chiisanahana Chiisana Hana

Shunrei era sua coisa mais importante, sua doce e amada esposa, de quem ele tirava forças para seguir adiante, mas Shiryu achava que ela merecia muito mais do que o pesado fardo de ser a esposa de um cavaleiro. Shiryu x Shunrei. Episódio G Assassino.


Fanfiction Anime/Manga Sólo para mayores de 18.

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Orgulho

Oi!
Essa fanfic conta como eu imagino a história de Shiryu e Shunrei no universo do mangá Episódio G Assassino. O primeiro capítulo traz a cena onde ele volta ferido da luta com Sigurd, que já apareceu em “Quase Sem Querer”. A partir do próximo capítulo, a história entra num flashback que partirá da adoção de Shoryu até chegarmos de novo no tempo em que se passa o mangá.
Como o mangá ainda está em andamento, pode ser que precise de algumas adaptações no futuro, mas eu não aguento esperar, então aproveitei o aniversário de Shiryu, que é amanhã, para começar a postá-la. :3 #45
O título veio da frase que Shiryu fala para o Máscara da Morte na luta da casa de Câncer: “você menosprezou minha coisa mais importante”. :3 Foi aí que eu me apaixonei por ele! XD
É isso!
Boa leitura!




"Me dê força no percurso

E luz no caminho

Antes que fique tudo escuro

Porque a escuridão tardará

E nunca me deixe

Você sabe que não poderia

Já que você é

A coisa mais importante que eu tenho"(1)




Recostado na poltrona do shinkansen(2), Shiryu estava quieto, de olhos fechados, e respirava com dificuldade porque cada inspiração ou expiração era muito dolorosa. Acabara de lutar novamente contra Sigurd e esteve muito perto da morte. Mais uma vez. Não morreu porque Seiya ressurgiu do nada. Mesmo sem poder lutar. Mesmo com a maldição da espada de Hades cravada nele.

Seiya… Shiryu sonhou tanto com esse momento… Sigurd disse que os sonhos dos humanos não se realizam. Ele estava tão errado! Ao longo de sua vida, Shiryu realizou vários deles, e mais um acabara de acontecer: Seiya estava de volta.

Não esperava que fosse reencontrar o amigo justamente no meio de uma batalha, mas eram cavaleiros, onde mais se reencontrariam?

"Posso ouvir a alma do meu amigo", Seiya disse. E foi assim que ele o encontrou. Pressentiu o perigo. E veio. Era típico dele, o grande herói lendário. Seu amigo. Seu irmão.

No final, Shiryu também salvou o companheiro. Antes de tombar, mesmo fraco e tonto pelo esforço para expulsar o hálito paralisante de Fafnir de seu sangue, Shiryu conseguiu salvá-lo. Era sempre assim. Estavam ali um pelo outro e estariam sempre. Para isso serviam os amigos.

"Por que não volta e deixa a gente cuidar de você?", pensou Shiryu dolorosamente. "Não é um fardo. Te disse que não é. E Aiolos… o que era aquilo? Aiolos vivo, enfrentando Aiolia? Não estou entendendo nada… Seiya… Por que não ficou? E como Shunrei vai reagir quando souber? O marido sai para um passeio com crianças e volta desse jeito…"

Ele já não conseguia concatenar as ideias, pois os pensamentos iam e vinham sem lógica. Tentou relaxar e limpar a mente para esquecer a dor, mas começou a tossir ruidosamente.

"Por que dói tanto respirar?”, pensou. “O ar está queimando meus pulmões. Ainda é resquício de Fafnir?"

A tosse intensa assustou Hyoga, que ficou em alerta, olhando para o companheiro.

"Quanto tempo até chegar em casa?”, Shiryu continuava se perguntando em meio à crise. “Estou indo para casa? Não... Acho que ouvi Hyoga falar em hospital... Devem estar me levando para Shun."

Quando a tosse finalmente cessou, ele ficou quieto. O peito e as costas doíam ainda mais pelo esforço. Queria teimar e ir para casa, mas Hyoga estava certo, precisava ser medicado.

Assim que chegaram a Tóquio, foram direto para o hospital, onde Shun já estava esperando com uma cadeira de rodas a postos e o levou rapidamente para a sala de exames. Verificou grau de consciência, checou pulso e pressão, ambos alterados para menos.

– O que sente? – perguntou o médico.

– Dor – Shiryu respondeu com um fio de voz. – Muita dor em tudo, mas dói principalmente para respirar. – Ele abriu os olhos. – E, para variar, não estou enxergando.

– Certo. Vou mandá-lo para alguns exames, checar se não quebrou nenhum osso. Acho que a dor para respirar pode ser de origem muscular, do esforço extremo que fez, mas é melhor checar as costelas. E você deve ter perdido muito sangue como sempre, você é especialista nisso, não é?

