2minpjct 2Min Pjct

Quando Yoongi descobre estar apaixonado pelo melhor amigo, ele precisa aprender a inibir seus sentimentos para preservar sua amizade. Entretanto, no meio de uma noite chuvosa, Jimin estava bêbado e magoado quando foi ao apartamento do Min em busca de conforto. Yoongi se entrega ao momento e eles passam a noite juntos. No dia seguinte, ao acordar sem a companhia do Park e encontrá-lo com Celine no refeitório da faculdade, Min descobre que o amor às vezes pode doer.


Fanfiction Bandas/Cantantes Sólo para mayores de 18.

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Sometimes love hurts.

Escrito por: @louiselobo_


Notas iniciais:

Olá, anjinhos 💙 É a Loui mais uma vez.

Antes de qualquer coisa, peço que se você não gosta de temas como traição, sofrimento e/ou personagens problemáticos, por favor, não leia.

Essa fic é angst, não tem feliz, assim como alguns momentos da nossa vida também não tem, por isso quis colocar esse título, porque sim, às vezes o amor dói. Os personagens representados aqui apenas são embasados nas características físicas do BTS, não possuindo nenhuma característica psicológica ou comportamental real dos meninos.

Espero que apesar disso, vocês gostem de como escrevi a história. 💙

Obrigada à @yoonckyn por ter doado o plot (espero que tenha ficado do seu agrado), ao @peartae que fez essa capa linda que refletiu muito bem a história e à Lívia, minha beta linda e perfeita (desculpa o trauma).

