kjmbangtan Juh 🦋

ONE SHOT | COMÉDIA | +18 | #TaekookWeen Kim Taehyung jura que o novato da escola é um vampiro, mas seu melhor amigo Jimin não quer acreditar na sua história. Então ele se vê na oportunidade perfeita de provar a verdade para o seu amigo quando o novato passa a ser sua dupla nas aulas de química. Taehyung só não imaginava que começaria a desenvolver sentimentos por um vampiro que estava doido para chupar seu sangue, pelo menos era isso que ele pensava que Jeongguk queria fazer. - Capa by @euphorianxious - Plágio é crime Postada: 29/10/2022 ATENÇÃO! Os personagens encontrados nesta história são apenas alusões a pessoas reais e nenhuma das situações e personalidades aqui encontradas refletem a realidade, tratando-se esta obra, de uma ficção. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, feita apenas de fã para fã sem o objetivo de difamar ou violar as imagens dos artistas.


Fanfiction Bandas/Cantantes Sólo para mayores de 18.

#bts #comedia #fanfic #gay #halloween #jeongguk #jktop #jungkook #jungkooktop #kjmbangtan #kookv #lemon #lgbt #oneshot #taebottom #taehyung #taekook #taekookween #topjk #vkook #vottom #yaoi
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Capítulo Único: Fontes? Confia. Jeon Jeongguk é um vampiro!

Oi galeris, como estão?

Eu ia postar essa história no dia 30/10 que é mais perto do Halloween, porém amanhã é dia de comemorar a vitória do papai Lula.

Faz um tempo que não posto uma one shot e estava com saudades disso. Fiquei com vontade de escrever algo para o Halloween, então me veio esse plot na cabeça e decidi escrever. É uma one shot de comédia e espero que vocês gostem.

- O capítulo não foi betado, por isso me perdoem qualquer erro.

- A capa e banner dessa fic foram feitos pela euphorianxious, ela é perfeita gente e faz as melhores capas do mundo. Eu sou totalmente apaixonada no portfólio dessa mulher!

- Não sei se alguém vai querer usar, mas essa one shot tem uma tag caso alguém queira usar no twitter é #TaekookWeen

- Comentem bastante e não esqueçam de votar no capítulo, são 13.5K de palavras para vocês se deliciarem.

- Tem lemon, portanto se não gosta é melhor não continuar a leitura.

Boa leitura para todo mundo, espero que gostem.


📷


Eu não consigo parar de pensar.

Acontece que quando eu penso demais, me chamam de maluco. Tá! Talvez eu seja mesmo um pouco peculiar, mas eu não diria maluco. Entende? Jimin, meu melhor amigo, gosta de falar que sou apenas sonhador, que não tenho muito os pés no chão e é por isso que tenho ele na minha vida. Alguém na nossa amizade deveria controlar meus momentos de pensamentos malucos, pelo menos é o que ele diz.

Só que dessa vez é diferente e eu tenho 100% certeza de que estou certo e nem Jimin vai me fazer mudar de ideia.

Vou contar como tudo começou. Entrou esse garoto novo no meu colégio, o nome dele é Jeon Jeongguk e temos algumas aulas juntos. Juro que nunca pensei em uma coisa assim nos meus 19 anos de vida, mas é que minha teoria faz bastante sentido.

Jeongguk é um vampiro.

Pra começar, ele é bem estranho, percebi isso desde o dia que ele chegou nesse colégio. Há duas semanas que ele está aqui e não fez nenhum amigo, e olha que tentaram puxar assunto com ele, mas o garoto sempre se afasta de todo mundo. Eu vi até um garoto da outra turma, Seokjin, tentar puxar assunto com Jeongguk, e acreditem quando eu falo que ninguém consegue resistir às conversas doidinhas do Jin, mas Jeongguk conseguiu.

É claro que isso não é motivo para eu imaginar que alguém é um vampiro, mas é no mínimo estranho que ele não converse com ninguém. Sou formado em Crepúsculo, sei do que eu estou falando. Outra coisa, ele vivia usando roupas pretas e óculos escuros fora da sala de aula, claro que para evitar a luz do dia, pois eu imagino que seus olhos de vampiro devem ser sensíveis à luz.

Com esses argumentos perfeitos que vieram da minha poderosa mente, eu ainda não tinha certeza da minha teoria, até que aconteceu algo que me fez confirmar tudo.

Jeongguk e eu fazemos aula de Química juntos, e ele passou a ser minha dupla nessa aula, já que minha antiga dupla havia mudado de cidade na semana anterior. Enfim, viramos dupla um do outro e no primeiro dia que eu entrei na sala, Jeongguk já estava sentado no lugar dele, e ele tampou o nariz na hora que eu apareci. Certeza que sentiu o cheiro do meu sangue e estava tentando resistir, não querendo me atacar no meio da sala de aula.

Eu passei a aula toda tremendo de medo, e ele passou a aula toda tremendo por causa da sede de sangue e matança. Eu tenho certeza que ele sentiu vontade de beber meu sangue.

Ele era um vampiro e minhas teorias estavam confirmadíssimas depois disso tudo, não tinha como ser outra coisa.

O problema é que eu nunca poderia contar nada para ninguém. Tinha que guardar esse segredo ou poderia ser morto. Por isso estava disposto a esconder isso até do Jimin.

🧛🏼

— Jeon Jeongguk é um vampiro — soltei rapidamente assim que me sentei ao lado de Jimin.

Eu sei que eu falei que não poderia contar para ninguém, mas a minha língua é grande e eu precisava compartilhar com meu melhor amigo, senão eu nunca mais seria a mesma pessoa de antes. Sou fofoqueiro de carteirinha e Jimin é meu confidente, não posso fazer nada sem consultar ele antes.

— O quê? — ele me encarou desacreditado. Esse é o preço que eu pago por ser amigo do Jimin, ele nunca acredita nas minhas teorias.

— Jimin, tem um vampiro no nosso colégio — eu estava um pouco desesperado, não conseguia parar de mexer minhas mãos. — O que a gente vai fazer?

Como eu sempre fui um pouco emocionado e Jimin sempre foi mais centrado, é claro que ele teve a reação que eu já imaginava que teria. Ele riu. Mas não foi nem uma risada baixa, ele escancarou aquela boca enorme dele e gargalhou na minha frente, chamando a atenção de alguns alunos que estavam por perto no refeitório.

Meu melhor amigo não me dava um voto de confiança. Isso não é triste? Sim, é triste, já respondendo a pergunta para vocês.

E foi isso. Eu fiquei minutos esperando Jimin parar de rir, para então ele me encarar e voltar a rir de novo, como se eu tivesse falado uma coisa engraçada demais. Eu estava falando sério, nosso sangue estava correndo perigo!

— Se ele tentar beber nosso sangue na saída do colégio, eu juro que vou te empurrar na direção dele, só para eu ganhar uns minutos de vantagem.

Eu ameacei mesmo e não me arrependo, ele tava pedindo por isso. Como vou deixar alguém rir de mim e das minhas teorias? Não aceito isso! Luto pelo meu direito de pensar.

— Isso seria uma situação hipotética, mas me senti ofendido por saber que você me deixaria morrer — Jimin parou de rir.

— Você riu de mim, vou fazer por vingança — dei de ombros. — E não é situação hipotética, estou falando a verdade.

— Caso você não tenha percebido, vampiros não existem!

— Existem sim!

— Não!

— Sim!

— Não!

— Sim!

— Sim!

— Não!

— Te peguei — ele riu da minha cara.

Que ódio! Por que eu sempre caía naquela pegadinha?

— Park Jimin, eu te odeio!

— Nós dois sabemos que você está mentindo, Kim Taehyung.

— Jimin, estou falando sério — voltei ao assunto. — Isso é caso de vida ou morte. Mais morte que vida.

— Você não tem um parafuso à solta, tem vários — ele me deu um peteleco na testa.

— Você deveria me respeitar, eu sou o mais velho.

— Eu sou dois meses mais velho que você — Jimin falou.

— Ah, é mesmo, eu esqueci — eu tinha esquecido mesmo. — Mas Jimin-

— Vampiros não existem.

— Jimin, eu tenho certeza que o Jeongguk é um vampiro!

— Para de ser maluco, Kim Taehyung!

— Eu tenho provas!

— Ah, então me fala quais são as provas que você tem — ele cruzou os braços.

— Quando eu entrei na aula de química, ele tampou o nariz na hora, certeza que sentiu o cheiro do meu sangue e quis provar.

Jimin me encarou de cima a baixo, com uma das mãos na cintura e depois me deu um tapa na cabeça. Doeu muito se querem saber. Por que eu sou amigo dele mesmo? Ah é, porque eu o amo muito, tinha esquecido dessa parte.

— Isso aqui não é Crepúsculo e você não é a Bella Swan!

— Jimin!

— Taehyung!

— Você é muito teimoso — cruzei os braços fazendo bico.

— E você é 10 vezes mais teimoso que eu.

— Jimin, eu tô falando sério. O Jeongguk é um vampiro, tem muitas provas apontando para a verdadeira identidade dele.

— A sua prova é ele ter feito careta quando te viu — ele argumentou. — Talvez no dia você não estava cheiroso.

— Jimin! — eu realmente me senti ofendido, logo eu que estou sempre cheirosinho e limpinho. — Você sabe muito bem que eu NUNCA esqueço o perfume, em hipótese alguma.

— Me poupe — ele revirou os olhos.

— Será que ele é um vampiro muito velho? Tipo com uns mil anos? — Comecei a pensar alto. — Mas porque diabos um vampiro tão velho voltaria pro ensino médio? Ele deve estar mesmo entediado.

— Tira essa ideia maluca da sua cabeça, porque vampiros não existem.

— Eu vou conseguir provar para você que o Jeongguk é mesmo um vampiro — me senti desafiado pelo meu melhor amigo, agora era questão de honra.

— Ah é? E como você vai fazer isso? Senhor Winchester.

Sorri daquele jeito que sempre assustava Jimin, porque ele sabia que eu iria aprontar.

— Aguarde.

— Eu tô ferrado — ele bateu na própria testa.

🧛🏼

No dia seguinte, eu entrei na sala de aula com um potinho nas mãos. Jimin arregalou os olhos na hora em que viu meu sorriso quadrado. Ele fazia dupla com a Nayeon, que parecia sempre curiosa com tudo ao seu redor, e assim que viu meu sorriso e os olhos arregalados do meu melhor amigo, ficou atenta para o que estava a acontecer nos momentos seguintes.

A bancada do Jimin ficava ao lado da minha e sentávamos um ao lado do outro. Eu caminhei saltitante para o meu lugar, percebendo que Jeongguk estava lá e eu já poderia colocar meu plano em ação. É claro que passei a noite toda em claro pensando no que poderia fazer, então veio uma ideia brilhante na minha cabeça.

Sentei no meu lugar e encarei Jimin, que me observava em uma mistura de medo e curiosidade. Então para tentar acalmá-lo, eu sorri e lhe dei um joia com o dedão da mão, querendo mostrar que estava tudo nos conformes.

