2minpjct 2Min Pjct

Jimin já não aguentava mais sentir a barriga revirar como se mil formiguinhas estivessem em si, ou seu coração fazer um tum tum tão forte, que o assustava às vezes, sempre que estava perto do seu hyung. Confuso, o pequeno resolve perguntar a mãe sobre, mas, definitivamente, ele era pequeno demais para entender um dicionário e buscar o significado da chamada “euforia”. Agora ele só precisa saber o que era aquela palavra estranha e o que ela tinha a ver com os sentimentos confusos que tinha pelo seu melhor amigo.


Fanfiction Bandas/Cantantes Todo público.

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Sobre céus cor-de-rosa e bochechas coradas

Escrito por: @NetunoDisse


Notas iniciais: Olá pessoas como estão? eu sou a @NetunoDisse, uma das novas escritoras do 2min e esse é a minha primeira fic postada pelo projeto (só por ele rs)
esse plot foi doado por @AquarelaSemCor, eu quero dizer muito obrigada pq eu amei desenvolver ele!
Queria agradecer também ao @peartae pela capa perfeita e banner maravilhosos, muito obrigada príncipe! E também a @Im_Sky_ pela betagem maravilhosa e por ser uma anjo paciente comigo sksksks obrigadaaaaa linda.


~~



**


Os variados livros de colorir e de contos de fadas estavam espalhados pelas mesas pequenas e coloridas, os lápis de cor espalhados entre o chão e as mãos pequenas dos serezinhos, que volta em hora levantavam de suas cadeiras e iam mostrar para a professora como estavam ficando seus desenhos.

Jimin pintava com fervor seu desenho de um elefante filhote e sua mamãe, ambos abaixo de um céu bonito com um sol bem amarelo e brilhante. Ao seu lado, seu melhor amigo — Yoongi — concentrava-se no seu, passando o giz de cera verde com força sobre o grande barco desenhado.

O Min sorriu quando terminou o desenho, dando um último retoque com o lápis branco, apenas para fingir que sabia para o que realmente servia, quando na verdade ninguém sabia a sua real função. Levantou-se da cadeira azul olhando para o amigo ao seu lado e encarando o biquinho que o outro tinha nos lábios enquanto passava o lápis de cor rosa onde deveria ser o céu.

— Jiminie? — chamou, recebendo um murmúrio do outro, que não tirou os olhos da sua mais nova obra de arte.

O pequeno Yoongi sorriu quando viu o outro soltar um suspiro baixo entre os lábios gordinhos que estavam em formato de biquinho.


Fofo.


— Por que você está pintando o céu de rosa? Todo mundo sabe que o céu é azul — tentou chamar a atenção do outro, que apenas deu de ombros e voltou a pintar o seu céu.

— Porque eu gosto de rosa. E, é, o desenho é meu e vai ser rosa — disse simplista, olhando para o outro. — Seu bobinho.

Yoongi abriu a boca em surpresa pela resposta do outro. Fechou a cara, mostrando a língua para o menor. Jimin estava um chato naquele dia.

— Eu também não vou te esperar mais para levar o desenho para a senhorita Jung, tchau — disse com um bico nos lábios, demonstrando que não queria mais conversar com o melhor amigo agora.

Contudo, sentiu uma mãozinha gordinha segura seu pulso com força. Olhou para o mais novo, que estava com uma expressão de choro no rosto e os olhos aos poucos se enchendo de lágrimas.

— Desculpa o Jiminie. — As pupilas do outro dilatadas em questão de segundos, como o gato de botas do Shrek. Fez um beicinho para o garoto mais velho, já que sabia que aquilo funcionava. — O Minie ama o Yoonie.

O Min cedeu, mesmo já sabendo muito bem que aquilo era um jogo que o mais novo fazia sempre que queria algo, mas o que podia fazer se ele era realmente um bobinho pelo outro?

Deu de ombros, concordando com o pequeno manhoso e birrento e recebeu um gritinho de felicidade do outro.

— Hyung... Leva meu desenho pra tia Jung ver… Eu tô tão cansadinho. — Fez uma expressão chorosa, recebendo um revirar de olhos do outro.

