ariane-munhoz Ariane Munhoz

Suspensão momentânea da respiração. O momento em que descobriu como aquilo tudo a sufocava. Como ser colocada em xeque daquela maneira lhe tirava o ar. E não conseguir respirar. Como se nada mais fizesse sentido. Como se fosse sufocar dentro do próprio desespero. - PrentissJJ


Fanfiction Series/Doramas/Novelas Sólo para mayores de 18.

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No air

- Criminal Minds é uma série e não me pertence, nem os personagens presentes nela;
- Fanfic feita a partir do episódio 13x13, contém spoilers;
- Não sei se seguirá a linha após esse episódio, pois ainda não assisti o restante da temporada, mas provavelmente não;
- Contém possíveis insinuações de cenas com LGBT, se não gosta, não leia;
- Não tem data de postagem fixa por enquanto;
- O foco aqui é mais sentimental, a respeito dessas duas personagens. Vamos ver o que acontece.

Chegando pra tirar a poeira do fandom, será que aqui é flopado demais? Vou descobrir. Só tive uma tentativa, também com esse casal, e foi quase um fiasco, haha.

Como já foi avisado nas notas iniciais, contém spoilers do episódio 13x13, e a partir daí, eu não sei se vai ser linear ou não aos episódios. É provável que não.

Quem não gosta do casal, não leia. Haverá desenvolvimento, mas pode ser apenas platônico ou não. Qualquer coisa eu mudo a classificação da fic. Boa leitura!


***

Quando Barnes a chamou para sua sala, Jennifer esperava tudo menos aquilo. Chefe da BAU. Colocada no lugar de Prentiss enquanto ela era investigada pela operação de Reid no México.

Enquanto caminhava para o elevador, ciente da promessa que fizera a respeito do sigilo para com Barnes, JJ sentia a própria mente embaralhada e o coração em frangalhos.

Por que acha que não te deram a chance como chefe da unidade quando o agente Hotchner saiu?

Aquilo a sufocava, junto com as palavras falsas e o olhar frívolo e calculista daquela mulher. Lembrando-lhe de como Matt lhe dissera para tomar cuidado com ela, pois tudo o que Barnes queria era formar uma equipe que se moldasse ao seu jeito e ao seu caráter, e JJ não tinha certeza do que aquilo queria dizer.

Pois lembrava-se de como Emily sempre a apoiara, mesmo quando ela não era uma agente de campo e tratava apenas da parte da mídia. Mesmo quando, ao tornar-se agente de campo e retornar para a BAU, sentia-se insegura.

Emily havia sido seu porto. Mesmo antes daquela reunião. Garantindo que nada aconteceria à Jennifer enquanto estivesse no comando.

Mas aquela reunião, que a princípio parecia uma ameaça para si mesma, havia se provado muito pior. E deixara um gosto amargo em sua boca.

Porque sentia como se estivesse segurando o punhal que apunhalara Prentiss. Mesmo que não fosse diretamente responsável por isso.

Prentiss era a escolha certa. Tem mais tempo de casa.

O gosto amargo da bile permanecia em sua garganta quando chegou ao estacionamento, ansiando que Emily ainda estivesse por lá, pois temia lhe dar as notícias através do telefone. Com receio de que pudesse estar grampeado. Não seria novidade para ela. Ou mesmo que puxassem seus registros telefônicos. Não seria a primeira ou a última vez.

Cada passo parecia ser dado em concreto mole enquanto tentava avançar para o próprio carro. Buscando com os olhos saber se o carro de Emily ainda estava ali. E surpreendendo-se quando o número dela apareceu em uma chamada para seu celular.

Sentiu o coração saltar no peito, descompassado. Dolorosamente acelerado.

Então este deve ser um processo indolor.

Não demorou a atender, no entanto, ouvindo sua voz. Sentindo a culpa esgueirar-se através dos poros de sua pele. E se o processo não fosse indolor? Porque Deus sabia que Prentiss seria capaz de qualquer coisa por qualquer um deles. E se não fosse?

− Emily? – O mundo parecia girar ao seu redor. Querendo conspirar para que lhe dissesse a verdade. Uma verdade que não poderia esconder de alguém que por tantas vezes lhe estendera a mão.

A voz dela, falando sobre outro caso, parecia distante. Tudo o que mais assombrava Jennifer naquele momento eram as palavras de Linda, garantindo-a como a chefe imediata da BAU enquanto Prentiss era afastada da posição.

− Emily, algo está acontecendo. – Não deveria dizer isso. Não ao telefone. Não suportou. Não quis dizer mais nada antes de desligar, mas precisava. – Estou voltando.

