nanahoshi Nanahoshi

E foi aí que tudo deu errado. Com o acidente sofrido por Mitsui e seu consequente afastamento do basquete, sua personalidade começou a ser dominada pelo rancor e pela raiva. O garoto passou a desprezar tudo relacionado ao esporte, inclusive [Nome]. Um dia, a garota o chamou para assistir um jogo de basquete de rua que aconteceria na mesma quadra que eles haviam se conhecido. Com desprezo, ele rira na cara de [Nome] e dissera que ele tinha mais o que fazer. [Mitsui Hisashi x reader]


Fanfiction Anime/Manga No para niños menores de 13.

#slam-dunk #mitsui-hisashi #mitsui-x-reader #romance #angst #fluff
Cuento corto
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Capítulo único

OOOOIINNNN Pessoinhas! Tudo bem?
Bom, aí vai mais uma one-shot minha mas dessa vez é de SLAM DUNK <3 Eu estou completamente in love com esse anime, e me apaixonei pelo Mitsui! (se bem que eu não sei ainda se vai ser meu único husbando :v) A história dele me deu uma ótima ideia para um angst, e como sou discípula da @Pixel_Kiyoshi eu não podia deixar passar u.u
Sinceramente não sei se ficou boa pq ainda estou tentando dominar a personalidade dos personagens então peço desculpas caso não fique tão fiel ao Mitsui </3
Espero que gostem!

-Você fez o quê!?

[Nome] olhou para Mitsui com os olhos arregalados de horror. O garoto aparecera sem aviso no centro de beleza de sua mãe naquele final de tarde, o rosto coberto de machucados e sangue coagulado. A menina o puxara para os fundos para que ele não chamasse a atenção caso um cliente chegasse. A última coisa que ela queria era que os problemas de Mitsui alcançassem os negócios de sua mãe também. Agora eles conversavam na copa, que felizmente estava vazia.

O garoto conservava a mesma aparência assustadora que [Nome] vira da última vez que se encontraram. O rosto bem marcado pelos traços da puberdade agora era quase todo coberto por seus cabelos negro-azulados que escorriam até seus ombros. Os olhos azuis-marinho, antes tão alegres e cheios de energia, agora eram sombrios e pesados. E, para completar, [Nome] sequer se lembrava a última vez que vira Mitsui sorrir.

Diante da pergunta acusadora da amiga, o terceiranista manteve a cabeça baixa e as mãos enterradas nos bolsos. A vergonha que passara mais cedo diante do homem que o dera a determinação para vencer o campeonato regional agora pareciam pesar dez toneladas em seus ombros largos. Ele suportaria os olhares acusadores de todos, até mesmo os de Kogure e Akagi, mas o de [Nome]...

-Oi! Me responde, Hisashi!

Ele encolheu ainda mais os ombros. Era difícil ter que confessar o que ele fizera, que dirá repeti-lo. Além disso, [Nome] já não tinha motivos suficientes para desprezá-lo?

-Eu decidi me vingar do Miyagi... E queria fazer isso desclassificando a Shouhoku do Intercolegial por uma briga. Se o boato de que os jogadores tinham se envolvido numa briga de gangue dentro da própria escola, eles com certeza seriam banidos do campeonato. Então eu reuni os membros do time de judô e pedi ajuda à um amigo meu, o Tetsu-

Mitsui não teve chance de terminar. Um tapa certeiro e estalado fez arder sua face já machucada e ele deu dois passos para trás. Suas mãos instintivamente cobriram o local da pancada, e seus olhos azul-marinho ergueram-se em choque para fitar a garota a sua frente.

-Isso é sério!? – ela berrou com raiva. – Eu não tinha dito para nunca mais falar comigo? E você, além de não respeitar isso, vem me contar uma merda dessas!?

O colegial baixou o olhar novamente e voltou à postura cabisbaixa de antes.

[Nome] era sua amiga há anos, e eles haviam se conhecido por causa do basquete. Ela sempre jogava na quadra pública do bairro, e foi lá que ele a viu pela primeira vez. Lembrava-se claramente de ter ficado encantado com a forma como ela sorria enquanto jogava, e aquilo o fez se interessar pelo jogo. Queria muito experimentar a sensação que fazia aquela garota parecer tão alegre.

Mitsui, então, pediu para que [Nome] o iniciasse no basquete. Meio relutante de início, a menina aceitou ser sua tutora. Ensinou tudo o que podia, desde os movimentos básicos até os truques de fake e arremessos de três, que eram seu maior orgulho. Foi naquela pitoresca quadra de basquete que a amizade dos dois floresceu.

