alicealamo Alice Alamo

O que eu fazia quando raramente saía não me importava muito. Eu não precisava medir as consequências, ninguém iria saber e, no final, era só voltar para casa, mentir um pouco e sorrir. Era sempre assim.


Fanfiction Anime/Manga Sólo para mayores de 18. © Todos os direitos reservados

#orange #yuri #HinaSaku #Hinata-Sakura #naruto #ua
Cuento corto
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Capítulo Único


Eu não vi quando ela se aproximou, não vi quando suas mãos entraram pela minha blusa, não vi quando deixei que ela me tocasse.

Não que eu seja de todo inocente, porém, dessa vez, especialmente dessa vez, eu podia me considerar livre de qualquer culpa.

Animais enjaulados normalmente se tornam mais ferozes, entretanto esse ditado não serve para mim. Mesmo que tenha sido aprisionada em minha própria casa, sob padrões de ética, educadores e empregados, não me tornei mais arisca. Pelo contrário, adoeci.

Desenvolvi uma espécie de fobia do mundo, do além da porta. Conformei-me com a solidão, fui domesticada.

Infelizmente, tudo naquele dia já havia começado errado. O sol estava brilhante, convidativo como nunca, e, na TV, eu vi o anúncio de uma feira cultural. Interessei-me em conhecer aquilo que só havia visto através de livros. A curiosidade me deixou inquieta, andando pelos quartos e andares da casa.

Era sábado, meu marido, como de costume, não estava em casa; os seguranças estavam na cozinha ou correndo atrás da minha rebelde filha. Tudo conspirava para que eu desse passos para fora daquele mundo. E eu o fiz.

Em poucos minutos já estava na rua, perdida, pedindo informações a policiais, às mulheres com crianças, a todos que me inspiravam confiança. Já escurecia, eu já havia visto toda a feira e foi nesse momento que eu a encontrei.

Os olhos verdes e o cabelo rosa atraíam a atenção dos últimos visitantes, ela os seduzia com muito pouco, de forma eficiente. Com isso, vendia alguns itens da cultura japonesa, discursava sobre tipos de comida, épocas, samurais, ninjas, sobre tudo que lhe perguntavam.

— Se interessou por algo? — ela perguntou doce.

Os lábios rosados, delicados. A face gentil.

Eu vi as mãos finas passarem sugestivamente sobre as mercadorias, como se me mostrasse aquilo de que ela havia se referido.

Eu ainda estava admirada com aquela figura... exótica, para poder falar alguma coisa.

Ela franziu o cenho, como se me analisasse, e voltou a repetir:

— Se se interessar ou quiser ver, é só me chamar. — ela sorriu. — Sou Sakura.

Eu pisquei, vendo o cabelo rosa, curto, ser alisado por suas mãos.

— Sakura?

Eu estranhei o nome, fazendo-a rir. Um riso suave, leve, harmonioso.

— Todos os londrinos fazem essa mesma cara ao ouvir meu nome. Significa flor de cerejeira — ela explicou, aproximando-se.

Ela pegou uma flor que estava sobre o balcão, cheirou e ficou perto do meu corpo, elevando o braço, prendendo a pequena flor no meu cabelo.

Senti seu perfume, um leve aroma que me arrepiou. Minhas bochechas esquentaram, a respiração dela se chocando contra minha face não ajudava muito. Eu abaixei a cabeça, desviando do olhar avaliativo que recebia. Ela sorriu de canto, segurando meu queixo entre os dedos.

— Ficou uma graça.

Depois disso, me perdi.

Não é como se eu fosse ingênua, posso até ser em alguns quesitos, mas eu sabia o que ela queria. Eu entendi o que ela quis dizer sobre aprender mais sobre sua cultura, convidando-me até sua casa, eu havia visto o olhar malicioso que hora ou outra ela depositava em mim.

— E você? Não me falou seu nome — ela disse rindo, abrindo a porta da geladeira de sua cozinha, servindo o vinho em duas taças.

— Hinata.

— Um nome bonito. — ela me ofereceu uma taça. — Delicado, muito bonito.

Com uma mão ela retirou do meu rosto uma mecha que caía. Eu estava com medo, mas ele era subjugado pela curiosidade.

Ela fez a parte social que lhe era obrigatória. Conversou comigo, ofereceu mais vinho, riu, bebeu mais comigo, aproximou-se. Quando percebi, eu já estava deitada com a cabeça em seu colo.

Seu rosto estava róseo, combinando com seus cabelos. Eu ria sem motivo algum, ela sorria maliciosa.

Eu me levantei, enchi mais uma vez a taça. Percebi que ela fez o mesmo. De costas, ouvia seus passos se aproximando, o perfume doce começando a me embalar como um feitiço. A respiração bateu contra meu pescoço, o calor do seu corpo foi percorrendo o meu à medida que ela intensificava o contato.