— Você é muito espertinho. Me dá seu desenho logo. — Voltou para perto do mais novo, tentando puxar o desenho da mão gordinha e fofinha do outro.

Jimin se recusou, levantando da cadeira e encarando o leve bico que o seu Hyung fofinho tinha nos lábios. Aproximou-se perto do mais alto, criando coragem para beijar a bochecha branca e fofinha do outro. Deu um leve selar, sentindo o coração fazer um tum tum forte e suas mãozinhas ficarem geladinhas rapidamente. As bochechas gordinhas ficaram quentes. Jimin colocou uma das mãos sobre a bochecha, sentindo como se inúmeras formigas estivessem mordendo seu estômago.

O pequeno Min saiu de perto do melhor amigo, indo na direção da professora entregar seu barco verde e bonito e os dois elefantes abaixo de um extenso céu rosa claro. Não queria pensar muito sobre o toque quente dos lábios do melhor amigo sobre suas bochechas.


°°°


O toque alto do sino causou um sentimento bom nas crianças, estas que saíam da sala com os passos acelerados, querendo sair logo da instituição e ir para suas casas para, finalmente, assistirem mais um episódio da sua animação preferida ou para brincar com seus diversos brinquedos.

O pequeno Jimin saiu com passos apressados como seus colegas, querendo alcançar o amigo mais velho que estava a alguns metros de distância de si. Gritou pelo nome do amigo quando o viu já no portão com a sua mãe, segurando a mão da mulher.

— Yoonie! — resmungou com um bico nos lábios, as bochechas cheias com o ar que segurava, querendo demonstrar que estava descontente pelo amigo não o ter esperado para saírem juntos da sala. Levantou o olhar, tirando a expressão raivosa e colocando um sorriso para a mãe do melhor amigo. — Oi, senhora Min.

— Oi, pequeno Jimin. — As mãos geladas da mulher apertaram suas bochechas levemente.

Olhou novamente para o amigo, voltando a expressão de antes. Yoongi riu porque o mais novo era fofo demais tentando ficar bravo, e claro, falhando como sempre. — O que foi?

— Você não esperou o Jiminie para sair junto da sala. — Yoongi tentou segurar a risada, imitando um olhar sério na direção do outro que falava com os olhos baixos, como se fosse chorar. A voz pouco ameaçadora julgando-o sem o mínimo de vergonha.

— Desculpa, eu não fiz por mal — falou sincero, segundo nas mãos pequenas e fofinhas do outro, como para comprovar que estava falando a verdade. Olhou no fundo dos olhos pequenos que foram se fechando rapidamente, sinal de que o Park tinha um lindo sorriso nos lábios cheinhos.

— Eu só aceito sua desculpa se você for hoje lá em casa brincar comigo! — sugeriu, dobrando os braços e semicerrando os olhos, como se quisesse fazer medo no outro menino.

— Certo. Mas só se a mãe deixar… — Olhou na direção de sua progenitora, que sorria para os dois. Deixou que um pequeno bico se formasse, como um pedido para que a outra permitisse. — Por favor, mãe?

A mais velha semicerrou os olhos, mas quando viu os olhos de gatinhos do filho aceitou, ganhando baixos gritos de ambos os garotinhos.

— Brigado, senhora Min! — agradeceu, sorrindo para a mais velha. Soltou as mãos geladinhas do amigo e o abraçou rapidamente. — Te vejo mais tarde, então, né, Yoonie?

Jimin viu o amigo concordar e saiu do abraço quentinho do outro, sentindo mais uma vez as famigeradas borboletinhas batendo suas asas dentro si, era também como se mil fogos de artifício estivessem sendo explodidos em seu estômago. Era gostosa aquela sensação, mas deixava o pequeno Park com inúmeras dúvidas; o que era aquele sentimento? Yoongi também sentia? Por que seu coração ficava tão agitado quando Yoongi estava próximo assim?

E aquilo tomava sua pequena cabecinha, que buscava milhões de respostas para suas milhões de dúvidas.


