ohhtrakinas Sasah Trakinas

Mostrando que vida de estudante não é fácil, o universo clichê mostra o quão longe garotas fetichistas são capazes de chegar para conseguirem boas notas no colégio, não se preocupando em acabar com a dignidade de pobres garotos do ensino médio.


Cuento No para niños menores de 13. © tudo meu rs

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Cuento corto
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“-MATOBE, MATOBE!!!

–GINTA!

–Matobe, vamos ficar juntos pra sempre!

–Você promete?

–É UMA PROMESSA!

–TÁ!

E as duas crianças selam a promessa juntando os dedos mínimos



Aquela não era a hora para ficar recordando o passado. A menina, que agora tinha seus dezesseis anos, estava tão distraída em seu grupo de artes que cantarolava uma cantiga infantil:

–Me ame, me ame, mas não me engane. Me engane, me engane, mas continue me amando...

Distraída, mal escutava uma outra garota mais velha que si chamar sua atenção.

–Matobe...? –Deu uma pausa -MA-TO-BEEE!!!

Irritada, a líder do grupo dá um tapa na orelha da garota que cantava, tendo sua música interrompida.

–HUAAAAH, POR QUE ME BATEU!? –Matobe pressionava a região que havia sido atingida.

–VOCÊ NÃO ESTÁ PRESTANDO A ATENÇÃO NA NOSSA REUNIÃO, CARAMBA!

–Tá, tá, desculpa! –Ela se ajeita na cadeira.

–Não fique tão distraída Matobe, a Janne está bem estressada hoje –Disse uma garota loira com uma voz doce que estava sentada logo ao lado.

–Tá... –Cruza os braços, fazendo bico.

–CERTO! Alguma ideia? –A líder, Janne, pergunta.

–Nenhuma –Uma outra garota pertencente ao grupo fala. Esta segurava uma pá nas mãos.

–Estamos em crise... –Janne morde os lábios, tentando achar uma saída para esta “crise” em que o grupo passava.

Todas estas quatro garotas faziam parte de um grupo escolar de artes. Elas formaram este grupo para poder produzir obras de artes e apresentá-las no próximo evento cultural do colégio.

No grupo havia a líder; a garota que criou o grupo. Seu nome é Janne, uma garota de dezenove anos que repetiu o terceiro ano duas vezes, e agora está tentando pela terceira vez se formar e sair dessa droga de colégio; como dizia ela. Janne tem cabelos longos, escuros, com seios fartos. Sua personalidade é um tanto insana.

Há também o braço direito de Janne, que é a Roko. Ela está no segundo ano e tem dezesseis anos. Sempre está ajudando Janne e a estrutura do grupo. Roko é muito conhecida naquele colégio por ser uma garota extremamente meiga, fazendo os estudantes se perguntarem do por quê diabos uma garota tão fofa estaria fazendo naquele colégio para marginais. Ela tem curtos cabelos loiros.

E tem as duas primeiranistas que completam o grupo. A Matobe e Gamine.

Matobe é conhecida como a valentona do colégio depois de descobrirem que a garota havia espancado um professor na escola anterior. Tem cabelos castanhos cumpridos, com a franja presa.

E por fim, Gamine, a garota que não esbanja sentimentos, sendo extremamente reservada e um tanto misteriosa. Estranhamente ela sempre anda com uma pá nas mãos, cujo a mesma tem um rosto simples desenhado. Rumores dizem que ela matou uma pessoa com aquela pá...

Mas são só rumores.

Porém agora, todas estavam reunidas para resolver um problema. A ideia era: Arranjar meninos para serem seus modelos de desenhos. Mas não é apenas desenhos normais, os garotos teriam de ficar semi nus, e teriam de fingir uma interação homoafetiva! A ideia dos desenhos seriam um protesto contra o preconceito homofóbico.

Era uma ideia nobre, mas... Quem se candidataria para ser modelo desse jeito? Lógico que todos os meninos do colégio recusaram.

–Temos que pensar em algo para tentar convencer pelo menos três garotos... –Janne disse concentrada.

–Por que três? Não pode ser só dois, não? O importante é fazer casal. –Disse Matobe.

–Mas eu quero que um desenho tenha Threesome... –Uma estrelinha surge no canto dos olhos de Janne. A garota era meio insana com um toque fujoshi.

Todas do grupo eram fujoshis. Porém com gostos diferentes, que ia do shota ao bara, do shonen-ai ao lemon hardcore. Era uma variedade incrível entre aquelas garotas estranhas.

–Ok, vamos lá meninas, vamos decidir por uma vez! O que faremos para convencer a juntar modelos para nossos desenhos? Precisamos de inspirações! –Roko tentava encorajar todas.

–Já sei... –Janne diz meio surpresa. –EU... EU JÁ SEI!

–O QUE?! –Roko e Mitobe dizem juntas, enquanto Gamine continuava quieta, mas ainda assim mostrando interesse.

–ROKO!! –Janne grita, apontando para a loira.

–EU!

–VOCÊ VAI FICAR NO CORREDOR VESTIDA DE MAID SAFADA, CHAMANDO OS GAROTOS DE FORMA MEIGA! HOMEM NENHUM CONSEGUE SEGURAR A PICA NESSES MOMENTOS, ELES ACEITARÃO NA HORA!

Roko não tinha palavras, esbanjava uma expressão de choque.

Gamine, a mais quieta, por fim diz: –Jamais que a Roko faria algo assim.

–E-EU NUNCA FARIA ALGO ASSIM! –Roko grita nervosa, sentindo as bochechas esquentarem.

–Ohh, entendi a ideia da Janne! –Mitobe estala os dedos -Pegar justo a Roko para fazer isso! Como esperado da nossa líder! –Estava admirada.

