pudim_death Pudim death

Uma breve conversa e um momento de Auto reflexão para Daza entender seus sentimentos (Adoro o Odasaku nas fanfics) Avisos: • Não tem participação direta do Chuuya • Capa feita por mim • Plágio é crime


Fanfiction Todo público.

#Soukoku #Dazai #Ango #Odasaku #bungoustraydogs
Cuento corto
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Capítulo único

21:00

Uma pessoa de aparência jovem passa pela porta de entrada do antigo bar, suas vestes molhadas escorriam água até o tapete manchando-o em uma variação mais escura da própria cor. Os cabelos castanhos balançavam com a ventania vinda da porta até então aberta. De fato, hoje estava caindo um verdadeiro toró do lado de fora.

Muitos diriam que é perigoso para uma pessoa comum sair em uma tempestade como essa, porém Dazai não é qualquer pessoa, ele é o mais novo executivo da história da Máfia do Porto e não ligava se seria ou não atingido por um raio novamente - Sim, um raio já caiu em si uma vez, mas para a infelicidade dele mesmo Osamu continuou vivo -. O problema mesmo era o desconforto que sentia com as roupas colando no corpo e a baixa temperatura atraída por elas. Mas não vamos negar a parcela de culpa do moreno nisso.

Foi Dazai que quis deixar propositalmente seu guarda-chuva na recepção do prédio da Máfia. Estava em dúvida quanto a escolha, mas sabia que um certo ruivo esquecerá o seu próprio em um dos metrôs da cidade e estava prestes a sair para algum lugar que o moreno se forçou a não saber.

Isso já estava fugindo do limite, sair da própria zona conforto por outra pessoa não é do seu feitio, ainda mais quando sabia que não teria vantagem em nada com aquilo.

E durante toda semana estava se sentindo assim, estranho, suas escolhas pareciam perder aos poucos a racionalidade e começando a irem para o lado emotivo da coisa, como quando se preocupou demais com o bem estar de seu parceiro na última missão ou quando fugiu da consulta com Mori só para ir irritar o ruivo - se bem que isso ele já faz normalmente -.

A esse ponto já estava claro que Chuuya Nakahara estava envolvido no assunto, sendo possível até ser a causa de todo problema. Os fatos eram óbvios, só se sentia assim perto do Nakahara, e se importava cada vez mais com as coisas que o mesmo fazia.

A parte que mais assustadora para Dazai era a sensação de nervosismo ao se aproximar do menino, desde quando Osamu tinha medo de uma pessoa? Se ela fosse o matar que mate! Ele não temia a morte. Porém aquilo era diferente, Chuuya tinha alguma coisa que intrigava Dazai e o fazia querer saber mais sobre ele, por outro lado também dava medo.
Mas medo de quê?

Fazer perguntas assim para pessoas como Dazai não é apropriado! Ele não entendia nada do que estava acontecendo, por isso precisava de ajuda!

Queria a opinião de alguém mais velho que entendesse a vida - coisa que o mesmo está longe de saber - e hoje era a oportunidade perfeita. O dia de encontro com seus amigos mais íntimos, na qual sentavam para beber e dialogar sobre o que quer que viesse as mentes. E hoje o tópico da conversa séria - rufem os tambores -: Problemas sentimentais de Dazai! (dessa vez não envolvendo assuntos suicidas)

Com um pouco mais de esforço a porta foi fechada, deixando o estabelecimento com o ar de aconchego - como era antes de Dazai abrir a porta. Seus olhos passearam pelo local a procura dos cabelos castanhos avermelhados ou a face séria que usava óculos, mas não encontrou nada. Pelo visto ainda teria que esperar um pouco.

Aproximou-se do balcão logo puxando um banco para sentar. A casa não estava cheia, na verdade parecia mais vazia que o normal. O olhar do barman - um homem não muito velho nem muito novo, talvez beirando a casa dos 40 - se prendia a face do jovem, não precisava de muito para saber que o senhor perguntava em silêncio o que o moreno queria.