E vamos lá!


~~~~

Yoongi era um rapaz relativamente baixo, um tanto pálido, de cabelos escuros e olhos pequenos. Um jovem comum, por assim dizer, com seus jeans rasgados, jaqueta e tênis; nada que o tornasse muito diferente dos outros rapazes de sua idade. Bem, exceto, talvez, pelo fato de sua língua ter nascido um pouquinho mais colada do que deveria, dificultando um pouco sua fala, ou o fato de ele ser um jovem bem mais responsável e organizado que o normal. Desde criança, Yoongi era diferente nesse quesito, enquanto as outras crianças respondiam que queriam ser astronautas, super-heróis ou alguma coisa impossível, o Min sempre dizia que queria fazer faculdade, construir sua vida e ser bem sucedido.

Ele havia tentado por algum tempo e, mesmo tendo alguma dificuldade, conseguiu entrar em uma boa universidade. Nunca fora de uma cidade pequena, Daegu era uma boa cidade, mas ele queria mais, muito mais.

Logo, o garoto tornou-se um jovem dedicado a dar duro por seus objetivos e conquistas, desde cedo fazendo de tudo para que, no fim, tivesse sua vida exatamente como planejava. Quando Min Yoongi mudou de cidade para começar a estudar, em seu interior crescia a satisfação de estar realizando o primeiro de seus grandes sonhos.

— Sim, mãe… — falou ao telefone. — Sim, está tudo bem com o apartamento. Sim, eu também. É pequeno, mas é mais do que o suficiente, afinal.

O Min chegou em Seul naquela mesma semana, falou com o dono do prédio onde havia alugado um pequeno — porém arrumado — apartamento, onde ficaria pelo tempo que precisasse para terminar a faculdade, ou seja, aquela seria sua nova casa. Estava deslumbrado com a cidade e a vida conseguia ser mais agitada nela do que em Daegu Town.

— Mãe, eu preciso arrumar tudo ainda, minhas aulas começam segunda! — disse pressionando a ponte do nariz, não necessariamente irritado, mas realmente precisava agilizar ou não teria tempo para descansar. — Tudo bem, então, eu te ligo mais tarde, prometo, beijo.

Desligou o aparelho celular e suspirou, deixou o mesmo em cima do balcão que separava a sala da pequena cozinha. Olhou em volta e deu graças a qualquer entidade que fosse por ter conseguido aquele bom preço por um apartamento já mobiliado.

Havia um sofá pequeno no centro da sala e ele já havia colocado a TV que trouxe de casa sobre o pequeno hack. Na cozinha, apenas o suficiente para um jovem solteiro fazer a própria comida e nada mais, sequer havia uma mesa, apenas três bancos altos que serviam para quem quisesse comer ou beber algo no balcão. O quarto também era pequeno, porém era uma suíte, logo, o único banheiro de sua casa estava ali.

Sentou no sofá cor de creme e sorriu consigo mesmo. Era modesto, mas era aconchegante e, principalmente, era o seu primeiro apartamento. Era o começo de todo um sonho.

A parte mais difícil de ir morar em uma cidade nova era, para Yoongi, nunca saber onde ficava cada lugar. Sentiu-se perdido nos primeiros dias, pois nunca tinha ido até Seul e demorou cerca de uma ou duas semanas até se acostumar com as linhas do metrô, a descobrir os lugares de serviços úteis mais próximos de sua casa — gostava de chamar seu apartamento daquela forma — e onde poderia ir quando sentisse fome de algo que não tinha na sua própria geladeira. Gostava de caminhar sempre que precisava ir até algum local próximo, o metrô facilitava a vida de muita gente, mas Yoongi não gostava de lugares com muitas pessoas, então, sempre que podia, ele caminhava.

Em uma dessas idas e vindas, logo que chegou em Seul, foi que Yoongi conhecera seu — até então — melhor amigo, Park Jimin.

Park Jimin era um rapaz loiro, estiloso e de bochechas fartas. Claro que ele também era divertido, extrovertido, bonito e muito falante, mas com certeza suas bochechas foram a primeira coisa que Yoongi viu.

— Ei, você sabe onde fica essa cafeteria? — perguntou o loiro apontando para a mensagem com o endereço em seu celular, mesmo que nunca tivesse visto Yoongi na vida. — Nossa, eu não conheço nada daqui! Você pode me ajudar? — E, por um instante, os olhos de Yoongi focaram naquele rosto fofo.