–P-po-por que eu, Capitãa~ ? –Roko diz meio chorosa.

–Olhe só pra você; corpo pequeno, carinha fofa... Imagine vestida de maid safada! Os meninos enlouquecem! Eles amam garotas assim.

–ACONTECE QUE EU NÃO SOU UMA-

–ÓOOOTIMO! –Janne interrompe a garota -Roko será a maid safada nos corredores! –Em seguida, a morena volta-se para Matobe e Gamine–Matobe, vá no dormitório trinta dos primeiranistas, eu sei que eles ainda não foram chamados. E leve a Gamine com você.

–O DORMITÓRIO TRINTA? POR QUE EU?!

–Aproveita que eles são seus amigos, vai ser fácil, você consegue. –Diz, dando um joínha para encorajar a garota.

–Nem pensar! Odeio aqueles meninos, eles não são meus amigos! –Matobe cruza os braços.

–Ou você vai falar com aqueles idiotas, ou você ficará de lingerie no corredor junto com a Roko... –Janne a olha com um olhar intimidador –Pode ter certeza que a sua calcinha será uma fio dental que veio direto da sex-shop!

–...Vamos, Gamine! –Sem esperar um segundo a mais, Matobe pega a amiga pelo braço e a arrasta para fora da sala, indo direto para o dormitório que mais odiava visitar.

Satisfeita em ver o resultado de sua intimidação, Janne sorri vitoriosa.

–E é assim que você consegue as coisas, heh~ -Cruza os braços.

–E você capitã? –Pergunta Roko, meio cabisbaixa.

–Eu irei junto com você! Só que eu ficarei de lingerie. –Faz pose.

–Ohh, a capitã não tem vergonha de mostrar o corpo! –Roko sente o rosto se iluminar de admiração.

–Lógico que não! Aproveitando que sou uma das mais populares do internato, vou botar uma lingerie ousada, hahaha! Conseguiremos modelos para nos inspirar hoje mesmo!!! –Janne levanta os braços.

–Yeeeeah! –Roko levanta os braços também, encorajada.




xXx


-Me ame, me ame, mas não me engane. Me engane, me engane, mas continue me amando...

–Cara... Cê tá falando sozinho.

Enquanto isso, no dormitório trinta, dois garotos estavam sentados no sofá jogando em seus vídeo games portáteis, aproveitando aquele momento livre que estavam tendo.

O garoto que cantava distraidamente, parecia ter voltado do transe, logo voltando-se para o amigo de pele escura:

–O que que foi?

–Você estava falando sozinho!

–Não tava, não...

–Tava sim!

–Ahh, me deixe em paz. E ai? Onde você tá? –Voltou a encarar a pequena tela do vídeo game, começando a apertar os botões rapidamente.

–Estou chegando no castelo.

–Porra, me espera! Ainda estou nessa droga de dragão.

–Se vira, tô nem aí pra você.

–Ahh, imbecil!

Enquanto os dois garotos discutiam no sofá, um outro estava no banheiro se olhando no espelho com uma cara assustada e de puro espanto. Ele olhava para sua testa, a tocando, preocupado. Uma pinta de nascença, grande e feia, estava ficando maior em sua testa; dizia ele.

–PESSOAL, PESSOAL!!! –Desesperado, o garoto sai do banheiro fazendo o maior barulho.

–O que foi, Peetah?

–É, o que foi Peetah?

Disseram os dois garotos completamente desinteressados, não desviando a atenção do jogo.

–PRESTEM A ATENÇÃO, IDIOTAS, O BAGULHO É SÉRIO!!!

O dormitório trinta ficava na partes masculina do prédio. E cada dormitório tinha três cômodos: um banheiro, sala e quarto. A sala geralmente tinha um sofá e uma mesa de centro com uma TV velha que geralmente ficava em cima de livros ou banquinhos. No quarto eram três camas e um guarda roupa, e no banheiro; espelho, pia, privada e chuveiro.

Ginta, Giovanna e Peetah, são três amigos que dividem o mesmo dormitório.

Giovanna é o mais velho. Um terceinarista de dezessete anos. Tem uma pele escura, cabelos negros cacheados, e que adoraria ter uma namorada meiga e doce com um rosto fofo. Um verdadeiro vagabundo que adora cabular aula. Apesar do nome feminino, era um completo mulherengo.

Peetah por outro lado é o retardado do trio. É fascinado pela cultura japonesa e preocupadíssimo com sua pinta de nascença na testa. Seu cabelo tingido de vermelho, parecia combinar com a pele bronzeada. Por influencia de Giovanna, sempre cabulava as aulas.

Peetah tinha um forte desejo de conseguir uma namorada bonita.

E por fim, Ginta, o segundanista. O garoto é conhecido de infância da Matobe. O dono de cabelos castanhos escuros, não era nenhum pouco parecido com seus amigos, tendo uma personalidade diferente das deles, era sério e preguiçoso. Seria normal para a sociedade se não fosse o comportamento psicopata que tinha com o próprio cabelo. Ginta tem um ódio imensurável pelos fios que ficam pra cima e não abaixam de jeito nenhum.

–Essa pinta... Ela está crescendo! –Disse Peetah, como se aquilo fosse a coisa mais horripilante do mundo.

–... E? –Murmurou Giovanna, desinteressado.

–E VOCÊ PERGUNTA? ESSA COISA ESTÁ ESTRAGANDO A MINHA IMAGEM!

–Imagem? Não sabia que tinha uma imagem... –Brinca o moreno galanteador.

–Peetah, você disse que tinha deixado de lado essa pinta. Disse que não ligava mais para ela. –Diz Ginta, mais interessado em matar o dragão do jogo.