— A gente está ferrado — ele se lamentou ao abaixar a cabeça.

Poxa, cadê o voto de confiança em mim?

Enfim, tinha que colocar meu plano em ação. Encarei Jeongguk com um sorriso no rosto e ele ficou meio desconfiado ao me encarar de volta. A gente não conversava mais que o necessário na aula, então eu já esperava aquela reação dele.

Como sempre, ele estava usando roupas pretas com o tempo lindo lá fora, achava aquilo meio trevoso, mas não podia falar em voz alta.

Eu tinha que confessar que Jeongguk é muito bonito pessoalmente, e eu super beijaria ele se não fosse o fato dele querer beber meu sangue até me deixar seco no meio de um beco abandonado. Isso era o que me impedia, se querem saber.

— Oi, bom diaaaaa — o cumprimentei sem tirar o sorriso do rosto.

E ele não respondeu nada, como um bom vampiro trevoso de mil anos. Eu já esperava isso, se querem saber, mas mesmo assim eu quis ser educado antes de colocar meu plano em prática. Não sou um homem que desiste e preciso provar para Jimin que ele é um vampiro, como eu disse, era questão de honra.

A sala estava bem vazia ainda e faltava uns 15 minutos para o professor chegar, então eu tinha tempo, e eu conseguia sentir os olhos de Jimin e Nayeon queimarem nas minhas costas desde o momento que me virei para encarar Jeongguk.

Abri o meu potinho lindo e tinha uma quantidade generosa de alho dentro, eu tinha lido na internet que vampiros detestam alho.

— Quer um alho? — estendi meu pote para ele, como se fosse a coisa mais normal do mundo. — Eu como alho para começar o dia bem.

Então muitas coisas aconteceram ao mesmo tempo. Jimin começou a tossir alto, como se tivesse engasgado com a própria saliva. Nayeon começou a rir alto sem entender o motivo de eu ter levado alho para a sala de aula, sabendo muito bem que eu nunca comia alho para ter um dia bom. E Jeongguk levantou rapidamente, ficando o mais afastado possível do meu potinho de alho.

E depois o Jimin ainda tem dúvidas sobre o que eu falo? É claro que eu estava certo o tempo inteiro, aquele garoto é um vampiro e nada iria tirar aquilo da minha cabeça.

— Tira isso de perto de mim — ele pediu com a voz esganiçada. — Eu sou alérgico a alho.

Conta outra! Que mentira mais mentirosa. Quem é alérgico a alho?

— Ah, sério? — fingi acreditar e fechei meu pote. — Eu não fazia ideia, eu como alho de manhã, porque gosto muito.

— Coloca isso bem longe de mim — Jeongguk falou.

— Já chega né — Jimin tomou o pote da minha mão e colocou na sua mochila, só então Jeongguk voltou a se sentar. — Perdoa o meu amigo, ele tem uns parafusos à solta.

Antes do professor entrar na sala, eu encarei Jimin com o meu olhar de “eu te disse”. E ele me encarou com o seu olhar de “isso não prova nada”.

🧛🏼

No outro dia, Jeongguk faltou à aula. O sol estava mais quente que os dias anteriores, e é claro que ele tinha faltado aula por causa disso, senão ele seria exposto à luz do sol e todos saberiam da verdadeira identidade dele.

Não tínhamos aula de química naquele dia, o que pelo menos foi um alívio para mim, já que eu não precisaria fazer nenhuma atividade sozinho.

Como sempre, assim que o sinal para o intervalo tocou, Jimin e eu caminhamos juntos para o refeitório e entramos na fila para pegar comida. Ele estava bem quieto naquele dia, o que era estranho, pois meu melhor amigo era bem tagarela às vezes, eu que lute.

Escolhemos uma mesa vazia e nos sentamos, e quando o silêncio do meu amigo começou a me incomodar, resolvi quebrá-lo.

— Tá, desembucha.

— O que?

— Você tá muito calado.

— Só estou pensando.

— Isso eu percebi. Então…?

— O que?

— No que você tá pensando? — questionei cheio de curiosidade.

Jimin respirou fundo com os olhos fechados, em seguida os abriu e me encarou, parecia bem apreensivo antes de falar.

— Eu nem acredito que vou falar isso, mas eu acredito na sua teoria.

— Na minha teoria de que quando as pessoas morrem elas se transformam no sapato da pessoa que ela mais ama?

— Não, essa foi a teoria mais maluca que você inventou — Jimin revirou os olhos.

— Então você acredita na minha teoria de que o Seo Joon da outra sala é na verdade um alienígena vindo de Júpiter pronto para trazer seu exército e erradicar o planeta Terra?

— Francamente, ser seu amigo é uma loucura! — ele exclamou, mas acabou dando risada. Depois Jimin olhou para os lados antes de se aproximar e sussurrar. — Estou falando sobre o Jeongguk ser um vampiro.

— Eu sabia! — Bati na mesa e gritei.

— Dá pra falar baixo?

— Ah, é, desculpe — sorri constrangido. — O que fez você acreditar?

— Bem, ele faltou aula hoje e é muito coincidência ser um dia que o sol está rachando — argumentou comigo. — E eu descobri que ontem um homem foi atacado por um “animal”.

— Era assim em Crepúsculo também — contei, porque eu era formado nos livros e filmes dessa saga. — Sempre usavam a desculpa do ataque de animais. O que vamos fazer?

— Nada — ele arregalou os olhos. — Acha mesmo que conseguimos lidar com um vampiro? Precisamos manter o segredo dele.

— Tudo bem.

— Taehyung, não podemos contar para ninguém, está me ouvindo?

— Eu tô te ouvindo — respondi. — Não vou contar para ninguém.

🧛🏼

— Vou começar a distribuir alho para todo mundo a partir de amanhã — comentei ao fechar meu armário. Já fazia dois dias que Jeongguk não aparecia na aula, mas provavelmente hoje ele iria vir, pois estava dando indícios de chuva no céu e o tempo estava fechado.

— O que?

— Temos que proteger essas pessoas, Jimin.

— Não temos não — ele tentava me impedir. — Taehyung, ele é um vampiro, vai nos matar na primeira oportunidade que tiver, se descobrir que sabemos o segredo dele.

— Mas Jimin-

Minha fala foi totalmente interrompida após ver Jeongguk entrando no colégio, caminhando pelos corredores como se fosse o dono de tudo. As pessoas sempre paravam para olhar, porque vamos ser sinceros, Jeon Jeongguk é muito…

Gostoso.

— O que você disse?

— O que?

— Eu escutei isso Kim Taehyung, não dê uma de Bella Swan!

— Mas eu não fiz nada — tentei me defender. Eu não acredito que falei aquilo em voz alta.

— Eu ouvi muito bem o que você falou, você chamou o Jeongguk de gostoso.

— Cala a boca, ele pode ouvir com a audição de vampiro — tampei a boca do meu amigo, mas ele se afastou.

— Taehyung, não se meta com um vampiro.

— Eu não vou! Prometo — cruzei meus dedos indicadores e dei um beijo dos dois lados, como se para selar minha promessa.

— Eu vou ficar de olho em você.

Ficamos cinco segundos em silêncio, até eu precisar abrir minha boca de novo.

— Mas e se ele for como os Cullen? Que não bebem o sangue de humanos e se alimentam apenas de animais.

— Não temos certeza disso — ele me cortou. — Não podemos arriscar, vamos apenas seguir as nossas vidas e esquecer desse lance dele ser um vampiro.

— Tá bom.

🧛🏼

Na outra semana, eu já estava quase acostumado com a ideia de ser dupla de um vampiro na aula de Química, mas às vezes eu tinha que morder a minha própria língua para me impedir de soltar algum comentário suspeito perto dele.

— Pode me mostrar a última parte que o professor apagou? Eu não consegui terminar de copiar — Jeongguk pediu em um dia que estávamos na aula.

— Claro — deixei a parte que ele precisava à vista e continuei a copiar o conteúdo do quadro.

— Você tem uma letra muito bonita — elogiou com um sorriso nos lábios.

— Obrigado, eu fiz 3 anos de caligrafia para chegar nesse nível — sorri sem o encarar.

— Acha que preciso fazer o mesmo para melhorar a minha letra também?

Acabei por olhar no seu caderno, e realmente a letra dele era péssima e o caderno bem desorganizado, arregalei os olhos ao ver a bagunça.

— Como você entende isso?

— Nem eu sei. Minha letra não é das melhores, não é?

— Sua letra é horrível — arregalei os olhos na hora que fechei a boca, tampando-a rapidamente, após perceber o que tinha acabado de falar para um vampiro.

— Você é bem sincero — ele riu baixinho. — Gosto disso.

Ele gosta de mim? Não! Gritei no meu próprio subconsciente, ele gostava da minha sinceridade, apenas isso. Tenho que parar de ser emocionado.

— Então, Taehyung… seu amigo não veio hoje, eu posso me sentar com você no intervalo?

Ele queria a minha companhia? O vampiro queria a minha companhia e isso só significava uma coisa: eu era Bella Swan.

Meu melhor amigo tinha faltado à aula para fazer um exame de rotina, então eu realmente estava sem minha dupla de vida.

Jimin me mataria se eu aceitasse o convite de Jeongguk, eu estaria dando praticamente meu pescoço para ele beber do meu sangue, eu sabia qual seria o meu destino se aceitasse aquilo. Então é claro que eu deveria falar que não poderia sentar com ele.

🧛🏼

— Onde vamos nos sentar? — Jeongguk perguntou com sua bandeja nas mãos.

O refeitório já estava um pouco lotado, mas acabei achando uma mesa vazia quando passei meus olhos pelo local. Jeongguk me seguiu assim que me pus a caminhar até a mesa vazia, nos sentamos de frente um com o outro.

Eu sei que não deveria ter aceitado me sentar com o Jeongguk no intervalo, e sei que provavelmente Jimin me mataria. Mas não consegui negar quando ele perguntou daquela forma, com os olhos brilhando e tinha até um biquinho fofo nos lábios, não deu para resistir.

— Eu nunca vi você no refeitório antes — comentei.

— É porque eu fico no terraço, gosto da calmaria de lá.

— Então por que está aqui hoje?

— Meu irmão quer que eu tente interagir com as pessoas — respondeu. — Acho que deu para perceber que sou um pouco antissocial. Sou meio tímido, tenho vergonha de conversar com as pessoas e eu não faço ideia do porquê estou te contando tudo isso.

— Ah, você não precisa ter vergonha na minha frente — sorri. — Mas provavelmente você vai morrer de vergonha se passar a andar comigo, isso é um aviso.

— Vou me arriscar — ele sorriu. — Eu não sou tímido sempre, tipo, quando as pessoas me dão mais liberdade eu consigo me soltar mais.

Droga! Ele era muito fofo, como eu poderia negar alguma coisa para aquele sorrisinho lindo dele? Eu nem me lembrava mais de que tinha medo do seu lado vampiresco. Jeongguk era com certeza como os Cullen, não bebia sangue de humanos.

