starb1tch Andie

Caesar amava Joseph, um sentimento não recíproco, muito claro por seus olhos, afinal conhecia o amigo como a palma das mãos e sabia que nunca receberia nada além de uma forte amizade.


Fanfiction Todo público.

#jjba #caejose #jojo's bizarre adventure #comédia #shounen-ai #universo alternativo
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Noventa e nove chamadas perdidas.

As inúmeras chamadas de Joseph apenas enchiam seu celular, o toque abafado por culpa do travesseiro fluía por todo o cômodo. Aquilo andava lhe incomodando, que estúpido fora a ideia de ignorá-lo, aquele comportamento tão adolescente que o envergonha tanto. Queria desligar-se para sempre da existência brilhante de Joseph, contudo parecia impossível, complicadíssimo e tedioso – incluindo as ligações e ações desesperadas e sem noção típicas do Joestar.

Por que ele não entendia que ele estava o evitando? Ignorando sua existência e, porventura cortando-o da sua vida? Ignorar mais de cem ligações, milhares de mensagens e fingir que não estava em casa e fugindo de tudo e todos não era um recado muito claro? O que mais aquele cabeça de vento queria como prova de toda aquela situação? Um cartaz enorme com a declaração de que Caesar o queria bem distante? Que sumisse de vez da sua vida e que eles nunca mais se cruzassem?


Estava sendo paranóico com toda a situação, e além, estava sendo demasiado cruel com Joseph, eram bons amigos até alguns meses atrás e de repente Caesar enlouqueceu e passou a ignorar o amigo. Era isso, amizade, seus motivos levianos não passavam de asco por aquela amizade, isso é, algo que ele não aceitava como amizade. Seu péssimo comportamento vinha diretamente de seus sentimentos por Joseph, amor, eu vos digo. Caesar amava Joseph, um sentimento não recíproco, muito claro por seus olhos, conhecia o amigo como a palma das mãos e sabia que nunca receberia nada além de uma forte amizade – amizade da qual ele não queria, ele não poderia viver apenas naquilo para sempre! –, esses afinal, eram seus motivos.

Caesar viveria perfeitamente bem, sem Jojo ao seu lado, mas bem. Esqueceria-o, buscaria uma felicidade que não provinha do amigo e por fim, deixaria ele ser feliz também, sem pensar em si nunca mais. É claro, esse era seu plano quando começou a ignorá-lo (ou o que ele pensou mais tarde, quando quis culpar sua infantilidade com algo nobre) porém Joseph não aceitou nada daquilo, uma parte de si clamava por Caesar, afinal ele era sua felicidade.


Alguém amaria Joseph, um sentimento tão forte que superaria os sentimentos que Caesar tanto cultivou, alguém amaria Joseph e seria retribuído e eles viveriam felizes até o fim de suas vidas. Alguém iria amá-lo, mas esse alguém não poderia ser Caesar.

A felicidade de Joseph, entretanto, não estava tão longe, não estava há meses ou anos, não. Estava bem ali, bem pertinho, meio nervosinho, meio enlouquecido – afinal todo aquele enorme “vácuo” que Caesar estava lhe proporcionando não era lá uma atitude sã –, queria falar umas poucas e boas para aquele loiro babaca que pensava que era importante demais o suficiente para ignorá-lo daquele jeito! Faziam dias, semanas, talvez meses?, que aquela situação estava acontecendo, todo mundo havia notado, desde o início que Joseph e Caesar não eram mais vistos juntos, de repente, Joseph ia várias vezes visitá-lo, nunca sendo recebido, ligava e ligava, diversas vezes por dia, e nunca, nunca, era atendido, mandava mensagens, perguntando que porra Caesar tinha na cabeça para estar fazendo aquilo, porém nunca recebia uma resposta. O que estava acontecendo? Ele não tinha feito nada estúpido para o amigo – e se tivesse, Caesar não iria ignorá-lo assim por qualquer coisa estúpida, iria ignorá-lo sim, mas não por muito tempo, uns quinze minutos talvez? Menos quem sabe? Iriam voltar a conversar, fazer brincadeirinhas idiotas, serem os melhores amigos para vida toda e blá blá blá –, contudo, o que estava acontecendo?

Joseph estava desesperado. Sim, desesperado. Queria saber o que estava acontecendo, queria se preocupar com outra coisa além de Caesar Zeppeli, todavia estava ali, embasbacado na frente da porta da residência de Caesar.

