fuyuka_hideki Adrielle Victória

Uchiha Sasuke é novato no grupo de amigos de Uzumaki Naruto. Para todos uma pessoa bacana e bem vista, exceto para o loiro. Que o vê como alguém de nariz em pé e sem perspectiva. Já que trabalha na empresa do pai. No entanto, quando precisam preparar uma festa surpresa, talvez sua visão mude. Apenas talvez.


Fanfiction Anime/Manga No para niños menores de 13.

#sasunaru #yaoi #sasuke #naruto
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The New One

Logo após ter aceitado o convite de Haruno Sakura, para uma noitada em um bar, me arrependi, percebendo que a única coisa que gostaria de fazer no sábado à noite era: comer um pote de sorvete enquanto assistia qualquer porcaria na televisão a cabo ou Netflix. Mas a insistência da mulher foi tão grande que acabei cedendo a sua pressão, vendo-a dar pulinhos de alegria enquanto batia palmas.

Mas, devo dar-lhes os créditos também, o semestre está chegando ao fim e com isso é muito comum que fiquemos estressados com o tanto de assuntos e coisas que vêm ao nosso encontro. Talvez sair, beber e jogar conversa fora não seja assim tão ruim.

Continuei repetindo isso para mim mesmo enquanto a semana ia chegando ao seu fim. E na sexta, quando finalmente consegui deitar a cabeça no travesseiro, após um dia cheio de aulas e cobranças no trabalho, estava pronto para recusar a saída sem nem pensar duas vezes. Porém, o cansaço me venceu e não tive forças para fazer a ligação ou sequer enviar-lhe uma mensagem dando qualquer desculpa esfarrapada.

A noite foi mais do que bem aproveitada, e quando finalmente abri os olhos já passava das dez. Não havia muito o que fazer dentro de casa. Tento sempre manter o pequeno apartamento alugado em ordem, para que o meu final de semana não seja sendo a minha própria empregada. Dei uma breve olhada no tempo que fazia lá fora, suspirando fundo ao perceber que não havia nem mesmo uma mísera nuvem que simbolizasse a possível chegada de uma tempestade. Só me resta desistir e aceitar o fato de que terei de ser sociável hoje.

Lá por volta das quatro, Sakura me enviou uma mensagem confirmando o local e horário de encontro, dizendo com letras garrafais que eu não me atrase como das últimas — todas as — vezes. Rolei os olhos, não é como se fosse o compromisso do ano, ou qualquer coisa do tipo. É apenas mais uma saída entre amigos, não tem porque ter essa paranoia com horas. Larguei o celular de lado quando me prontifiquei a concluir pelo menos mais dois episódios da série que ando acompanhando.

Às dezoito e doze eu já estava debaixo do chuveiro, moro a poucos minutos de distância do local marcado, então, estou mais tranquilo quanto ao horário de sair de casa. Dezenove horas e minutos não interessantes parei o primeiro táxi que passou pela frente do prédio, dando-lhe o local para onde estou me deslocando; no meio do percurso senti o telefone vibrar com a notificação de uma mensagem, claro que era a Haruno perguntando onde eu estava, respondi que chegaria em menos de quinze minutos, pude sentir o rolar de olhos que ela provavelmente deu quando leu meu texto. Soltei um baixo riso quando não recebi nada de volta.

Paguei e agradeci ao motorista, puxei a jaqueta para alinhar o material em meu corpo e me pus a entrar no bar. A música típica desses ambientes invadiu meu ouvido assim que entrei. Varri o local com os olhos para logo ver um braço acenando no ar à minha esquerda. A garota tinha um largo sorriso no rosto.

— Finalmente, Naruto! — Amesa grande já estava quase completa. — Achei que estivesse largado em seu sofá quando me avisou em quanto tempo chegaria. — Levantou para me abraçar. O cheiro de morango da tinta rosa em seus cabelos subiu em meu olfato.

— Não seja dramática.