- O de sempre, por favor.

O barman logo tratou de se virar para fazer o pedido do cliente. Enquanto isso, o Dazai vagava por seus pensamentos como distração do momento, nada de interessante como sempre. Pôs-se então a procurar algo mais externo, não estava afim de mergulhar em sua auto melancolia agora - guardaria isso para mais tarde -, por enquanto só deslizava o olhar pelas prateleiras atrás do balcão, essas nas quais eram famosas pela variedade da bebida e os bens deixados no local por antigos clientes.

A visão do moreno parou então sobre um velho chapéu empoeirado no topo do móvel, esquecido pelo mundo e isolado de todos no topo; Dazai se sentiu, por algum motivo, interessado no objeto, interesse esse interrompido pelo barulho da porta sendo aberta e fechada as pressas por um dos amigos na qual esperava.

- Esse período de chuva está sendo realmente péssimo para você.- falou Osamu ao ver o amigo encharcado da cabeça aos pés de água.

- Digo o mesmo- disse Odasaku, um dos únicos amigos de Dazai e também integrante da Máfia do Porto - mas de cargo mais baixo do que Osamu na hierarquia -.

- E quanto a Ango?

- Vai chegar em breve- Odasaku se aproximou do balcão e se sentou ao lado de Dazai. Ele fez seu pedido e logo retornou a conversa com o castanho.

Ambos ficaram a jogar papo sem muita relevância enquanto bebiam e esperavam o amigo. Depois de um tempo, Dazai viu a oportunidade perfeita para falar sobre o assunto que atormentava sua cabeça a um tempo.

- Odasaku- o mais velho olhou para Dazai simbolizando que está ouvindo- e se, hipoteticamente, existisse uma pessoa, e essa pessoa fosse extremamente irritante e estressada, mas você tem que atura-la o dia todo, e ela é tão chata e tão irritante que você começa a pensar nela até quando está sozinho e também começa a se preocupar com ela. O que isso significa? Digo, hipoteticamente.

Odasaku solta uma risada ao término da fala de Dazai, logo tomando um gole da bebida segurada em sua mão. Essa reação do mais velho deixou Osamu realmente confuso.

- Qual é a graça?

- Nada, é que se isso acontecesse mesmo eu estaria provavelmente apaixonado, hipoteticamente.- respondeu entrando no jogo do mais novo.

- COMO ASSIM ODASAKU?!- gritou Dazai, fazendo até o amigo derramar um pouco da sua bebida na mesa pelo susto- Você não pode se apaixonar por essa pessoa, ela é chata, irritante, estressado, baixinho, tem um péssimo gosto para moda, é burro, e é quase como um cachorro!

- Dazai, não posso negar, estou perdidamente apaixonado por essa pessoa.

- Não, não, não, eu me recuso! Você não pode!

- E por que não?

- Porque vocês se odeiam, não tem como amar uma pessoa que não gosta de você!

- Oh, então será um amor proibido, achei poético.

- Não, isso só atrapalharia seus objetivos!

- Objetivos?

- Sim, de morrer!

- Mas eu não quero morrer.

- Sim, hipoteticamente você quer morrer!

- Mas por que eu iria querer morrer se estivesse com a pessoa que eu estou apaixonado?

- Porque mesmo em um relacionamento você ainda se sentiriam vazio por dentro e o suicídio é a sua única esperança de sentir alguma coisa!

- Então não seria melhor estar com essa pessoa enquanto ainda estou vivo?

Oda decidiu ficar em silêncio deixando as engrenagens da cabeça de Dazai funcionarem, ele precisava entender por si mesmo que tudo bem está apaixonado pelo parceiro - ele havia percebido que se tratava de Chuuya na primeira frase.

- E...e como você vai fazer para essa pessoa gostar de você?

- Bem, talvez a tratando bem e mostrando o quanto ela é valiosa. Por fim, quando eu tiver feito tudo é só me declarar e esperar que tenha dado certo.

