Começou quando Naruto anunciou seu primeiro encontro com Hinata, a herdeira dos Hyuuga.
O ruivo lembrava com precisão da dor que lhe atingiu o peito. Não é nada fácil ter que sorrir e parabenizar o início de Namoro do cara pelo qual se é apaixonado, não mesmo. Ele apenas não imaginou que não fosse o único a sofrer calado por um coração partido, muito menos pela mesma pessoa.
Mas qual não foi sua surpresa ao encontrar Uchiha Sasuke em bar desconhecido, onde não importava quem você é, pois estão todos querendo esquecer de suas próprias frustrações, fazendo o mesmo que ele tinha ido fazer, afogando as mágoas em saquê. Lembrava de ter se acomodado no banco ao lado do Uchiha e pedido toda uma garrafa de saquê para si.
-O quê traz o Kazekage ao bar para se embebedar? – Assustou-se com a pergunta do Uchiha, que veio após minutos de silêncio e grandes goles de bebida. Gaara o analisou, os ombros largos, os cabelos mais cumpridos, um tanto mais alto que a última vez que o vira, Sasuke tinha se tornado um homem bonito.
-Tentando esquecer – Respondeu simplesmente.
-Hn- Apenas um resmungo como resposta, não era surpreendente na verdade.
-O que traz você ao bar para se embebedar? – Perguntou em tom divertido após incontáveis minutos e duas garrafas e meia de Saquê, o álcool já lhe entorpecida levemente, mas só conseguia pensar “Será que ele já a beijou?”. Gaara se achava um tanto masoquista por imaginar tais coisas, mas não conseguia evitar, queria ser ele a segurar a mão de Naruto ao caminharem pelas ruas, queria que fosse enviado ele receber os sorrisos envergonhados, queria ser ele a ver o rosto corado ao darem o beijo de despedida no término do encontro, mas não seria ele e o monstrinho da inveja e do ciúmes lhe atormentavam.
- O mesmo que você. – Respondeu com um riso estranho – Não está dando muito certo. – naquele instante Sasuke que encarava com único olho exposto, e Gaara se viu no reflexo da íris negra.
-Você também está aqui por ele. – Não era uma pergunta, ele reconhecia aquele olhar, o via no espelho desde que Naruto se disse apaixonado pela Hyuuga.
-Então um brinde a nós, Kazekage-Sama. – O Uchiha ergueu o pequeno copo, a voz em tom irônico – Que fomos idiotas o bastante para nós apaixonar por aquele imbecil de sorriso bonito – E Bebeu toda sua dose em um único gole, Gaara sorriu amargo enquanto fazia o mesmo. Eram dois idiotas enchendo a cara enquanto tentavam esquecer que a pessoa pelo qual eram apaixonados estava em um encontro do outro lado da vila, provavelmente na barraca de ramem que Naruto tanto amava. A situação em que estavam seria engraçado, se não fosse tão deprimente.
As horas foram correndo, os copos se esvaziando, a frustração aumentando, Gaara não sabia porque ainda tentava ficar podre de bêbado, sendo que sabia que ficaria levemente alterado. Riu consigo mesmo, era resistente, nem todo álcool do mundo lhe faria ficar fira de si inconsciente do que acontecia ao seu redor, e pela expressão do Moreno o mesmo acontecia com ele.
-Vice já recebeu proposta indecente, Gaara? – Sasuke se pronunciou de repente.
-Muitas – Respondeu lembrando-se das cartas indecentes que chegavam a sua mesa. – Mas nenhuma me despertou interesse. – Disse simplesmente – Quer me propor algo indecente, Uchiha? – Perguntou com um sorriso um tanto sádico, que sabia em nada afetar o outro.
- Se encher de álcool em nada adianta para nós – Começou e Gaara sabia onde terminaria. – Podemos afogar nossos decepções um no outro, pode ser bem mais prazeroso. – Não respondeu apenas lhe direcionou um sorriso malicioso e retirou algumas notas dos bolsos e pagou as bebidas que consumiu, saindo pelas ruas frias para seu hotel. Quando entrou em seu quarto, Sasuke estava empoleirado na janela.
Nada foi dito naquele quarto, mas Gaara lembrava de todas as sensações sentidas ali, enquanto tentavam alguma forma de consolação, algum alivio no corpo alheio, mesmo que fosse algo momentâneo.
O beijo voraz e exigente com gosto de saquê, como se quisessem descontar no outro a dor que sentiam, mãos se embrenhando por entre os fios negros, o gosto salgado da pele suada, o arrepio por todo o corpo quando as roupas foram ao chão, uma a uma, o ofego que chegou aos seus ouvidos quando envolveu o pênis alheio com os lábios e chupou lentamente, o gemido que deixou escapar ao ter a boca fodida, a sensação ardente de penetrar o corpo quente , o gosto ferroso quando lhe mordeu o ombro enquanto fodia o Uchiha de joelhos, de como os lábios frios deixaram um rastro de fogo até sua intimidade, das unhas cravadas em suas nádegas quando o Uchiha se deixou despejar dentro de si, e letargia após orgasmo e não ter forças para mais nada a não ser dormir tranquilo, pois já não pensava no que o fez sair para beber. Pois foi ardente, bruto, cru, e eles queriam mais.
No dia seguinte, nada falaram sobre o ocorrido ou sobre a razão que os levou a buscar consolo nos corpos um do outro, era melhor assim. Nenhum dos dois era adepto a muitas palavras e longas conversas, ambos eram parecidos demais, homens de poucas palavras e muitos olhares. Estes últimos que deixaram bem claro que aquela não seria a última vez.
Agora, anos depois, Gaara ainda podia lembrar com precisão de cada encontro e sentir seu corpo reagir e a excitação tomar sua pele, clamando para sentir tudo aquilo mais uma vez.
E ao ver o Falcão, tão característico de Sasuke, se aproximar, por entre o silêncio e os ventos frios das madrugadas se Suna, Gaara pensou que podia dizer, exatamente, quando aquele racionamento estranho tinha começado, mas que não fazia a menor ideia de qual foi o momento, entre sexo e palavras não ditas, em que havia deixado de amar Naruto e se apaixonado por Sasuke.
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