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Ninguém do time entendia Neji. Mas o treinador, Nara Shikamaru, o entendia muito bem.


Fanfiction Anime/Manga Sólo para mayores de 18.

#Shikamaru #Neji #ShikaNeji #yaoi #lemon #pwp #lgbt
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Único.

Ninguém entendia como Neji havia adquirido aquela marca arroxeada na curvatura do seu pescoço. Bem, aos olhos de qualquer ser humano mais "vivido", aquilo era claramente um chupão deixado em sinônimo de que o Hyuuga havia tido uma noite e tanto. Porém, não era o óbvio que os demais pensavam a respeito.

E o por que disso? Porque Neji era um cara tremendamente frio, narcisista e de poucas palavras. Então, como um homem daqueles poderia ter alguém? Ou melhor, como alguém poderia conseguir ficar ao lado de Neji Hyuuga ou até mais que isso?

"Certeza que foi a picada de algum inseto!"

"Na verdade, pode ser alergia de algum dos perfumes caros que ele usa."

"Neji tem a pele muito clara, provávelmente deve ser bastante sensível ao sol, tivemos um jogo em uma quadra descoberta ontem, pode ser isso."

"Ou talvez ele só tenha tido alergia a alguma maquiagem. Sabe, esse cara não me engana. Nunca vi ele com uma garota e ele é o jogador mais cobiçado do time. Ele deve ser um viadinho que quando está sozinho, rouba as maquiagens da prima para passar o tempo."

As piadas maldosas e risadas ecoavam naquele vestiário. Haviam acabado de vencer um jogo contra outra universidade e agora tomavam seus devidos banhos e se arrumavam para pegar o ônibus que os levariam de volta até a própria faculdade. Jogavam para o time de basquete da universidade de Konoha e eram imbatíveis, porém, bastante mesquicinhos, preconceituosos e ignorantes.

E se engana quem pensa que os jogadores esperavam a ausência de Neji para dizer tais coisas; eles debatiam entre si sobre aquele chupão em voz alta, achando mil justificativas para aquela marca. Qualquer uma que não fosse o fato de que mesmo com aquela personalidade difícil, Neji tinha um alguém.

E era sempre assim; eles sempre achavam um resquício mínimo para atacar o Hyuuga, este que nunca perdia seu tempo retrucando ou tentando se defender. E era justamente isso que deixavam os demais frustrados. O ato do ignorar. Era o que deixava o Hyuuga um ser esnobe e metido aos olhos alheios.

Era isso e também era o fato do treinador do time, Shikamaru Nara, sempre se intrometer e rebaixar os seus jogadores quando estavam no ápice daquele bullying desnecessário.

Shikamaru pegava sempre na ferida de cada jogador. Ele não precisava de muito para saber que tudo aquilo estava se repetindo. Era só notar a demora dos seus jogadores no vestiário que se deparava com as brincadeiras sem graça rolando pelo lugar, assim como também notava um Hyuuga revirando os olhos em seu canto e trabalhando muito bem em seu auto controle para não se deixar levar com aquilo e estrangular cada um deles.

"Você deveria ser um bom jogador como é bom em fazer rápidas piadas", "Você consegue raciocinar tão rápido sobre como alguém pode adquirir hematomas na pele mas não consegue raciocinar que deve passar a bola para seu parceiro de equipe mais próximo da cesta?", "Se focasse nas estratégias que eu elaboro para nossos jogo e não no pescoço alheio, talvez ocupasse o posto de capitão do time".

E com sua personalidade calma e desdenhosa, Shikamaru calava um por um dos jogadores do seu time. De braços cruzados e encostado em um dos armários do vestiário, o Nara os assistia com extremo tédio se calarem e terminarem de se vestir engolindo aquela realidade de seus fracassos. Afinal, até mesmo os melhores tem os seus deslizes.

E da mesma maneira que os jogadores não entendiam o porque de Neji estar com aquele chupão, ninguém entendia porque o treinador do time sempre defendia indiretamente aquele Hyuuga. Mas isso não era o mais confuso.

Eles também não entendiam porque Neji sempre deixava aquele vestiário com uma expressão irritadiça com o treinador, arrancando do próprio sempre um sorriso ladino de poucos segundos.

E assim ocorria os finais dos jogos. Neji sofria suas eventuais provocações dos demais jogadores, Shikamaru os calavam com seus argumentos e sua voz calma, Neji o fuzilava com os olhos e o Nara sorria parecendo satisfeito com aquilo. Retornavam para a universidade e de lá cada um seguia para suas respectivas casas ou compromissos.

Mas o que ninguém sabia, é que enquanto suas mentes estavam avulsas em seus atuais momentos bem distantes de universidade, estudos e jogos. O foco de Neji era bem o oposto daquilo tudo.