- E se-

- Ah desculpa a demora, hoje tive mais trabalho do que esperava- Ango que acabará de chegar entra as pressas para escapar da chuva ainda presente, ambos os amigos o cumprimentaram e quando Dazai se deu por si já estava em outro assunto completamente diferente do que falavam antes.

Mas achou melhor deixar assim, o que queria saber já havia sido respondido, estava realmente apaixonado e agora o que iria fazer?

"Bem, talvez a tratando bem e mostrando o quanto ela é valiosa"

As palavras de Odasaku ainda presas em sua mente o responderam quase que automaticamente. Agora de novo a pergunta: Como mostrar que alguém é valioso?
Quem sabe um presente?
Talvez...

- A chuva já parou, mas parece pode voltar a qualquer momento. Vou aproveitar e ir embora

- Eu também, e você Dazai?

- Não, vou ficar aqui por mais tempo

- Então tá- disse Ango um pouco desconfiado com a decisão, mas não protestando em nada- tchau Dazai- os dois então saíram e Osamu ficou novamente sozinho no bar.

"Eu. Apaixonado. Só pode ser brincadeira, como pude deixar isso acontecer? E o pior é que eu sinto que não tenho nenhuma chance com ele, tá na cara que Chuuya me odeia.

- Não diga isso. Você ainda tem chance, é só fazer as coisas certas.- falou o mini anjo no meu ombro esquerdo que se parecia demais comigo.

- Cai na real! Ele age quase como um cachorro latindo para um desconhecido quando te vê, nunca que ele vai se apaixonar por você- falou o mini diabo no meu ombro direito que também tinha a minha aparência.

- Mas isso ainda pode mudar se você agir com mais carinho!

- É, e de quebra cair na friend zone!- disse o diabinho com deboche

- Então o que sugere senhor especialista no amor?

- Simples: Sequestra-lo, amarra-lo no porão, passar dias e dias com ele, esperar que ele tenha uma síndrome de Estocolmo e depois morrermos juntos com um suicídio a dois; o que acha? Muito bom não é?

Não sei se isso seria bom, mas a parte do suicídio me chamou atenção.

- Não, isso é horrível! Escuta, nós precisamos ir com calma para não assusta-lo, o primeiro passo já está descido: o presente, o que pretende dar?

Eu ainda não sei.

- Bom, então é melhor descobrir!- o mini anjo some com um simples 'Puff!' no final da frase.

- Pensa direito no que eu te disse, fui!- o mini diabo então faz o mesmo e desaparece."

Sem nada em mente, Osamu se foca a olhar o que seu sensei estar fazendo, o gato de alguma forma conseguiu se esgueirar até as prateleiras do bar e apesar do pouco espaço para caminhar não mexia um sequer objeto, pelo menos até chegar ao último na qual Dazai pode ver claramente que foi proposital. O objeto em questão era o mesmo chapéu de antes, ele não aparentava estar danificando, na verdade Dazai pode deduzir que havia sido deixado aqui ainda novo, porém agora estava cheio de poeira acumulada pelos anos guardando, mas com a limpeza certa estaria de volta a aparência de antes.

O barman olhou para o acessório jogado no chão resmungando algo insubstituível, e logo tratou de agarra-lo para por no lugar.

Dazai então olha para o gato, enfim percebendo o que ele queria dizer.

"Muito inteligente sensei"

- Com licença, eu posso ficar com esse chapéu?- o homem olha para o moreno um pouco em dúvida pelo interesse repentino, porém só entregou o objeto na mão do garoto como se não ligasse.- obrigado!- falou Dazai, que logo se levantou para ir embora do bar com um enorme sorriso no rosto, era estranho admitir mas estava animado para voltar e encontrar Chuuya.

"Espero que ele goste do presente"

21 de Julio de 2021 a las 05:55 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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Pudim death Boa madrugada

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