— Eu não sei exatamente… — falou. — Eu sou novo aqui.

— Ah! Me desculpe, estou atrapalhando?

O outro fez um biquinho involuntário e Yoongi até riria daquilo se não percebesse quão rosados e cheios eram os lábios do rapaz. Segurou a respiração involuntariamente, pensando no que responder, então falou a primeira coisa que veio à cabeça.

— E-eu posso olhar no Mapa pra você. — Pegou o seu próprio celular no bolso. — Qual o endereço mesmo?

O outro riu e Yoongi, como grande apreciador de música que era, poderia dizer que era um dos sons mais bonitos que já tinha escutado.

— Eu mesmo poderia ter feito isso — disse olhando para o Min. — Me desculpe, eu nem me apresentei. Sou Park Jimin.

— Min Yoongi. — Sorriu envergonhado.

— Há quanto tempo está em Seul? Eu cheguei no início do mês, para fazer faculdade, você sabe — disse como se fosse óbvio.

— Eu sei, eu também.

O celular do moreno localizou o local e ele virou para o loiro mostrando.

— Siga em frente, depois vire à direita — indicou. — Duas ruas e pegue a esquerda. É no terceiro quarteirão.

— Certo! Muito obrigado, Min Yoongi.

— Por nada.

Mesmo tendo se despedido, o loiro não saiu do lugar e Yoongi acabou esquecendo o que tinha que fazer. Coçou a cabeça um pouco desajeitado.

— Eu estou indo encontrar uns amigos… Você não quer vir comigo? — perguntou de repente, surpreendendo o Min. — Eles moram aqui tem um tempo, então… — Deu de ombros.

— Pode ser — disse sem pensar.

— Ótimo! — O outro puxou o Min pelo braço, imediatamente indo na direção que Yoongi havia falado. — Você vai amar o Hobi, ele é muito engraçado!

E assim, parecendo que se conheciam há anos, caminharam até a cafeteria falando sobre várias coisas e ao mesmo tempo sobre nada. Chegando lá, Yoongi pode constatar que Hobi era realmente engraçado e Namjoon, o cara alto que usava óculos de grau, também era bem interessante e muito inteligente. Talvez se mudar fosse melhor do que ele esperava, já que ele começava a se entrosar com aquelas novas pessoas e, em pouco tempo, os amigos de Jimin já iam virando seus amigos também.

Era maravilhoso ter pessoas com quem conversar depois de um dia estressante na faculdade, também era muito bom ter com quem sair para se distrair às vezes. Naqueles três anos que se seguiram, os quatro não se afastaram e o vínculo entre eles cresceu ainda mais, como se fossem amigos desde pequenos. Mesmo que a amizade de Yoongi estivesse forte com os outros rapazes, Jimin sempre fora o mais próximo. Perdeu as contas de quantas vezes saíam só os dois para ir ao cinema ou jogar na casa um do outro, assim como dormiam muitas vezes juntos depois de uma sexta-feira regada à soju e shots de Tequila. Era comum para eles dividirem a cama depois de uma noitada e estava tudo bem.

Porém, em algum momento que Yoongi não conseguia definir ao certo, por mais que tentasse, seus sentimentos por Jimin começaram a mudar. O jeito que seus lábios mexiam para falar parecia diferente, o modo que os olhos do loiro quase sumiam quando o rapaz sorria era muito mais fofo do que se lembrava, o jeito que mexia o cabelo e o modo que se inclinava para rir, tudo parecia muito mais encantador.

Talvez tudo estivesse exatamente da mesma forma, exceto pelos sentimentos de Yoongi, que agora levavam tudo para outra direção, para outra proporção. Não era como se ele conseguisse evitar, afinal, eram reações involuntárias, mesmo que sua cabeça o avisasse que não deveria deixar-se levar por aquele emaranhado de sentimentos, seu corpo reagia de forma diferente. O simples fato de ouvir a voz do mais novo já fazia as batidas de seu coração acelerarem, a risada do outro trazia à tona aquelas borboletas das quais todo mundo falava e, para completar, sempre que Jimin se jogava em cima dele no meio de alguma gargalhada exagerada, seu corpo reagia de forma instantânea e era impossível conter o arrepio ao sentir o cheiro do perfume do rapaz.

