Essa vai ser uma saga do moto clube Nefastos
Nefastos 1 — HidanKonan
Nefastos 2 — KonoHana
Nefastos 3 — PainYugao
Nefastos 4 — DeiTen
Nefastos 5 — NaruHinaGaa
Nefastos 6 — ShikaTema
Coração de papel
Capítulo 1
Por Teylla
Hidan entrou com passos firmes, fazendo barulho por conta de sua bota de couro preta, o bar estava cheio de motoqueiros como ele, sua calça do mesmo material e cor que seu calçado dava um contraste com sua camisa branca e o colete por cima com o símbolo dos Ghouls no fundo, seu cabelo branco estava para trás.
A decoração do estabelecimento eram de tons de madeira escura, tanto os móveis quanto as paredes e o chão, no canto esquerdo do local havia uma foto enorme com os membros do clube Nefastos, todos com suas jaquetas de couro.
Para a iluminação usavam lâmpadas amarelas de tom escuro, vermelhas e azuis, para dar uma iluminação mais escura, amedrontadora e sensual ao mesmo tempo, tinham várias mesas com cadeiras, no fundo do estabelecimento tinham dois banheiros, o feminino e o masculino.
Do outro lado ficava a sala de reuniões e afins que só o pessoal permitido podia passar.
O clima estava ameno, as pessoas bebiam, conversavam, jogavam sinuca com suas parceiras do lado, assim que perceberam a presença do homem, algumas mulheres pararam para analisá-lo e perdiam o fôlego, ele se aproximou de um cara de cabelos alaranjados e olhos roxeados.
Era como se as pessoas parassem para vê-lo.
Era o vice-presidente do moto clube chamado Nefastos, cada um tinha seu apelido e o de Hidan era Nefasta, mais assustador até que o próprio líder.
— E ai, Pain — disse, cumprimentando o amigo em um aperto de mão firme. — Qual a nova?
— Naruto foi levar as encomendas para os Mortíferos — avisou, tomando um gole de sua cerveja. — Você já fez o que ele ordenou?
— Claro… — respondeu, fitando o barman e pedindo um copo cheio de uísque antigo, sentou-se no banco, apoiando a mão em uma de suas coxas. — Algo para me reportar, Pain? — questionou.
Pain arqueou a sobrancelha, comprimindo os lábios.
— Nada — respondeu. — Por quê? Está esperando alguma notícia?
Ele bebeu um longo gole de sua bebida levemente amarga.
— Com certeza não — disse.
Pain parecia estudá-lo, mas optou por ficar calado, Yugao sentou-se ao lado dele, tocando-o de leve, dando um sorriso sedutor de canto quando ele virou.
Ela estava com seu cabelo liso e longo de cor roxo violeta, seus olhos cor de chocolate fitavam o homem à sua frente com ternura e perversidade, trajava um vestido preto colado, com uma gargantilha da mesma cor e brincos prateados.
— Quanto tempo, Pain — disse com o sotaque arrastado.
— Yugao Uzuki… — sussurrou, ainda levemente surpreso. — Podíamos ficar afastados ainda.
— Nossa, Pain, como você é frio! — ela reclamou, fingindo estar visivelmente chateada.
— Você não poderia esperar o contrário depois do que aconteceu — avisou, tomando mais um gole de sua cerveja.
Hidan rolou os olhos, levantando-se, não aguentava mais a história daquele casal.
Iria na área privada, ver se tinha alguma missão para ele, passou por uns homens de seu clube, acenando e logo chegou na área escondida, abriu a porta e passou, arqueando as sobrancelhas com a cena de Tenten e Deidara em cima da mesa de reuniões literalmente fodendo, o corpo da morena estava levemente escondido pelo corpo do loiro.
— Que porra, Hidan — os dois disseram, eufóricos e quase sem voz.
Ele olhou para o lado, com uma expressão de “fazer o quê, né?” e foi andando até o outro lado, para a sala onde haviam vários livros, encontrando uma Hanabi checando algumas armas.
Ela era um membro do clube e era uma das mais antigas e mais assustadoras que você poderia conhecer.
— Oh, Hidan — ela disse, limpando sua metralhadora. — Passou por uma cena um pouco desagradável, né?
— Digamos que queria estar no lugar deles — Riu e jogou-se na poltrona. — Já resolveu o caso com aquele jornalista? Aquele… Konohano…?
— Konohamaru — ela consertou, sentindo as veias saltarem de sua testa. — Aquele inútil… Não consegui, mas estou quase lá… — disse, mirando sua arma em um lugar qualquer, fingindo que iria atirar.
— Tenho pena dele, em ter que lidar com alguém como você — retrucou.
Ela parou e fincou seus olhos perolados no dele, causando um leve arrepio.