–Eu disse isso semana passada quando ela estava no tamanho normal!

–Ela continua do mesmo jeito... O-oh merda... –Ginta acaba perdendo o jogo.

–Não está, não! Me lembro que semana passada eu até fiz uma franja pra esconder ela, mas acabei ficando idêntico a um personagem que odeio... Então acabei tirando a franja.

–Você reclama demais, não sabe o que é ter um cabelo estranho. –Disse Ginta já um pouco estressado.

–Está falando de seu cabelo? –O ruivo cruza os braços -Seu cabelo é normal...

–É normal até A PONTA DESSE FIO DESGRAÇADO QUE NÃO DESCE POR NADA! Eu já tentei cortar ele, mas ele cresce rápido. Já passei gel no cabelo todo, e quem fica de pé? Os fios... Até pus toca, mas fica um certo volume, parece um chifre! As pessoas estão começando a me chamar de unicórnio!!!

–Ahh, então é você que é o tal unicórnio que as pessoas estão falando! –Giovanna comenta com um sorriso divertido.

-Mas esse fio aí até que fica legal, você parece aqueles garotos dos animes! As meninas gostam disso –Falou Peeta, lembrando dos vários personagens que haviam penteados parecidos.

–Meninas que curtem essas coisas geralmente são retardadas. Eu não quero uma menina retardada, quero uma menina normal...

–Não xingue as meninas otakus! Elas são o orgulho da nação!

–Vocês dois estão reclamando muito pro meu gosto, parecem mulheres naqueles dias! –Giovanna se levanta do sofá, entrando na discussão dos dois.

–Você não tem do que reclamar, Giovanna, você é o galã da escola que já pegou a metade das meninas do colégio. –Comenta Peetah, meio irritado. Giovanna tinha tanta sorte de ser o bonitão.

Ginta levanta uma de suas sobrancelhas: –Verdade, parece que as meninas daqui do internato estão ficando mais interessadas em caras de pele escura...

–Pois é, elas não resistem a um negão –Passa a mão em seus cabelos cacheados. –Mas enfim, deveriam parar de reclamar, vocês têm que aproveitar a vida, o lado bom dela!

–E o que seria o lado bom da vida? Não sei se percebeu, mas estamos em um colégio interno, não tem muito o que fazer aqui... –Disse Ginta.

–Parem de serem troxas! Aqui o que mais tem é “o lado bom da vida”!

–E o que caralhos é esse lado bom da vida?! –Peetah já estava ficando irritado com aquele mistério todo.

–Mulheres! –Giovanna abre os braços, dando ênfase no que dizia.

Com isso, Peetah e Ginta giram os olhos.

-Não sei porquê estou surpreso por essa resposta, Giovanna –Ginta dá de ombros, jogando-se no sofá novamente.

–Somos virgens, Giovanna! É difícil conseguirmos garotas porquê não somos bonitões igual á você! –Peetah dá um tapa no ombro do moreno –E isso não foi um elogio homossexual.

–Ginta eu até entendo por não conseguir uma namorada, o cabelo dele é realmente estranho –O jovem que estava no sofá estreita os olhos por sentir-se incomodado por tal comentário –Mas você, Peetah, tem chances!

-T-tenho?

-Tem! Acredite, essa pinta ridícula pode até ser um charme... O verdadeiro problema é seu fascínio por desenhos japoneses. Acho que se você abandonasse-

-Nem pensar. Naruto é mais importante.

-Virjenzão! –Giovanna gira os olhos.

-Mas de qualquer forma, eu não gostaria de arranjar uma namorada aqui do colégio –Ginta chama a atenção dos dois –São todas malucas.

-Tem razão...

-Eu fico com qualquer uma –Giovanna dá de ombros –Desde que não seja a Janne. –Um calafrio percorre sua espinha.

–Ohh sim, a Janne... –Peetah engrandece os olhos- Ela já repetiu o terceiro ano duas vezes e está tentando passar este ano! Dizem que ela tem uma mente insana.

–Não sei como a Matobe consegue viver com um demônio daqueles do lado dela –Diz Ginta.

–Matobe é corajosa –Comenta, Peetah.

–Sim...

–E-eu já fiquei com a Janne... –Giovanna abaixa a cabeça, lembrando de seu passado sombrio.

–COMO É QUE É? –Disseram Peetah e Ginta, assustados.

–N-na verdade... –Fez uma pausa dramática -EU JÁ TRANSEI COM ELA!

–HÃAAAAAAAA? E VOCÊ NUNCA CONTOU ISSO PRA GENTE!

–E... E... FOI ELA QUE TIROU A MINHA VIRGINDADE!!!

–HUOOOOOOOHHH!!!! -Gritaram os dois totalmente surpresos.

–Revelada revelações reveladoras... –Disse Peetah com um olhar distante, profundo.

–E foi assustador, caras, não queiram transar com ela, sério. Ela pode ter aquele corpo selvagem e um belo par seios, mas... Não caiam na lábia daquele rostinho bonito! Até hoje não sei o que ela quis dizer de: “eu sou o seme e você é meu uke”... E porque diabos ela botou uma coleira em mim. –Giovanna dizia tudo com a cabeça baixa e voz tremula.

–Cara, na boa, o que diabos vocês fizeram? Essa menina enfiou alguma coisa na sua bunda!? Você está dizendo de uma maneira como se ela tivesse um pinto! –Peetah diz meio assustado.

–Agradeço a Deus por ela não ter um pinto, porquê olha... Se tivesse, eu estaria fodido, literalmente! Mas enfim, lógico que fui eu que enfiei nela, mas... Mesmo assim, foi tenso... Aquela menina é insana! –Desviou o olhar –Ela me fez ir no meu limite... Quer dizer, eu me empenhei mais do que devia...