Junto com ela estavam: Hyuuga Hinata, Inuzuka Kiba, Yamanaka Ino e Sai, faltando apenas o Hozuki Suigetsu. Quando me acomodei ao lado de Kiba, perguntei onde estava o remanescente.

— Disse que se atrasaria, está trazendo um amigo. — Lle deu de ombros, Sakura ergueu a mão para chamar o garçom.

Fiz meu pedido quando ele chegou, apenas um copo de refrigerante e algumas batatas fritas. Estou de barriga vazia e não pretendo colocar álcool nela estando assim, não tenho lembranças muito boas de tal feito.

Começamos a conversar sobre as trivialidades do dia a dia. Kiba estuda Contabilidade comigo, enquanto conheço a Sakura desde que estava no primeiro ano do ensino médio, hoje em dia ela estuda Jornalismo, junto com Ino. Hinata faz História junto com o Sai, que é amigo da Ino e consequentemente entrou no grupo. Todos nós estamos no mesmo campus, exceto o Suigetsu, que apesar de também ser alguém que trago desde o ensino médio, está numa faculdade um pouco mais afastada do centro. E provavelmente vai trazer um amigo de sua classe.

Quando estávamos começando a nos questionar sobre o momento que o outro chegaria, ouvimos sua voz na porta. Todos nós nos viramos para acompanhar sua chegada. Sakura tinha uma sobrancelha levantada, fingia estar brava.

— Isso são horas? — Colocou as mãos nos quadris.

— Me desculpa, senhora. — Ele ria. — Deixe de escândalo, vai assustar o meu amigo com essa cara feia. — Eles riram antes de se abraçarem. — Pessoal, esse é Uchiha Sasuke. Sasuke, esses são, Sakura, Ino, Hinata, Sai, Kiba e Naruto. — Apontava para cada um na mesa.

Uchiha Sasuke é mais alto que meu amigo, tem cabelos extremamente negros e olhos de mesma cor. Veste-se no mesmo tom e tudo contrasta com sua pele pálida. Quando acenou, recitando um "Prazer em conhecê-los" sua voz soou grave e firme. Ambos sentaram-se lado a lado, após puxarem duas cadeiras de uma mesa vazia.

De fato Sasuke é da mesma classe que o meu amigo, já trabalha em uma boa empresa da cidade, o que fez todos ficarem surpresos, afinal ele ainda não é formado na área a qual estuda. Porém, quando Suigetsu anunciou que seu pai é o dono da empresa, rolei meus olhos. Bem estava achando seu sobrenome conhecido o suficiente para dar aquele velho clic na mente. Então temos aqui alguém que não vai precisar ralar para subir na vida.

Claro que talvez fosse errado da minha parte estar assumindo as coisas, mas era impossível não vê-lo como um belo filhinho de papai, e a cada pequena abertura de boca que o moreno fazia para falar algo eu queria despejar alguma resposta mau educada em seu colo. A verdade é que não acho nem um pouco justoque existam pessoas desse tipo. Por outro lado, sei também que ele não teve escolha em ter nascido em tal família e todas essas especificidades. Mas, é escolha dele aceitar ou não trabalhar na empresa do pai.

— O que você faz exatamente na empresa? — perguntei sem olhá-lo nos olhos, tentando com todas as forças reprimir o tom de acusação que poderia escapar de mim.

— Não posso fazer muito como engenheiro. Já que não tenho a formação completa e todas aquelas coisas. Então, estou sempre acompanhando meu pai, às vezes participo de pequenas reuniões para entender como funciona o processo de tudo. Ajudo em alguns projetos. Mas, tudo dentro dos limites de estudante.

— Claro.

Não é como se eu não trabalhasse em minha área de estudo. Estou no setor de contabilidade de uma pequena empresa do centro. Porém, não tive os dedos de meus pais para me colocarem lá. Consegui através de uma bolsa de estágio de seis meses, os diretores gostaram de meus serviços e fui contratado, estando lá até os dias de hoje, faz um ano, além do estágio. Terei um bom aumento de salário quando conseguir meu diploma, então, estou feliz com o que tenho atualmente.