Era difícil, muito difícil, estar se apaixonando por seu melhor amigo, logo aquele que sempre estava próximo e agarrado a ele. Yoongi pensou várias e várias vezes em confessar seus sentimentos para Jimin, mas, como hyung, ele deveria cuidar do mais novo e talvez contar a ele o que sentia pudesse acabar com a amizade que tinham. Foram anos construindo confiança e companheirismo, Yoongi não arriscaria perder tudo isso sendo um egoísta que só pensa nele mesmo. Não, não faria isso, porque Jimin precisava dele ali, como o amigo que ele era.

Apesar de tudo, às vezes se pegava olhando bobo para o loiro qualquer fosse a bobagem que o outro estivesse fazendo, era estranho e constrangedor e, como se aquela situação toda não pudesse piorar, Jimin começou a namorar uma garota. Não que houvesse algo bizarro nisso, ele sabia que o Park era bissexual, mas nunca pensou que ele realmente entraria em um relacionamento com uma garota.

Lembrava-se exatamente de quando, em uma tarde de outono, Jimin foi até seu apartamento muito empolgado dizendo que tinha algo para contar ao moreno. Sentaram-se no pequeno sofá na sala do apartamento do Min e, ainda um pouco nervoso, Jimin contou que havia pedido uma moça em namoro e a mesma havia aceitado a proposta. Yoongi tentou, ele tentou muito, mas nenhum dos sorrisos que dirigiu ao loiro naquele dia enquanto este tagarelava pelos cotovelos havia sido realmente verdadeiro.

Não é que ele torcesse contra o namoro, longe disso. Ele queria sim ver o amigo feliz acima de tudo, mas foi inevitável não sentir a pontada que parecia ter acertado seu peito com força ao receber a notícia.



Não demorou muito para que as horas que Jimin passava com Yoongi e os outros fossem diminuindo à medida que seu relacionamento andava. Obviamente, mesmo tentando não deixar transparecer, Yoongi, às vezes, ficava enciumado, principalmente porque era Jimin quem sempre tinha que ceder e por muitas vezes cancelava com os rapazes por causa da namorada.

Celine — sim, como a cantora — era a típica garota de cidade grande: bem arrumada, bonita, sempre conectada à internet, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Falava inglês, francês e espanhol — porque ela sempre estava viajando para fora do país —, entendia de moda e atualidades, gostava de festas e sempre tinha algum programa agendado para o fim de semana e, claro, Jimin passou a ser incluído neles.

Yoongi se perguntava o que Jimin havia enxergado na garota para gostar tanto dela, porque — sinceramente — ele mesmo não via nada de tão especial assim. Entretanto, o loiro quase a idolatrava, o jeito como falava da garota fazia com que ela parecesse uma pessoa totalmente diferente da qual o Min via e havia conhecido.

Logo, logo, Jimin foi parando de sair com os amigos, às vezes nem conversavam pessoalmente porque Celine estava com o Park o tempo todo durante os intervalos das aulas na faculdade, desfilando com suas roupas caras para lá e para cá de mãos dadas com Jimin. O loiro andava afastado fazia algum tempo, foi por isso que Yoongi estranhou totalmente quando o amigo apareceu em seu apartamento no meio de uma noite chuvosa, sem nem sequer ter avisado antes.

O cabelo loiro pingava água e, mesmo com a pouca iluminação, Yoongi conseguia ver o rosto vermelho e inchado do mais novo. Suas roupas estavam encharcadas e ele cheirava claramente a álcool.

— Jimin?! O quê… — Não terminou de falar, pois o outro caiu no choro ali mesmo e o abraçou pelo pescoço.

— C-Celine, hyung… ela… — Continuou a chorar.

Yoongi suspirou, sustentando o peso de um Jimin alcoolizado sobre si. Fechou a porta atrás do amigo e caminhou com dificuldade até o balcão, ajudou Jimin a sentar em um dos bancos e retirou o casaco molhado que o mesmo vestia, não queria que o menor acabasse pegando um resfriado. Foi até à geladeira e pegou um copo grande para enchê-lo com água.

— Toma. — Deu o copo na mão do outro. — Bebe um pouco de água, vou pegar uma toalha, você precisa de um banho quente e roupas secas.

Jimin apenas negou com a cabeça, ainda chorando, mas Yoongi foi até o quarto mesmo assim.