Ele comeu pouco da comida, ao contrário de mim, que praticamente devorei a minha comida e ainda comi a maçã de Jeongguk. Eu era um pouco comilão e Jimin nunca me dava a maçã dele, porque era comilão igual eu.

— Você é de Daegu? — perguntei.

— Sou de Busan — respondeu. — Me mudei para Daegu recentemente, vim com o meu irmão mais velho.

— E seus pais?

— Meus pais moram no Canadá, meu pai conseguiu uma promoção de emprego e eu pedi para ficar com meu irmão, por isso me mudei para Daegu.

— Não queria ir para o Canadá?

— Não — ele fez careta. — Gosto muito de viver na Coreia, não me vejo morando em outro país. Além disso, eu não teria te conhecido se tivesse ido com meus pais, não é?

— É verdade — murmurei um pouco envergonhado, sem saber se ele falou aquilo de forma despretensiosa ou se estava mesmo flertando comigo. Acho que a primeira opção, ele comentou que era tímido.

— E você? É daqui de Daegu?

— Sou, eu morei no interior com meus avós até os meus 10 anos, mas minha família decidiu que era melhor eu estudar na cidade — contei. — Gosto mais da cidade, mas sempre vou visitar meus avós nas férias, eles tem uma plantação de morangos e eu amo morangos.

— Parece ser legal.

— É incrível, um dia você pode ir comigo — sugeri de repente, nem pensei na hora de convidar. — Jimin vai comigo sempre que pode, ele também gosta muito de lá.

— Eu gostaria muito — ele sorriu com o convite. — Mas as férias estão um pouco longe, então tem muito para acontecer ainda.

— É verdade — sorri.

Silêncio.

— Eu nunca mais vi você comendo alho antes da aula — comentou, me fazendo quase engasgar.

— Ah… é que… você disse que era alérgico, não queria que você tivesse alguma reação ruim — precisei mentir, na verdade eu tinha esquecido da história do alho.

— Ah… hum… obrigado por isso — ele sorriu. — Sempre fui alérgico, já tive algumas reações alérgicas muito ruins.

— O que acontece se você ingerir?

— Meu corpo fica cheio de manchas vermelhas e meu pescoço começa a inchar — respondeu.

— Deve ser horrível.

— A sensação é, mas apesar disso, eu adoro o cheiro de alho, é muito bom.

— Eu não tenho alergia a nada, quer dizer, só a trabalho.

Ele riu.

— E como você vai fazer quando precisar de um emprego?

— Vou ter que arrumar um velho rico para me sustentar.

— Será que ele pode me sustentar também?

— Eu vou ver com ele, depois te confirmo — brinquei e ele riu de novo.

— Você é legal, Kim Taehyung — ele sorriu de maneira fofa.

Pelo menos agora sei que ele não vai beber meu sangue e me matar, eu acho.

— Você também é legal, Jeon Jeongguk — sorri de volta.

Jeongguk realmente era legal, acho que ele não conversava antes por timidez mesmo, e fico surpreso por ele ter puxado assunto logo comigo, o garoto mais sem graça desse colégio.

Quer dizer, eu já vi como as pessoas tentavam incluir ele nas rodinhas, a beleza dele chamava atenção de todo mundo, todas as rodinhas queriam ter Jeongguk, mas ele não dava moral para ninguém e foi logo puxar assunto comigo. É estranho se quer saber.

— Então, seu amigo vem amanhã — comentou, me fazendo desviar dos meus próprios pensamentos. — Ele acharia ruim se eu me sentasse com vocês no intervalo?

É claro que acharia, o Jimin tá mais paranóico que eu com essa coisa do Jeongguk ser vampiro. Quer dizer, antes eu até estava paranóico, mas uma coisa na minha cabeça me diz que ele é vampiro bonzinho e nunca me machucaria, eu acho.

— Não vai não — respondi com um sorriso. — Jimin é super tranquilo e não vai se importar.

— Claro — ele sorriu. — Obrigado.

🧛🏼

— Não! — Jimin falou ao fechar seu armário.

Eu havia contado para ele sobre tudo que aconteceu no dia anterior, mas quando falei que Jeongguk iria sentar com a gente no intervalo, eu ouvi a maior resposta negativa da minha vida.

— Você pode ao menos dar uma chance?

— Tae, ele é um vampiro e está manipulando você.

— Não está não, ele é uma pessoa legal.

— Isso é exatamente o que uma pessoa que está sendo manipulada diria — cruzou os braços.

— Jimin, vamos dar uma chance para ele — implorei. — Acho que ele é tímido e não consegue fazer amizades com facilidade.

— Edward Cullen também não fazia amizades — meu melhor amigo tentou argumentar.

— E foi o homem perfeito para a Bella — rebati. — Vamos ser amigos dele, e assim a gente livra nosso pescoço da morte vampiresca.

— Isso tem tudo para dar errado.

— Que dia que meus planos deram errado?

— Quer mesmo que eu cite todas as vezes?

— Cala a boca, vamos para a aula logo — mudei de assunto, sabendo que todos os meus planos deram errado. Não podia deixar Jimin jogar na minha cara, tinha que proteger o meu orgulho.

Na aula de Biologia, a professora pediu que fizéssemos trios para uma atividade, e eu me vi na oportunidade perfeita de fazer Jimin mudar de ideia sobre Jeongguk. Então corri para chamar Jeongguk para fazer parte do nosso grupo, antes que Jimin chamasse a Nayeon para completar o trio. Eu gostava muito dela, mas naquele momento eu era um homem com uma missão.

Juntamos nossas carteiras e Jimin não conseguia parar de encarar Jeongguk com os olhos cerrados, a desconfiança dele ia muito mais além da minha. Eu acho que já tinha desencanado um pouco da minha teoria dele ser um vampiro, quer dizer, eu ainda achava que ele era um, mas não achava que ele era do tipo ruim.

Eu nunca imaginei que Jimin fosse acreditar em alguma teoria minha, principalmente sobre vampiros, e ainda por cima ficar mais paranóico com isso do que eu, o próprio criador da teoria.

— Preciso que um aluno de cada grupo venha buscar os materiais para a aula de hoje — a professora pediu.

— Eu posso ir — Jeongguk fez menção de se levantar.

— Não! Eu vou — Jimin praticamente gritou, se levantou e olhou para ele desconfiado antes de ir até a professora.

— Acho que seu amigo não gosta de mim — coçou a nuca constrangido.

— Puff! Nada a ver — falei. — Ele só está com ciúmes.

— Por que? Vocês namoram? Desculpa, eu não quis-

— Não somos namorados, eu sou solteiro. 100% solteiro, muito solteiro mesmo. Totalmente sem namorado — Alguém cala a minha boca, por favor? — Se tem alguma coisa que eu não tenho, é um namorado.

— Hmm… tá — e eu podia jurar que vi a sombra de um sorriso nos seus lábios. — Então já que você não tem um namorado, gostaria de ser o meu?

— O que?

— Isso mesmo que você ouviu, Tae — ele sorriu ladino. — Eu poderia te levar para a minha mansão.

— Mas você é um vampiro.

— Então você sabia? Eu imaginava que sim — sorriu misterioso. — Posso muito bem lidar com isso, se deixar eu me alimentar de você um pouquinho, faz anos que não provo sangue humano e o seu parece bastante apetitoso.

— E se você não parar?

— Eu vou me controlar, prometo — ele levantou a mão. — Palavra de escoteiro. Se quiser, posso até te transformar, ficaríamos juntos para sempre.

— Jeongguk-

Um estrondo me tirou dos meus pensamentos, era Jimin colocando os materiais em cima da mesa e me encarando ainda mais desconfiado.

— O que você queria? — Jeongguk perguntou e desviei minha atenção para ele.

— An?

— Você me chamou.

— Ah, chamei? Nem percebi — tentei disfarçar e evitei o olhar julgador do meu melhor amigo. — Então vamos começar essa atividade? Não podemos ficar sem nota. Haha.

A atividade da professora consistia em escolher um animal em sala de aula e reunir o máximo de informações possíveis sobre ele, depois fazer um desenho dele e na próxima aula faríamos uma apresentação sobre o animal escolhido.

— Que animal podemos escolher? — Perguntei.

— Eu gosto de coelhos — Jeongguk sugeriu.

Jimin me encarou como se tivesse pensado “olha aí o que ele come no café da manhã”, mas eu fingi não perceber seu olhar.

— Eu gosto de coelhos também — sorri.

— Que tal morcegos? — Jimin sugeriu como quem não quisesse nada.

— Parece legal também — Jeongguk aceitou a ideia de bom grado. — Aposto que ninguém pensaria no morcego, iríamos surpreender.

— Morcegos, então — escrevi em uma folha. — O que sabemos sobre morcegos?

— São seres noturnos — Jeongguk comentou.

— Bebem sangue — Jimin comentou sem deixar de encarar o Jeon. — Como vampiros.

— Na verdade, só três espécies de morcegos se alimentam de sangue — Jeongguk o corrigiu. — São conhecidos como morcegos-vampiros, e se alimentam de sangue animal, apesar de que apenas uma das três espécies tolera o sangue humano.

— Como você sabe disso tudo?

— Sou curioso — respondeu. — Sabe aquele meme “Vou dormir cedo. Eu às 4h da madrugada”. Literalmente é meu meme, já passei horas na internet procurando curiosidade sobre morcegos, e até sobre formigas.

— Então vamos reunir o máximo de informações que conseguirmos — comentei e depois encarei meu melhor amigo. — Começa a pesquisar, anão.

— Anão é a sua bunda — como uma pessoa muito madura, Jimin rebateu meu comentário.

Aquilo fez Jeongguk gargalhar e nós dois encaramos ele sem entender.

— Desculpa, é que vocês são muito engraçados — explicou. — Percebi isso desde o meu primeiro dia no colégio.

Então ele ficava me observando? Pensei comigo mesmo, mas depois balancei a cabeça a fim de expulsar esses pensamentos, senão acabaria vendo coisa onde não tem. Acho que eu estava começando a me interessar por Jeongguk de outra forma. Jimin me mataria se eu me transformasse na Bella Swan na vida real.

🧛🏼

Mesmo depois que Jeongguk passou a lanchar na nossa mesa, Jimin continuava paranóico e preocupado com os nossos pescoços. Ele não parava de falar que a gente não podia mais negar sentar com o Jeon no intervalo, por isso a única solução era a gente mudar de colégio, para evitar morrer nas mãos dele.

Só que mudar de colégio estava fora de cogitação, principalmente depois do que aconteceu duas semanas depois que apresentamos o trabalho sobre morcegos.

Jimin havia faltado à aula novamente, e por isso acabei no terraço com Jeongguk. Não estávamos com fome e por isso decidimos não ir até o refeitório, então o próprio Jeon me convidou para passar o tempo com ele no terraço do colégio.

Lá não tinha nada de especial, era apenas um terraço normal. Mas foi legal como nos sentamos lado a lado, na sombra, e observamos a vista da cidade por cima. Ficamos em silêncio por alguns minutos, apenas olhando a cidade, porém eu sentia que Jeongguk queria falar alguma coisa, mas também não quis invadir a sua privacidade.