Talvez eu tenha me apegado demais a esse fato de ele ser empregado de seu pai, e a partir disso não consegui desassociar a imagem. Para tanto que prefiro nem estar prestando atenção no teor da conversa que rola entre os quatro sentados do outro lado. Sei que deveríamos estar todos juntos, mas, isso sempre acaba acontecendo quando um ou outro descobre algum assunto em comum. E para alguém novo, Sasuke esta muito bem entrosado com todo mundo — com exceção de mim.

Achamos mais justo que cada um pagasse pelo que consumiu do cardápio, e assim seguíamos para o fim da confraternização. Do lado de fora, todos pegariam os táxis para partir, por já passar das doze da noite.

— Já estou pensando em onde iremos nos encontrar de novo. — Sakura me abraçava.

— Nós almoçamos juntos no refeitório da faculdade. — Rolei os olhos.

Cumprimentei a todos os outros, e tentei não parecer relutante quando chegou o momento de falar com o Uchiha.

— Foi um prazer conhecê-lo. Apesar de não ter te escutado muito. — Deixou escapar um risinho, acompanhei apenas por educação.

— Estou cansado da semana cheia. Foi um prazer conhecê-lo. — Trocamos um aperto de mão.

Chamei o próximo táxi que surgiu no fim da rua, acenando para aqueles que restavam à espera.

Eujuro por Deus que se você falar dele mais uma vez eu levanto e saiu da mesa. — Sei que meu tom foi suficientemente rude e a Sakura me olhou com olhos grandes. — É segunda feira e eu não quero ter de ouvir essas coisas.

— Certo, certo. Desculpe. — Rolou os olhos, voltando a remexer na comida do prato.

— Ele nem é isso tudo— resmunguei baixinho.

Se a mulher comigo escutou, não quis falar nada. E assim seguimos com a refeição quando um novo assunto foi colocado em pauta.

A caminho da empresa fiquei pensando nas besteiras que minha amiga havia dito, meus olhos rolavam para trás em cada um dos pensamentos. Não é possível alguém ser tão boba assim. Mesmo que pelo modo como falava parecia apenas interessada e empolgada pela ideia de mais amizade em nosso grupo.

— Olá, Tsunade— cumprimentei minha chefe quando a vi passar apressada em direção a sua sala.

— AH, Naruto, graças a Deus. Será que teria um tempinho para verificar umas coisas para mim?

— Claro.

A acompanhei até sua sala e passei praticamente metade do meu turno por lá, verificando arquivos em papel, assim como no computador, contabilizando gastos passados e fazendo pequenos projetos do que poderia ser gasto no futuro. E quando ela finalmente me deu um intervalo, meus olhos estavam turvos por olhar para tanto número.

A maiorias das pessoas dentro do meu ambiente de trabalho são mulheres, não que eu esteja reclamando, é até muito convidativo, principalmente quando elas ficaram sabendo da minha sexualidade. Agora também faço parte das rodinhas para falar mal dos homens e uma delas tentou me fazer ser seu cunhado.

— O que há com essa cara? — Shizune, assistente da Tsunade questionou.

— A Tsuna me prendeu com várias caixas de arquivos e pastas no computador. Não quero saber nem mesmo quanto dá um mais um.

— Claro, claro. — Ria de leve. — É segunda. O pior dia da semana.

Enquanto conversava recebi uma mensagem de texto, e talvez não devesse ter sido surpresa ao ver o nome da Sakura ali. "Vamos sair de novo no final de semana. Mesmo lugar", eu ficarei extremamente surpreso se o Sasuke não for um dos convidados.

E cá estou eu, novamente, me arrumando para encontrar com todas aquelas pessoas. Com os meus planos todos desfeitos sem nem ao menos eles terem sido planejados.