Shiryu confirmou. Realmente perdeu muito sangue, se fosse um ser humano comum já estaria morto, mas como Shun disse, ele era um especialista.

– Shunrei já está sabendo?

– Não exatamente…

– Vou ligar para ela enquanto te levam para os exames.

Shun chamou um enfermeiro, o qual levou Shiryu, depois tirou o celular do bolso e ligou para Shunrei. No primeiro toque, ela atendeu.

– Shiryu está aí no hospital, não é? – ela perguntou, mas já sabia a resposta. Pouco tempo atrás, sentiu o cosmo dele expandindo-se vigorosamente e depois caindo ao ponto de quase sumir. Quase.

Desde o começo possuíam essa ligação, essa coisa de saber o que o outro sentia, ainda que de forma indefinida. Com o passar dos anos, ele mesmo a ensinou a desenvolver melhor o cosmo de forma que ela sempre sabia como, onde e a que distância ele estava. Era uma vantagem para uma esposa, riam disso no dia a dia, mas agora com o retorno das batalhas ela não estava achando nenhuma graça sentir que ele estava sofrendo.

– É – Shun confirmou. – Hyoga o trouxe para cá assim que chegaram de Nikko. As coisas lá não saíram como esperado…

– Como ele está? – ela perguntou. Sentia que ele estava fraco, mas vivo.

– Mandei-o para uns exames, mas acredito que esteja só muito esgotado. Vou deixá-lo em observação essa noite.

– Certo. Estou indo, mas vou demorar um pouco porque estou no ateliê.

– Venha com calma. Ele está bem. Eu garanto.

Mais tarde, enquanto Shun checava os resultados dos exames de Shiryu, Shunrei entrou em sua sala. Estava de calça jeans, camiseta rosa, com a chave do carro ainda na mão, e só de vê-la Shun teve certeza de que ela não veio dirigindo tão calmamente quanto ele recomendara.

– Oi, querida – Shun cumprimentou, abraçando-a gentilmente. – Ele está bem, já mediquei – ele adiantou, para tranquilizá-la, pois parecia bastante preocupada. – Tive que fazer uma transfusão de sangue porque, como sempre, ele perdeu muito. Estou com os exames aqui. Não tem nenhuma fratura. Ele só precisa de uns remedinhos e repouso, muito repouso.

– Essa parte é um pouco difícil porque ele é teimoso, você sabe.

– Eu sei… Ele precisa deixar de ser!

– Ele não vai deixar – riu Shunrei. – Tentei por anos e já desisti.

– Vem, ele já está no quarto. Vou levar você até ele para conversar só um pouco, depois vou administrar um sonífero para ele relaxar. Ele precisa ficar quieto, precisa apagar pra relaxar completamente.

– Certo… – Shunrei assentiu e o acompanhou. – Muito obrigada, Shun.

– De nada. Shura ajudou o Hyoga a trazê-lo e agora está com ele.

– Ah, sim. Finalmente vou conhecê-lo. Shiryu sempre falou nele e agora que voltou jovem virou assunto de novo.

– Ele é um bom rapaz, Shunrei.

– Isso é tão estranho... Ele devia ser mais velho que vocês, mas é um adolescente.

– São muitas coisas estranhas acontecendo ao mesmo tempo ultimamente.

Shunrei assentiu. Nunca faltavam coisas estranhas nesse mundo de cavaleiros, mas nos últimos tempos elas aumentaram de modo assustador.

Quando os dois entraram no quarto, Shiryu conversava com Shura.

– Shunrei… – ele murmurou antes mesmo que ela o tocasse ou falasse. Não podia vê-la mas sentia a presença dela com toda a força.

Ela se aproximou da cama e fez um carinho no rosto de Shiryu, que instintivamente abriu os olhos. Pelo olhar desfocado, Shunrei soube que ele não estava enxergando. Era sempre assim. Se ele queimava demais o cosmo, a visão se perdia temporariamente. Às vezes, voltava em algumas horas, em outras levava semanas.

– Estou aqui, meu amor… – ela disse, e segurou a mão dele.

– Quando vou para casa? – ele perguntou. Deduziu que Shun devia ter aplicado um analgésico bem forte pois a dor diminuíra consideravelmente.

– Quando estiver bem para ir – ela respondeu. – Agora é melhor descansar um pouco aqui no hospital.

Shun deu a volta na cama e ministrou o sonífero direto no soro.

– O Seiya… – Shiryu disse. – Ele apareceu lá. Ele me salvou, mesmo muito ferido.

Shunrei sorriu e acariciou a testa dele, afastando a franja. Sabia o quanto isso era importante para ele. Durante todos esses anos, ele sofreu muito pelo afastamento de Seiya.

– Fico feliz por saber disso, amor. Como ele estava?

– Ele logo vai dormir – Shun avisou baixinho.