°°°


O pequeno Park olhou-se no espelho uma última vez, encarando sua bermuda branca e sua blusa azul com estampa do Homem-Aranha, ajeitou os cabelos com um dos pentes que ficavam no guarda-roupa da sua mãe, tentando formar um topete que seu pai sempre fazia em si, mas falhando miseravelmente.

Grunhiu irritado, jogando o pente sobre a sua cama e saiu do quarto com um bico nos lábios e os braços cruzados, deu passos fortes, chamando a atenção da mãe que logo gritou por si:

— Park Jimin! — chamou a mais velha, e o pequeno foi, ainda emburrado, de encontro a mesma que estava na cozinha. — Tomou banho?

— Sim! — disse, com o bico ainda nos lábios, fazendo birra.

— Direitinho? Tem certeza? — Pegou nas bochechas pequenas do filho, recebendo uma reclamação, mas deu de ombros e apertou os dois pedaços de carnes fofinhos.

— É claro, eu já sou um homem! — respondeu, revirando os olhos para a mãe, esta que puxou levemente sua orelha. — Ai!

A mulher riu, deixando o menino de lado e voltando aos seus afazeres, enquanto o menino resmungava baixinho no cômodo grande da casa.

Jimin sentia-se furioso, porque 1) Yoongi estava atrasado e isso fazia com que eles tivessem menos tempo para brincar e 2) sua mãe não o levava a sério e sempre achava que ele fosse um bebezinho assim como seu primo pequeninho que morava ao lado.

Sentou em uma das cadeiras da mesa de jantar que ficava bem no meio do cômodo, cruzou as perninhas e relaxou os braços que estavam cruzados há tempos, colocou as mãos na mesa grande e encarou o corpo da mãe que mexia nas inúmeras panelas que estavam sobre o fogão.

Estava sem paciência de esperar o amigo, mas não podia fazer nada. Então resolveu fazer o que sempre gostava quando não tinha nada pra fazer; perguntar e perguntar.

— Mãe? — chamou cauteloso.

— Sim? — Virou-se rapidamente na direção do pequeno com um sorriso pequeno nos lábios.

— O que a senhora tá fazendo? — perguntou curioso quando viu a mulher abrir o armário e pegar um pacote de chocolate.

— Bolo de chocolate — respondeu calmamente, abrindo o pacote e o derramando quase todo em uma vasilha.

Jimin grunhiu, fazendo uma careta na direção da progenitora, mesmo que ela não fosse ver. Não gostava muito de doces, ainda mais de chocolate.

— Mas eu não gosto de bolo de chocolate.

A Park mais velha riu da fala do mais novo, Jimin, às vezes, achava mesmo que o mundo estava sempre ao seu redor. E a culpa era totalmente sua e do marido que mimavam o pequeno mais do que deveriam.

— Estou fazendo para o Yoongi, já que eu sei que ele vai passar a tarde aqui e ele precisa merendar. — Era sempre assim, já passava da hora de Jimin se acostumar com sua mãe mimando seu melhor amigo sempre que ele ia lá. Mas nem por isso ele escondeu sua revolta.

Novamente fez um bico nos lábios — coisa que fazia sempre que estava irritado ou com qualquer sentimento parecido — e cruzou os braços pequenos bem no peito.

— Mas e eu? — perguntou choroso. O tom da voz do filho fez a Park olhar na direção do mesmo pela segunda vez. Achou engraçado da expressão do outro e deixou que sua risada preenchesse todo o cômodo.

Jimin soltou uma lágrima, o que fez a mais velha parar de rir e olhar preocupada em sua direção. Foi de encontro ao filho, abraçando o corpo do pequeno que começou a chorar baixinho em seu peito.

— A mamãe vai fazer tteokbokki para você também, certo? — falou com a voz mansa, alisando os cabelos negros do menininho.

Jimin afastou-se do abraço da mãe. Passou uma das mãos embaixo dos olhos, tirando qualquer resquício de lágrimas que tivesse, e colocou um sorriso convincente nos lábios, rindo tão grande que seus olhos sumiram e ficaram apenas como duas luas, assim como era o sorriso de sua progenitora.