Com o passar dos anos, Mitsui e [Nome] se tornaram inseparáveis e a amizade começava a ganhar novos contornos. Porém, nem um nem outro tinham coragem de tomar uma iniciativa, já que nenhum deles tinha certeza dos próprios sentimentos.

E foi aí que tudo deu errado.

Com o acidente sofrido por Mitsui e seu consequente afastamento do basquete, sua personalidade começou a ser dominada pelo rancor e pela raiva. O garoto passou a desprezar tudo relacionado ao esporte, inclusive [Nome].

Um dia, a garota o chamou para assistir um jogo de basquete de rua que aconteceria na mesma quadra que eles haviam se conhecido. Com desprezo, ele rira na cara de [Nome] e dissera que ele tinha mais o que fazer.

-Eu não vou mais perder tempo com coisas estúpidas feito basquete. – ele dissera com um sorriso debochado.

A menina o olhou horrorizada, sem conseguir acreditar que aquilo saíra da boca de Mitsui.

-O quê!? – ela berrou, chocada.

-É isso mesmo que você ouviu. – ele cuspiu. – Não vou perder mais nenhum segundo com basquete.

E sem dar chance para mais qualquer pergunta de [Nome], ele girou nos calcanhares e foi embora.

Após esse episódio, o colegial passou a se envolver cada vez mais com gangues e brigas de rua, e o abismo que se formara entre ele e [Nome] se tornava cada vez maior. Por fim, uma em específico arruinou completamente a amizade entre os dois.

Enraivecidos pela surra que tinham tomado da gangue de Mitsui, uns encrenqueiros da escola Kainan investigaram sobre as relações do colegial e descobriram sobre [Nome]. Depois de conseguirem o endereço dela, observaram sua rotina durante alguns dias. Após uma semana, emboscaram-na quando ela voltava para casa no final da tarde. Enquanto isso, um deles havia ficado responsável por entregar o recado para Mitsui.

Assim que soube, o garoto foi açoitado por um intenso sentimento de culpa e ódio. Jamais imaginara que acabaria envolvendo a amiga em suas brigas, e muito menos como uma refém. Cego de raiva, ele correu sem hesitar para o local combinado, e no caminho tomou uma decisão: se afastaria de uma vez por todas das gangues para que ela não corresse mais nenhum risco por sua causa.

Quando finalmente alcançou-os, percebeu a real proporção da armadilha na qual havia caído. [Nome] estava no fundo do beco contida por dois colegiais corpulentos com expressões desdenhosas. Assim que avistaram Mitsui, os outros membros da gangue cercaram as duas saídas do beco para que o garoto não tivesse nenhuma chance de fugir.

-Eu sabia que ele iria vir. – riu-se o chefe deles. – Podem liberar a garota. Já temos o que queríamos.

Um alívio momentâneo tomou conta do peito do estudante, e ele buscou [Nome] com o olhar. A garota massageava os antebraços marcados pelo aperto dos brutamontes, e assim que conseguiu processar a informação que estava livre, buscou Mitsui dentre os vultos ali presentes. Quando focalizou seu rosto distorcido por uma máscara de sentimentos confusos, avançou em sua direção pisando firme, as lágrimas acumulando-se no canto de seus olhos.

Como? Como aquilo havia chegado àquele ponto? Como ele permitira que uma coisa daquela acontecesse? E ainda por cima... com ela!?

Todos se viraram para encarar as costas esguias da menina, que avançava com os punhos cerrados. Assim que o rosto do amigo de infância ficou ao alcance de seus braços, ela ergueu o punho direito e desferiu um soco certeiro em sua face esquerda.

-Desgraçado! – ela berrou com lágrimas escorrendo por suas bochechas. – Como você chegou a esse ponto? Quando você se rebaixou ao ponto de me envolver nessas suas brigas estúpidas!?

Mitsui permanecia com o rosto virado, os olhos azuis escuros vidrados e vazios pelo choque.

- Nunca mais... – ela disse entredentes. –Nunca mais fale comigo.

Aquelas palavras de [Nome] doeram mais que qualquer soco ou chute que ele havia tomado em uma briga. Doeram mais que a lesão no joelho. Doeram mais que abandonar o basquete.

Mesmo quando ele desistira de tudo, ela não havia desistido. Ela acreditara que um dia aquele rancor do que acontecera no primeiro ano sumiria e deixaria a paixão de Mitsui pelo basquete aflorar novamente. E mesmo quando ele começou a afundar cada vez mais, ela tentou dar apoio a ele, cuidar de seus machucados para que ele não ouvisse tanto dos pais.