— Não entendi o que quis dizer, Hidan — disse com um tom ameaçador.
— Oh, não quis dizer nada — avisou, levantando as duas mãos com um sorriso de canto. — Aliás, você sabe de alguma missão para mim? Estou no tédio.
— Hm… — Hanabi pareceu pensar um pouco. — Tem uma, seduzir Konan, ela é um membro importante na sociedade, mas tem uma vida dupla no submundo, precisamos dela do nosso lado — avisou. — Ainda não tinha comentado isso com ninguém, mas… Acho que seria ótimo para você.
— Ah, ótimo, você quer me botar com alguém de dupla personalidade? Um estilo de riquinha? — perguntou com um tom levemente alterado, levantando-se sem saco algum.
— Ei, abaixe o tom, e não é dupla personalidade, é vida dupla — corrigiu.
— Tudo a mesma coisa.
— Não é! — Ela colocou a mão na testa, respirando fundo e depositando a arma na mesa atrás de si. — Escute, isso não é uma pergunta de sim ou não, agora é uma ordem, Hidan, você vai seduzi-la e trazê-la para o nosso lado, e esconda o fato da sua personalidade horrível!
— Quem vê a gente, até pensa que eu não sou o vice-líder daqui — comentou.
Hanabi suspirou e foi até uma gaveta, retirando uma foto e entregando para o Nefasta.
— Aqui, essa é a Konan — disse.
Hidan segurou o papel e lançou um olhar de irritação para Hanabi, logo olhou para a foto, analisando-a e arqueou a sobrancelha, temendo já conhecer a dita cuja, seu cabelo azul curto em linha reta e os olhos cor de âmbar, estava sentada em um banco com uma rosa presa em uma de suas madeixas.
— Hm, nada mal — disse.
— Deixa de ser ridículo, Hidan.
— Bom, irei atrás da minha presa então — disse, dando uma piscadela para a morena que assentiu. — O casal da foda já acabou? — ele gritou, escutando um vai se foder de volta e abriu a porta, passando com um sorriso de canto. — Estou indo.
— Já vai tarde, meu anjo — Tenten disse.
— Também amo você, Ten — retrucou e saiu do local.
Hidan pegou seu telefone, ligando para uma pessoa bastante conhecida.
— Alô — disse a pessoa do outro lado da linha.
— Shikamaru, meu velho amigo — disse.
— O que você quer? — perguntou.
— Preciso que encontre uma mulher chamada Konan — respondeu. — Agora.
Shikamaru soltou um suspiro.
— Que cara problemático… — ele ficou mudo por um tempo. — Aparentemente ela está em casa, a não ser que ela não esteja com o celular dela em mãos. Mandarei o endereço por mensagem.
— Ótimo, obrigado — agradeceu e desligou a chamada.
Hidan acenou para Pain e saiu, pegando seu capacete e montando em sua moto, sentiu seu celular vibrar e leu a mensagem que Shikamaru deixou, ligou sua motocicleta e apertou os guidom com força, girando-os.
Não tinha muitos carros e outros transportes na pista, deixando a rua mais vazia e quieta, Nefasta apenas sentia seu cabelo voar, encarando as várias iluminações de casas, lojas e outras decorações, sentindo uma nostalgia invadir seu peito.
Logo sentiu algumas gotas de chuva cair em sua jaqueta de couro, resmungou e avistou uma loja de conveniência que ficava em frente a uma ponte com um rio embaixo, decidiu estacionar e entrar no estabelecimento.
Pegou uma lata de cerveja e um salgadinho e sentou-se em frente ao vidro, analisando a rara movimentação, quando avistou uma mulher de cabelo azul, segurando-se no muro da ponte, ele apenas deu de ombros.
Ela tinha uma bunda redonda, que atraia bastante atenção do grisalho, tinha quadril largo e cintura fina, trajava uma jaqueta e calça de couro preta, estava sendo molhada pela chuva e parecia não se importar muito com isso.
Nem Hidan.
Mas para o azar dele, a mulher parecia querer se jogar, ele arregalou os olhos.
— Porra! — disse, saindo correndo da loja e indo até o corpo da mulher, ela estava subindo no muro com os braços abertos.
Hidan agarrou-a pela cintura, caindo no chão com ela em seus braços.
— Puta que pariu — disse e saiu debaixo da mesma, segurando-a pelo tronco e arqueou a sobrancelha quando percebeu que a mulher que estava ali era a tal da Konan.
Os olhos dela começaram a querer se fechar, a azulada estava apática, perdendo sua coordenação motora e parecia estar sonolenta e perdendo a consciência.
— Ei! — Hidan gritou, dando leves tapas no rosto dela para a mesma reacionar. — Não é possível que está louca tenha se dopado. Puta merda, Hanabi! Que problema você me colocou dessa vez? — resmungou.