Os olhos iluminados deixaram a Park em dúvida se era pelo choro ou pelo que tinha dito, e depois de um fungo do filho concluiu que eram os dois.

— Tem certeza? — Semicerrou os olhos, e depois que a mãe confirmou, sorriu mais ainda. — Então pode voltar a fazer o bolo do Yoonie.

Pequeno pestinha, pensou a Park enquanto voltava para o fogão e para continuar a receita.

Jimin continuou a fazer mais perguntas para a mãe, agora sobre qualquer coisa que tinha visto na TV e não sabia o significado, quando, por um momento, lembrou das sensações que sentia sempre que estava próximo ao amigo, ou sempre que Yoongi fazia algo para si.

Sentiu as bochechas quentes e um sentimento estranho tomar todo seu ser, como se estivesse com certa vergonha de perguntar à mulher. Olhou ansioso para as costas da mais velha, mas deu de ombros e criou coragem para perguntar o que vinha o deixando confuso há semanas.

— Mãe? — chamou novamente, agora apenas ganhando um "hum" como resposta, para que prosseguisse com a dúvida que tinha. — Eu…

Interrompeu-se quando o barulho da campainha preencheu toda a casa, deu um pulo da cadeira e correu na direção da porta principal da casa, ignorando os murmúrios da mãe.

Abriu o portão com dificuldade, já que não tinha tamanho, e só conseguiu mesmo depois que pegou um banquinho que ficava bem ali. Sorriu quando viu o melhor amigo com a senhora Min ao seu lado.

— Yoonie! — gritou, puxando o mais velho para um abraço rápido. Gostava dos abraços quentinhos do outro, mesmo que não durassem mais de cinco segundos. — Oi, senhora Min.

— Olá, novamente, pequeno Jimin. — Sorriu para o menino fofo, mas voltou a atenção ao filho, entregando a mochila de gatinho para o menino. — Já vou indo, se comporta. A mãe te ama.

Jimin riu da careta que o mais velho fez quando a mãe deixou um beijo sobre sua bochecha. Despediu-se da Min com um aceno e então abriu espaço para o amigo entrar. Fechou o portão e desceu do banco com um pulo.

Entraram na casa dos Park com um Jimin fingindo-se de bravo e perguntando para o outro por que havia demorado tanto, enquanto o Min respondia recebendo pequenos tapas no braço do outro.


Ah, aquele dois…


°°°


Os inúmeros brinquedos estavam espalhados pelo chão do quarto, perto da cama tinha alguns livros infantis abertos e com algumas páginas meio amassadas. Estava tudo uma zona, parecia que um pequeno furacão havia passado por ali.

Ambos os meninos estavam jogados no chão, cada um com seu game boy. Os olhos atentos nas telas dos minivideogames enquanto os dedos apertavam os botões com força e pouca agilidade. Jimin soltou um grito exasperado quando viu que tinha ganhado. Pulou, deixando o aparelho sobre a cama com certa delicadeza — já que seu pai tinha dado duro para dar para si o presente meio caro — e comemorou, cantando uma música como se fosse seu hino da vitória.

Dançou de um jeito meio desengonçado, apontando o dedo indicador na direção do outro, que ainda estava sentado no chão do quarto com uma cara nada boa. Yoongi não gostava muito de perder, era fato.

Entre seus pulos alegres e sua dança estranha, porém um pouco engraçada, Jimin sentiu aquele sentimento estranho tomar sua barriga e suas bochechas esquentarem quando viu o biquinho que o amigo tinha nos lábios finos. Parou com a comemoração quando percebeu que o outro estava com uma expressão triste por ter perdido a última partida.

Caminhou na direção do Min, ficando de joelhos na frente da outra criança. Segurou as bochechas magras do outro, apertando-as levemente como Yoongi fazia com si quando estava Jimin estava triste. Olhou nos olhinhos que pareciam de gatinhos do outro, dando um sorriso para o Min, que correspondeu com um puxar de lábios sereno.