Não seria a primeira vez que a namorada de Jimin teria discutido com ele, acontecia pelo menos uma vez por semana, entretanto, normalmente o Park apenas ficava mais calado e um pouco triste, sempre acatando tudo o que a garota ditasse, mas nunca tinha o visto daquele jeito. Jimin estava bêbado, mas seu desnorteamento não parecia apenas por causa do álcool, ficou preocupado.

Quando voltou à sala, Jimin estava sentado no pequeno sofá, olhando para o copo em sua mão e com as bochechas marcadas pelas lágrimas recentes.

— O que aconteceu? — perguntou baixo, retirando Jimin de seu transe.

Sentou ao lado do menor e começou a enxugar seus cabelos levemente.

— Eu… — Suspirou só de lembrar da cena que havia presenciado mais cedo. — Eu tinha combinado de buscar Celine no shopping, ela disse que ia sair com as amigas, então não quis atrapalhar.

Yoongi ouvia atentamente, assegurando-se de colocar a toalha sobre os ombros do outro depois de arrumar seus fios loiros.

— Mas acabei indo antes do horário e decidi ficar por lá até a hora que combinamos. — Engoliu o choro que ameaçava vir de novo. — Mas eu a vi saindo do cinema, Yoon. E ela não tava com nenhuma amiga. Achei estranho, mas sei lá, elas poderiam ter ido embora mais cedo. Foi quando ele apareceu.

O garoto franziu o rosto em uma careta que Yoongi nunca tinha visto. Havia nojo, dor e mágoa nas expressões de Jimin naquele momento e ele sentiu a dor do outro ao vê-lo machucado daquele jeito. Não queria que Jimin continuasse a contar aquilo porque ele já imaginava do que se tratava e não queria ver seu amigo — e amor — sofrer ainda mais. Yoongi só queria que o sorriso largo com um dentinho levemente torto não saísse do rosto de seu melhor amigo, que ele não precisasse sofrer por uma pessoa que não o tratava como merecia e nem de longe amava como deveria amá-lo.

— Ei, você não precisa falar se não quiser e…

— Ela estava com um cara — disse olhando para o Min. — Ele saiu do cinema depois dela e eles deram as mãos e, argh! — As lágrimas voltaram a rolar por seu rosto. — Eles se beijaram… Bem na minha frente, hyung.

Jimin voltou a chorar copiosamente, seus ombros balançavam com os soluços enquanto segurava com força a toalha sobre seus ombros.

— Eu queria estar enganado, na verdade, eu não queria ter visto aquilo. — Fungou. — Eu nunca me senti tão fraco e impotente na minha vida, hyung.

— Vai ficar tudo bem… — Segurou a mão de Jimin e apertou, assegurando o outro de que ele estava ali para o que precisasse.

— Eu duvido muito, Yoon.

O loiro sacudia a cabeça e o choro incessante já deixava seu rosto bem avermelhado. Cada lágrima que caía dos pequenos olhos do rapaz era como espinhos sendo cravados no Min, tudo o que queria era beijá-las uma a uma e dizer que a garota não valia nenhuma delas.

— Meu peito dói tanto, hyung. Dói tanto. — Olhou para o maior. — Por favor, Yoongi, faz parar de doer…

Yoongi queria ter se mantido forte e imparcial, tentando acalmar o amigo de coração partido da melhor forma, dizer palavras que o confortariam e, talvez, deixá-lo chorar porque era o que Jimin precisava fazer no momento. Porém, ele estava apaixonado e não conseguiu evitar, não quando aqueles olhos pequenos tão amáveis o encaravam com tanta dor e desespero, suplicando uma solução para sua agonia.

Antes que pudesse raciocinar direito e fazer o que deveria, suas mãos compridas tocaram a bochecha quente e molhada por lágrimas de Jimin. Passou o polegar suavemente pela última e teimosa lágrima que insistia em desabar na face do outro e enxugou-a carinhosamente. Os lábios de Jimin ainda tremiam pelo choro recente e Yoongi fez o que passava por sua cabeça desde que o loiro começou a chorar em sua frente.

Fechou os olhos involuntariamente e pressionou seus lábios nos do outro. Apenas o toque dos lábios de Jimin nos seus fazia com que o corpo de Yoongi parecesse que explodiria a qualquer momento, aquela sensação não se comparava nem aos seus melhores sonhos. A quentura e suavidade da boca do outro na sua fazia cada músculo de seu corpo reverberar de prazer por ter, finalmente, unido os lábios e provado o gosto do outro em um beijo.

