— Ele é tão lindo!
Sim ele era, e isso estava deixando Yuri Plisetsky louco.
Quer dizer, quem era tão lindo assim? Claro, pessoas são bonitas, Yuri se achava bonito, achava o amigo Otabek bonito, Viktor, seu irmão mais velho era bonito, e até mesmo seu noivo Katsudon era bonito.
Mas JJ era diferente.
Ele era ridiculamente perfeito. E isso irritava o russo.
Irritava porque Yuri não conseguia parar de encará-lo. Irritava porque quando estavam próximos, Yuri não conseguia agir naturalmente, porque merda, olha só este rosto, como alguém tem olhos tão intensos? E esse sorriso? Ninguém tem um sorriso tão verdadeiro e… Brilhante?
— Eu soube que ele tem uma namorada - Mila voltou a falar sobre o novo assistente do professor de fotografia - É realmente uma pena não?
— Uma pena por que velha? - tentou disfarçar a frustração - Vai dizer que queria pegar o cara?
— Eu não, você! - respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo.
— Eu?
— Ah qual é Yuri, você não para de olhar pra ele, parece que vai atacar o homem a qualquer momento. Sem falar que aquele dia na boate você bebeu demais e ficou rindo do sotaque francês dele - a russa ria lembrando-se da cena - Você disse que ele era fabuloso, e que isso te deixava furioso.
Yuri sentiu o rosto esquentar, lembrava-se perfeitamente daquilo, tinha bebido além da conta justamente por culpa do canadense.
Naquele dia tinha ficado sozinho com o moreno na câmera escura, e durante a “aula” em que Jean ensinava ao loiro sobre os segredos para revelar fotos, por cerca de três segundos suas mãos se tocaram, e aquilo foi o suficiente para que Yuri sentisse seu corpo todo se esquentar.
Sentia-se ridículo.
Era como se Jean tivesse arruinado sua vida pelo simples fato de não ser seu.
Porque ele era tão legal que fazia Yuri odiá-lo.
Se ele tinha uma namorada, o russo sentia ciúmes, mas se ele fosse solteiro, honestamente era ainda pior, porque JJ era tão maravilhoso, que realmente doía.
Whisky no gelo.
Estavam novamente na boate, Yuri continuava a frustração em pessoa, falava com todos ao redor, menos com Jean.
O canadense devia pensar nas consequências, de seu campo magnético ser forte demais.
Não conseguia dizer nada direto pra ele, mesmo que tentasse, quando estavam frente a frente, as palavras faltavam. Jean devia tomar isso como elogio, porque Yuri Plisetsky não ficava sem palavras.
E isso o deixava tão furioso
Por que JJ o fazia sentir daquele jeito? Como se fosse afogar-se naquelas olhos azuis como o oceano.
Mas o que podia dizer?
Ele era lindo!
Jean o encarava e sorria, e Yuri sentia as pernas tremerem, ficava feliz em ter a atenção do mais velho, mas logo a atenção era direcionada a outra pessoa, porque o Leroy era assim, sempre ativo, sempre conversando com todos. E Yuri voltava a ficar triste.
Não havia nada que odiava mais do que aquilo que não podia ter.
Frustrado, decidiu voltar pra casa, para seus gatos.
Pijama de animal print, sorvete e netflix.
O som da campainha o desperta de um sono leve, onde sonhava com um moreno de sotaque francês.
A porta é aberta, os olhos de soldado encaram os de oceano
— Como está gatinho?
— Sozinho! A menos que queira me acompanhar…
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