WAU, WAU

Com toda aquela conversa “sombria”, os três levam um grande susto:

–HUUUAAAAAAAAAHHHH!

–Porra, Ginta, controla este teu cachorro! –Disse Giovanna, botando a mão no peito sentindo o coração disparar.

–Mas por que ele está latindo? –Ginta pergunta, indo pro quarto onde geralmente o cachorro ficava.

O garoto abre a porta do quarto, dando de cara com duas garotas.

–HUUAAAAAAH, O QUE DIABOS ESTÁ FAZENDO AQUI, MERDA! –Ginta grita ao ver Matobe segurando o cachorrinho, e ao seu lado estava Gamine, como sempre, segurando sua pá.

–Olá, para você também, Gin-ta –Disse Matobe, indiferente.

–C-como entrou aqui? Nem te vi!

–Pela porta da frente, ué, vocês que não me viram... A propósito, a Janne não é tão assustadora assim...

–Ohh, Matobe, a quanto tempo. –Os meninos entram no quarto também.

–Eaí, Giovanna, Peetah –A garota acena para eles.

–O quê está fazendo aqui, Matobe? –Ginta pergunta meio sem paciência.

–Vim aqui por causa disso –Ela joga três papeis para eles –Não adianta recusarem, se não a Janne vai vim aqui pessoalmente, e eu acredito que vocês não querem isso.

–Hn! N-não mesmo... –Disseram os três, sentindo calafrios.

–Certo, então eu já estou indo. –A garota pega o cachorrinho no colo e começa a andar para fora do quarto, sendo acompanhada por Gamine.

Ao ver que o cachorrinho estava sendo levado, Ginta logo para na frente das duas: –EI, EI, EI, ONDE ESTÁ INDO COM O ROGER?!

–Ué, essa semana é a minha vez de ficar com ele –A garota responde, levantando uma de suas sobrancelhas.

–Não é, não, ele não é só seu! –Disse pegando o filhotinho para si.

–Não o puxe desse jeito retardado, me dê! O Roger é meu filho! –Pegou o cachorrinho de volta.

—Mas quem deu nome pra ele, fui eu!

–Quem achou ele na rua fui eu!

–Vai a merda, a guarda também fica com o pai, não é?

–MAS O PAI NÃO PAGA A PENSÃO!

–E A MÃE É IRRESPONSÁVEL!!!

Peetah, Giovanna e Gamine ficam observando o “casal” brigar por causa do cachorro.

–Parece uma briga de casal, não é? –Comentou Peetah.

–Briga de marido e mulher, não se mete a colher. –Comentou Giovanna.

–Hm... –Murmurou, Gamine.

–ESSA SEMANA EU FICO COM O ROGER E JÁ ERA! –Ela puxa de vez o cachorrinho para si e empurra Ginta, saindo dali.

–Rogeeer, se a mamãe te maltratar, corra pra cá!! –Choramingava Ginta, estendendo os braços de forma dramática. –Ahh, meu pedacinho de Golden~ -Funga, emocionado.

–Tchau, Matobe. Tchau, Gamine. –Disse Giovanna, gentilmente.

–Tchau, Giovanna! –Acenou, atravessando a porta- Vamu’ embola’ desse lugar feio, né, bebê~ -Fazia bico enquanto falava de forma infantil com o cachorrinho que usava uma cuequinha branca.

–Não sei como consegue ser gentil com a Matobe. –Resmungou Ginta, cruzando os braços.

–Eu tenho um lema, que é ser gentil com todas as mulheres, meu bom rapaz. Afinal, não venha fazer marra pra cima de mim não, sei bem que os dois já tiveram um caso no jardim de infância. –Giovanna dá uns tapinhas nas costas dele.

–Sim, mas, isso já faz tempo, eu era idiota na época... –Desvia o olhar- Agora é seguir em frente! Eu e o Roger, meu filho.

–Seu e da Matobe, não se esqueça –Comenta Peetah, dando uma risadinha de canto.

–CALA A BOCA!

–Enfim, pessoal, vamos ver do que está falando esse papel... –Giovanna pega o folheto, começando a ler.

–Uhum...

... Alguns segundos depois.

–Ok, isso não é pra mim. –Giovanna dá meia volta, jogando o papel de lado e caminhando em direção a porta.

–EI, EI, ESPERE AÍ, QUE PORRA É ESSA? –Grita Peetah meio surpreso com o que dizia o folheto –Nem fodendo vou ser modelo dessas coisas!

–Não vou aceitar também! Isso me cheira a Janne.

–Pois é, por isso que é melhor eu me manter calado e fingir que ainda não vi esse papel. –Giovanna sai do quarto, fechando a porta e deixando os dois lá dentro.

–Esse Giovanna é um medroso mesmo. O que vamos fazer, Ginta?

–Vamos falar com elas, ué! O que que essas garotas malucas acham que a gente é? Esse tipo de coisa é pra viado!

–Tem coragem de encarar a Janne de frente? –Perguntou, Peeta, temeroso.

– Posso morrer? Posso... Mas tenho que manter minha honra...

–Não temos honra.

-Dignidade? Ou pelo menos o que restou dela...

-T-tem razão...

Os dois tomam coragem e saem do dormitório para encarar Janne de frente e tirar satisfações. Nunca que iriam pousar nus, um agarrando o outro, só pra inspirar essas taradas.

Enquanto isso, Giovanna andava pelos corredores que tinham bastante movimentação. Curioso, ele se aproxima da agitação e vê uma coisa que jamais pensaria em ver naquele colégio para selvagens; uma garota meiga com um rosto fofo... E ainda por cima, estava vestida com uma roupa ousada de maid.