Abriu os olhos rapidamente enquanto tomava consciência do que estava fazendo. Jimin estava bêbado e machucado, ele era comprometido e aquela situação estava errada em muitos quesitos, mas era tão bom, tão bom que se tentasse comparar a qualquer outra sensação, não conseguiria.

Principalmente porque Jimin estava de olhos fechados, os lábios começando a mover sobre os seus e ele poderia derreter naquele momento, pois sentiu a língua úmida do outro instigar para que abrisse espaço para um beijo mais aprofundado. Seu coração batia tão rápido e forte que sentia as pulsações em seu ouvido, quase como as batidas de um tambor. Como experimentação, deixou que o loiro adentrasse o músculo molhado em sua boca e sugou suavemente, arrancando um gemido do outro, então se deixou levar pelo sentimento que nutria há tanto tempo pelo menor e pela urgência em fazê-lo se sentir amado.

Jimin movia os lábios um tanto afoito, buscando descobrir o sabor da boca alheia e aproveitar do calor que era oferecido.

Puxou o corpo de Yoongi para perto de si em um abraço desajeitado, os estalos do beijo que trocavam apenas se perdiam no eco do apartamento pequeno e com o barulho da chuva que ainda caía. Yoongi emaranhava os dedos pelos cabelos loiros como sempre teve vontade de fazer e gemeu ao sentir as mãos de Jimin descendo para sua cintura e apertando o local com gosto. O loiro usou um pouco de força para puxar o Min para seu colo, deixando o mesmo com uma perna de cada lado de seu quadril.

Não imaginava que a noite terminaria daquele jeito, mas estava tão entorpecido pelas sensações que o corpo de Jimin colado ao dele causavam que nem ao menos se deu ao trabalho de repensar o que estavam fazendo ali.

Cada vez mais urgente, Jimin reivindicava os lábios pequenos de Yoongi para si, não se contentando em apenas beijá-los, mas também mordia e chupava vez ou outra. Beijou a pele clara que começava a ficar avermelhada e desceu selares para o pescoço pálido.

— Cheiro de sabonete e Min Yoongi… — disse em meio a um beijo no pescoço do Min. — Tão cheiroso, hyung. — Roçou o nariz no pescoço alheio.

— Jiminnie… Acho melhor pararmos… — falou, sentindo algo em meio às suas pernas despertando. Próximos como estavam, Jimin logo sentiria a ereção de Yoongi e seria ainda mais constrangedor.

— Eu... pensei que você me queria, hyung. — Afastou um pouco o corpo de Yoongi para olhar em seus olhos. — Você também não me quer?

O bico formou-se nos lábios de Jimin assim que ele foi falando a última frase e Yoongi sentia o ar indo embora de seus pulmões.

— Você não me quer? — perguntou baixo, puxando o Min para mais perto.

Sem responder, Yoongi uniu as bocas novamente, voltando a beijá-lo, agora bem mais afoito. Cada vez que Jimin sugava seu lábio em meio ao beijo molhado sentia o arrepio subir por sua coluna até chegar ao ponto em questão. As mãos de Jimin passeavam urgentes pela lateral de seu corpo e os gemidos baixos que o outro emitia o deixavam ainda mais necessitado. Ele não sabia em que tipo de delírio estava, mas queria aproveitar cada momento.

Jimin colocou a mão por dentro de seu blusão, tocando a barriga lisa e subindo até seu mamilo, estimulando suavemente enquanto lambia seu pescoço.

— Jiminnie… — gemeu arrastado quando sentiu o outro chupar com mais força a região, certamente deixando uma marca.

Yoongi esfregou sua ereção contra o abdômen de Jimin, que percebeu o quanto o outro estava desejoso. Park segurou o quadril magro do mais velho e empurrou o próprio para cima, simulando uma estocada lenta, friccionando — mesmo que sob as roupas — seu membro na bunda do outro. Levantou os braços de Yoongi e subiu o blusão que ele vestia até passar totalmente por sua cabeça, deixando o tronco do outro exposto. Beijou o peitoral de Yoongi e sugou os mamilos claros, passando a língua nos biquinhos excitados. Apertou a bunda do moreno, que gemeu contra sua boca.

Yoongi ajudou Jimin a tirar a blusa molhada que vestia e começou a beijar toda a pele quente à sua frente; parecia tão surreal que, mesmo ouvindo os gemidos do Park, ainda se perguntava se não estaria sonhando.