Quando empurrei a porta do estabelecimento já localizei o grupo, poucas pessoas faltavam, mas o alvo da minha amiga já estava por ali. Rolei os olhos, respirando fundo, tentando segurar e conter qualquer controle sobre meu corpo. Não quero faltar a cortesia com ninguém apenas porque tive uma semana difícil e/ou por não ir com a cara pálida de Uchiha Sasuke.

Vesti o meu melhor sorriso ao aproximar da mesa. Sakura parecia radiante ao ver todos juntos e quase gritou sua saudação quando cheguei perto o suficiente. Cumprimentei um por um antes de me acomodar, infelizmente, de frente para o outro. Ao meu lado estava Hinata, que para meu azar, não é tão faladeira quanto qualquer outra do grupo. Soltei uma pequena e disfarçada lufada de ar, chamando o garçom até a mesa, meu pedido fora um copo de sua água. Estava bem propenso a simplesmente afogar os dias passados na bebida, porém, graças a Deus, tenho um bom controle sobre não exagerar em finais de semestres.

Quando todos chegaram a conversa se espalhou um pouco mais, entretanto ainda assim era como se eu não estivesse fazendo parte do todo, apenas me sentia aéreo a tudo. Decidi que talvez uma boa lavada em meu rosto fizesse alguma diferença. Levantei após pedir licença e procurei o banheiro do estabelecimento.

De frente para o espelho notei que realmente não estava com a melhor das caras. Enchi as palmas em concha com água e atirei ao rosto, sentindo todo o choque da frieza em minha pele.

— Tudo bem? — Ouvi a voz ao meu lado, abri os olhos para ver, através do espelho, o Sasuke ali de pé. — Sua cara não parecia muito boa.

— AH, claro, semana cheia. — Ri sem muita graça.

— Gostaria de uma aspirina ou coisa do tipo?

Pisquei algumas vezes, não estava esperando que viesse até aqui, e muito menos que fosse ser tão gentil.

— Ei! — Balançava a palma em minha frente.

— Não. Estou bem. Obrigado, mesmo. — Puxei um papel para secar o rosto.

Ele me ergueu uma sobrancelha, como quem não acredita no que digo, no final, abrindo um sorriso de lado e negando algo que não disse em voz alta, me respondeu:

— Certo. Como quiser. — Ele abriu uma das cabines, e sai do cômodo.

Pelo resto da noite eu sentia o olhar do outro me espreitando para uma checagem. Achei bacana de sua parte e talvez, apenas talvez, eu tenha pensado que o julguei mal lá no outro encontro. Mas não é como se eu fosse refazer todos os meus pensamentos apenas com isso.

Em um momento de distração procurei o que a Haruno viu nele, quando havia citado que o achava belo e talvez eu tenha me precipitado ao proferir que ele não seja tudo isso. Digo, Uchiha Sasuke tem sim sua beleza, mas nada que me aqueça os olhos a tal ponto. Quando nossos orbes se encontraram desviei o olhar com pressa, pigarreando e correndo para fazer parte da conversa, mesmo não fazendo ideia do que se tratava o assunto.

— Espero que esteja se sentindo melhor da próxima vez— falou quando já era a hora da despedida.

— Próxima? — Não pude deixar de rir.

— Pelo jeito que a sua amiga fala. — Deu de ombros.

— Olhando por esse ângulo. — Acompanhei o jogar de ombros.

Seu aperto de mão foi mais firme e demorado, finalizado com um sorriso de lado, até que seu nome foi chamado pelo Suigetsu.

— Minha deixa. — Afastou-se.

Chamei o próximo táxi, e tentei não pensar em nada até chegar em casa.

Óbvio que falhei miseravelmente em minha única missão.

"Então, o que achou do dia de hoje?", dizia a mensagem que recebi segundos após trancar o apartamento. Larguei o celular na cama sem nem pensar em uma resposta, um banho era tudo o que meu corpo mais desejava no momento. E quando finalmente sai da ducha havia mais três SMS dela resmungando sobre a minha demora em lhe dar algum conselho.

— Eu não sei— respondi ao atender sua ligação.

Bem, você deve ter uma opinião sobre. Acha que o Sasuke é uma boa pessoa para estar conosco?