Faria o quê? Tocaria a campainha ou agiria tipicamente berrando para que Caesar abrisse a porta – e com as últimas vezes que esteve ali ainda muito recentes, algum vizinho ligaria para polícia, no mínimo, para tirá-lo dali o mais rápido possível –, sem muitas alternativas (e ele sequer parou para pensar muito sobre, a pressa e toda aquela situação lhe enchendo a cabeça já o mandavam fazer as coisas logo) ele tocou a campainha, demorou-se ali quase uns dez segundos, provavelmente mais, tirou o dedo dali apenas para esperar Caesar, ele viria ou era sua uma falsa esperança? Caralho que tudo aquilo já estava a ponto de enlouquecer um! Que por deus alguém abrisse aquela maldita porta, viesse encontrá-lo e que, mesmo que fosse apenas Caesar mandando-o tomar no cu já era grande coisa sim. E, nada. É nada, ficou ali quase vinte minutos, apertando a campainha tantas vezes que já estava considerando quebrá-la apenas por quebrar, descontar sua raiva em alguma coisa. Gritou para Caesar uma tonelada de palavrões, gritou para que abrisse aquela merda de uma vez e eles pudessem conversar sobre o que diabos estava pegando ali. E por alguma maldição de cinquenta anos atrás, ninguém veio.

Ah é, estamos falando de Joseph Joestar, ele não iria desistir depois de, umas semanas, uma tonelada de ligações e mensagens, E ATÉ EMAILS PREOCUPADÍSSIMOS, e suas opções eram bem escassas, então antes que uma viatura brotasse ali na frente do portão da casa de Caesar, Joseph armou um dos seus planos mais geniais, era bem simples: pular o portão e arrombar a droga da porta se fosse preciso, encontrar Caesar e finalmente acertar as contas com aquele italiano maledetto! Dito e feito, pulou o portão quase sem problemas, sua calça não escapou e rasgou em algum lugar, mas tampouco importava, decidiu, antes de partir para um ato mais violento, bater na porta, deu três batidas que pareciam socos com o estrondo que foi na pobre porta da entrada. Caesar estava determinado a ignorá-lo completamente até o último instante ou quem sabe estava ligando para a polícia. Não importava, foi direto tentar abrir a porta, trancada, sem muitas ideias se jogou contra a porta, tamanho homenzarrão contra a pobre porta e nada dela ceder, forçou e forçou, até conseguir pôr os pés para dentro onde Caesar assistia tudo chocado demais para sequer raciocinar.

JOSEPH JOESTAR QUE MERDA VOCÊ ESTÁ FAZENDO NA MINHA CASA!? – Gritou, nem um pouco bem-humorado, devia estar espumando de raiva. — A minha porta, seu filho da puta!

— Preocupe-se comigo também, Caesar! – Choramingou. — Eu fiz todo esse esforço apenas para falar contigo! Se não tivesse feito toda essa ceninha sua porta estava intacta.

— O caralho! Eu vou te esfolar vivo! – Dizia meio gritando e sequer notou que tudo que havia feito por aquele tempo indo abaixo. Caesar estava falando normalmente com Joseph, mesmo depois de tantos pensamentos. — O você quer de mim?

— Conversar, eu já disse. Já que o senhorito sequer responde minhas ligações e mensagens, caramba eu estava preocupado contigo, seu idiota! – Joseph veio grudando-se em Caesar, analisando-o da cabeça aos pés, com as mãos. — Você tem comido direito? E dormido? Parece que não saía de casa há dias… Estavas realmente me ignorando?

Caesar esquivou-se dos toques calorosos do amigo. Tudo que não precisava agora era cair nos encantos de seu amado. Não depois de tudo aquilo, como ficava mortificado de tanta vergonha que sentia da situação que causou. Fugiu para a sala, depois de tentar fechar a porta para que ninguém visse o que viria a seguir. E com isso, chegamos na discussão.

— Eu simplesmente quis cortar nossa amizade. – Anunciou de costas, não teria tanta coragem para dizer cara a cara a Joseph. — Sabe… Nunca mais nos ver e bancar os amigos, cada um no seu canto.

— E por que isso agora? Está enjoado de mim agora? Isso explica por que você me ignorou desse jeito? – Encheu-o de perguntas.

— Eu fiz isso por nós dois. – Tinha certeza que tinha feito isso especialmente para si, para não sofrer demais pelo Joestar e deixá-lo ser feliz em paz. — Mas você precisa arrombar a minha porta pedindo explicações?

— Eu fiz isso porque eu te amo, seu porra! – Xingou Joseph, como a cara que Caesar fez era engraçada, inclusive a de Joseph.


E o que aconteceu depois?

Ah, o de sempre, sabe? Joseph pulou nos braços de Caesar achando que estava em um filme de romance ruim, os dois caíram e começaram a rir, um riso despreocupado depois de tantos contratempos, tudo acabou no primeiro beijo deles. Não demorou para Caesar finalmente abrir o jogo, contar logo tudo que martelava incansavelmente em seu coração e surpreendentemente Joseph escutou cada sílaba que o loiro disse. Pausa para outro beijo. Eles se amam, de verdade. O namoro foi o próximo passo, usar “amigo” estava obsoleto, trocaram para “namorado”, soa melhor, não?

15 de Marzo de 2018 a las 18:54 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

Conoce al autor

Andie Otaku imprestável que escreve histórias tristes a fim de se divertir com o sofrimento alheio. Chorona quando ninguém está vendo e ri de piadas ruins.

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