Os toques começaram a ficar mais urgentes à medida que o tesão antes reprimido aparecia. Yoongi ondulava o quadril buscando mais satisfação e Jimin apertava o corpo do Min com possessividade. Desceu as mãos pequenas até a ereção de Yoongi e apertou suavemente.

— Deus… Jimin… — gemeu enquanto se deliciava com o afago na genital.

— Tira a calça, hyung… Por favor — disse fazendo Yoongi sair de seu colo.

Quando o moreno ficou de pé em sua frente, não tardou em baixar a calça que o mesmo ainda vestia. Oportunamente, Yoongi estava sem a roupa íntima e Jimin pôde ver de imediato o pau do mais velho saltar para fora da calça macia. Beijou a cabecinha primeiro, ainda segurando no quadril de Yoongi, descendo por cada centímetro do comprimento até a base e lambendo de uma vez até o topo para, então, colocá-lo inteiro na boca. Chupou o mais velho que segurava seus cabelos loiros e gemia palavrões embolados.

Yoongi afastou o loiro de sua virilha, pois não queria gozar ainda, e beijou seus lábios novamente. Os dedos ágeis desabotoaram a calça do mais novo que ergueu o quadril para facilitar o trabalho do moreno em retirá-la. O Min voltou para o colo do melhor amigo — agora nu como ele — e segurou o membro rígido próximo à sua entrada.

— Ei, Yoon… você vai se machucar desse jeito.

— Tá tudo bem…

— Não, espera. — Pegou a calça no chão, buscou a carteira no bolso da mesma e retirou de lá um preservativo.

Deslizou pelo próprio pênis e deixou que Yoongi se posicionasse sobre ele novamente que, aproveitando o lubrificante da camisinha, começou a descer com cuidado. Seu corpo inteiro entorpecido de prazer e Jimin o ajudava a sustentar o peso. Quando finalmente sentiu que todo o pau do Park estava dentro de si, relaxou mais e esperou alguns segundos. O loiro beijava seu rosto e acariciava sua costa, parecia estar no paraíso. Quantas vezes havia fantasiado como seria estar daquela forma com Park Jimin? Enlaçou o pescoço do outro e o beijou. Iria aproveitar cada segundo e faria Jimin esquecer porquê estava machucado quando chegou ali.

As mãos do menor em sua bunda o erguiam para, então, baixá-lo novamente em um ritmo gostoso e moderado. Entretanto, não durou muito tempo, porque Jimin precisava daquele contato e Yoongi precisava tanto quanto ele, mas da conexão que estavam estabelecendo ali, do contato visual, dos gemidos misturados.

Jimin encostou a cabeça para trás no sofá enquanto Yoongi ditava o ritmo que queria, rebolava no colo do outro e não reprimia os gemidos roucos que saíam de sua garganta. A boca molhada de Park estimulava seus mamilos sensíveis e ele podia sentir seu orgasmo chegando.

— Eu vou gozar — disse e alguns segundos depois se derramou entre os abdomes deles dois.

Park sentiu Yoongi se contraindo e pulsando ao redor de si e começou a estocar mais severamente, logo vindo também, inchado dentro do Min.

Ofegante e satisfeito, Yoongi beijou o amigo mais uma vez. Poderia — e queria — ficar daquele jeito o resto da noite, mas seus quadris pediam um pouco de descanso.

— Jiminnie… eu te amo — falou ainda atordoado pelo orgasmo recente.

— Eu também, hyung. — Bocejou. — Tô com sono.

Yoongi riu, Jimin também o amava.

Saiu de cima do loiro e o ajudou a levantar. Foram até o banheiro e, depois de descartarem a camisinha usada, tomaram um rápido banho quente. Jimin estava bastante sonolento e dormiu assim que deitaram. Yoongi o abraçava por trás, o nariz enfiado nos fios loiros e o sorriso em seu rosto não se desfazia.

Quando acordou, sentiu falta do cheiro característico do shampoo que Jimin gostava de usar. Ergueu a cabeça em busca da cabeleira loira e não encontrou.

Pegou seu telefone celular na escrivaninha ao lado da cama e coçou os olhos, desbloqueou o aparelho e verificou as mensagens, nenhuma de Jimin. As roupas do rapaz também não estavam mais na sala e Yoongi não entendeu por que Jimin havia saído tão cedo.

Tomou banho e vestiu-se rapidamente e saiu para a faculdade, sabia que encontraria Park lá.