— Yoonie! Por que você tá tristinho assim? — Soltou as bochechas do amigo e colocou as mãos sobre os joelhos. A testa do outro estava franzida e o bico nos lábios crescia cada vez mais. Puxou o pequeno mais velho e o abraçou, não gostava de ver o outro assim. — Não fica assim, Yoonie! O Chimchim vai chorar se você ficar assim.

Usou da sua arma mais poderosa — dizer que iria chorar — para fazer o outro parar o que estava sentindo, e, como sempre, funcionou. Yoongi abraçou o melhor amigo, passando os bracinhos magros sobre as costas do mais novo em um aperto desajeitado.

— Fiquei triste porque eu perdi, mas tá tudo bem.

O pequeno falou devagar, apertando o corpo do outro contra si. Assim como sua mãe sempre fazia consigo.

Jimin saiu do abraço forte do outro, colocando as mãos sobre os joelhos, e olhou para o amigo que fazia com que sentisse as bochechas quentinhas.

— Vamo brincar de corrida de carrinho? Aí eu deixo você ganhar, Hyung! — falou na inocência e deu um sorriso grande. Ganhou um resmungo do outro que, mesmo com a cara feia, aceitou.


Afinal, quem conseguia dizer um não ao sorriso bonito do pequeno Park?


°°°


O sol já estava se pondo quando a senhora Min veio buscar o filho. Jimin fez um pouco da birra rotineira, mas, já que não podia fazer nada, aceitou e se despediu do amigo com um abraço e um beijinho escondido na bochecha do outro quando ainda estavam no quarto, arrumando a mochila do Min para ele ir embora.

Quando Yoongi finalmente foi embora, Jimin correu para o quarto para guardar os brinquedos que haviam usado, deixando apenas seu ursinho panda com que dormia abraçado à noite.

Passou grande parte do começo da noite fuminando seus pensamentos sobre todas aquelas sensações que sentia em relação ao amigo. Seus seis anos de vida não lhe ensinaram a como lidar com aquelas coisinhas estranhas, porém boas, que vivenciava.

Pensou no sorrisinho gengival que seu Hyung tinha, ou como gostava que o outro o chamasse de Jiminie. As inúmeras possibilidades tomavam sua mente, e ele só queria chegar logo em um resultado.

Antes de dormir, sua mãe o deu um banho demorado, ajudou a vestir o pijama com estampa de ursinhos polares e ele pediu que ela lhe contasse mais um conto de fadas. E lá estava a mulher, com a voz cansada, lendo um pequeno livro infantil, enquanto Jimin se concentrava na história, pensando que talvez as coisas que sentia pelo amigo fossem o mesmo que a pequena fadinha do livro sentia pelo amigo.

Quase no final da história o menino chamou pela mãe, que, quase sonolenta, abriu os olhos assustada.

— Sim, Minie?

— Eu sinto algumas coisas… — Jogou no ar, olhando para o teto do quarto e vendo as estrelas brilhosas de plástico espalhadas pelo concreto branco. — Às vezes, meu coração faz um tum tum forte e minha barriguinha fica cheia de formiguinha ou borboletas quando eu tô com o Yoon Hyung.

— Hum… — A mulher colocou o livro sobre as pernas, encarando as próprias mãos. Como falar para o filho que ele gostava do amiguinho? Mas Jimin era apenas uma criança ainda que não devia se preocupar com sentimentos confusos e profundos demais para sua pequena mente. — Se chama euforia, filho. Você se sente bem quando está com o Yoongi?

Jimin concordou com um aceno de cabeça repetitivo e rápido, como se sua vida dependesse daquilo. Olhou para mãe, em excitação.

— É euforia, filho. — Certo, aquilo não era bem a explicação que queria. Agora ele só tinha um nome para o que sentia, mas não exatamente o que realmente era. Ficou quieto até o final da leitura, pensando ainda sobre a explicação da mãe.