— Então deveria pedir ao Suigetsu, ele é amigo do Uchiha, não eu.

Qual é, Naru

— Não há muito o que eu possa fazer.

Ouvi seus suspiros enquanto continuava falando, mas não era como se eu estivesse prestando atenção às suas palavras.

Deitei para dormir sem realmente estar com os pés no chão. E não faço ideia de como consegui pegar no sono rapidamente.

Segunda feira não havia muita empolgação em mim para ir à faculdade, mas aqui estou eu caminhando até a sala de aula. Soltei um baixo resmungo desagradável quando vi o Kiba conversando com Gaara.

Não que eu não goste do Gaara, mas, nós saímos durante um tempo, e ele continua insistindo que nós podemos funcionar.

— Bom dia— falei.

— Bom dia— responderam em uníssono.

— Gaara estava dando a ideia de irmos estudar juntos para as provas da semana que vem. O que acha?

– Não sei, podemos combinar. — Coloquei minha mochila e livros ao lado da carteira do Kiba.

— O aniversário do Suigetsu está chegando, não é, Naruto? — o Inuzuka comentou quando o professor começou a preparar o material da aula no slide.

— Droga. Eu havia esquecido. — Estapeei a testa.

— Então, nada de festa?

— Não que eu esteja sabendo, da parte dele.

— Irei perguntar à Sakura.

Ao nos encontrarmos com a Haruno na hora do almoço, a garota ficou super empolgada com a ideia de uma festa surpresa. Já que ficou sabendo que o outro não estava planejando nada. Sendo dali a duas semanas, conseguiríamos organizar tudo, e obviamente que dali mesmo ela começou a movimentar todo o grupo, sobre o que deveria ser feito e como. Vai ser também uma comemoração para todo mundo, já que para nossa sorte, é logo após as provas para encerrar o semestre.

No final de semana estava marcado o grupo de estudos com o Kiba e Gaara, na casa do ruivo. Eu não estava tão empolgado para isso, mas, é por uma boa causa. É uma matéria a qual nenhum dos dois têm muita facilidade, então, estou feliz por poder ajudar. E mesmo nós sendo pessoas adultas, obviamente que não poderia rolar uns momentos dispersos enquanto estávamos de cara nos livros. E claro que essas horas o Kiba tinha que ser o primeiro.

— Então— pigarreou —, como vai a vida amorosa, Naru?

— Com teias de aranha. Podemos continuar? — Não levantei o olhar do caderno.

— Quem foi a última pessoa com quem ficou?

— Isso vai cair na prova? — Rolei os olhos.

— Não, mas não estamos aqui apenas para estudar, estamos?

— Não? — Suspirei. — Certo. Se já terminamos posso ir, não é?

— Obviamente que não. Vamos fofocar. E aí, quem foi?

— Você sabe que foi o Gaara. — Apontei para o ruivo, vi suas bochechas colorirem. — Qual o objetivo disso?

— Ah! Agora entendendo o motivo de todo esse seu mau humor. — Cruzou os braços. — Quanto tempo faz? Oito meses? Sete?

— Não interessa! — Rolei os olhos novamente. Começando a guardar minhas coisas.

— Não seja assim, vamos. — Ria de leve, achando graça da minha irritação. — Okay, okay, vou parar de te constranger. — Fingia chateação. — Pelo menos o Gaara aqui não se importa, não é? — Passou um braço por cima dos ombros do outro, encarei o ruivo, levantando uma sobrancelha em sua direção, ele fez aquela cara de quem já está derrotado antes mesmo de começar a lutar.

— Vocês ainda me acabam. — Deixei uma risada sem muita graça escapar pelo nariz.

— Se você não tem ninguém em vista, então isso significa que está completamente livre, certo? — Concordei em silêncio.

— Por que tanto interesse assim?

— Nada. Não posso saber como vai os futuros relacionamentos do meu amigo?

— Nem todo mundo é uma biscate como você, Kiba. — Lhe dei um tapa fraco. Ele fingiu estar ofendido.