Porque enquanto alguns jogadores enchiam a cara de cerveja barata nos bares, se frustravam na perda de alguma partida online, ou até mesmo eram repreendidos por seus pais sobre a forma como jogar no time os desvencilhavam dos estudos, Neji estava bem ali, prestes a ter sua pele mais uma vez marcada em um tom de roxo que geraria dúvidas nas próximas partidas.

Porque era sempre assim...

O Hyuuga ia para sua casa e concluía suas responsabilidades pendentes. Ele interagia minimamente com sua família, estudava o necessário para não deixar suas tarefas do seu curso acumularem e depois deixava seu lar tarde da noite sem dar satisfações.

Ele acelerava seu carro com o incômodo de sempre pelas atitudes do Nara. Quantas vezes teria de dizer que abominava ser defendido ou algo assim?

Ele entrava naquela casa na qual tinha uma cópia da chave para si e subia até a suíte principal da residência.

Ele flagrava seu treinador sempre o aguardando com apenas uma cueca boxer no corpo, deixando todo o ambiente preparado para si. As velas aromáticas que Neji tanto gostava, o vinho da safra mais antiga, o cheiro de ervas que exalava do incenso que era queimado no cômodo, constratando de forma agradável com a erva enrolada e presa entre os lábios do Nara que o aguardava por ele na cama.

E Neji sempre ficava por minutos parado na porta observando seu treinador daquela maneira o encarando da cama, soltando a fumaça devagar por entre seus lábios antes de dar aquele sorriso cansado e lhe chamar apenas com o gesto do dedo indicador e o médio.

"Não preciso que me defenda. Sabe disso! Não gosto que se meta com aqueles idiotas por minha causa. É a última vez que venho dizer isso."

"Não é por você! Eu apenas gosto de pisar no ego frágil deles".

E Neji sempre reclamava de forma irritadiça pelos ocorridos de horas atrás, sempre se mostrava resistente a ir até o Nara tentando mostrar sua desaprovação naquelas desculpas esfarrapadas do treinador que a cada noite se inovava.

Mas sua pose arrogante sempre se desmanchava quando via Shikamaru se levantar da cama e vir em sua direção, afundando aqueles dedos habilidosos e calejados em seus fios soltos e macios, segurando-os com firmeza na base da nuca.

"Eu amo sua prepotência; e amar algo em você me excita!"

E em meio aquelas palavras roucas ditas eram deixadas contra os lábios finos e delicados do Hyuuga junto com um resquício de fumaça, Neji ia sentindo seu corpo se amolecer nas mãos do outro e seus sentidos se bagunçaram. Porque era sempre assim, ele era um prepotente mas sua guarda toda se isentava quando Shikamaru o tocava com firmeza e posse mesmo que suas palavras fossem doces e carinhosas.

E Neji amava aquilo. Amava como as palavras doces saiam daquela boca na mesma medida que os atos obscenos exalavam por seus corpos. Amava essa oscilação perfeita do Nara que era o único capaz de lhe fazer se entregar a um extremo.

E quando se davam conta, já estavam sobre a cama colidindo os seus corpos de um jeito lento e forte, porque era exatamente assim que os dois amavam. Com força para ser marcado até o próximo dia e lento para ser minimamente aproveitado.

E Shikamaru ia a loucura sempre que via o Hyuuga cavalgando sobre si ferozmente com aquela seda enrolada entre os seus lábios o montando com fervor enquanto tragava intensamente. Ele ia a loucura sempre que via as manobras daquela língua naquele cigarro o prendendo de um lado para o outro em seus lábios enquanto suas mãos delicadas se apoiavam no peito suado e quente do Nara, adquirindo mais impulso para se erguer e se sentar com força naquele falo grosso que o preenchia tão bem.

Era uma visão e tanta ver como a pele pálida do Hyuuga se tornava corada até a ponta das orelhas. Como aqueles longos e bem cuidados cabelos se mostravam desgrenhados e molhados de suor. Como aquela voz ríspida de sempre gemia como um gatinho manhoso e como Neji fazia de si um brinquedo sexual particular para descontar suas necessidades, vontades e frustrações.

Era um deleite comer ele com os olhos além de come-lo fisicamente. O corpo suado, as próprias marcas que havia deixado outras vezes naquele ser. Se perguntava como a mente dos jogadores entrariam em colapso ao ver Neji nu, revelando como o interno das suas coxas carregavam marca de dentes, como suas costelas eram marcadas por palmatórias, como seus mamilos estavam roxos por tantos chupões, como aquela bunda branquinha e firme estava roxa por tantas palmadas, mordidas, chupões e céus, se vissem como até aquela pequena abertura rosada que o recebia tão gulosamemte ficava em algumas ocasiões...