Bem, não precisou de muito para ele falar algo.

— Tae…

— Tá tudo bem? — o encarei preocupado.

— Sim, tudo ótimo — sorriu. — Eu queria fazer algo.

— O que?

— Posso te beijar?

A pergunta foi simples, apenas três palavrinhas, mas juro que pareceu uma redação na minha cabeça. Eu era mesmo a Bella Swan, aquilo era só a comprovação da minha maior teoria. Jeon Jeongguk, vulgo Edward Cullen, estava me pedindo um beijo enquanto estávamos observando a cidade de Daegu no terraço do nosso colégio.

Não era a mesma cena onde ocorreu o primeiro beijo do Edward e Bella, era até ainda mais bonito.

— Tudo bem se não quiser — ele se atrapalhou um pouco para falar. — É que eu te acho muito lindo e-

— Eu quero — falei rapidamente, sem nem pensar duas vezes.

— Quer mesmo?

— Eu também te acho muito lindo — falei rapidamente.

E ele abriu o sorriso mais lindo do mundo, sorriu com o rosto todo só pra mim. Eu fiquei um boboca encarando ele sorrir e tenho certeza que eu estava parecendo um boiola, mas eu não estava nem aí. Qualquer pessoa ficaria boiola se visse Jeongguk sorrindo para ela, com o nariz franzido, os olhos fechados e as bochechas coradas.

— O que foi? — quis saber o motivo do seu sorriso e ele abriu os olhos devagar para me encarar.

— Ah, é que ninguém nunca me achou muito lindo.

— Pois me fale agora quem são essas pessoas que não te acham muito lindo, vou dar uma lição em todas elas — falei e fiz pose de lutinha, mesmo sentado. Aquilo fez Jeongguk rir, pelo menos eu fiz ele rir.

— Então…

— Então…

A gente se encarou e eu nem tinha noção de que estávamos tão perto um do outro, mas eu gostei daquilo, gostei de estar tão próximo de Jeongguk. Ele era ainda mais bonito de perto e eu quis mais que tudo que ele me beijasse logo, mas não sabia se ele queria fazer aquilo naquele momento, ou fora do colégio.

Minha mente ficou totalmente vazia quando ele tocou minha bochecha com sua mão e acariciou com o polegar. Eu juro por tudo que meu nariz estava tremendo no meio da minha cara, e eu queria muito comentar aquilo, mas não queria nunca perder aquele momento com Jeongguk, por isso me obriguei a ficar em silêncio.

Ele se aproximou ainda mais do meu rosto e seu nariz tocou o meu, eu nem sei mais se eu me sentia em um dorama ou no filme de Crepúsculo. Então eu mesmo acabei com aquela distância e juntei nossos lábios, e foi tããããão bom.

Foi melhor ainda quando nossas línguas se tocaram no meio daquele beijo, e com uma mão ele segurava a minha nuca, com a outra ele segurava minha cintura na mesma força.

Bem devagar, Jeongguk foi se deitando no chão e eu fui o acompanhando sem separar o beijo, porque eu não queria nunca parar aquele beijo, e eu fiquei parcialmente deitado por cima dele. Com a mão que ele segurava minha cintura, ele passou a segurar na parte de trás da minha coxa e a apertou com vontade, o que me fez acabar soltando um suspiro no meio do beijo.

Nem sei quanto tempo ficamos trocamos beijos ali no terraço, só tivemos mesmo que parar quando o sinal tocou, avisando que aquele era o fim do intervalo. Jeongguk que separou o beijo inicialmente, ele me encarou por alguns segundos e depois voltou a fechar os olhos, apoiando a cabeça no chão.

Meu corpo estava apoiado no peitoral dele, e eu aproveitei aquele momento para apreciar sua beleza tão de perto, mas nem pude olhar muito porque ele logo abriu os olhos e voltou a me encarar, serpenteando a língua pelos lábios inchados e vermelhos e sorrindo ladino para mim.

— Isso foi muito gostoso — ele foi o primeiro a quebrar o silêncio.

Gostoso é você.

Ele riu. Ai. Meu. Deus. Eu tinha falado aquilo em voz alta. Alguém poderia por favor jogar um avião em cima de mim? Eu queria muito pular daquele terraço naquele momento, eu só passava vergonha mesmo.

— Eu sou uma vergonha para a sociedade — me lamentei em voz alta.

— Não se preocupe, eu gostei de ouvir — sorriu. — E você é muito mais gostoso, seu beijo é incrível.

— Muitos anos de treino — brinquei.

— Treina só comigo a partir de agora — ele depositou um selinho nos meus lábios.

— Jeongguk nera tímido? — questionei.

— Você me deu liberdade, acho que não tenho mais necessidade de ser tímido com você.

— Ou era tudo uma encenação para eu cair no seu papo e te beijar — o encarei com os olhos semicerrados.

— Deu certo? — ele quase tocou os lábios nos meus.

— Não sei ainda — voltei a beijá-lo, mas Jeongguk não deixou que fôssemos mais fundo naquilo.

— Temos que voltar para a sala.

Por que o mundo é tão cruel comigo?

Nos levantamos e nos ajeitamos antes de deixar o terraço. Entrelaçamos as mãos e corremos pelos corredores para alcançar nossa sala de aula, chegamos ofegante e o professor de Biologia II já estava na sala prestes a iniciar o conteúdo.

— Senhor Kim. Senhor Jeon — o professor sorriu. — É um prazer ter vocês na nossa aula. Sentem-se, eu estava prestes a explicar todas as bactérias que podemos pegar em uma troca de beijo.

Não sei vocês, mas senti que aquilo pareceu uma indireta para nós dois.

🧛🏼

— Bom dia, melhor-amigo-barra-anão-de-jardim — cumprimentei Jimin como todos os dias. Ele já estava em frente ao meu armário me esperando de braços cruzados.

— Seu cú!

— Nossa, que agressividade é essa?

— Sua cara nem treme, não é?

Será que ele tinha descoberto sobre o beijo? Não era possível porque eu e Jeongguk não falamos para ninguém sobre aquilo. Quer dizer, só tinha se passado um dia após o ocorrido, não tinha como ter se espalhado, ainda mais porque não tinha mais ninguém além de nós dois naquela hora.

— Eu só queria saber como você pode ser tão traíra assim — ele me apontou o dedo. — Somos amigos desde quando usávamos fralda e você faz uma pouca vergonha dessa comigo.

Ele sabia! Puta que pariu!

— Desculpa Jimin, eu juro que eu ia contar, mas eu não tive tempo de te ver depois que aconteceu — expliquei desesperadamente. — Mas foi só uns beijinhos, e não passamos nem para a segunda base.

— Do que você tá falando? — ele me olhou desconfiado.

Me entreguei?

— Nada — falei rapidamente. — Do que você está falando?

— Kim Taehyung, quem você beijou que não me contou? — ele me encarou e segundos depois arregalou os olhos. — Foi o Jeongguk, não foi?

Então eu fiz aquilo que mais esperavam de mim, agi disfarçadamente. Praticamente enfiei a minha cara dentro do meu armário fingindo que procurava alguma coisa, enquanto assobiava despretensiosamente.

Mas meu melhor amigo baixinho não quis desistir, me puxou pelo ombro e me obrigou a olhá-lo nos olhos.

— Como porra isso aconteceu?

— Olha a língua — o repreendi.

— Como se você não xingasse também — revirou os olhos para mim. — E não mude de assunto! O que aconteceu com o papo de ficarmos longe do vampiro?

— Mas a gente combinou que se ele fosse do tipo Edward Cullen, eu poderia beijar ele.

— A gente não combinou nada disso.

— Combinou sim, tá com amnésia é?

— Você é um sem vergonha que quer beijar todo mundo — Jimin me acusou.

— Como se você não fosse beijoqueiro também — acusei também, porque sou desses. — Semana passada mesmo você tava com aquela intercambista brasileira, e eu vi você até pegando na bunda dela.

— Não foge do assunto.

— Você não entende — bati o pé no chão e cruzei os braços, fazendo um bico. — Se você fosse eu, entenderia totalmente o porquê eu não resisti ao Jeongguk, ele é gostoso e fofo na medida certa, isso é tudo que preciso para a minha vida.

— Ele te olha como se você fosse a próxima refeição dele.

Pois ele pode me comer à vontade.

— Você é um safado.

— Você também é! — acusei de novo. — Ou você quer mesmo que eu relembre aqui o que você fez com o Yoongi e o Hoseok do outro ano? — então sussurrei a última parte. — Ao mesmo tempo.

— Isso não vem ao caso, estamos falando de você.

— Mas se me atacar, eu vou atacar — suspirei. — Jeongguk é legal, eu juro. Ele é um vampiro bonzinho.

— Você nem deve acreditar ainda que ele é um vampiro.

— Acredito, eu juro — cruzei meus dedos indicadores e dei beijinho dos dois lados para selar meu juramento. — Mas eu realmente acredito que ele seja um vampiro bonzinho igual os Cullen.

— E se ele for igual os de TVD? E se ele tiver te hipnotizado?

— Eu com certeza saberia se tivesse sido hipnotizado por um vampiro.

— Quem garante?

— Eu garanto.

— Sua garantia não vale muito não, tem procedência duvidosa — ele acusou.

— Eu te odeio?

— Isso é uma pergunta? Enfim, vou procurar verbena para você, em meio às dúvidas.

— Ele não é um vampiro de TVD, acredite, eu saberia disso.

— Do que estão falando? — Jeongguk chegou de repente nos pegando de surpresa, acabamos pulando de susto, o que fez ele dar risada. — Calma gente.

— Não estamos falando sobre nada — Disfarcei.

— Quantos anos você tem? — Jimin perguntou diretamente para o Jeon.

— Ah — ele pareceu hesitante, lógico que o motivo é que ele tem mais de mil anos e não podia falar.

— Isso é muito sus-

— Surpreso, era isso que o Jimin ia falar — tampei a boca do meu melhor amigo. — Vamos para a aula, não é? Ha ha! Aula em.

Jeongguk pareceu nos encarar com alguma desconfiança, mas acabou saindo dali e nos deixando sozinhos novamente.

— Aliás, por que você me chamou de traíra? — questionei.

— Fiquei sabendo que você fez bolo na sua casa ontem e não me convidou — Jimin revelou.

— Você é ridículo, sabia? — Peguei o pote com o pedaço de bolo que guardei no meu armário e entreguei para Jimin, é claro que eu nunca deixaria ele sem um pedaço do bolo favorito dele. Aposto que foi a fofoqueira da minha mãe que contou.

— Você é o melhor amigo do mundo inteiro, eu estava brincando quando falei que você tem as orelhas grandes — ele olhava para o bolo com os olhos brilhando.

— Mas você nunca disse que eu tenho orelhas gran… Ei!

— Vamos para a sala? Senão vamos nos atrasar.