— Ouviu isso? — perguntou ao outro homem no ambiente. — Eu? Uma biscate? Não tenho culpa se não sabe aproveitar as oportunidades que o universo lhe dá. — Deitou no chão com ambas as mãos atrás da cabeça, fazia pose de que está plenamente convencido dos seus próprios argumentos.

— Claro, claro.

Obviamente que a sessão de estudos foi por água abaixo por conta do Inuzuka, porém, antes de tudo desandar fizemos uma boa revisão de tudo que havia para ser visto.

Quando eu estava às portas de casa, recebi uma ligação da Sakura. Conversamos por mais bons longos minutos, adoro os papos que tenho com a rosada. Porém, não sou muito bom em dar conselhos quando se diz respeito aos affairs que a garota tem. Ela deveria entender que não sou lá o tipo de pessoa que corre atrás de um relacionamento ou que malmente está sabendo flertar — nem mesmo quando alguém o faz comigo.

Quando a semana chegou em sua metade e os ânimos estavam tensos por conta das provas cada vez mais próximas, minha amiga correu em minha direção para dizer que havia conseguido o tão esperado encontro com o um garoto do último semestre de seu curso. A felicidade era palpável de tão exacerbada. A garota não parava de tagarelar sobre o que deveria vestir e que não sabia como iria se comportar, já que estariam sozinhos e toda a atmosfera seria completamente diferente. De repente, a garota estava surtando.

— Não é a primeira vez que faz isso. Vamos, se recomponha, está passando vergonha.

— Que insensível! — Cruzou os braços, arrumando a bolsa no ombro logo depois. — O convidei para ir a uma lanchonete, sabe? Nada muito chique, mas também nada muito desleixado, quero mostrar que me importo sem ser muito extravagante com nada. — Pela primeira vez eu realmente poderia dizer que ela estava nervosa por fazer algo do tipo.

A escutei falar sobre isso pelo resto dos momentos que passamos juntos, mas não sei se estava absorvendo nada que saía dos seus lábios.

No dia do aniversário do Suigetsu todos estavam extremamente empolgados. Sakura havia feito contato com o Sasuke para conseguir que ele mantivesse seu amigo fora de casa durante um tempo, e o moreno havia conseguido o feito bem facilmente, levando-o ao shopping após a aula. Estávamos todos em um grupo em um aplicativo de celular para monitorar as ações dos dois e dividir nossas tarefas nos dias anteriores ao acontecimento principal. Tudo estava funcionando mais do que bem. Estamos apenas fazendo os últimos preparativos para dar o aviso de que pode deixar o outro vir quando quiser.

E não muito mais do que quarenta minutos depois estávamos todos cantando parabéns para você em coro.

— Não deveria estar ali, dançando? — Sasuke se aproximou de mim quando todos já estavam mais calmos.

— Há, não sou esse tipo de pessoa em festas.

— Vocês fizeram um ótimo trabalho arrumando tudo.

— Com ajuda fica muito mais fácil. — Dei de ombros.

— E... Como estão as coisas? — pigarreou, bebendo um gole de qualquer bebida que havia em seu copo.

— Se com coisas você quer dizer faculdade e trabalho, bem... — Suspirei — Final de semestre é sempre o mesmo estresse. Porém, não há muito o que fazer. E, preciso pagar o meu aluguel, logo, também não há muito o que fazer. — Ri de leve.

Há uma boa brisa batendo na varanda, e com isso consigo sentir o perfume que vem do Uchiha. Um leve cheiro doce, mas não exatamente enjoativo, e que também não é muito masculino. Houve um momento de silêncio enquanto observamos as pessoas que se balançam na pista de dança que armamos no meio da sala de estar da casa do meu amigo.

— E você, não deveria estar ali no meio? — Joguei o nariz em direção ao aglomerado de gente.

— Tsc, não tenho muita ginga para isso. — Sorria de lado, achando graça. — A Sakura é sua namorada?