Quando a mulher finalmente terminou o livro, que Jimin nem se importava mais, deixou um beijo na testa do pequeno e o cobriu com um lenço grosso com estampas de ursinhos pardos em diversos tamanhos. Desligou a luz do abajur com desenhos de ursos — talvez Jimin fosse um pouco viciado no animal.

Desejou um boa noite para o pequeno, que a respondeu baixinho. Saiu do quarto e deixou o pequeno sozinho, com seus pensamentos fervendo na pequena cabeça.

Queria descobrir mais sobre aqueles sentimentos que ganhavam seu corpo a todo momento que estava junto do melhor amigo ou pensando nele. Iria em busca de respostas o mais rápido possível, e iria pedir a ajuda do mais velho, quem sabe Yoongi também não se encontrava do mesmo jeito que si? Aquilo tudo não devia ser uma euforia, seja lá qual fosse o seu real significado.

Fechou os olhos, tentando se livrar de todos aqueles pensamentos por hora e deixando-se levar para mundos dos sonhos.


°°°


Os gritos exasperados das crianças e as músicas infantis preenchiam todo o pátio grande da escola, os pequenos seres correndo de um lado para outro, pulando e brincando, deixando a diversão que durava apenas meia hora encher seus corações inocentes.

Jimin dava risadas altas quando era empurrado por Yoongi, que continha o riso. O mais novo levantou suas perninhas um pouco mais alto, como se quisesse ficar um pouco mais próximo do céu. Segurava com força nas cordas que sustentava o balanço, descontando toda a pequena adrenalina que tinha no objeto.

— Mais alto, hyung. Mais alto! — gritou. Yoongi atendeu ao pedido do pequeno empurrando um pouco mais o balanço, colocando a pouca força que tinha nas costas do menino.

O Park riu mais ainda, deixando-se aproveitar aquele sentimento quentinho que enchia seu coração, ele só não sabia se era pela adrenalina infantil em si ou pela aproximação do melhor amigo.

Quando acordou naquela manhã, o pequeno Park decidiu que iria descobrir o que era aquele sentimento que nutria pelo Min, com ele ou sozinho. Mais cedo, ainda durante a aula de senhorita Jung, ele sussurrou para o melhor amigo que queria ter uma conversa séria na hora do intervalo. E, bom, agora estavam ali. Mas, para o Min, aquilo não se parecia em nada com uma conversa séria.

Segurou na pequena cintura do outro, para que o mais novo não continuasse com o balançar. Jimin murmurou confuso, quando foi parado pelo amigo, virou a cabeça para trás, buscando uma resposta.

— Jiminie, você me disse que queria conversar comigo — falou Yoongi, tirando os braços do outro. Colocou uma expressão séria no rosto, como se aquilo fosse tornar sua fala mais dura.

O Park riu tímido. Concordou com o melhor amigo com um simples acenar de mãos e deixou as bochechas ficarem quentinhas rapidamente.

Não deixou a timidez tomar conta de si, afinal, ali era apenas seu hyung favorito e melhor amigo, não havia motivos para sentir medo ou qualquer coisa do tipo. Virou no balanço, ficando agora totalmente de frente para o outro. Buscou palavras na sua mente infantil para começar tudo, mas Jimin nunca pensou que falar sobre sentimentos fosse tão difícil assim.

Por outro lado, Yoongi cruzou os braços como seu pai fazia quando estava sério.

— Então, hyung… eu sinto algumas coisinhas na minha barriguinha e no meu coração quando eu tô com você… — Juntou as mãozinhas, olhando para o amigo. — E aí meu coração faz um tum tum bem altão! Parece uma bateria. Eu perguntei à mãe, mas ela disse que era euforia! Mas eu não sei o que é euforia. — Semicerrou os olhos, olhando para o céu como se aquilo fosse lhe dar a resposta de tudo. — Você quer ajudar o Chimchim a descobrir o que é isso?

O pequeno Min descruzou os braços e abriu a boca em surpresa. Não sabia que seu amigo também sentia as mesmas coisas que si. Ele estava feliz com aquilo, era claro. Jiminie gostava dele!