Seus seios pressionaram minhas costas, suas mãos contornaram minha cintura, meu quadril se chocou contra seu ventre, senti suas coxas contra as minhas.

O nariz fino e levemente arrebitado percorreu meu pescoço de baixo a cima, mordendo suavemente o lóbulo da minha orelha. O álcool eliminava a pouca censura que possuíamos, então eu simplesmente não me movi.

Deixei que ela me prensasse contra a parede próxima, sua boca percorrendo meu pescoço e mordendo meu queixo. As coxas dela se encaixam entre as minhas, pressionando ora ou outra minha feminilidade. Meu corpo se aqueceu, se arrepiou. Ao sentir o arrepio, minhas mãos se moveram até seus cabelos, puxando seus lábios aos meus.

Eu gemi.

A boca cálida, os lábios finos e doces me embriagavam. Não houve invasão, houve apenas domínio. Ela me empurrava mais, intensificando o choque dos corpos, o contato. Segurei os fios róseos, puxando-os, arranhando sua nuca.

Ela mordeu meu lábio inferior, descendo a mão pela minha face, pelo meu colo. Sakura lambeu meu lábio enquanto sua mão acariciava meu seio. Era bom, era quente e envolvente, era diferente.

Eu ri, sentindo suas unhas me arranharem enquanto ela tirava minha blusa. Estava frio, mas sua pele logo tratou de compensar essa falha. Com passos rápidos, ela me guiou pela casa, nos agarrávamos no meio do caminho, lembro-me de um quadro caído, um vaso quebrado. Caí na cama sem que ela precisasse me empurrar. Sakura riu.

Eu sentei na borda, vendo-a lamber os lábios. Sakura sentou-se sobre minhas coxas, emaranhando os dedos em meu cabelo para poder puxá-los para trás.

— Tire minha blusa.

A voz soou como uma ordem, e eu atendi. Devagar, deixei que meus dedos adentrassem sob a blusa, podendo puxá-la lentamente para cima. A pele branca revelava-se aos poucos, lisa, quente. Meus dedos encostavam propositalmente em seu sutiã, Sakura sorriu com isso.

Assim que se livrou da blusa, ela me forçou contra a cama, devorando meus lábios e posicionando sua perna entre as minhas, sua coxa exercendo uma deliciosa pressão contra minha intimidade.

Minha temperatura se elevava, talvez por excitação, talvez pela quantidade de álcool que eu já havia ingerido.

Sem que eu percebesse, ela já havia retirado meu sutiã, sua mão já apertava com força meu seio, acompanhando os movimentos da coxa. Sua boca não me permitia gemer, apenas vibrações eram ouvidas. Suspirei aliviada quando seus lábios percorreram meu pescoço, mordendo, dando-me liberdade para emitir sons de prazer.

Meus olhos acompanhavam a língua que percorria a extensão do meu corpo. Meu corpo tremia de ansiedade ao vê-la abrir o botão da minha calça e rodear com a língua meu mamilo.

Involuntariamente, minhas costas se arquearam quando ela sugou aquela área com tanta força que eu gritei sem poder me conter. Parecia uma estratégia para que eu não percebesse ela abrindo o zíper e puxando um pouco minha calça para baixo.

Ajudei-a a tirar minha calça, ouvindo um gemido baixo dela. Sakura se sentou sobre minhas coxas, levando as mãos às costas, abrindo o fecho do sutiã. Remexi-me excitada, estranhando e incomodada pelo calor que se acumulava entre minhas pernas. Ela esticou a mão, um convite mudo.

Sentei-me, não desviando o olhar, curiosa pelas reações que pudesse tirar dela. Minha mão contornou seus seios, médios, rígidos, e eu a ouvi suspirar, jogando a cabeça para trás lentamente.

Aquilo me animou, me encorajou. Apertei com força, talvez até demais, porém ela gostou, rebolando sobre mim, arranhando minha nuca.

As esmeraldas desejosas me incentivam a continuar, eu lambi os lábios, aproximando-me do bico rosado, chupando-o com leveza, vendo Sakura se contorcer. Acariciei o outro com a mão, estimulando-o, deixando sem pressa o mamilo túrgido para que enfim pudesse lhe dar a mesma atenção.

Ela gemia, cada vez mais constante. Afastou-me sem cuidado, ajoelhando-se na cama para retirar a calça. Meus olhos não conseguiram não acompanhar o movimento, eu notei a pressa, eu notei a impaciência, e, principalmente, eu notei a mancha de umidade na calcinha.

Ela voltou a me beijar com volúpia, abrindo minhas pernas sem cuidado, depositando a mão sobre minha calcinha. Eu gemi só com aquilo, uma vontade de me mover, de forçar aquele contato, cresceu em mim.