E ele simplesmente desprezara tudo.

Naquele dia, a surra que ele tomara depois de ser insultado e humilhado pelos arruaceiros da Kanzai não se comparava com o fato de ter perdido [Nome] completamente. Ele se iludira achando que ela ficaria ao lado dele apesar das burradas que ele andava fazendo. O que mais ele perderia?

Desde então, [Nome] nunca mais havia falado com ele, e Mitsui não tivera opção senão respeitar a decisão dela. Com a ausência da amiga, o adolescente continuou se envolvendo cada vez mais em confusões e rixas, e a pouca esperança que se escondia em seu coração de voltar ao basquete desapareceu completamente.

Contudo, o acontecimento no ginásio da Shohoku daquele dia despertara as antigas lembranças do Mitsui com relação ao basquete. A sensação de encestar a bola com um simples movimento do pulso, a euforia preenchendo o peito enquanto ele avançava entre os adversários na direção do garrafão... Lembrando-se de tudo isso, Hisashi Mitsui finalmente percebeu o quanto ele sentia falta do basquete e, principalmente, falta daquela que trouxera aquele esporte maravilhoso para sua vida.

Céus! Como ele queria voltar a jogar basquete! Como ele queria voltar a jogar com [Nome] e vê-la sorrir daquele jeito tão singular e envolvente...

Fora por tudo isso que ele abandonara seu orgulho e correra para ver a garota que ele havia desprezado por puro capricho e egoísmo. Ele precisava concertar aquilo. Jamais se perdoaria se não tentasse.

Mitsui ergueu os olhos azuis melancólicos para [Nome] e respirou fundo.

-Eu sei que o que eu fiz foi imperdoável. Eu realmente fui um idiota egoísta e só pensei no meu capricho de me tornar o ás da Shohoku... e isso acabou com tudo. – ele cerrou os olhos com força e tornou a abri-los, mas desta vez com um olhar determinado. – Mas eu preciso dizer uma coisa para você.

A garota se empertigou onde estava e cruzou os braços. Seus olhos [cor] se desviaram para o chão tomados pela dor e raiva. Queria muito acreditar nas palavras de Mitsui. Queria muito que ele tivesse realmente reconhecido os seus erros e voltado atrás... Mas o que ele fizera não fora tão simples.

Com o rosto vincado, ela apenas mordeu o lábio e abaixou a cabeça.

-Eu vou voltar a jogar basquete. – Mitsui soltou como se as palavras forçassem saída de sua boca. – Não quero mais ficar fingindo que não quero.

Os olhos de [Nome] se arregalaram e ela imediatamente cravou-os no rosto do amigo.

-Eu sei que pode ser um pouco tarde já que estou no terceiro ano. Mas eu ainda quero aproveitar o tempo que me resta no Ensino Médio. Eu vou...

A frase pesou demais em sua boca, e ele teve que apertar os lábios para que elas não saíssem de qualquer jeito. Queria mostrar para [Nome] que aquele era novamente seu sonho.

Respirando fundo, o garoto fechou os olhos para depois abri-los e fitar a amiga com um vinco de determinação em sua testa.

-Eu vou ajudar a Shohoku a conquistar o Japão.

Os lábios de [Nome] se abriram num pequeno “o”, mas não de horror ou raiva, mas sim de surpresa. Diante de seus olhos, ela finalmente reconheceu a expressão determinada do Mitsui que ela conhecera na quadra de seu antigo bairro. O garoto que ela ensinara a jogar basquete e que acabara se tornando muito mais do que um bom amigo estava novamente parado diante dela.

-Hisashi... – ela murmurou arregalando cada vez mais os olhos.

Mitsui endireitou os ombros tirando as mãos dos bolsos. Ele subiu a mão para o pescoço e coçou a nuca olhando para o chão enquanto a timidez tomava conta de seu olhar.

-Então... [Nome]-chan... Me desculpe, de verdade. Eu não queria ter dito nem feito todas aquelas asneiras com você. Eu sei que não é uma coisa tão simples pra se resolver apenas com um pedido de desculpas... Mas é que hoje eu preciso muito de você.