–Deus... –Suspira ao ver a menina. –Estou sentindo algo no meu coração... –O moreno bota a mão no peito. –Mano, o nome disso é amor... Eita, porra, eu tô sentindo!

Vendo que estava sendo observada, Roko vira-se para Giovanna. Vendo que o mesmo ainda não segurava o folheto que entregava aos demais rapazes, foi em sua direção.

–S-senhor, você poderia participar? –Roko fica de frente para Giovanna, morrendo de vergonha. Suas pernas estavam juntas, tentando esconder seu corpo. Seu rosto estava vermelho; céus, aquela era a visão dos céus para Giovanna.

–UOH, GIOVANNA, HÁ QUANTO TEMPO!

Janne grita o nome do conhecido, chamando sua atenção. Giovanna leva um susto ao ver a garota, ainda mais vestida daquele jeito. Não sabia que existia aquele tipo de calcinha...

–J-Janne? –Disse, meio receoso.

–Eaí, cara! Pegou o papel? –Pôs um de seus braços em volta do ombro do maior -Ahaha, quero você lá, viu!?

–Não vou participar dessa merda –Fechou a expressão numa carranca, amassando o papel.

–Mas a Roko vai estar lá~ -Janne disse, jogando baixo. Sabia que a aparência da menina loira fazia o tipo de Giovanna.

–O nome dela é Roko? –Giovanna peguntou, mostrando-se mais interessado.

–Hn... S-sim~ -Respondeu a loira, desviando o olhar, constrangida.

Huoooohh, ela tem uma voz doce! Ahh, eu achei a garota da minha vida!” Pensava, o moreno.

–Então, tá... –Concordou, indiferente. –Eu faço essa bosta, aí.

–Venha para a sala do grupo umas sete da noite, ok? –Disse Janne. Giovanna só responde com um aceno.

–Ceeerto, mais um pro nosso trabalho! Falta só dois, acho que a Matobe conseguiu convencer seus outros amigos.

–Err... C-capitã...

–Hum? O que foi?

–Q-quem é ele?

–Giovanna. É terceiranista, que nem eu. Pensei que o conhecesse, mas parando pra pensar, são raras as ocasiões que eu e ele nos encontramos. As vezes acho que ele me evita –Estreitou o olhar.

-Giovanna? Nome de menina.

–Pois é! Hahahaha, lembro que eu zoava muito ele por causa disso! Mas até que é charmoso, não acha?

-Hm, s-sim... –Desvia os olhos, sentindo as bochechas ficarem avermelhadas novamente –Até que é charmoso, sim...

-Hmm, será que a dona Roko está gostando do Giovanna?

-N-nada disso, capitã! E-eu só-

-Respira, Roko –Janne deu alguns tapinhas no ombro da menor –Se bem que o Giovanna não é muito de gostar dos outros, sabe?
–Hm, entendi... –Disse meio baixinho.

–Hoohoho, mas eu até entendo, ele é bonitão mesmo... Mas vai com calma, garoTO! –Janne dá um tapinha da bunda de Roko, fazendo a “garota” se assustar. –Não sabemos se ele vai se interessar por alguém, mas, será que ele teria interesse em alguém com três membros da cintura pra baixo? Huahahaha!

–N-NÃO FALE ASSIM, C-CAPITÃAA!!!

Enquanto as duas voltam a distribuir folhetos no corredor, na sala do grupo de artes, Matobe estava sentada na cadeira e brincava com o cachorrinho que estava em cima da mesa.

–Não sei como conseguem criar um cachorro escondido da diretoria aqui dentro do colégio –Comentou, Gamine.

–Huoo, falou uma frase grande, Gamine! Hahaha, a gente dá um jeito, né?

Algumas piscadas depois, a garota de cabelos pretos resolve mudar de assunto:–Você... Você ainda gosta do Ginta, não é?

–Hn! –Matobe engrandece os olhos -Que pergunta é essa, Gamine!? –Estava visivelmente constrangida.

Gamine não fala nada, apenas continua encarando a amiga que estava sentada do seu lado.

–Hunf... Está muito falante hoje...

As duas começam a escutar passos vindo do lado de fora da sala, e a porta se abre, mostrando a Janne e Roko entrando com suas lingeries.

–Ohh, já voltaram? –Pergunta Matobe.

–Ai, ai, estou cansada! –Janne se joga no sofá que tinha no canto da sala. –É cansativo ficar no corredor tentando achar modelos...

–Eu fui bolinada várias vezes... –Roko choraminga.

–Mas vocês conseguiram?

–Conseguimos sim.

–Quem?

–Fizemos o Giovanna participar! –Janne diz orgulhosa. –Vai ser uma inspiração e tanto ter aquele pedaço de mau caminho na nossa frente. E vocês duas, conseguiram?

–Uhum, praticamente obriguei Peetah e Ginta a participarem, logo menos eles estarão aqui.

–Ohh, conseguiu convidar o Ginta? –Janne estava impressionada.

–Sim, por que?

–Hohoho, se segura hein, Matobe! Você ver o Ginta de cueca, hein, hmmm, sei não~

–AAAH, CALA ESSA BOCA! –Grita envergonhada.

De Repente, a porta do grupo se abre num estrondo.

–EI, VOCÊS, MENINAS!!! –Ginta e Peetah entram na sala fazendo o maior barulho.

–MAS O QUE! –As meninas se assustam.

–A gente não quer participar! –Peetah fala, cruzando os braços.

–Que pouca vergonha! Achando que a gente é viado pra fazer esse tipo de coisa? –Ginta reclama.