Hidan tirou sua jaqueta, cobrindo a cabeça da mesma e a carregou, colocou-a em cima da moto, botando um capacete na mesma e sentou-se, pegou sua jaqueta que estava na cabeça da mesma e amarrou as mãos dela em sua cintura, ligando a moto.
— Mas Hanabi me paga — grunhiu, dirigindo com cuidado para seu pequeno apartamento.
Quando chegou no edifício simples, desceu e pegou a chave do bolso, deixando-a em sua mão, para logo após carregar o corpo da azulada, subiu as escadas até o penúltimo andar, com certa dificuldade e quando viu sua porta de madeira, indicando o 502, abriu.
A casa estava um pouco bagunçada, não que ele se importasse com isso, mas… Jogou a mulher no sofá, procurando umas roupas femininas que tinha e trocando a roupa molhada da mesma pelas secas, evitando que ela ficasse doente.
Respirou fundo, um pouco impaciente e tentando se controlar com o corpo cheio de curvas de Konan, era muito atraente.
Vestiu um short branco e uma blusa levemente colada rosa nela, uma das únicas peças femininas que tinha em casa, buscou uma toalha e começou a secar o cabelo dela, assim que terminou, pegou-a novamente no colo e deitou-a em sua cama de lado, pois era o método recomendado para quem se dopava.
Ele conviveu com uma pessoa suicida, então infelizmente sabia reconhecer quando uma pessoa se dopava e tudo mais, contudo, queria entender o porque da mulher à sua frente estava assim.
Levantou-se, sabendo que, dependendo do remédio, ela só acordaria no dia seguinte e foi tomar um banho quente, ligou o chuveiro, deixando que a água percorresse seu corpo de forma calma e aconchegante, levando embora as lembranças que ele queria esquecer.
Seu antigo amor era uma lembrança muito dolorosa, morreu um pouco depois que ele havia entrado para os Nefastos, ele e seus companheiros compartilhavam de lembranças dolorosas, Hanabi, Shikamaru, Pain, Deidara, Tenten, Kiba, Naruto e Gaara… Todos acabaram se juntando por um propósito, a dor os uniu naquele momento.
Desligou o chuveiro e saiu, enrolado na toalha, vestiu uma calça moletom preta e deitou-se na cama, cobriu a mulher e fitou o teto, tentando dormir.
Mas obviamente não conseguiu, pegou seu telefone e foi até a varanda, iniciou uma ligação.
— Hanabi, sua vaca! — ralhou. — Você colocou uma maluca no meu caminho?
— Ei, olhe o tom, panaca! — retrucou com um resmungo. — Do que está falando? — ela perguntou.
— Eu encontrei esta mulher quase se jogando no rio — respondeu, com a mão na testa. — Ela está dopada.
— Como? — questionou surpresa.
— Pois é, ela é uma louca suicida — avisou em um suspiro. — O que eu faço com ela?
— Faça o que quiser, ela não é minha responsabilidade, nem sua — respondeu. — Irei dormir, amanhã me mande notícias.
Hidan guardou o aparelho após a morena desligar e buscou sua caixa de cigarros, acendendo um logo após para se acalmar.
Sempre que via uma cena de suicídio, o Nefasta ficava assim, não conseguia controlar suas emoções.
Após terminar o cigarro, voltou para cama, mais relaxado e fechou os olhos, mesmo com a imensidão de pensamentos, ele conseguiu dormir, cobrindo os dois e deixando-a em uma posição confortável, ainda de lado.
✖ ✖ ✖
O sol invadiu o quarto, deixando que alguns raios de sol parassem no rosto de Hidan, que dormia pesadamente, mas a mulher ao seu lado não, ela lentamente piscou os olhos, ainda grogue e sem entender nada, analisou o espaço, ainda sem ter consciência e procurou algo familiar, sentindo as pálpebras pesadas.
Ela virou-se, tateando a cama, até encostar em na parte íntima de Hidan, assustando-se quando virou totalmente para ele, arregalando os olhos, deu um grito agudo que acordou-o, o mesmo franziu o cenho sem entender nada.
Konan levantou-se, olhando para a cama, analisando o homem de cabelo branco que estava sem blusa e logo analisou o quarto, reconhecendo-o que não era na sua casa.
— Quem é você? Onde eu estou? — perguntou, temerosa, com uma voz assustadora.
Hidan respirou fundo, levantando-se.
— Você não deveria estar me agradecendo? — retrucou. — Eu salvei sua vida.
— O que está falando? — questionou.
— Você ia se jogar da ponte, mas caiu em meus braços — respondeu. — Ou você não lembra que tentou se matar?
— O quê?
Gracias por leer!
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