Assim que a última frase deixou os lábios de Mitsui, ambos sentiram uma fervência subindo por seus rostos. [Nome] desviou os olhos para o chão começou a esfregar os dedos de cada mão com o polegar. O adolescente coçou ainda mais rápido a nuca e continuou:

-É-é que... – ele piscou e, com muito esforço, tornou a fitar a garota em pé à sua frente. – Como você me ajudou a dar o primeiro passo com o basquete, quero que você faça isso mais uma vez. Quero que você me ajude a dar o primeiro passo para voltar ao basquete.

[Nome] mudou o peso do corpo para a perna esquerda e fitou o amigo com uma mistura de insegurança e esperança reprimida. Queria tanto poder dizer sim. Ela sonhara tantas vezes com aquele momento, o momento em que Mitsui diria a ela que voltaria a jogar basquete voltando a ser o garoto que conquistara sua admiração de uma forma tão singela...

Mas [Nome] tinha plena consciência de que o erro de Mitsui era quase imperdoável, e ela não permitiria que ele achasse que seria fácil concertar tudo.

-Eu não vou jogar basquete com você, Hisashi. – ela disse com a voz mais dura possível.

O colegial se encolheu como se tivesse recebido um soco na barriga. Meu Deus! Como aquelas palavras doíam. O desprezo de [Nome] era pior do que qualquer surra que ele tinha tomado. Mas ele merecia aquilo, afinal, ele também a havia desprezado... E da pior maneira possível.

-Eu sei. – ele disse com a voz triste. – Mas preciso de algo que só você pode fazer.

[Nome] entortou as sobrancelhas e esperou. Mitsui ergueu a mão esquerda até que seus dedos alcançassem uma mexa de seu cabelo negro-azulado.

-Você poderia... Cortar o meu cabelo? – ele fez uma pausa tentando não tropeçar nas palavras e riu nervoso. – Pode ficar tranquila. Eu vou pagar.

[Nome] arregalou tantos os olhos que Mitsui achou que eles fossem saltar das órbitas.

Como garotas costumavam fazer mais isso, ela sabia do significado de um corte de cabelo num momento como aquele. Mitsui estava realmente querendo mudar, e queria deixar um lembrete físico para que não se esquece de seu novo objetivo: conquistar o Japão com a camisa da Shohoku.

Depois de alguns segundos, [Nome] abaixou a cabeça e, girando nos calcanhares, disse:

-Vem aqui.

Surpreso por não ter recebido uma resposta ríspida da garota, Mitsui segui-a prontamente com uma expressão atônita. Ela levou-o até o banheiro usado pelos funcionários e abriu um armário que continha uma pilha de toalhas brancas e felpudas. Pegando uma, a menina empurrou-a contra o peito largo do adolescente e disse:

-Limpe esse sangue para não espantar os outros clientes. Quando terminar vá para o salão. Estarei esperando lá.

Mitsui assentiu prontamente e tratou de se limpar rápido. Quando seu rosto finalmente perdeu os sinais mais alarmantes da briga, dobrou a toalha deixando-a num canto e seguiu para onde [Nome] estava. A garota já o esperava trajando um jaleco, e uma manta estava pendurada no mesmo braço com o qual ela empunhava uma tesoura.

-Pode sentar. – ela chamou, o rosto tomado por uma expressão neutra indecifrável.

Mitsui obedeceu e sentou-se. [Nome] ajustou a altura da cadeira e olhou para o espelho para encontrar os olhos azuis do garoto refletidos ali.

-Então, o que vai ser? – ela perguntou passando os dedos pelos cabelos crescidos do adolescente. Seu toque causou arrepios involuntários na nuca de Mitsui, e um leve rubor tomou conta de suas faces.

-Ahm... – ele fez desviando os olhos para a bancada abarrotada de apetrechos de beleza. – Pode cortar tudo.

-Tudo!? – ela voltou a exibir sua expressão de choque.

-É. Digo, bem curto. Fica mais confortável pra jogar...

A garota correu os dedos pelo cabelo de Mitsui mais uma vez tomando algumas medidas e assentiu.

-Eu vou tirando aos poucos e você vai me falando se está bom, ok?

-Uhum. – ele murmurou tentando permanecer imóvel enquanto ele ouvia os primeiros tic-tics da tesoura rasgando seus fios de cabelo.