— Namorada? Não! — Ri de verdade. — Apenas uma grande amiga. Nos conhecemos há muitos anos. — De repente, torci o lábio para o pensamento que surgiu em seguida. — Tem algum interesse nela?

— Não, nenhum. — Virou-se para a rua, apoiando os braços no muro de mármore.

— Ela está se enrolando com um carinha da nossa faculdade. Fazia tempos que eu não a via empolgada com a possibilidade de um relacionamento. — Ri de leve.

— Entendo. E você, alguém em vista?

— Eu? Não... — falei baixo.

Fazia bastante tempo que não me sentia de fato atraído por alguém a ponto de cogitar um possível relacionamento. Até mesmo essa ideia me parecia distante e estranha. E não que eu tenha tido qualquer experiência desagradável no passado, logo disso.

— Então você não gostaria de —

— Ora, ora! — Suigetsu vinha em nossa direção, trazia um copo em uma mão e um bolinho em outra. Berrava por cima da música. — As duas beldades aqui. — pôs os braços em volta de nossos pescoços, me obrigando a virar para a rua. — Uchiha Sasuke, eu espero que esteja se dando bem com esse carinha aqui. Porque ele! Ele é um amigo de verdade! Para todas as horas e momentos.

— Obrigado, mas você está bêbado. — Tentei me desvencilhar de seu abraço desajeitado, porém, parecia impossível.

— Bêbado, talvez. Mas mentindo, jamais! Obrigado, Uzumaki Naruto por todos os momentos que já passamos juntos! Eu amo você. — e beijou minha bochecha com um som estalado. — Amo você também, Sasuke, não fique com ciúmes. — Riu da própria fala.— Está bem, está bem. Eu preciso voltar para lá! Porque eu sou a porra do aniversariante! E essa festa não acontece sem mim! — Ergueu o copo, bebendo e afastando-se enquanto dançava ao som da batida.

Sasuke e eu acabamos rindo do modo como ele andava e do tom embolado de sua voz.

Por volta das quatro horas da manhã estávamos ajudando algumas pessoas a chamar por táxis para irem para suas casas. As últimas provas são na quarta feira, e tenho certeza de que muitas aqui já estavam comemorando o final do semestre.

Sasuke, Sakura e eu iremos ficar e dormir. Ajudaremos a limpar no dia seguinte. E ficaremos para o domingo também.

Nós três estando sóbrios, conseguimos arrumar algumas coisinhas para não deixar a casa na zona em que estava. E somente pôr essas coisas em seus devidos lugares já fez bastante diferença no visual geral do cômodo principal.

— Estou um caco — falei. — Mesmo não tendo me jogado na pista como a maioria.

— Meus pés estão me matando— a Haruno gemeu. — vou tomar um banho e ir dormir. — Levantou-se. — Boa noite, rapazes.

Suigetsu à muito já havia ido para a cama. Ou melhor, havia sido conduzido para o seu cômodo de descanso. Caso contrário, ainda estaria largado no sofá da sala e sentindo extremamente confortável com isso.

Sasuke e eu vamos dormir no quarto de hóspedes que sobrou, onde háum bicama e Sakura está no antigo quarto do dono da casa. Desde que os pais do Suigetsu mudaram, ele ficou com o antigo quarto dos parentes.

— Fique a vontade para tomar banho, okay? — comentei.

— Eu estava para dizer o mesmo. — Ele ria. — Você fez mais do que eu hoje. Tenha a honra de ir primeiro. — Sorria sem dentes.

— Obrigado.

Tomei uma demorada e merecida ducha fria. Me sentia capaz de enfrentar uma maratona se assim me mandassem que fosse feito.

— Sou um novo homem.

— Percebo pelas suas expressões. — Pegava suas roupas em uma pequena mala. — Espero me sentir tão bem quanto quando acabar. — Seguia para o banheiro.

Tenho uma vaga lembrança do momento em que o Uchiha saiu do banheiro, porém, não sei se posso confiar na minha memória vencida pelo cansaço.