— Eu sei o que é isso, Minie…

— Sabe? — O mais novo pulou do balanço com os olhos em formato de meias-luas arregalados. Chegou mais perto do amigo, com expectativa.

— Sei! Sabe aquelas novelas que as nossas mães assistem? — perguntou Yoongi, recebendo um “Uhum” em murmúrio. — E aí tem aqueles adultos chatos que se beijam… Eca, você gosta de mim, Minie! Igual aqueles adultos de novela.

Jimin ponderou por alguns segundos, pensando bem na explicação do mais velho. A ideia não o incomodou, ele não se importaria de gostar do Hyung. Olhou para o amigo novamente, sorrindo.

— Assim como a minha mãe e o meu pai, e a sua mãe e o seu papai?

— Sim, Chimchim! Desse jeito. — Yoongi sorriu também, pegando na mãozinha quente do amigo e fazendo um carinho com a sua mão na carne gordinha.

Jimin sorriu mais ainda, sentindo aquela sensação boa no pé da barriga. Mas, uma dúvida passou levemente na sua cabeça, e se o Hyung não gostasse dele do mesmo jeito? Ele não queria aquilo, pensar nisso fazia seu coração doer. Aquilo era um sinal ruim, não era?

— Mas, Yoonnie, você também gosta de mim? Eu não quero gostar sozinho, Yoonnie! — Soltou suas mãos do outro e cruzou os braços com um bico formado na boca.

Yoongi riu e pegou nas bochechas gordinhas do outro, apertando-as de leves. Jiminie era adorável, parecia um bebê.

— Sim, Minie. Muitão.

— Então, se eu gosto de você e você de mim, a gente tem que namorar igual nas novelas da mãe. Mas beijar não, beijar é eca! — falou, fazendo uma careta com o pensamento de beijar. Aquilo era só para quando estivesse grandinho, era o que sua mãe falava.

Yoongi concordou, fazendo uma careta também.

— Então você agora é meu namorado, Minie! Você vai segurar minha mão na hora do recreio?

— Vou! — exclamou feliz, segurando na mão do outro e apertando os dedinhos do seu Hyung.

— Certo. E também não pode namorar com mais ninguém; isso, não pode — comentou Yoongi, fazendo outra careta também. Não queria pensar em ver o seu, agora, namorado pegando na mão de outro menino ou menina.

— Eu não gosto de outra pessoa, Hyung. Eu só gosto da sua mão! — resmungou Jimin, revirando os olhinhos. Seu coração fazia tum tum só pelo seu Hyung, e sempre seria assim.

O barulho alto do sino chamou a atenção dos dois pombinhos que suspiraram. Yoongi reclamou, ele não aguentava mais ter que estudar, só queria um pouco de paz. As crianças a sua volta iam saindo dali às pressas para a suas salas.

— Vamos para sala, namorado — falou Yoongi, puxando o mais novo.

— Vamos! — O pequeno Park olhou para sua mão entrelaçado na do seu Hyung e sorriu quando percebeu que novamente estava com aqueles sentimentos que agora não eram mais estranhos para si. Não tinha certeza se aquilo era realmente euforia como sua mãe lhe disse, mas ele não se importava, só queria ir para sua aula pintar elefantinhos com o céu rosa e apertar as mãos do seu namoradinho.

Para ele, aquilo seria o seu significado de euforia.


~~


Notas finais: E AÍ O QUE ACHARAM? aí eu to me sentindo com muita glicose no corpo depois desse capítulo sksksksks espero que tenham gostado anjo, fiz com muito carinho pra vocês. Essa é o começo da minha jornada aqui no projeto e espero que o caminho seja muito longo, obrigada desde já por ter lido, bjs no coração e até a próxima 💜💜

Ps: fiquem em casa e fiquem saudáveis por favor.

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Divulgação: Amores, já conhecem o Explicando Yoonmin? O @2minproject está com uma parceria novinha! O Explicando Yoonmin é um canal no Youtube de conteúdo Yoonmin <3 Por favor, deem muito amor e carinho a ele!!

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5 de Septiembre de 2021 a las 20:47 0 Reporte Insertar Seguir historia
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