Porque Neji sabia ser um verdadeiro masoquista em alguns momentos e o Nara adorava desferir chibatadas entre o meio daquelas nádegas macias só para ver aquela entradinha se contrair para si. E no mesmo segundo, ele a abocanhava em lambidas e chupões para refrescar com sua saliva aquela derme golpeada.

Eles eram tão intensos, tão selvagens, tão ágeis. Por de trás daquela neblina de fumaça dos incensos e da erva, somente uma troca de olhar era necessária para se entenderem e se fundirem de mil e uma forma até o ápice. Se recusavam a dialogar, para que merda iriam falar naquele momento em que suas bocas estavam ocupadas bem demais se beijando ou gemendo? Não havia necessidade, principalmente quando se tinham a intimidade necessária para se entenderem só com um olhar.

E nessas trocas de olhares eles exploravam de tudo e de todas as maneiras, gozando quase que simultaneamente e se colidindo com o colchão em puro cansaço em seguida.

E aí, Shikamaru observava seu jogador se encostar na cabeceira da cama após cobrir sua nudez com um lençol de seda branco. Observava ele pegar um vinho na mesa de cabeceira e se servir de uma taça. Apreciava como ele fechava os olhos para degustar daquela safra, como suspirava após sentir o gosto e como as vezes resmungava baixo em satisfação do seu paladar.

E logo depois, Neji virava seu rosto em direção ao outro que o admirava em silêncio. Sorria colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha e revirava os olhos.

Porque ele sabia o que vinha a seguir.

Vinha um Shikamaru dizendo como era louco por si, como deixaria o time e treinaria outros de outras universidades só para poder assumir uma relação consigo, em como Neji fodia com seu psicológico em como queria ter aquele ser com mais frequência em sua vida e não só as escondidas em dias de jogos.

"Sinto muito. No fim das contas, os seus jogadores de merda estão certos. Também não sei porque alguém desejaria algo com uma pessoa como eu. Eu sou a minha própria prioridade, Shikamaru. Não vou me prender a você e a ninguém."

"É ingenuidade sua achar que esse discurso de sempre irá me fazer abrir mão do que quero. Se eu não estivesse quase lá, você não viria toda vez até minha casa".

Neji riu enquanto se vestia e negava com a cabeça. Ele prendeu os cabelos bagunçados em um rabo de cavalo e se aproximou do Nara ainda jogado na cama, fumando, bebendo um vinho, de cabelos soltos, com aquele peitoral definido e suado exposto para o deleite de qualquer ser.

"E é ingenuidade a sua achar que vou deixar uma foda gostosa virar um relacionamento. Só vim deixar claro que não quero que se meta mais com esses merdas por minha causa. Não gosto que me defendam. Não ligo para o que dizem. E essa foi a última vez!"

"Se foi a última vez, eu mereço um beijo de despedida".

E Neji era puxado para um beijo lascivo que o arrancava todo oxigênio dos pulmões. E logo ele sentia os lábios do Nara adornarem seu pescoço e o deixar mais uma vez roxo em chupões.

E com o corpo quente, Neji ofegava se segurando para não se entregar mais uma vez. Ele se afastava do Nara, terminava de se vestir e ia embora em um total silêncio dizendo a si mesmo que aquele circulo vicioso acabaria naquele momento. Porque seu treinador vibrava expetativas distintas das suas.

E Shikamaru, ele bebia o restante do vinho sorrindo por saber que aquela nova marca geraria burburinhos, onde ele novamente iria se intrometer defendendo seu melhor jogador e ocasionalmente afetaria o ego do Hyuuga que usaria aquilo de desculpa para ir até sua casa no fim do dia lhe xingar por alguns minutos antes de estar montando em si mais uma vez.

E os dias se passavam e novamente as piadas se iniciavam após um novo jogo. Neji guardava suas coisas no armário do vestiário enquanto os seus cabelos estavam presos em um coque deixando seu pescoço bem amostra.

Os comentários eram destilados naquele lugar e não demorou para o treinador aparecer ali e mais uma vez calar a boca de um por um com suas ditas cruelmente sinceras.

E então, Neji bateu seu armário com força, pegando seus pertences e se dirigiu a deixar o vestiário, obviamente, não antes de fuzilar Shikamaru mais uma vez com um olhar de "conversamos sobre isso depois", arrancando do Nara o sorriso de sempre que deixavam os jogadores confusos.

E ao deixar o vestiário, foi Neji quem sorriu minimamente.

Porque na medida em que os jogadores o acham esnobe, narcisista, arrogante ao ponto de sequer retrucar suas brincadeiras de mal gosto. Neji sempre aguarda ansiosamente por elas. Porque o seu silêncio irá gerar a defesa de Shikamaru, e com isso, ele tem o seu álibi para ir no fim do dia até a casa de seu treinador ser marcado mais uma vez por ele, dando continuidade ao seu círculo vicioso.

1 de Marzo de 2022 a las 19:36 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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