Por que eu sempre sentia que as minhas conversas com o Jimin sempre me deixavam confuso? A gente mudava de assunto muito rápido, e às vezes eu não conseguia nem acompanhar aquilo. Mas tudo bem, Jimin fazia parte da minha vida desde quando eu usava fraldas, e por isso eu já estava acostumado com a forma que a nossa amizade funcionava.

🧛🏼

— Festinha na minha house — Um dos alunos do outro ano saiu entregando folhetos. Acho que o nome dele era Jack, não tinha certeza, Jimin era melhor em saber o nome das pessoas. — Espero que vocês possam ir, principalmente você Jimin.

Ele estava realmente flertando com meu melhor amigo na minha frente?

— Sonha que você vai conseguir me pegar, Jackson — meu amigo revirou os olhos, ignorando o flerte, mas pegando um dos folhetos.

— Qual é! O que eu tenho que fazer pra você me dar uma chance?

Jimin nem ao menos o olhou, e nem respondeu enquanto analisava o folheto rídiculo da festa. Super chamativo, cheio de cores, informações e sinceramente, quem faz folheto para divulgar festa de ensino médio? Esse garoto parou no tempo em que a tecnologia não existia.

— Festa à fantasia, em? Parece interessante.

— Vai fantasiado de que? — Jackson perguntou.

— De homem invisível para você não me encontrar — Jimin deu um fora nele.

— Não seja mau comigo, gatinho — Jackson se aproximou de Jimin, e senti meu amigo prender a respiração.

Sinceramente, Jackson era muito gato e Jimin estava sendo um bobo por não querer ficar com ele. Com aquela vibe gostosa que ele passava, eu já teria aberto as minhas pernas para ele há muito tempo, só com ele piscando para mim.

— A gente vai na sua festa — respondi e Jackson sorriu animado.

— Dá uma forcinha com seu amigo? — ele me pediu diretamente.

— Não se preocupe com isso, ele só tá se fazendo de difícil — respondi com um sorriso.

— Vejo vocês lá, então — se afastou para entregar outros convites.

— O que foi isso? — Perguntei quando fiquei sozinho com meu amigo. — Você tá mesmo se recusando a beijar aquele cara gostoso?

— Lógico que não, só estou me fazendo de difícil mesmo — deu de ombros. — No dia da festa eu vou agarrar aquele homem.

— Você é um safado — apontei o dedo.

— Você beijou um vampiro, quer falar mesmo sobre safadeza?

— Cala a boca — ignorei. — Vai fantasiado de quê?

— Não sei ainda, vamos fazer surpresa um para o outro?

— Combinado — fizemos um high-five.

Jeongguk se aproximou logo em seguida, percebendo o burburinho ao redor após a notícia sobre a festa, ele parecia confuso.

— O que está acontecendo? Todo mundo parece agitado.

— Ah, vai ter uma festa de Halloween — respondi animado. — Vamos? Vai ser à fantasia.

— Parece legal, talvez eu vá mesmo — ele observou o folheto que entreguei. — Vão fantasiado de quê?

— Ainda não sabemos, mas decidimos fazer surpresa.

— Estou curioso sobre as fantasias que podem sair da cabeça de vocês — ele sorriu, me fazendo sorrir também. — Preciso ir no meu armário, podemos nos encontrar na hora do intervalo? No terraço?

— Claro — sorri despreocupado, aproveitei que Jimin estava distraído no celular para não prestar atenção na nossa conversa.

— Combinado, então — ele piscou para mim antes de se afastar.

Aquilo para mim era um sinal de que Jeongguk queria mesmo me beijar até que eu perdesse as forças das minhas pernas. Mas eu queria mesmo era um lugar melhor para fazermos algo a mais, não sou nenhum santo, queria muito abrir as minhas pernas para Jeongguk. Mas não sei se ele queria o mesmo que eu, talvez ele não quisesse passar dos beijos.

Pelo menos eu poderia aproveitar o que ele me oferecia, só os beijos também eram perfeitos. Talvez hoje a gente avance um pouquinho nos beijos, ninguém fica naquele terraço, dá pra gente tentar ao menos umas mão bobas. Já imaginou aquelas mãos grandes apertando a minha bunda? Deus!

— Assim você vai ficar de pau duro — Jimin comentou, me arrancando dos meus próprios pensamentos.

— O que?

— Tá pensando com a cabeça de baixo e mordendo os lábios igual uma piranha safada.

— Cala a boca!

— Fica sem argumento e me manda calar a boca?

— Sempre, é o único argumento que funciona na minha cabeça — confessei.

— Seus neurônios já estão todos queimados.

— Cala a boca!

Jimin revirou os olhos.

— Vou me encontrar com Jeongguk no intervalo, não me espere no refeitório.

— Vai me trocar por um pau?

— Um pau vampiresco, compensa muito — argumentei.

— Você é podre, sabia disso?

— Aprendi com você, somos soulmates, pensamos igualzinho.

— Tem razão, somos iguais — ele parou para refletir.

— Não vai falar nada sobre eu me encontrar com um vampiro?

— E adianta eu falar alguma coisa?

— Não, não adianta mesmo — respondi. — Melhor não falar nada.

Depois daquilo fomos para a aula, mas eu só conseguia contar os minutos para me encontrar com Jeongguk.

🧛🏼

No intervalo, caminhei ao lado de Jeongguk até o terraço, não falamos nada enquanto caminhávamos. Eu não sei o que ele estava pensando, mas eu só conseguia pensar no quanto queria ele apertando a minha bunda. Jimin tem mesmo razão, sou uma piranha safada — às vezes.

Eu adorava o fato de que aquele lugar estava sempre vazio, então as pessoas nunca iam lá nos incomodar. Por isso quando a porta se fechou e Jeongguk me prensou na parede, eu não precisei ficar preocupado com nada, apenas com a minha vontade de beijá-lo de uma vez.

Foi exatamente o que eu fiz. Minhas mãos agarraram seus cabelos e ele agarrou a minha cintura no momento em que nossos lábios se tocaram. A sensação era sempre boa, eu poderia viver para sempre com ele agarrando meu corpo daquela forma, não ia ser nenhum pouco ruim.

E os lábios dele. Ah! Você não tem ideia do quanto era gostoso beijar Jeongguk, ele deixava mordidinhas leves no meu lábio inferior, me fazendo arrepiar até os cabelos da nuca. Depois enfiou a língua na minha boca explorando cada canto, quase me fazendo derreter.

Eu juro que as minhas pernas estavam bambas e se Jeongguk não estivesse segurando minha cintura, eu com certeza teria caído no chão.

Como eu não era nenhum bobo nessa vida, aproveitei o momento do beijo para fazer o que tava me dando muita vontade. Levei uma das minhas mãos até a mão de Jeongguk, a arrastando até a minha bunda e apertando na região.

Na hora ele parou o beijo e me encarou, um sorriso ladino em seus lábios me fez ter certeza que ele gostou daquilo tanto quanto eu, até porque a mão dele continuava no mesmo lugar mesmo depois de eu ter tirado a minha de lá.

— Você gosta assim? Tudo bem.

Então ele me puxou com força para mais perto, dessa vez as duas mãos apertaram as bandas da minha bunda, e eu suspirei na sua boca assim que ele reiniciou nosso beijo. Foi um beijo curto, porque Jeongguk logo desceu os lábios para o meu queixo, e eu já sabendo o que ele iria fazer, inclinei meu pescoço para o lado, sentindo os lábios dele deixarem rastros quentes por toda a minha pele.

Jeongguk desceu uma das suas mãos para a parte de trás da minha coxa e a apertou com força, a levantando e colocando em volta da sua cintura. A gente estava no colégio e eu só pensava no quanto eu queria tirar minhas roupas para aquele garoto naquele terraço, eu só podia ser maluco.

Mas meus pensamentos logo se perderam na minha mente, porque Jeongguk deixou uma mordida fraca no lóbulo da minha orelha, me fazendo arrepiar por inteiro.

— Puta merda! — exclamei, totalmente excitado, e ele soltou uma risada baixa ao pé do meu ouvido.

— Como eu queria não estar nesse colégio com você — ele sussurrou.

— Ah, é? E o que faríamos se não estivéssemos aqui? — provoquei e ele me olhou nos olhos, lambendo os lábios logo em seguida.

As mãos dele adentraram a minha camiseta e ele arranhou a minha barriga com as unhas curtas, me fazendo contrair a barriga e uma onda de excitação desceu até minha virilha. Se a gente continuasse ali naquele terraço, eu não responderia por mim mais, com certeza abriria minhas pernas sem me importar com nada.

— Tenho certeza que você sabe — ele sorriu, respondendo a minha pergunta.

— É melhor a gente não continuar assim, ou então não vou resistir — me afastei um pouco, se continuasse eu iria acabar mesmo fazendo coisas obscenas ali.

Não voltamos a nos beijar mais, e nos sentamos lado a lado com as costas na parede, observando a cidade por cima, como da última vez que fomos ali.

— Que dia vai ser aquela festa mesmo?

— No sábado — respondi. — Você vai?

— Vou, já sei até qual vai ser minha fantasia.

— Qual? — perguntei curioso.

— Surpresa também.

— Todo mundo fazendo surpresa, isso é interessante e curioso.

— No dia da festa eu quero te falar uma coisa muito importante — ele falou rapidamente.

Aquilo sim me deixou curioso. A possibilidade dele me contar que era um vampiro estava pairando na minha mente, e eu imaginava que a partir de sábado eu seria oficialmente a Bella Swan do meu Edward Cullen. Chegaram os meus dias de glória? Era isso?

Poderia ser outra coisa também, claro. Mas eu não conseguia pensar em mais nada além do fato de Jeongguk ser um vampiro, e confiar em mim o suficiente para me contar a verdade. Eu já estava ansioso pelo dia da festa, só para ouvir ele me contar, e também fazer outras coisinhas. Não sou santo, como disse.

— Sobre o que?

— Sobre mim — respondeu. — Te conto tudo no sábado.

Ele realmente iria me contar a verdade, eu sentia isso.

— Tudo bem — sorri e voltamos a observar a cidade em silêncio.

🧛🏼

É claro que a minha fantasia precisava ser perfeita, por isso escolhi a melhor de todas. Van Helsing, o caçador de vampiros, afinal eu iria capturar um vampiro essa noite, só para mim. Com certeza a minha fantasia seria a mais original daquela festa e ninguém iria igual eu, por isso estava super confiante de que estava maravilhoso naquelas roupas cheia de couro.

O sobretudo era pesado, mas tenho que confessar que eu ficava muito gato vestido daquele jeito. Eu com certeza laçaria meu vampiro naquela noite, pelo menos era o que eu mais queria.

Jimin e eu iríamos juntos de táxi para a festa, então eu só estava esperando ele chegar para irmos. Nós morávamos perto um do outro, então ele viria a pé até a minha casa e depois iríamos chamar o táxi. Conversei por mensagem com Jeongguk e ele confirmou que iria à festa, e disse que chegaria por volta das 23h, então só me restava aguardar sua chegada.

— Tae, o Ji chegou — ouvi minha mãe gritar do andar de baixo.

— Estou indo — gritei de volta.