[Nome] trabalhou em silêncio tentando evitar os olhos profundamente azuis de Mitsui quando checava o corte no espelho. Porém, foi impossível para ela não notar os traços do garoto quando o cabelo longo deixou de cobrir suas feições. Agora que a cortina negra havia desaparecido, [Nome] pode finalmente perceber bem a mudança trazida pela puberdade ao rosto de seu amigo. A curva da mandíbula se tornara bem marcada, mas de um jeito suave. Marcas debaixo dos olhos delimitavam o limite de suas bochechas marcadas com hematomas e arranhões, mas ainda era possível notar que esse detalhe lhe conferia uma certa maturidade. O nariz reto causava o mesmo efeito. As sobrancelhas negras e grossas coroavam perfeitamente seu par de olhos azul-marinho que sempre encantavam [Nome] de uma forma que ela jamais admitiria. Agora eles estavam bem mais visíveis, e aquilo agradou profundamente à garota.

Por fim, o novo corte de cabelo de Mitsui caíra muito bem, dando ao seu rosto um ar mais brincalhão e determinado.

Sim... Era esse o Mitsui que ela havia conhecido.

-E então? – ela perguntou depois de dar o último retoque do lado esquerdo. – O que achou?

Ele girou a cabeça para os lados para ver o novo penteado de vários ângulos e depois sorriu satisfeito. [Nome] foi até a bancada e pegou um espelho quadrado para que Mitsui pudesse checar o corte de cabelo atrás também.

-Oh! – ele fez sorrindo ainda mais. – Ficou bom mesmo! Muito obrigado, [Nome]-chan!

Enquanto o adolescente se dedicava a admirar o trabalho da amiga, [Nome] não conseguiu evitar de reparar em seus traços novamente. Realmente, Mitsui havia ficado muito mais bonito do que previra.

Ao constatar isso, suas bochechas involuntariamente ferveram, e ela abaixou o rosto com medo de que ele visse sua expressão embaraçada.

-De nada. – ela murmurou avançando para a bancada para depositaro espelho e a escova que usara para tirar o excesso de cabelo.

Assim que ela retirou a manta que cobria o garoto, ele se colocou de pé e prontamente levou a mão ao bolso, tirando algumas notas esverdeadas.

-Quanto ficou? – ele perguntou conferindo a quantidade que tinha.

[Nome] estava de costas para ele organizando a bancada e espanando alguns restos de cabelo para o chão. Mordeu o lábio diante da pergunta de Mitsui, e a frase que ele dissera mais cedo ressoou em sua mente:

“Eu sei. Mas preciso de algo que só você pode fazer. “

“Você poderia... Cortar o meu cabelo?”.

Agora que finalmente pudera ver os olhos de Mitsui sem que seus longos fios negros atrapalhassem, ela teve certeza que ele não estava falando da boca para fora. Ela reconheceu sua determinação teimosa no azul-marinho de seus olhos. E o corte de cabelo era a forma que ele encontrara para dizer a si mesmo que ele queria e que ele iria voltar a ser quem ele fora um dia. Se ela cobrasse por aquilo, o pedido de Mitsui perderia completamente seu significado.

-Nada. – ela disse esticando o braço para pegar a vassoura que estava encostada por ali. – Fica por minha conta.

-Mas...! – ele piscou atônito enquanto fitava a nuca da garota. – Eu disse que iria pagar!

-Cale a boca e aceite, idiota. – ela disse sem coragem de se virar para fitá-lo nos olhos.

Um turbilhão de emoções assolou seu peito. Sua cabeça girava pela confusão. Queria tanto poder comemorar isso, acompanhá-lo nos jogos e treinar com ele... Mas, ao mesmo tempo, não conseguia esquecer o que ele fizera. E isso a impedia de demonstrar aquilo que queria.

O adolescente guardou silêncio por alguns instantes e depois disse:

-[Nome]-chan... Por favor, me deixa pagar o corte. Eu vou ficar muito mal s-

-Eu já disse que é por minha conta! – ela exclamou alto demais ao girar o corpo e começar a varrer com os olhos fixos no chão. Ela passou por Mitsui e esbarrou forte em seu ombro. – Já terminei o serviço. Pode ir.

Mitsui não se mexeu. Seus olhos se esvaziaram e ele fitou o nada enquanto digeria as palavras secas de [Nome]. Ele soubera desde o princípio que não conquistaria a confiança da garota logo de cara, mas isso não prevenira de fato do peso que era ser tratado daquela forma por ela.

Porém, mesmo estando claramente ressentida, [Nome] acatara o seu pedido. E se ela não cobrara pelo serviço... Significava que, no fundo, ela queria fazer aquilo por ele, e estava feliz por ele ter retornado.

Um leve sorriso curvou os lábios de Mitsui ao se dar conta daquilo, e ele se aproximou silenciosamente de [Nome] até parar bem próximo às suas costas.

