larissa-maia1553481269 Larissa Maia

Arthur Pendragon não é um garoto comum. Ele é um mago. Quando completa doze anos, ele recebe um convite para estudar na melhor escola de magia do Reino de Morghulus, fundada pelos Três Grandes Magos da história. Assim, ele parte para Avalon, uma ilha repleta de aventuras e mistérios, com segredos do passado de Arthur que podem mudar de vez o seu futuro.


Fantasía Épico Todo público.

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PRÓLOGO

Notas da Autora:

E aí gente, tudo bom com vocês? Olha, eu não sou muito boa nesse lance de notas iniciais, mas prometo fazer o meu melhor. Espero que possam dar uma oportunidade à história, porque posso garantir que não irão se arrepender. ❤

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Cercado por imensas árvores de uma estranha coloração acinzentada, o homem que vestia branco dos pés a cabeça parecia estranhamente despreocupado com o cenário à sua volta. A Floresta Negra era como um labirinto ininteligível de árvores grossas e grotescas, escuro e assustador. As pequenas bestas de mana podiam ser facilmente localizadas à medida que ele avançava, espreitando cada movimento seu com olhos vorazes e sombrios. Apesar de serem criaturas corrompidas pela magia das trevas, ele continuava a caminhar, cantarolando baixinho.

Ninguém em seu juízo perfeito conseguiria relaxar num lugar tão apavorante igual a este homem. Era alto, magro e jovem, embora sua idade em nada se igualasse à sua aparência. Usava vestes longas, uma capa que se arrastava pelo chão e cobria sua cabeça - sapatos baixos e confortáveis. Seus olhos eram de um cinza claro, brilhantes e intensos em contraste com a marca no formato de um círculo quase que completamente preenchido em sua testa. O nome dele era Merlin White e ele era um mago. Ele carregava um bastão branco adornado por detalhes prateados em uma das mãos. As bestas de mana eram rapidamente repelidas pelo brilho azulado que o bastão projetava à medida que elas se aproximavam.

Quando alcançou a gruta, na parte mais escura da Floresta, ele parou de cantarolar e começou a sussurrar uma série de frases incompreensíveis, numa língua antiga e de difícil aprendizado. As palavras estimularam o bastão à emitir um brilho mais forte, como se tivessem acabado de ligar um interruptor. A luz aumentava de intensidade a cada segundo e, de repente, tudo parou. Algumas bestas de mana estavam escondidas, outras muito próximas de Merlin, imóveis, os olhos sombrios e vazios. Elas não se mexiam, não piscavam. Pareciam animais empalhados e sem vida.

Uma ave escura, congelada no ar, perdera duas penas quando tentara fincar suas garras no mago. Congeladas - tudo estava congelado.

A entrada da gruta era um grande buraco negro, impossível de discernir seu interior. Ele criou uma esfera de luz azul e deu ordens para que ela iluminasse o caminho, amaldiçoando-se por estar atrasado, por não ter chegado ali no horário combinado. Não eram muitas as pessoas dispostas a explorar a Floresta Negra, mas algumas conseguiram se habituar à ela.

Conseguiram de fato. A gruta era o refúgio da família Pendragon. O Sr. Pendragon era o príncipe herdeiro do Reino de Morghulus, mas decidira abdicar do seu direito ao trono; na realidade o Rei Marcus o forçara a tomar essa decisão, porque este não queria que o filho se casasse com uma de Sangue Amaldiçoado. Ele estremecia só de pensar na desgraça que uma relação como essa traria ao Reino. O Rei não sabia que tinha um neto, e Merlin achava que talvez ele devesse continuar sem saber. O menino era a principal razão de Grey e Morgana terem de precisar se esconder.

"Marcus não aceitaria aquela criança como seu neto", Merlin pensava enquanto entrava na gruta. "É um homem muito teimoso e de coração duro."