Sentindo-se uma marionete. Com as cordas puxadas por seus superiores. Sufocada. Completamente tomada por aquele sentimento de desespero. Como se as portas do elevador no qual havia acabado de entrar fossem se fechar sobre ela junto com as quatro paredes.

Respirar havia se tornado impossível. Suava frio.

E mal teve tempo de ver as portas se abrirem antes de se jogar nos braços dela, abraçando-a como se Emily fosse se desfazer como uma estátua de areia em suas mãos.

A outra mulher, incapaz de compreender o que quer que fosse, apenas retribuiu o afeto. Sabendo que o trabalho era exaustivo. Que aquele último caso onde haviam falhado em salvar a vítima tinha custado tanto para JJ quanto para ela.

E garantira que sempre estaria ali por ela. Para que pudessem conversar. Para que fosse seu suporte.

− O que houve, JJ? – perguntou, aturdida. Levando uma das mãos aos fios louros para acalentá-la com um afago gentil. – Eu já disse que Barnes não pode atingi-la. Não enquanto eu...

− Acho que ela quer te tirar do comando. – disse de uma vez, afastando-se para olhá-la. – Acho que quer algo mais do que isso, Emily, mas não sei. Disse que vai revisar nossos casos, está focada no caso de Spence. Estou preocupada, Emily, estou preocupada com o que isso quer dizer. Que ela queira nos separar. A equipe. Que queira prejudicar você.

Foi como um furacão atingindo uma casa de veraneio. Prentiss, que não esperava por isso tanto quanto ele, respirou fundo. Sabendo que precisava manter o barco navegando, mesmo que isso significasse que o capitão deveria afundar sem ele.

Olhou para JJ com aquela compreensão mútua, sabendo que ela não era culpada. E apertou seu ombro com força.

− Daremos um jeito nisso. – garantiu com uma confiança que não possuía. – Até lá, jogaremos o jogo dela. Descobriremos o que quer. Tenho plena confiança em você, JJ. Sei que tudo vai dar certo. E que se eu cair, você dará seguimento ao trabalho de Gideon e Hotch.

− Não diga isso jamais! – JJ estreitou os olhos. Ciente de que estavam diante do elevador. Mas num ponto cego das câmeras. – Eu não quero... primeiro Morgan, depois Hotch. Não quero perder você também, Emily.

− Não vai me perder. – disse com convicção. – Nunca. Nem se eu morrer.

Quis repreendê-la por dizer tal coisa. Lembrando-se de quando Emily forjara a própria morte e ela fora a única pessoa além de Hotchner a saber disso. Constantemente lhe fazendo companhia através de partidas de Scrabble¹ sob o nick cheetobreath.

− Não morra. – Fez biquinho. – Com quem jogarei Scrabble se fizer isso? Preciso de você. É minha melhor amiga. A pessoa com quem sempre posso contar.

O olhar de Prentiss se suavizou. Sabendo que nunca seria mais do que isso para Jennifer, pois ela amava o marido e os filhos que tinha com ele. Não poderia culpá-la por sua família linda. Nem ser a responsável por destruir isso. Por isso, guardava os próprios sentimentos a sete chaves, enclausurando-os no próprio coração.

− Daremos um jeito nisso, JJ. É uma promessa. – Jennifer olhou-a nos olhos, captando a verdade em suas palavras. – Está me analisando?

− É uma mania que pegamos depois de um tempo. – Deu-lhe a língua, sorrindo, mas acabando por abraça-la novamente. Apesar de todo o clima tenso. – Não quero roubar seu lugar, Emily.

− Sei disso. – Tranquilizou-a. – Não se preocupe, JJ. Vai ficar tudo bem.

Jennifer queria acreditar nisso. Mas sentia que aquela era apenas a ponta do iceberg.


¹ - Em uma conversa com Hotch, Emily diz que quando ela ficou longe do trabalho da BAU, ela jogou muito Scrabble com alguém que usava o nick cheetobreath, dando a entender que essa pessoa era JJ lhe fazendo companhia.

Notas:

Então, eu comecei a assistir esse episódio e migrei para o 13x14, tanto que as falas em itálico são desse episódio que sequer terminei de assistir ainda porque comecei a trabalhar febrilmente nesse capítulo aqui. Era pra ser uma oneshot, mas vejam só quem gosta de escrever casais improváveis em fandons esquecidos, hahaha.

Espero que vocês gostem. Se alguém ler, me diga o que está achando!

Beijos!

23 de Abril de 2018 a las 22:06 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Conoce al autor

Ariane Munhoz Dona de mim, escritora, louca dos pássaros, veterinária e mãe dos Inuzuka. Já ouviram a palavra Shiba hoje?

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