–Oe, Oe, quem vocês pensam que são pra entrar desse jeito no meu grupo! –Janne bate a mão na mesa com força, ficando estressada. Os meninos sentem um leve arrepio na espinha.

–Q-quer dizer, d-desculpe por ter entrado assim m-ma-mas... –Ginta tentava falar mas estava assustado. Peetah estava mudo, mantendo-se atrás do amigo.

Aquela garota dava tanto medo.

–Não adianta voltar atrás! O amigo de vocês está vindo pra cá também, então os três farão isso sem mais nem menos!

–M-MAS

–EU ESTOU OBRIGANDO!!! É UMA ORDEM!!! –Ela grita fazendo os garotos se encolherem como se fosse cãezinhos assustados.

–Hunf, melhor assim! E aí, será que ele está vindo? –Janne cruza os braços, impaciente.

–D-de quem você está falando, Senhora Janne? –Peetah pergunta, assustado.

–Do seu amigo, ué! O Giovanna.

–GIOVANNA!? –Os dois garotos gritam ao mesmo tempo.

–MAS ELE DISSE QUE NÃO PARTICIPARIA NEM FODENDO!!! –Ginta grita, indignado.

–Mas acabou aceitando, por algum motivo... –Janne desvia o olhar começa para Roko, com um sorrisinho sugestivo.

–C-ca-capitã!! –Grita, envergonhada.

–Bom, ele tem dez minutos para chegar aqui, se não chegar faremos as fotos com vocês mesmo... E no dia seguinte eu mato ele por não ter comparecido.

–H-hn! –Os dois se assustam mais uma vez.

E de repente a porta se abre, chamando a atenção de todos.

–Yooo~ -Giovanna entra na sala com um aceno. –E aí, beleza?

–GIOVANNA! –Os dois garotos se jogam abraçando as pernas do mais velho. –VAMOS SAIR DAQUI CARA, BORA’ CORRER!

–Calem a boca, seus retardados! –O moreno chuta os dois. –Eu vou tirar as fotos...

–O QUE! –Peetah e Ginta gritam ao mesmo tempo.

–Eu disse pra Janne que faria, não posso quebrar uma promessa para uma mulher. –Disse cruzando os braços de forma profunda.

–Ora, vamos, não é por minha causa que o senhor está aqui, eu sei bem! –Janne se aproxima –O senhor está aqui por causa dela, não é? –Aponta pra Roko. –Seu safadinho! -Ela sorri maldosa.

–C-CAPITÃAAA!

–H-hn... –Giovanna vira o rosto, escondendo o leve rubor.

–Huohh, Giovanna está corado! –Matobe comenta surpresa, sentada na mesa.

–Uhum... –Concorda, Gamine.

–Certo, rapazes! –Janne bate as mãos, chamando a atenção de todos -Vamos acabar logo com isso, precisamos entregar essas coisas depois de amanhã para a secretária. Eu e Roko vamos nos trocar, já voltamos. Enquanto isso é melhor vocês três irem se arrumando. –Janne começa a agilizar as coisas.

–Ei, o que faremos? –Pergunta Peetah.

–Tirem suas roupas, fiquem só de cueca. –Diz naturalmente.

Os três garotos levam um susto e seus rostos ficam avermelhados. Aquilo foi repentino!

–C-COMO É? –Ginta já iria protestar mas Janne joga-lhe um olhar afiado.

–TIRA, A, ROUPA, E, FIQUEM, SÓ, DE, CUECA, OK?

–C-certo... –Os três concordam de cabeça baixa.

Alguns minutos se passam, e Janne e Roko já estão de volta, vestidas com o uniforme do colégio. Os móveis estavam todos afastados, deixando um grande espaço no meio, onde os garotos iriam pousar. Gamine e Matobe já estavam sentadas em seus lugares com suas pranchetas de desenhos, prontas para desenhar, e os meninos estavam sentados no chão só de cueca, esperando as próximas ordens de Janne.

–Certo! –Janne senta em sua cadeira, pegando sua prancheta e Roko faz o mesmo.

–Giovanna e Ginta, se levantem... E Peetah, por enquanto fica ali sentado. –Os três obedecem -Giovanna, finja que vai beijar o Ginta.

–O QUE!? –Giovanna questiona, incrédulo.

–FINJA, QUE, VAI, BEIJAR, O... –Antes que terminasse a frase ameaçadora, Giovanna a interrompe.

–TÁ CERTO, TÁ CERTO, CACETE!!! VEM AQUI, GINTA!

–O QUE!? ESPERA! TIRE AS MÃOS DE MIM!

Giovanna o pega pela cintura e o joga pro lado, descendo um pouco seus troncos e seus rostos ficam próximos.

–ASSIM TÁ BOM? –Grita Giovanna, nervoso.

–HUAAAAAH, ME SOLTA, SEU NOJENTO! –Ginta estava quase tendo um ataque cardíaco.

–OOOOHHHH, BELA POSIÇÃO! ESPEREM UM POUCO, VAMOS COMEÇAR A DESENHAR! –As meninas se empolgam e começam a fazer os esboços rapidamente.

–PRÓXIMA POSIÇÃO!!!

Peetah teve que fazer várias posições um tanto constrangedoras no chão, e Ginta sempre o acompanhava. Giovanna ás vezes fazia posições solo e outras fazia com Peetah ou Ginta. Várias fotos foram tiradas, vários esboços foram desenhados rapidamente. Os três fizeram muitas posições, inclusive as de threesome, que foram os três juntos, de forma bem erótica.

–EMPINA MAIS A BUNDA, PEETAH! MELHORE ESSA EXPRESSÃO, GINTA! PEGA NA BUNDA DO PEETAH DIREITO, GIOVANNA!