Chegou um pouco tarde e acabou não vendo o loiro antes do almoço, mas bastou chegar ao refeitório para ver o mundo desabar sob seus pés. De fato, Yoongi encontrou Jimin. Ele estava sentado em uma das mesas rodeado por seus amigos e Celine. A garota estava tão próxima a ele que quase pareciam uma pessoa só, ela beijava a bochecha de Jimin com carinho e Yoongi começou a se questionar se a noite passada não passava de mais um sonho fantasioso com o melhor amigo, mas o leve incômodo no quadril deixava claro que não era.

Seu corpo tremia e ele nem sentiu quando as lágrimas começaram a descer por seu rosto. Como se sentisse o olhar de Yoongi pesar sobre si, Jimin virou na direção do mesmo e sua expressão foi de feliz à chocada em milésimos de segundos. Min baixou o rosto envergonhado e engoliu em seco o bolo que o choro parecia formar em sua garganta. Seu peito doía como nunca havia imaginado que pudesse acontecer e, naquele momento, ele preferia que a dor sinalizasse que estava morrendo.

Sem pensar virou em direção ao corredor e seguiu em frente, suas pernas andavam rapidamente sem que ele as comandasse. Entrou no primeiro banheiro que encontrou pelo caminho.

Trancou-se em uma das cabines e, sentado sobre a tampa do vaso, deixou que o choro entalado em sua garganta viesse à tona. Os soluços altos ecoavam pelo cômodo de azulejos e Yoongi sentia seu coração partir-se em bilhões de pedaços que seriam impossíveis de colar novamente.

— Hyung! — chamou Jimin entrando no local. Yoongi tentou segurar o choro, mas foi em vão. — Yoon, por favor, sai daí, vamos conversar.

O loiro esperou por alguns segundos e então a porta da cabine abriu e a culpa pesou sobre ele ao ver o rosto vermelho e molhado do melhor amigo.

— O que você tem pra me dizer?! — falou magoado. — Você saiu de mansinho depois de tudo e não me enviou uma mensagem sequer!

— Hyung… Me desculpa, o que aconteceu ontem foi um erro… Não devia ter acontecido. — Viu as sobrancelhas de Yoongi franzindo e seu rosto se contorcer em uma careta.

— Um erro?! — disse, sentindo as palavras do mais novo atingindo-o em cheio. — Jimin, nós transamos! Nós… você estava tão…

— Eu sei, hyung, eu sei! Mas eu estava bêbado. — Deu um passo para trás. — Quase não lembro do que aconteceu. Eu sou comprometido, não devia ter deixado isso acontecer.

Yoongi riu anasalado. Não acreditava no que estava ouvindo e cada vez que Jimin tentava se justificar seu coração parecia estar sendo pisoteado.

— Como? Você a viu com outro — disse baixo. — Eu me confessei e me entreguei pra você, Jimin!

Park passou as mãos pelo cabelo, nervoso.

— Nós conversamos hoje e foi tudo um mal entendido e…

— E o quê? Você vai voltar com ela? — Yoongi se aproximou do loiro, os olhos ainda molhados e vermelhos. — Jimin, por favor, eu amo você. — Segurou o casaco de Park, ficando próximo a seu rosto.

— Hyung, não faz isso.

— V-você disse que me amava! Ontem, você disse!

Jimin suspirou e segurou o rosto de Yoongi assim como o Min havia feito na noite anterior. Secou suas lágrimas e o moreno fechou os olhos, apreciando o toque suave.

Park beijou seus lábios suavemente, apenas um roçar leve.

— Eu amo você, hyung. Você é meu melhor amigo — disse, afastando-se.

Soltou o rosto do outro e deu alguns passos para trás.

— Me desculpe, mas eu não posso… Me desculpa, hyung.

Assistiu Jimin sair do banheiro, deixando-o para trás. O mundo parecia girar rápido demais, a gravidade parecia puxá-lo com mais força e ele sentiu os joelhos cederem, caindo sobre eles no meio do cômodo, ainda olhando para a porta por onde seu amor havia saído sem nem olhar para ele uma última vez.

~~~~


Notas finais: NÃO ME MATEM, EU IMPLORO!

O que acharam da fic? Eu sei que a atitude do Jimin foi muito mesquinha, mas sim, em alguns momentos infelizmente podemos topar com alguém assim pelo caminho e acabar nos machucando.

Espero que tenham gostado.
Tia Loui 💜 Vocês.

15 de Enero de 2022 a las 16:45 0 Reporte Insertar Seguir historia
1
Fin

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