Me encarei no espelho e quando terminei de conferir que tudo estava perfeito, deixei meu quarto para encontrar meu melhor amigo. Só não esperava que iria encontrar ele usando a mesma fantasia que eu.

— Ei! — Falamos juntos, apontando o indicador um para o outro. — Somos gêmeos.

— Eu não acredito que escolhemos a mesma fantasia — ele falou e acabamos rindo.

— E eu pensando que seria original — contei.

— Acho que somos mesmo soulmates — Jimin sorriu.

Eu amava muito o meu melhor amigo, até mesmo quando ele invadia meus pensamentos e roubava a ideia da minha fantasia de Halloween.

— Você é uma versão não tão desenvolvida de Van Helsing — falei.

— Por que?

— É que você é o Van Helsing-versão-anão.

— Vai se fuder — ele me mostrou o dedo do meio.

— Olha a língua — minha mãe repreendeu da cozinha.

— Desculpa, tia — Jimin se desculpou, mas não estava arrependido de nada, eu conhecia muito bem meu melhor amigo.

— Vamos embora logo — o abracei pelo ombro. — Estamos indo, omma.

— Se divirtam — ela falou ao se despedir.

A casa do Jackson estava lotada de pessoas, e assim que desci do táxi, comecei a procurar por Jeongguk, porque estava curioso sobre a fantasia que ele iria usar, e também queria ouvir da boca dele que era um vampiro. Assim eu não precisaria mais andar por aí como se estivesse escondendo algum segredo dele.

— Procurando alguma coisa? — Jimin perguntou.

— Não — respondi rapidamente.

— Tá querendo enganar a quem? Seu safado salafrário.

— Você não sabe nem o que significa a palavra salafrário — dei risada.

— Não muda de assunto, você tá procurando o Jeongguk?

— Talvez — desviei o olhar.

— Você tá muito afim dele — Jimin sorriu. — Tá muito afim de um vampiro.

— Não estou.

— Está sim, Taehyung, eu te conheço muito bem desde quando a gente usava fralda e nem sabia falar.

— Jimin, eu não tô a fim dele — insisti, acho que estava falando mais para mim do que para ele.

— Está sim, eu te conheço Taehyung. Eu diria até que você está apaixonado.

— Não estou, que saco! — Cruzei os braços e fiz bico, em um sinal de muita maturidade.

— Não tá mesmo?

— Não estou mesmo, eu juro. Não tô apaixonado por ninguém, ainda mais pelo Jeongguk.

— Então você não agiria estranho se ele aparecesse?

— Puff! Lógico que não, eu agiria normalmente como eu sempre faço.

— Ótimo, porque o Jeongguk está vindo aí.

— Meu Deus Jimin! — Me desesperei, tirando o chapéu da fantasia para arrumar meu cabelo. — Como tá meu cabelo? Essa roupa tá legal mesmo? Meu Deus, eu não estava preparado para ver ele ainda, eu-

Encarei Jimin, que mantinha um sorriso debochado nos lábios.

— Você está me enganando, não é? — Ele assentiu para mim. — E eu caí, não é?

— Igual um patinho.

— Droga, eu não dou uma dentro.

— Nunca me canso de te enganar assim — ele riu alto.

— Sabia que isso não se faz com a sua alma gêmea?

— Não sei de nada, não tem regras.

— Vamos entrar logo, anão.

— Anão é a sua bunda — ele me mostrou o dedo do meio.

Abracei meu amigo pelos ombros e ele me abraçou pela cintura, já esquecendo nossa conversa, porque a gente sempre era assim um com o outro. Em todos os nossos 19 anos de vida, a gente sempre implicou um com o outro dessa forma, então já estávamos acostumados.

A gente entrou na festa e ninguém olhou a gente como se fossemos o centro de tudo, o que foi uma decepção, porque nos filmes americanos eram sempre assim. Infelizmente eu e Jimin não éramos os garotos mais populares do colégio e nem aqueles nerds que tiveram uma mudança surpreendente na aparência, então foi uma entrada normal.

— Essa noite vai ser minha chance de trocar uns beijinhos com o Jackson, e ainda terminar a noite com o Yoongi — Jimin sorriu com aquela cara de safado para mim, desvirtuando toda a minha mente pura.

— Piranha safada.

— Somos, eu e você — ele continuou sorrindo. — Nós dois sabemos que você quer terminar a noite com o Jeongguk.

— Sim, mas trocando beijinhos fofos e abraços.

— Quem não te conhece, que te compre.

— Você não tem muita fé em mim.

— Eu não tenho NENHUMA fé em você.

— Cala a boca — argumentei do meu jeitinho, fazendo Jimin dar risada.

Entramos na casa, o barulho da música ecoando por todos os cantos, um tanto de jovens bebendo e dançando no meio da sala. Todos com fantasias chamativas e diversas, eu não conseguiria reconhecer grande parte daquelas fantasias, mas eram interessantes.

Consegui ver o Jin dançando com o Namjoon, os dois fantasiados de Ketchup e Maionese. Sinceramente, eu tenho certeza que foi o Jin que escolheu, porque o namorado dele nunca escolheria aquela fantasia tão original, na minha cabeça era original sim.

— Gatinho — Jackson apareceu do nada, abraçando Jimin pelos ombros. — Você veio só por mim, não foi?

Por conta do volume da música, Jackson teve que gritar para Jimin escutá-lo, e consequentemente eu consegui ouvir o que ele falou.

— Claro, eu passei o dia todo pensando em você — Jimin foi sarcástico, mas Jackson sorriu mesmo percebendo aquilo.

— Então vamos dançar coladinhos — puxou Jimin para a pista de dança improvisada, onde tocava God is a Woman da Ariana Grande.

Eu só fiquei observando a putaria daqueles dois, que começaram a se beijarem assim que colaram os corpos em uma “dança” que parecia mais uma transa, vamos ser sinceros.

Logo senti uma presença ao meu lado e alguém passou o braço pela minha cintura, eu pulei de susto, mas acabei me acalmando quando percebi que era Jeongguk.

— Você tá mesmo fantasiado de Van Helsing? — ele sorriu com a ironia do destino, porque Jeongguk estava fantasiado dele mesmo.

Sim, Jeongguk estava fantasiado de vampiro, então era dele mesmo.

— Sou um caçador de vampiros — sorri ladino.

— Você pode me pegar, se quiser — ele sorriu da mesma forma.

— Geralmente os vampiros fogem dos caçadores.

— Não quando o caçador é você, nesse caso eu corro em direção ao caçador.

— Vamos beber alguma coisa — sorri e segurei sua mão, o puxando em direção à cozinha da casa.

Eu queria muito já levar Jeongguk para algum lugar tranquilo, para que assim a gente pudesse conversar e finalmente ouvir a revelação de que ele era um vampiro, mas decidi pelo menos dar um tempo para ele se preparar um pouco, antes de revelar a verdade que eu já sei.

Fomos juntos para a cozinha, tentando desviar de todo mundo que estava dançando naquela pista de dança improvisada. Nossas mãos estavam entrelaçadas e eu estava fingindo que não queria surtar por aquilo, mas sinceramente, a cada 5 segundos eu pensava no quanto as mãos dele eram macias e por incrível que pareça, não eram frias.

— Você quer beber o que? — questionei. — Tem cerveja e… olha só, cerveja!

— Hum, então eu vou querer… — fingiu estar pensando. — Cerveja.

— Boa escolha — acabamos dando risada.

— Então — ele começou assim que lhe entreguei a bebida. — Podemos beber isso em um lugar que tenha só nós dois? Assim podemos conversar também.

Jeongguk não parecia pensar da mesma forma que eu, aparentando querer conversar comigo de uma vez, então decidi facilitar também.

— Vamos subir?

Ele aceitou imediatamente, voltando a entrelaçar sua mão na minha. Acho que ele fez aquilo de maneira automática e nem percebeu, mas eu que não iria reclamar, já que era muito bom sentir a mão dele na minha.

A gente subiu as escadas e acabamos achando um quarto vazio, então aproveitamos para entrar e trancar a porta, assim ninguém nos incomodaria. Nos sentamos na cama e começamos a beber em silêncio, Jeongguk não soltou minha mão em momento nenhum, e a sensação de euforia no meu peito não acabava nunca.

— A gente… deveria fazer alguma coisa aqui? — Quebrei o silêncio e Jeongguk me encarou.

— Você quer? — ele se aproximou um pouquinho mais de mim, encarando meus lábios por alguns segundos. — Fazer alguma coisa?

Naquele momento eu só pensava no quanto eu queria beijá-lo, então eu deixei para ele falar o que tinha que falar depois. Aproveitei nossa proximidade e beijei Jeongguk, era uma vontade que eu tinha desde quando o beijei da última vez, parecia um vício, já que eu não conseguia parar de pensar nos nossos beijos. Era gostoso a forma que ele me segurava e me beijava com tanto gosto e vontade.

— Vamos conversar antes — ele se separou rapidamente. — Se continuarmos assim, vamos acabar não falando sobre o que eu queria falar.

— Tá, vamos conversar.

Fechei meus olhos e respirei fundo duas vezes.

— O que está fazendo?

— Encontrando forças para não te agarrar aqui mesmo — respondi ainda de olhos fechados. Jeongguk acabou dando risada.

— Você é…

— Incrível, eu sei — abri os olhos e o encarei. — Então, sobre o que quer falar?

— Então, eu não sei muito bem como você vai lidar com essa informação, mas eu espero que não surte.

— Prometo não surtar.

— Tá bom, lá vai — ele inspirou e expirou.

Não queria passar na frente dele, por isso mesmo sabendo o que ele iria me contar, aguardei pacientemente, como o bom garoto que eu sou.

— Eu estou apaixonado por você.

— Eu já sabia… Espere, o quê?

Tá legal, aquilo não era realmente o que eu esperava ouvir. Fiquei bastante surpreso ao ouvir que Jeon Jeongguk nutre sentimentos por mim, sentimentos esses que são recíprocos, mas é que eu estava esperando ele falar outra coisa.

— Você não é obrigado a retribuir, eu só não quero ter que esconder meus sentimentos. Desculpe.

— Você não precisa me pedir desculpas — falei. — Desculpe, é que eu estava esperando que você falasse outra coisa.

— Foi rápido demais, não foi?

— Não, claro que não — sorri. — Eu também estou apaixonado.

— Por mim?

— Claro que sim — dei um soco leve no seu ombro. — Quem mais seria?

— Isso é bom, muito bom mesmo — ele sorriu largo. — Agora podemos voltar a nos beijar? Preciso muito da sua boca na minha.

— Claro.

— Mas antes, do que você estava falando?

— Sobre o que?

— Você disse que estava esperando eu falar outra coisa.

— Ah… sobre isso, é melhor você falar só quando estiver pronto, não quero te forçar a contar seu segredo.

— Que segredo? — ele pareceu confuso.

— Não é nada, só me conte quando estiver pronto.

— Eu poderia até contar se eu soubesse do que estamos falando.

— Mas o segredo é seu, como você não sabe?