– Parecia o mesmo – Shiryu respondeu. – Ele acha que vai ser um fardo para os amigos. Ele não precisa se isolar por isso... Se fosse assim eu... nós...

– Quando ele aparecer de novo, diga que vá lá para a nossa casa. Eu cuido de você e dele.

Shiryu sorriu. Essa era a sua esposa. Sempre disposta a cuidar das pessoas. Sua doce e amada esposa... Sua coisa mais importante... Queria tanto ser melhor para ela... Ela merecia mais do que essa vida de sair e entrar de hospitais... Ela merecia muito mais... Ela merecia o mundo...

– Direi – ele falou, com a voz já meio empastada pelo sonífero que começava a fazer efeito.

– Agora descanse – ela disse, fazendo mais um carinho na cabeça de Shiryu, que logo em seguida adormeceu.

– Ele vai dormir direto por umas oito, nove horas – Shun disse. – Amanhã checo como ele está, e dou alta se a dor estiver em um nível menor.

– Obrigada mais uma vez, Shun – Shunrei agradeceu.

– De nada, minha querida – ele disse. – Preciso ir agora. Qualquer coisa, mande uma mensagem que eu volto.

Ela assentiu e quando Shun saiu, voltou-se para Shura, que estava sentado numa cadeira, observando-os.

– Desculpe, nem falei direito com você.

– Tudo bem. Eu entendo.

– É um prazer conhecê-lo, Shura – ela falou, curvando-se respeitosamente.

– O prazer é meu, senhora. Seu marido é um homem fora de série. Devia se orgulhar dele.

– Eu me orgulho! – ela respondeu, sentindo-se um tantinho indignada. O que o faria pensar que ela não se orgulhava? – Tenho muito orgulho do homem que ele é.

– Mas deve ser difícil para você quando acontece isso… quando ele se fere. E nós, cavaleiros, vivemos nos ferindo.

– Eu já estou acostumada – ela respondeu sorrindo. – São muitos anos de experiência. Somos o que somos, Shura. Vocês são cavaleiros. E eu sou a mulher de um cavaleiro. Com muito orgulho.

– Então ele tem muita sorte por ter uma mulher que compreenda dessa forma a vida dura e estranha que levamos… Isso é bem raro.

– Não é mesmo muito comum… Mas apesar de não ser uma amazona, eu cresci nesse mundo. Sei bem como é. E nós já passamos por muita coisa juntos.

Shura quis saber mais sobre isso e, mesmo correndo o risco de ser indiscreto, perguntou:

– Vocês estão juntos há muito tempo?

– A vida inteira – ela respondeu. Ia falar que viveria outras vidas mais com ele quando o celular tocou. Ela pediu licença e atendeu: – Oi, filho! Sim, ele está bem. Estamos no hospital, Shun já cuidou dele, agora ele está descansando. Vamos passar a noite aqui. Você está bem? Certo. Amanhã cedo eu ligo. Se alimente direito! Você fica focado nos treinos e esquece de comer! E não fique do lado de fora à noite se não estiver bem agasalhado. Não reclame! Eu sou sua mãe, tenho que fazer meu papel! Também te amo.

Shura escutou-a com alguma surpresa.

– Não sabia que tinham um filho – comentou. – Desculpe, foi impossível não ouvir.

– Ah, sim, nós temos! – ela respondeu empolgada porque amava falar de sua cria. – É um lindo rapaz chamado Shoryu. Ele é um garoto excelente, mas às vezes um pouco teimoso como o pai. Está em Rozan agora.

– Shoryu... – Shura repetiu, tentando imaginar com qual kanji se escrevia a primeira sílaba do nome. Sorriu porque, de repente, o jeito paternal de Shiryu nas termas fez sentido. Ele de fato tinha um filho adolescente. Era um pai zeloso fazendo com ele o mesmo que faria com o filho.

– Ele é um pouco mais novo que você – Shunrei continuou. – E é muito maduro e responsável para a idade, parece muito com o pai nesse nesse sentido também, mas ainda é um adolescente, tenho que controlar algumas coisas.

– Compreendo... – Shura disse, sorrindo. – Gostaria de conhecê-lo algum dia.

– Claro! Quando ele vier para o Japão, vamos te chamar para uma visita.

– Eu aceitarei. Bom, agora que Shiryu não está mais sozinho, eu vou indo.

– Obrigada por ter ficado com ele.

– Foi uma honra – ele respondeu e saiu, pensando que Shiryu era mesmo um homem de sorte. Vasculhou a memória e não conseguiu lembrar de mais ninguém, em toda a história dos cavaleiros de Athena, que tivesse conseguido a proeza de formar uma família como ele.

Continua...



(1) La Cosa Più Importante, Arisa
(2) Trem-bala.

+

29 de Marzo de 2018 a las 02:47 0 Reporte Insertar Seguir historia
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