-[Nome]-chan. – ele chamou deixando a gratidão que sentia inundar o nome da garota.

Ao ouvir a voz do amigo tão próximo, a garota encrespou-se e sentiu suas bochechas novamente ruborizando. Tentando soar o mais seca possível, ela se virou bruscamente e grunhiu:

-Hisashi, eu já disse pr-

Porém, ela não conseguiu terminar a frase. Assim que ela se virou, um toque macio e quente na sua bochecha esquerda emudeceu-a instantaneamente. Mitsui estava curvado, a mão pousada de leve no ombro esquerdo da menina enquanto seus lábios depositavam um beijo muito doce em sua face ruborizada.

O toque durou apenas alguns segundos, mas foi o suficiente para arrepiar todos os pelos do corpo de [Nome]. Internamente, ela desejou que o toque de Mitsui tivesse durado um pouco mais. Afastando-se um pouco, o garoto disse baixinho:

-Obrigado.

Ele então se endireitou e passou a mão pelos cabelos de uma forma meio desconcertada.

-Bom, eu vou indo. Até mais, [Nome]-chan.

Ele girou nos calcanhares e encaminhou-se para a saída do salão. A garota permaneceu estática encarando as costas do amigo de infância. Odiou-se por ter ficado tão mexida com o gesto dele, e ainda mais por saber que, no fundo, queria muito ter Mitsui de volta... para ela.

Talvez não fosse a hora certa para reatarem, mas poderiam começar, certo?

Ela voltou a varrer e assim que ele parou para abrir a porta, ela ergueu a voz:

-Oi, idiota.

Sobressaltado, o adolescente virou o tronco o suficiente para olhar para [Nome] com um olhar interrogativo.

-Se você não fizer a Shohoku subir ao topo do Japão, eu juro que acabo com você.

Mitsui arregalou os olhos e, aos poucos, um sorriso substituiu sua expressão de choque. Ele riu baixinho ao se lembrar das incontáveis vezes que dissera que iria conquistar a nação. Não tinha mais volta. Daquela vez, ele tinha que conseguir.

Alargando ainda mais o sorriso ele fitou [Nome] em desafio e disse:

-Pode deixar comigo.

Espero que tenham gostado <3 Eu acho que essa vai ser a primeira de muitas ones desse anime DIVO <3
Não esqueçam de me falar o que acharam >< eu preciso de dicar sobre os personagens para dominá-los melhor e escrever MUITAS FANFICS *0*
Quem curtir KnB, confiram minhas outras oneshots e shortfics de KnB <3

Beijinhos e até a próxima! 

15 de Abril de 2018 a las 23:02 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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Nanahoshi 𝙼𝚎𝚞 𝚗𝚘𝚖𝚎 é 𝙽𝚊𝚗𝚊𝚑𝚘𝚜𝚑𝚒. 𝚂𝚘𝚞 𝚊 𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘𝚒𝚍𝚎 𝚎𝚗𝚟𝚒𝚊𝚍𝚊 𝚙𝚎𝚕𝚊 𝙲𝚢𝚋𝚎𝚛𝚕𝚒𝚏𝚎. 𝙵𝚞𝚒 𝚙𝚛𝚘𝚐𝚛𝚊𝚖𝚊𝚍𝚊 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚎𝚜𝚌𝚛𝚎𝚟𝚎𝚛 𝚊𝚜 𝚖𝚎𝚕𝚑𝚘𝚛𝚎𝚜 𝚑𝚒𝚜𝚝ó𝚛𝚒𝚊𝚜 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚟𝚘𝚌ê. fghtsяkruhдkqij9 instab̲̅i̲̅l̲̅i̲̅d̲̅α̲̅d̲̅є̲̅ no s̲̅σ̲̅f̲̅т̲̅ware ❱❱❱ ♕𝔼𝕞𝕚𝕤𝕤𝕒𝕣𝕚𝕒 𝕕𝕠 𝔾𝕚𝕣𝕝 ℙ𝕠𝕨𝕖𝕣 ϟ é hora de morfar ✣𝔑𝔬𝔫 𝔫𝔬𝔟𝔦𝔰, 𝔇𝔬𝔪𝔦𝔫𝔢, 𝔫𝔬𝔫 𝔫𝔬𝔟𝔦𝔰, 𝔰𝔢𝔡 𝔑𝔬𝔪𝔦𝔫𝔦 𝔱𝔲𝔬 𝔡𝔞 𝔤𝔩𝔬𝔯𝔦𝔞𝔪

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