— É isso que eu gostaria de saber.

— Jeongguk, eu sei do seu segredo, tá legal? Mas não quero te forçar a falar.

— Taehyung, eu não tenho um segredo. Quer me contar do que você está falando?

— Tá legal, eu sei que você é… — fiz uma pausa dramática. — um vampiro.

Silêncio. Por 10 segundos tudo que eu pude ouvir era o silêncio da parte de Jeongguk, mas então ele realmente começou a gargalhar na minha frente assim como Jimin fez quando eu contei. Não se pode confiar em ninguém hoje em dia mesmo.

— Eu estou muito curioso sobre como você chegou a essa conclusão.

— Tá mais do que na cara.

— Tae, sinto muito em estragar sua teoria, mas eu não sou um vampiro — falou. — Talvez eles existam, eu não sei, mas eu não sou um. Disso você pode ter certeza.

— Como assim você não é um vampiro? E aquele papo do alho?

— Eu realmente sou alérgico a alho, posso te mostrar meus exames se quiser.

— Mas e o dia que você fez careta quando eu entrei na sala? Era o cheiro do meu sangue te atraindo.

Jeongguk riu ainda mais.

— Quer saber de uma coisa? Eu adoro a forma como a sua cabeça funciona.

— Eu sou a Bella Swan — respondi.

— O que?

— Você é um vampiro igual o Edward Cullen e eu sou sua Bella Swan, como nos filmes — falei e ele sorriu, acariciando minha bochecha delicadamente.

— Paixão, eu não sou um vampiro, sinto muito em estragar sua teoria, sou apenas um humano normal — me explicou delicadamente.

— Você gosta mesmo de como a minha cabeça funciona? — perguntei cheio de manha.

— Muito mesmo.

— E você não é mesmo um vampiro?

— Não sou mesmo.

— E eu não sou a Bella Swan?

— É muito mais lindo que ela — sorriu para mim, acho que me apaixonei um pouquinho mais por Jeon Jeongguk.

— Tudo bem, eu acredito em você — sorri, mesmo que a minha teoria tenha ido por terra. — Acha que deveríamos nos beijar agora?

— Esse é o melhor momento.

Então nos beijamos sem nem pensar duas vezes. Aproveitei cada instante daquele beijo, e foi a oportunidade perfeita para eu sentar no colo de Jeongguk. Eu estava mentindo quando disse que queria terminar a noite com beijos fofos e abraços, eu queria mesmo era terminar a noite pelado debaixo daquele homem. Não contem para o Jimin, senão ele vai saber que eu menti.

Jeongguk acabou tirando o sobretudo da minha fantasia, e eu não fazia ideia de onde foi parar o chapéu que eu estava usando, naquele momento eu também nem me importava com isso. Uma das mãos do Jeon apertaram a minha coxa por cima da calça, e só aquilo foi o suficiente para me fazer arfar em excitação.

Eu não havia passado nem 1 hora naquela festa e já estava vencendo, o universo estava totalmente ao meu favor, eu que não reclamaria de nada.

Desci minha mão pela barriga de Jeongguk até chegar no cós da sua calça, e os lábios dele desceram pelo meu pescoço, deixando chupões, lambidas e mordidas. Aquilo era muito bom e eu não conseguia nem formular frases nos meus próprios pensamentos.

Puxei o cinto que ele usava para prender a calça e joguei no chão, sem me importar onde. Jeongguk parou com os beijos no meu pescoço e me olhou nos olhos, parecia tão excitado quanto eu.

— A gente mal começou e você está me deixando louco com essas reboladas no meu colo.

Eu estava rebolando no colo dele? Nem tinha percebido que estava rebolando, mas também não iria parar, dava para sentir o quanto ele estava gostando, e eu também.

— E você não está achando ruim — sorri maliciosamente.

— E tem como achar ruim você rebolando tão gostoso assim?

— A tendência é só melhorar — voltei a rebolar.

— Então melhora agora — ele pediu em um gemido sôfrego.

— Tenha paciência — sorri. — Vou dar tudo o que você quiser.

— Você está me deixando ambicioso — ele lambeu os lábios ao me encarar.

— Quanto mais faminto, melhor — voltei a beijá-lo.

Dessa vez as mãos de Jeongguk foram direto para a minha bunda, onde ele as apertou com força desmedida, me fazendo gemer entre o beijo. Então enquanto eu rebolava em seu colo, ele enfiou uma das mãos por dentro da minha calça, apertando a minha bunda novamente, dessa vez sem nenhuma roupa para impedir seu toque.

— Alguém já disse que você tem a bunda mais gostosa do mundo?

— Você disse agora — inclinei minha cabeça o encarando com um sorriso nos lábios.

— Espero que continue sendo só eu, sou um pouco ciumento com o que é meu.

— Eu sou seu?

— Totalmente meu.

Não tem nada melhor do que ouvir da boca de Jeongguk que você é dele, e eu estava tendo essa sorte naquele momento. Morram todos de inveja.

— E você é meu — puxei ele pelo colarinho da camiseta.

— Totalmente seu.

Eu nunca mais vou largar esse homem, estou falando sério.

Rapidamente, puxei a camiseta de Jeongguk para cima, no objetivo de arrancá-la do seu corpo e assim que ele ficou nu da cintura para cima, me deparei com uma tatuagem no seu abdômen.

Death Before Dishonor — li a frase enquanto a tocava com as pontas dos dedos. — É linda.

Praticamente sussurrei o elogio, mas então voltei a encarar os olhos de Jeongguk e eu só senti vontade de beijá-lo novamente. Foi exatamente o que eu fiz.

Ele aproveitou o momento para se deitar na cama e me levar junto com ele, me deixando por cima do seu corpo, com uma perna de cada lado e meus joelhos apoiados na cama.

Desci meus lábios pela sua mandíbula, arrastando a língua por sua pele, até alcançar o seu pescoço, ouvi Jeongguk suspirar quando deixei uma mordida leve no seu pescoço.

— Talvez você seja o vampiro — ele brincou e eu sorri quando o encarei.

— Vampiros chupam sangue.

— E você pode chupar outra coisa, se quiser — sorriu ladino. — Só descer a boca um pouquinho.

Desci os lábios até chegarem no seu mamilo direito e deixei uma lambida longa e lenta ali, sentindo o mamilo de Jeongguk eriçado na ponta da minha língua.

— Aqui?

— Hum… Aí é muito bom também — ele fechou os olhos enquanto eu o observava, mas a minha outra mão tocava o seu mamilo esquerdo, o beliscando levemente. — Mas eu estava falando de outro lugar.

— Hum, acho que sei de onde está falando — ele me encarou e lambeu os lábios. — Eu deveria ficar ajoelhado no chão pra você?

— Puta que pariu! Por favor, deveria muito.

— Vem — o chamei.

Nós dois saímos da cama e Jeongguk ficou em pé na minha frente, ele me segurou pela cintura e me beijou mais uma vez, nossas línguas quentes e macias se tocando e explorando a boca um do outro. Levei minhas mãos até sua calça, a fim de descer o zíper, depois me abaixei para tirar sua calça e cueca ao mesmo tempo.

Então Jeongguk estava totalmente pelado na minha frente, e duro para um caralho também, havia pré-gozo escorrendo pela fenda do seu pau e nem tínhamos feito muita coisa ainda. Naquele momento eu imaginei que Jeongguk estava na minha mão, eu tinha o poder.

— Tae — ele me chamou antes que eu pudesse tocá-lo com as minhas mãos.

— Sim? — o olhei de baixo, com a minha melhor cara de inocente.

— Tira a roupa antes de começar — ele pediu, meio que mandou também.

Eu sou uma pessoa bem obediente se querem saber, e é claro que eu faria do jeito que ele queria também, afinal tinha que ser bom para os dois. Mas eu ainda dei um jeito de aproveitar daquela situação, então antes de me levantar, eu coloquei toda a extensão de Jeongguk na minha boca até alcançar o fundo da minha garganta.

Só aquilo foi o suficiente para ele ficar quase louco, gemendo alto o meu nome, praticamente gritando. Então, bem lentamente, eu subi meus lábios enquanto rodeava minha língua por onde eu conseguia, logo deixando seu pau molhado com a minha saliva. Continuei subindo devagar, passando minha língua pelo corpo de Jeongguk até alcançar sua boca e beijá-lo rapidamente, sem deixar ele se aprofundar naquilo.

— Como você quiser — sorri ladino.

Me despi lentamente sob os olhos de Jeongguk, que não conseguia nem desviar o olhar de mim, eu estava totalmente com o poder e gostava daquilo. Gostava da forma que ele me olhava com tanta adoração, como se fosse Deus no Céu e Kim Taehyung na Terra.

— Você é mesmo gostoso — ele falou assim que me viu completamente nu.

— Eu que o diga — sorri o empurrando, até que ele estivesse sentado na cama.

Depois me ajoelhei na sua frente e Jeongguk me assistia sem nem piscar os olhos. Totalmente hipnotizado em mim, no meu corpo.

Quando toquei no seu pau com a minha mão, vi ele prender a respiração, me encarando de cima enquanto serpenteava a língua por entre os lábios. Movi minha mão para cima e para baixo sob a sua ereção, bem lentamente e ele gemeu meu nome.

— Tae-

Aquilo era excitante para mim também, então me dei conta do quanto eu gostava de me ajoelhar diante dele, mesmo que aquela tenha sido apenas a primeira vez.

O masturbei ainda lentamente, não alterando nenhum pouco a velocidade da minha mão, mas Jeongguk parecia muito ansioso, esperando que eu fizesse mais que aquilo, então chupei a sua glande com a minha boca, rodeando a minha língua e sentindo o seu gosto nos meus lábios.

Desci meus lábios até onde eu conseguia, e usei a mão para masturbar o que não aguentava na minha boca. Comecei a aumentar o ritmo do meu sobe e desce na sua ereção, às vezes deixando meus dentes rasparem levemente pela sua extensão.

Jeongguk não parava de gemer e eu estava excitado para um caralho, conseguia sentir meu pênis negligenciado querendo atenção, mas sabia que tinha que esperar um pouco, porque eu também teria a atenção que eu queria logo logo.

— Ah, Tae… — ele levou uma das mãos para o meu cabelo, apertando os fios com força, mas não me tirou o controle.

Tirei seu pau da minha boca e Jeongguk me encarou com uma expressão meio sôfrega, como se tivesse perguntando o porquê de eu ter parado. Apenas sorri para ele, sem soltar sua ereção, passei ela por meus lábios como se estivesse passando um batom.

— Puta merda, como você consegue ser ainda mais gostoso?

— Segredos — sorri, voltando a chupá-lo.

Deixei que Jeongguk tomasse o controle e ele começou a foder a minha boca avidamente, meus lábios já estavam inchados e meus olhos não paravam de cair lágrimas. Quando ele começou a aumentar a velocidade das estocadas, de alguma forma eu sabia que ele estava quase lá, mas ele não parou pelos próximos segundos.

Depois diminuiu a velocidade, me olhando nos olhos.