–A MINHA DIGNIDADE FOI PRO LIXO! –Gritava Ginta, totalmente indignado.

–CALE SUA BOCA, NÃO SABE COMO ME SINTO. –Protesta, Giovanna.

–E-eu vou choraaaarr~ -Choramingava Peetah, um dos mais maltratados do trio.

–AGORA VAMOS PARA A ULTIMA POSIÇÃO!

Agora, nesse momento, todas as meninas tinham uma expressão um tanto ansiosas, e suas bochechas estavam levemente rosadas... Menos a de Gamine, porque a mesma sempre mantinha uma expressão normal sem sentimentos.

–NÃO PRECISAREMOS MAIS DE VOCÊ, PEETAH! –Grita Janne, entusiasmada.

–OHH, GLÓRIA Á JESUS CRISTO! -Peetah anda pro canto da sala pegando suas roupas, não aguentando ficar mais um minuto ali.

–MAS NÃO É PRA IR EMBORA, AINDA USAREMOS VOCÊ.

–OHHH, NÃOO!!

–E A GENTE? –Pergunta Giovanna, desesperado.

–Agora essa será a ultima posição... a ultimate mega máster, pra acabar com tudo! E você e o Ginta serão usados...

–Meu Deus... –Ginta diz meio assustado com o que poderia ser. –O que diabos você está pensando, Janne? –Pergunta meio receoso.

–Vamos lá, preparadas garotas?

–S-sim! –Respondem.

–Ginta, deite-se no chão de costas, quero que deixe o quadril um pouco levantado e abaixe um pouco a sua cueca até aparecer um pouco sua bunda. Não precisa ser muito.

–T-tá brincando, não é?

–FAÇA!

–... –Ginta se deita no chão e faz o que Janne pediu.

–Certo! Giovanna, fique em cima do Ginta fingindo que está estocando nele.

–HÃ? ESTOCANDO NELE? NO GINTA???

–VOCÊS DOIS JÁ FIZERAM MUITAS POSIÇÕES CONSTRANGEDORAS HOJE, NÃO TEM PROBLEMA FAZER MAIS UMA!

–MAS COMO VOCÊ ESTÁ DIZENDO, ESSA É A ULTRA MEGA MASTER! É A PIOR DE TODAS!

–VAI LOGO, FINJA QUE O GINTA É UMA GAROTA!

–EEEI! –Ginta protesta.

–Se você não for agora, Giovanna... Eu, corto, o, seu, pinto...

Aquilo fez o moreno sentir um tremendo arrepio que ia da cintura até a nuca. Aquela garota era um demônio!

–C-certo...

–O-OE CARA, VAI MESMO FAZER ISSO? –Ginta estava entrando em desespero.

Giovanna faz a posição que Janne havia mandado. Pronto, os dois estavam numa posição um tanto erótica para os olhos daquelas garotas taradas. Os garotos estavam morrendo de vergonha, nunca pensavam eles que um dia passariam por esse tipo de humilhação.

–E-ESTÁ PERFEITO! PERFEITO! –Janne dava chiliques junta com as outras garotas.

–AGORA, DÁ UMA BITÓQUINHA.

–O QUE?

–UM SELINHO!

–NÃO!

–AGORA...

–NEM FODENDO!

Janne pega uma tesoura e começa a andar em direção aos dois que continuavam na mesma posição.

–OU DÁ UM SELINHO AGORA, OU VAI SENTIR A DOR DESSA TESOURA CORTANDO O PINTO DE VOCÊS...

Giovanna nem pensou duas vezes, puxou o queixo de Ginta e num movimento encostou seu lábio nos do garoto. Os dois deram um belo selinho rápido que logo se separam.

–HUAAAAAAAAAAAAAAAAAAARRR!!!!

Depois de tanto tempo fazendo coisas constrangedoras, os meninos foram finalmente liberados pelas garotas. Totalmente acabados emocionalmente, pareciam zumbis enquanto se arrumavam, garantindo algumas risadas maldosas de Janne e Matobe.

Sentindo-se um pouco culpada por ter feito Giovanna sofrer tanto, Roko ajudou-o com as roupas, acompanhando-o até o corredor. Assim que se viram sozinhos –Pois Peetah e Ginta não perderam tempo em sair dali correndo- a loira logo disse: -Desculpe por isso.

Um pouco desconfiado com aquelas palavras de compaixão ditas pela voz doce da menor, Giovanna arqueia uma de suas sobrancelhas –Não precisa mentir, sei que se divertiu...

-Mas deve ter sido desagradável...

Vendo que Roko parecia estar um pouco preocupada consigo, o moreno deixara sorrir, passando a coçar a nuca –Não é como se eu fosse mudar minha sexualidade por causa disso, uma hora passa –Deu de ombros, mais relaxado.

-Mas-

-Teu nome é Roko, não é?

-Bem, sim...

-Toparia comer um lanche mais tarde, quem sabe?

-U-um lanche... –Mostrou-se surpresa.

-Sim. Quer?

-Ahh, bem... Err... –Estava em dúvida, perguntando se deveria ir ao encontro com Giovanna, o garoto mais charmoso do colégio. Estava receosa, pois tinha medo da reação de Giovanna se acaso descobrisse que na verdade era um garoto. –E-eu não sei, Giovanna...

-Por que?

-Eu não sou pra você... Digo –Morde o lábio inferior, nervosa –E-eu não sei se deveria aceitar, pois sinto que estaria te enganando...

-Me enganando? –Levantando uma de suas sobrancelhas –Ei, Roko, não fique assim... Do que estaria me enganando? Nos conhecemos á pouco tempo!