A fome reinava quando finalmente consegui despertar. Ao olhar no visor do celular vi que já passava das duas da tarde e, procurando pelo colchão de baixo, não havia sinal de um Sasuke adormecido. Resmunguei baixinho, assim como meu corpo fez quando me projetei para levantar. E após um banho, pela graça, então, me sentia acordado.

No meio das escadas, e quando descia para a sala, o cheiro de comida me chamou até a cozinha. Ao chegar no cômodo vi a cabeleira escura que estava diante do fogão.

— Isso cheira bem demais.

— OH! — Assustou-se um pouco. — Boa tarde. — Sorria sem dentes.

— Boa. — Acompanhei suas feições. — O que está fazendo?

— Lámen.

— Não brinca! — Sei que meus olhos estão brilhando.

— O que foi? — Seu tom parecia surpreso.

— O Naruto é fissurado nisso. — Suigetsu entrou no ambiente. — Ah! Mas que ressaca! — Abriu a geladeira para pegar uma garrafa de água. — Quer saber? Ainda não dormi o suficiente. A casa é de vocês. — Fez uma reverência dramática e saiu.

— Okay.— Ria de leve. — Então, quer dizer que estou fazendo o seu prato favorito?

— Talvez esteja. Juro que não serei muito crítico ao julgá-lo.

— Há há há. Não! Pelo contrário, por favor, seja. — Mexia na panela de costas para mim.

Olhando a sua silhueta daqui, quem sabe eu não o julguei mal enquanto como primeira impressão? Quem sabe não fui muito duro ao pensar apenas na condição de seu trabalho? Certo… Pode ser que o dia de ontem, o hoje e o amanhã me façam mudar a minha perspectiva. Pensando que ele não pode ser qualquer um, já que é amigo do Suigetsu.

— Está quase pronto. Poderia colocar os pratos e afins para nós?

— Claro.

Procurei por duas tigelas dentro dos armários e não muito depois ele estava nos servindo os almoços.

— Parece tão bom quanto cheira.

— Espero que esteja tão bom quanto.

E não posso dizer que não estava tão bom quanto a aparência.

— Isso está incrível! Quente, muito quente. Mas incrível.

— Obrigado. — Fingiu que enxugava o suor de sua testa, rindo.

Conversamos um pouco enquanto fazíamos nossa refeição. Não conversamos muito sobre profissão e coisas do tipo, mas sim sobre alguns acontecimentos de nossas vidas.

— O Suigetsu foi meu parceiro em uma atividade numa aula. No começo eu não gostei, ele era muito espalhafatoso. — Riu com a lembrança. — Mas, muito eficiente no projeto, isso me fez gostar dele após certa convivência.

— Não posso deixar de concordar com suas palavras. Apesar de nos conhecermos há muito mais tempo. Diante disso, posso afirmar que ele não mudou. Amadureceu, claro, mas continua o mesmo.

Foi um final de semana divertido, preciso admitir isso. Até o momento de cada um ir para suas devidas residências, estamos na porta da casa do Suigetsu e são por volta das dez da noite.

— Obrigado por tudo novamente, Naruto. — Me abraçava apertado. — Vamos nos ver em breve.

— Certo.

Me despedi da Sakura e parti para o Sasuke.

— Foi ótimo conversar contigo por esses dias. Quem sabe nós — a buzina do carro o cortou. — Okay, pode ir. — Sorria sem dentes. — Nos vemos em breve, Naruto.

— Claro. — Percebi que deve ter sido a primeira vez que ele me chamou pelo nome.

7 de Mayo de 2021 a las 02:57 2 Reporte Insertar Seguir historia
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Ana Brigida 🍥 Ana Brigida 🍥
Gostei! Aguardando os próximos capítulos. Parabéns. ♥️
May 07, 2021, 03:04

  • Adrielle Victória Adrielle Victória
    Fico feliz que tenha gostado! Espero que goste dos próximos também! Obrigada!! ♡♡ May 07, 2021, 03:23
~

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