Sakura cessou o beijo, seus olhos fixos em minha face enquanto seus dedos furtivamente entravam sob a última peça que me cobria. Eu gemi em êxtase e ela sorriu vitoriosa, lambendo meu pescoço enquanto seus dedos rodeavam meu clitóris.

Abri mais as pernas, facilitando a exploração da área. Sakura desceu a boca para meu seio, chupando-o no momento em que aumentou a pressão e acelerou a carícia. Minha mão se agarrou ao seu cabelo, forçando sua boca contra mim. Meu corpo não me obedecia, eu tremia, minhas pernas queriam se fechar quando eu sabia que daquele jeito estava bom.

Reclamei quando Sakura se afastou, ajoelhando-se na cama para retirar minha calcinha e abrir minhas pernas. Eu estava completamente exposta e isso só me excitou. Ela se abaixou, mordendo os lábios enquanto passava um dedo pela extensão da minha intimidade. Tremi. Gemi. Ela riu de novo.

Seu dedo penetrou minha cavidade, incômodo. Mas não importou por muito tempo, já que a língua áspera já deslizava sobre o clitóris, estimulando-o. Era maravilhoso. A umidade já existente só facilitava a performance de Sakura, que passava a me chupar com fervor.

Meu corpo não se controlava, minhas mãos puxavam os cabelos de Sakura, meus gemidos não possuíam limite sonoro e eu não me importava com nada que não fosse aquela língua serpenteando meu corpo, penetrando-o, explorando-o como podia.

Eu gritei ao gozar, abrindo as pernas e fechando os olhos, aproveitando o torpor que arremetia meu corpo de forma tão avassaladora.

Abri os olhos zonza, Sakura se levantava limpando a boca com as costas da mão, me olhando com desejo enquanto sua mão ainda lentamente me estimulava.

Eu me sentei, sorrindo, puxando Sakura para o meu colo. Em seus lábios ainda estava o meu gosto e não me importei em recebê-lo. Ajoelhada na cama, Sakura colocou um joelho de cada lado do meu quadril.

Rasguei sem querer sua calcinha, removendo-a. Sakura lambeu meus dedos, eu os desci para sua intimidade, iniciando uma carícia lenta. Ela reclamou como eu já sabia que faria.

Estava quente, úmida, facilitando em muito o movimento. Acelerei à medida que os gemidos que excitavam, Sakura segurava-se em meus ombros, às vezes puxando-me para sua boca.

Eu não sabia como aquilo terminaria, sendo sincera, eu só estava repetindo o que ela havia feito comigo. Não era como se eu soubesse o que fazia. Minhas únicas pistas eram suas reações.

Por isso não entendi quando retirou minha mão e pediu que eu fosse mais para trás. Ela se sentou na minha frente, abrindo as pernas, puxando-me para que me encaixasse ao seu corpo. Gemi ao entender o que pretendia.

Nossas intimidades estavam unidas, os clitóris se estimulavam por puro atrito, os seios em contato arrepiavam-me. Ela foi a primeira a se movimentar, gemendo alto. Em pouco tempo, entendi o que fazer e ajudei-a nos movimentos, o contato era delicioso, o prazer comandava os corpos. Já não havia pensamentos, não havia consciência, havia apenas o desejo insano de terminar aquilo, de finalmente atingir o ápice.

Arranhei suas costas enquanto a beijava, sentindo o clímax chegar em um golpe forte. Sakura gemeu, o meu gozo intensificava o prazer, facilitava os movimentos. Não demorou para que ela gritasse ao se desfazer.

Os olhos verdes ficaram turvos, a boca curvada em um sorriso satisfeito. Nos olhamos, rimos e, sem muito mais o que fazer naquela noite, bebemos e dormimos.

Pela manhã, eu acordei primeiro. Sorri por lembrar-me de tudo o que fiz. Tomei um banho rápido, me vestindo rapidamente. Sai sem deixar recados ou qualquer coisa do tipo, não tinha mais vinte anos para me importar com isso, duvidava que ela também se importasse.

— Hinata! Onde é que você estava? — Naruto vinha em minha direção, as olheiras denunciando a noite provavelmente não dormida.

Eu sorri, contei uma mentira, ele suspirou aliviado, sorrindo sincero.

Não, Naruto não me trancava dentro de casa ou algo do tipo. Eu que havia me acostumado a permanecer só e somente nela. Como disse, sou igual a um animal domesticado, gosto da minha casa, às vezes fujo, mas acabo sempre voltando.

25 de Febrero de 2018 a las 01:39 0 Reporte Insertar Seguir historia
3
Fin

Conoce al autor

Alice Alamo 24 anos, escritora de tudo aquilo em que puder me arriscar <3

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