Foi no final do corredor que dava para o interior da gruta que ele notou o primeiro indício de que algo estranho ocorria - um espírito elemental do fogo vinha caminhando lentamente em sua direção. Desajeitado e reluzente, a salamandra aproximou-se de um petrificado Merlin. O mago encarava a criatura com preocupação, percebendo com imenso espanto, que ela estava chegando ao fim de sua vida. Então a boca do espirito se abriu com dificuldade e ele anunciou numa voz baixa, fraca e lenta:

- Grey e Morgana estão mortos. A criança vive. Proteja o menino.

O silêncio se propagou em uma torrente de dor e lamento quando a salamandra se calou. Então ela pegou fogo, desaparecendo em meio as próprias chamas.

Estava morta.

Merlin correu, procurando freneticamente pelos Pendragon. Ele penetrou ainda mais no interior da gruta e tropeçou no primeiro corpo que encontrou. Por um instante o mago não percebeu o que vira - em seguida se aproximou um pouco mais para verificar melhor. O mago caído havia sido queimado de dentro para fora pelo fogo da salamandra e era quase impossível reconhecê-lo, embora os olhos ametistas o identificassem como um inimigo. Ele era um Asmorguiano.

- Alguém nos traiu - ele disse para si mesmo. Grey e Morgana estavam se escondendo dos Asmorguianos havia duas semanas na Floresta Negra, e somente três pessoas sabiam de sua localização - um elfo, um anão e o próprio Merlin, que eram os amigos mais íntimos dos Pendragon. Entretanto, um deles se aliara aos inimigos dos Três Grandes Reinos e traíra seus amigos.

Merlin sufocou um grito de fúria e prosseguiu com sua busca, amaldiçoando-se uma vez mais por não ter estado ali antes. Ele retornara para Avalon quando recebera um corvo de Morgana pedindo para que fosse visitá-los pela manhã, e o mago decidiu sair para jogar xadrez com Bernard, um velho amigo do Reino elfico. Assim, quando ele terminara de apreciar sua vigésima vitória, Merlin percebera que o céu não estava mais claro e seguiu para a Floresta Negra o mais depressa que pôde.

"A esta altura, você já deveria ter aprendido a honrar seus compromissos", ele resmungou consigo mesmo, entristecido por sua perda.

As paredes da gruta estavam cobertas com resquícios de mana, onde o sangue respingara. Merlin apertava ainda mais o bastão, forçando o corpo a se manter firme enquanto passava pelos corpos sem vida de outros magos Asmorguianos. Não era difícil chegar a conclusão de que Grey e Morgana conseguiram exterminar todos os invasores, embora ambos tenham perdido suas vidas no processo. O caos da batalha estava por toda parte, a magia das trevas ainda pairando no ar... próxima de onde ele os encontrou.

Grey e Morgana.

Merlin observou os corpos caídos, separados por poucos centímetros de distância. Os cabelos estavam chamuscados e ambas as faces prejudicadas pelas trevas. Ele finalmente se deixou perder as forças, guiando a mão trêmula até a cabeça ensanguentada de Grey. Ele acariciou os cabelos louros e chorou como não chorara havia muito tempo.

Merlin não perdera somente um amigo. Ele perdera um de seus melhores aprendizes.

Um punhal estava fincado nas costas de Morgana. Ele emanava uma grande quantidade de mana negra. Os anões de Terazilia fabricavam armas como aquela. O punhal fora criado com um material muito raro: aço branco. Merlin retirou a arma com cuidado das costas de Morgana e a examinou atentamente.

O som de algo se quebrando interrompeu sua concentração. Naquela gruta não havia somente mortos.

Uma criança ainda vivia.

Mais que depressa, ele deixou os corpos de Grey e Morgana momentaneamente para trás e correu à procura do menino. Não demorou muito para que ele encontrasse a criança, protegida pela barreira que afastava as bestas de mana - que agora, enfraquecida, começava a se quebrar em pequenos pedacinhos.

Enquanto o mago observava, aliviado, o menino abriu os olhos e olhou para ele.

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12 de Mayo de 2021 a las 07:17 0 Reporte Insertar Seguir historia
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