena. Ele foi um dos primeiros navios dos ataques da Nação do Fogo.

— Para com isso, eu tenho amigos no mundo todo, até na Nação do Fogo e nunca vi guerra alguma.

— Naruto, quanto tempo você ficou naquele Iceberg? Eu acredito que foi um século.

— NÃO! Eu tenho cara de ter cento e dezesseis anos.

— Mas Naruto, pense comigo, quando antes de você ficar preso lá dentro, não havia guerra alguma, e você não tem conhecimento disso por que estava lá esse tempo todo. É a única explicação.

Nesse momento Naruto arregalou seus olhos e essa era a única possibilidade para a situação. Ele ficou desolado pensando em todas as coisas que ele perdeu. Eu o consolei como pude, pois senti muita tristeza por ele. Eu sabia como era perder alguém querido.

— Não sofra tanto Naruto, deve haver algo bom nessa situação toda.

— É eu conheci você. – Disse-me sorrindo e eu retribuí.

Continuamos a explorar o navio até que Naruto caiu em uma armadilha. Vários objetos começaram a se mexer até que um sinalizador foi disparado.

— Ah não. – Lamentou Naruto. – Segure-se. – Falou me pegando no colo e saindo pelo buraco que o sinalizador havia feito.

O que não sabíamos era que estávamos sento observados de longe por Sasuke.

*

— O último mestre do ar. Muito ágil para um idoso de mais de cem anos. Avise meu irmão que encontrei o Avatar. – Gritou Sasuke observando pela luneta. Ele a seguiu na direção em que corriam, podendo enxergar a aldeia. – E também o seu esconderijo. – Disse para si mesmo cerrando seus olhos de predador.

23 de Mayo de 2018 a las 06:52 0 Reporte Insertar Seguir historia
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