-Apenas me desculpe, Giovanna... –Encarou-o, cabisbaixa –Boa noite... –Deu meia volta, deixando o moreno sozinho no corredor.

Segundos depois, Janne abre a porta do clube, vendo Giovanna parado em frente a mesma. A morena havia escutado tudo, assim como Gamine e Matobe.

-Vocês escutaram o fora que eu levei, não é? –Giovanna rola os olhos.

-Mas é lógico que sim! Para um galanteador que é, aposto que seu coração deve estar dilacerado. –Sorri, maldoso.

-Vai te catar, Janne...

-Mas sabe de uma de coisa, Giovanna? –Janne se aproxima, colocando um de seus braços no ombro do moreno –Roko é extremamente honesta, e não gosta de enganar as pessoas, mesmo que isso custe a sua felicidade.

-O que quer dizer?

-Ela tem um pênis.

-O QUE!? –O moreno se afasta, completamente surpreso –ESTÁ DIZENDO QUE AQUELA GRACINHA É UM HOMEM?

-Pois é –Janne dá de ombros –Mas fique sabendo que ela é uma ótima pessoa, tá bom?

-M-mas... Estou confuso!

-Uma hora se acostuma! –Sorri, divertido –Fale com ela depois, não deixe isso em aberto, ta bom? Se resolvam, pelo menos... Mas não machuque seu coração, entendeu!? Se o fizer, eu corto o seu pinto!

-Você é obcecada por paus, não é!? Cacete!

-Adoro –Deu de ombros –Vamos meninas, precisamos ir para nossos quartos antes do toque de recolher!

Janne tranca a porta do clube, sendo seguida por Matobe e Gamine. Antes de se afastar, Gamine dá uma pausa na frente de Giovanna.

-Seja gentil com ela –Disse calmamente, porém segurando a pá com certa intensidade, como se aquilo fosse uma espada e estivesse pronta para atacar.

Aquilo de certa forma deu um calafrio em Giovanna.

-U-um samurai...?






Um dia depois.






Na manhã seguinte, Matobe se levanta de sua cama e vai direto para o banheiro, tentando não fazer barulho para não acordar as parceiras de quarto.

Não demorou muito e já estava pronta. Não vestia o uniforme da escola, mas uma blusa de manga curta e um short. Hoje não teria aula por causa da preparação do evento que aconteceria no dia seguinte.

–Roger~ Onde tá você, bebê? –Ela procurava o cachorrinho –Ahh, te achei! –Ela pega o filhote que estava de baixo de uma mesinha da sala. –Vamos dar uma voltinha?

Ela sai de seu dormitório e anda para fora com o cachorrinho que parava pra fazer xixi. O colégio no momento estava vazio, todos os estudantes estavam dormindo.

–Ei, ei, Vamos ficar lá em cima no telhado? –Diz a menina para o cachorrinho que estava em seus braços.

Ela começa a subir as escadas até chegar no terraço. Ficar ali era tão bom; sentir o vento da manhã em seus cabelos e o sol saudável esquentando seu corpo. Dali dava pra ver quase toda a cidade que a muito tempo não visitava.

Matobe logo percebe que não estava sozinha...

–Ginta... –Diz a menina, aproximando-se do garoto.

–Oh, o Roger veio também. –Ele pega o cachorrinho.

–O quê faz aqui? Acordou cedo. –Disse, sentando-se ao lado dele na beirada do prédio.

–Diz que acordei cedo, mas você também está aqui.

–Hunf... –Dá de ombros -E aí, já se recuperou do trauma de ontem? –Sorri.

–Tsc, gostaria que não tocasse no assunto.

Por fim, Matobe decide não falar mais nada. Os dois ficam ali, sentados na beirada do prédio observando o sol que aos poucos se levantava mais e mais.

–Hoje é meu dia de ficar com o Roger... –Diz Ginta, quebrando o silêncio. Não incomodado com a possível discussão que surgiria por conta daquilo.

–Certo..- Concordou.

–Hn! U-ué, concordou assim tão fácil? –Diz surpreso.

–Não to’ a fim de brigar hoje... –Diz a menina, calmamente.

–Hunf...

Os dois se gostavam, e isso era fato. Mas nunca iriam admitir em voz alta, afinal, eles já sabiam disso desde o jardim de infância.

Continuariam brigando, continuariam com essa birra, não cumpririam a promessa que um fez para o outro anos atrás.

Mas continuariam se gostando.

E assim ficaram ali, durante alguns minutos aproveitando a companhia um do outro sem dizer muita coisa. Esse era um dos raros momentos que podiam ficar sozinhos em harmonia sem se provocarem.

Mal percebiam, mas seus mindinhos estavam entrelaçados.




xXx

Giovanna fez questão de encontrar Roko e convidá-la para comer um lanche. Mesmo sabendo do verdadeiro sexo da garota, não sentiu-se incomodado, muito pelo contrário, afinal, como dizia sua própria filosofia: “Tem que ser gentil com todas as mulheres” e acrescentou “Não importa quem seja”.

Há boatos que depois disso Giovanna tornou-se bissexual. Mas são apenas boatos.

Peetah finalmente conseguiu uma namorada otaku com quem sempre quis ficar... Mas três dias depois a garota o traiu.

Ginta e Matobe continuam a brigar para ver quem ficar com a guarda do cachorro.

As meninas finalmente expõe suas obras de artes na grande exposição, fazendo algumas alterações nos traços e posições, deixando tudo com uma aparência mais erótica, se era possível.

Elas levaram castigo por mostrar algo tão obsceno...



xXx

25 de Febrero de 2018 a las 23:13 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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Sasah Trakinas Alcoólatra triste.

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