— Posso gozar na sua boca?

Assenti rapidamente, ainda com seu pau na minha boca, e aquilo foi o suficiente para ele estocar algumas poucas vezes e chegar ao clímax, gozando por entre meus lábios e sujando um pouco as minhas bochechas e queixo.

Jeongguk me encarou com um sorriso ladino, passou um polegar pela minha bochecha, a limpando e depois chupando o próprio dedo com seu sêmen.

— Você fica ainda mais gostoso depois de me chupar assim.

— Acha que mereço um prêmio? — Me levantei e sentei em seu colo.

— Acho que mereço vários — ele segurou minha cintura com força e me beijou. O gosto dele misturado na minha boca não o incomodou, enquanto nossas línguas tornavam a explorar a boca um do outro.

Senti uma das mãos de Jeongguk descer entre as bandas da minha bunda, o dedo indicador dele tocando minha entrada, e aquilo foi o suficiente para eu começar a me esfregar no colo de Jeongguk enquanto nos beijávamos.

— Você está me atiçando — resmunguei entre o beijo, fazendo ele rir. — Me cozinhando, mas não me comendo.

— Quer que eu te coma? — ele perguntou, forçando o dedo na minha entrada, mas não me penetrou.

— Quero muito — respondi. — Me mostra o que sabe fazer.

Jeongguk sorriu ladino, depois inverteu nossas posições e não sei como aconteceu, mas eu estava deitado de barriga para baixo na ponta da cama, com os pés apoiados no chão. Senti ele apertar uma das minhas nádegas e depois ainda deixar uma mordida do lado direito, aquilo era muito excitante para mim.

Minhas mãos apertaram o lençol da cama, assim que senti a respiração de Jeongguk subindo pela minha coluna, onde ele deixava breves selares por toda a extensão até chegar na minha nuca. Uma das suas mãos ainda apertava a minha bunda, enquanto ele respirava na minha nuca, me causando arrepios.

— Empina para mim — ele pediu ao pé do meu ouvido.

Foi instantânea a forma como empinei a minha bunda assim que ele pediu, era como se meu corpo reagisse totalmente a voz de Jeongguk, e somente naquele momento eu percebi que ele me tinha totalmente em suas mãos.

— Você me mostrou o que sabe fazer com a sua boca, agora eu vou te mostrar o que sei fazer com a minha — só aquela frase fez o meu corpo inteiro arrepiar, ao imaginar o que Jeongguk faria comigo.

Olhei para trás por cima do meu ombro e vi Jeongguk sorrir para mim, antes de se afastar e ajoelhar atrás de mim. Serpenteando a língua por entre seus lábios, ele tocou minhas nádegas e só aquilo me fez gemer, eu já estava bastante sensível.

E quando Jeongguk passou a língua pela minha entrada, não consegui evitar o gemido alto que escapou dos meus lábios, se não tivesse tocando música daquela festa, todos teriam me ouvido. Mas eu também não estava me importando naquele momento, porque receber um beijo grego de Jeon Jeongguk era melhor do que me importar com qualquer coisa.

— Jeongguk-ah — eu não conseguia parar de gemer seu nome.

Ele acertou um tapa fraco na minha bunda, sem parar de trabalhar com a sua língua. Aquilo me levaria a loucura, eu nem sabia quanto tempo estávamos naquilo, mas eu também não queria parar, queria muito mais. Minhas mãos apertavam os lençóis da cama, e meu rosto estava afundado no colchão.

Comecei a rebolar do jeito que dava na língua dele, querendo mais daquele sensação, eu já não conseguia mais controlar meu próprio corpo, e eu sabia que poderia gozar a qualquer instante. Foi quando Jeongguk tentou tocar meu pau, que decidi que precisava dele dentro de mim, ou não aguentaria por muito tempo. Segurei sua mão antes que ele me tocasse, e por isso ele parou de me chupar e eu senti seu olhar queimar nas minhas costas.

— O que foi? — perguntou.

Sentei na cama com Jeongguk ajoelhado na minha frente e sorri. Me abaixei para deixar um beijo em seus lábios, antes de sussurrar:

— Me come bem gostosinho — minha voz saiu manhosa e Jeongguk pareceu gostar daquilo, porque sorriu ladino e se levantou, depois acabou fazendo uma careta ao me olhar.

— Esqueci que não trouxe camisinha e lubrificante.

— Aqui é o quarto do Jackson, com certeza vamos achar isso aqui — sorri.

Dito e feito, na primeira gaveta que eu abri da mesa de cabeceira, encontrei um pacote de camisinha e um pote de lubrificante.

— Eu disse — levantei os itens e sorri para Jeongguk.

Joguei eles na cama e depois me deitei, o Jeon ainda me encarando com aquela adoração que me deixava ainda mais sedento. O chamei com meu dedo indicador e ele parecia um pescador que caiu no canto da sereia, nem piscando enquanto subia na cama para ficar por cima de mim.

— Posso colocar a camisinha? — perguntei.

— Você pode fazer o que quiser comigo — respondeu rapidamente.

— Cuidado com as suas promessas — brinquei. — Eu posso ser bem exigente.

— Então seja.

Não falei mais nada depois disso, não precisava também. Em silêncio, coloquei a camisinha no pênis de Jeongguk, e mesmo assim conseguia sentir seu olhar na minha boca, me fazendo sorrir sem mostrar os dentes.

— Agora seja um bom menino e me coma.

— Tudo o que você quiser.

Ele espalhou lubrificante no seu pau e também na minha entrada, e depois começou a me penetrar lentamente. Minhas pernas estavam em volta da sua cintura para facilitar a penetração, e aos poucos Jeongguk entrava em mim, até estar totalmente dentro.

— Você é tão apertadinho, isso é uma delícia — ele falou com a voz sôfrega.

Lambi meus lábios e sorri para Jeongguk.

— Me beije e pode se mexer.

Então ele me beijou, enfiando a língua na minha boca, misturando nossa saliva e depois começou a se movimentar dentro de mim. Primeiro lentamente, nosso beijo estava uma bagunça nesse momento, a gente não sabia se queria beijar ou gemer, optando por fazer uma mistura dos dois.

— Hmm…

— Você gosta do lento?

Não consegui responder, eu só conseguia pensar no quanto era gostoso sentir Jeongguk entrando e saindo de mim. Eu conseguia sentir cada centímetro seu tocando a minha pele por dentro, tocando a minha próstata e me fazendo soltar gemidos atrás de gemidos.

— M-mais… mais…

Eu nem sabia mais o que estava pedindo, mas Jeongguk pareceu me entender mesmo assim, aumentando a velocidade das suas estocadas, olhando nos meus olhos enquanto me fodia com força.

Minha boca estava aberta, mas eu não conseguia nem emitir algum som, completamente viciado, nossa primeira vez e eu já estava viciado em Jeongguk. Eu só não queria que acabasse nunca mais.

— Diz meu nome — ele pediu. Ou mandou? Não sei.

— Je… aaah…

Eu não sabia mais falar, havia perdido meus sentidos enquanto ele me fodia com força e rapidez, a cabeceira da cama não parava de bater na parede, mas eu não estava nem aí.

— Diz meu nome — Agora ele mandava.

— Jeon… on… g-guk…

— P-puta merda, eu quero te foder…

— Hum?

Acho que nem eu e nem eles estávamos pensando direito.

— Tae — ele parou de se movimentar e saiu de dentro de mim. — Vem sentar no meu pau.

Não sabia nem se tinha forças nas minhas pernas para me mexer, mas fiz o esforço para agradar meu homem, afinal ele me agradou muito essa noite inteira. Ele se sentou na cama e depois me posicionei no seu colo, começando a subir e descer no seu pau.

Jeongguk deixava chupões no meu pescoço, depois descia para chupar meus mamilos, mas estava totalmente desgovernado por conta dos nossos movimentos. A gente tentava se beijar, mas acaba não dando tão certo assim, mas também não nos importávamos.

Eu não sei quanto tempo ficamos naquela posição, mas em algum momento Jeongguk estava segurando a minha bunda e me auxiliando a cavalgar, porque sozinho eu não estava dando conta, já havia perdido toda a força das minhas pernas.

— Eu vou gozar — avisei arfando.

— Eu também — ele sorriu. — Vem para mim.

Ele começou a me masturbar enquanto eu pulava no seu colo, então eu fui com tudo, gozando e sujando nossos corpos com meu sêmen. Contraí minha entrada, apertando o pau de Jeongguk e foi o que ele precisava para também gozar, enchendo a camisinha.

Nos encaramos com as respirações desreguladas, mas acabamos sorrindo um para o outro. Saí de cima de Jeongguk e deitei ao seu lado, enquanto ele tirava a camisinha e a descartava na lixeira ao lado da cama.

Ele ainda encontrou alguns lenços umedecidos dentro de uma das gavetas e me deu alguns para me limpar. Depois ficamos deitados e pelados naquela cama enorme, em silêncio apenas ouvindo a música da festa no andar de baixo e tentando regular nossa respiração.

O Jeon se moveu na cama e deitou de lado para me encarar, com uma mão apoiada na cabeça, ele sorriu e eu sorri de volta.

— O que foi? — perguntei.

— Acho que devemos namorar — ele sorriu.

— Acha? — perguntei ao levantar uma sobrancelha.

— Tenho certeza que devemos namorar.

Me aproximei dele e acabamos em uma posição confortável, com Jeongguk deitado na cama e eu com a cabeça em seu peito, o olhando nos olhos.

— Você vai escutar minhas teorias?

— Todas elas.

— Humm… — fechei os olhos e sorri. — Jeon Jeongguk, meu namorado.

— Kim Taehyung, meu namorado — ele depositou um selinho nos meus lábios.

— Como namorados oficialmente, eu acho que deveria te contar um segredo.

— O que?

— Tem um alienígena no colégio.

— Como assim? — ele sorriu, mas estava interessado no que eu falava.

— E ele veio de Júpiter.

Então contei para o meu namorado, a maior das minhas teorias, até o momento.


📷


O que acharam?

Eu me peguei rindo sozinha várias vezes enquanto escrevia essa one shot, e espero que eu tenha ao menos feito vocês sorrirem um pouco com as aventuras de Taehyung e Jimin.

Gostei também de desenvolver a relação dos Taekook, apesar de não ter me aprofundado muito por ser uma one shot.

Espero que vocês estejam aqui para as futuras histórias que tenho para postar, tenha uma planilha de plots que desejo desenvolver, e já estou até preparando a minha próxima one shot.

Enfim, enquanto não saem outras one shots, leiam as minhas histórias já postadas, deem uma chance para essa autora pequena aqui.

Se quiserem falar comigo, podem me encontrar no Twitter e CuriousCat pelo @kjmbangtan. No Instagram meu user é @julia_autoraa

Até a próxima!

Um beijo no coração de todo mundo!

29 de Octubre de 2022 a las 23:58 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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Juh 🦋 Escrevo o que não consigo falar 📚 ela/dela ⚠️ Não aceito adaptação das minhas obras ⚠️ https://juhramos.carrd.co/

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