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Quando JinWoo é expulso de casa e Mingjun se torna seu milagre, o salvando de morrer congelado. Ou Quando Mingjun salva JinWoo de morrer congelado e ele se torna o melhor presente de Natal que Mingjun podia pensar em receber.


Fanfiction Bandas/Cantantes Todo público.

#astro #kpop #yaoi #fluffy #fofo #MJ #JinJin #MJin #universo-alternativo
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Milagres de Natal

Notas Iniciais:


Oi, gente...

Tô aproveitando o final de ano pra tentar diminuir o máximo minha lista de fanfics (que é ENOOOORME, pq cada hora surge um plot na minha cabeça). Essa saiu rapidinha em um surto de inspiração.


Espero que gostem ^^


Boa leitura


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Véspera de Natal.

As luzes das casas estavam acesas, apesar do avançado da hora, mostrando que todos deveriam estar em família, se deliciando com uma bela ceia no calor confortável de seus lares.

As ruas estavam praticamente desertas, salvo algum animal abandonado ou uma pessoa correndo com cuidado para não escorregar nas calçadas cheias de gelo, em busca de chegar o quanto antes em casa.

A neve não estava apenas no chão. Apesar da intensidade da nevasca ter diminuído perante o que fora no início do dia, ainda era possível ver que flocos bonitos se precipitavam em direção ao solo, e eram iluminados de colorido quando paravam próximos aos pisca-piscas das decorações.

E JinWoo estava vendo aquilo tudo bem de perto. Às suas costas ainda podia ouvir os gritos, os xingamentos e as maldições que seus pais jogavam um no outro e nele, mesmo que ele não estivesse mais ali dentro. Em sua mão levava uma pequena mala, com seus mais preciosos pertences e poucas roupas que conseguira resgatar enquanto era expulso por seus pais. Levava uma mochila também, e por sorte conseguira salvar seu celular durante toda aquela discussão.

Ele só não tinha ideia de para onde poderia ir.

Respirou fundo, sentindo suas narinas arderem por causa do ar gelado, e se sentiu um idiota por não ter se agasalhado melhor antes de sair.

Mas não era como se ele realmente tivesse tido tempo para aquilo.

Em um momento estava ajudando a mãe a colocar a mesa para a ceia, e no momento seguinte estava sendo ridicularizado e quase apanhara apenas por ser quem era e fazer o que gostava. Ele ainda tentou argumentar, mas quando viu que não teria mais jeito, apenas arrumou suas coisas e saiu.

JinWoo balançou a cabeça, espantando um pouco dos flocos de neve acumulados em seus cabelos e decidiu que era o momento de ir para longe daquele lugar de uma vez.

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Mingjun estava cansado e com frio. Ele sentia a ponta dos dedos congelando e se amaldiçoou por ter esquecido suas luvas no armário, mas não voltaria até lá para pegar. Conseguiria aguentar mais alguns minutos de caminhada até estar no conforto de seu aquecedor e de seu chuveiro.

Seu dia havia sido cansativo, mas bem produtivo. Era dono de uma cafeteria e, como não tinha com quem comemorar o Natal, não se preocupou muito em ir para casa cedo aquele dia. Tinha esquecido completamente que a circulação de transportes seria interrompida mais cedo, e acabara ficando a pé.

Mas não estava realmente reclamando. Apesar do frio, estava satisfeito. Começara seu negócio há pouco tempo, com pouco dinheiro, mas já conseguia ver os lucros de seu trabalho duro. Diferente do ano em que chegara à capital Seul, aquele Natal seria maravilhoso e Mingjun até poderia ajudar o orfanato onde crescera, com presentes para as crianças.

Estava para virar a esquina para a rua onde morava quando sua atenção foi totalmente chamada por alguém do outro lado da rua. Era um rapaz com o que parecia ser a sua idade. Ele estava sentado em um banco de cimento e se encolhia, como se tentasse se proteger do vento forte que começara a soprar.

Seu primeiro pensamento foi de que era uma pessoa louca, depois lhe ocorreu que pudesse ser um aproveitador ou algo do tipo, mas mesmo com seu cérebro o alertando com muita veemência, Mingjun não conseguiu apenas continuar seu caminho.

Ele atravessou a rua com cuidado e se aproximou, sem saber o que dizer exatamente.

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- Oi... – JinWoo se assustou com o toque de alguém em seu ombro. Saiu da posição encolhida em que se encontrava e olhou para a pessoa que o chamava, sabendo que já tinha visto aquele rosto em algum lugar, mas sem realmente lembrar onde. – Você é o cara do 307, não é? Tá tudo bem? Precisa de ajuda pra chegar em casa?

As palavras do outro rapaz iluminaram sua memória e ele pôde reconhecer seu interlocutor. Não recordava de já ter falado com ele antes, mas sabia que Mingjun (era aquele o nome?) se mudara para a casa em frente a sua, meses antes. Ou seria um ano já? O frio estava congelando seu cérebro e ele realmente não conseguia raciocinar direito.

- Eu preciso de ajuda, sim, mas... Não posso ir pra casa. – tremendo até os ossos, ele respondeu e apontou para a mala que levava. Não era preciso saber muito mais do que somar dois mais dois para entender o que aquilo significava.

Mingjun pareceu avaliá-lo por alguns segundos e JinWoo se sentiu tentado em mandar ele embora. Se fosse para ser julgado como um baderneiro ou um filho ruim, então era melhor que o deixasse logo ali.

- Vem, você me conta o que aconteceu depois de um banho quente. – as mãos geladas envolveram seu braço e o puxaram para que ficasse de pé. – Consegue andar? – mesmo duvidando da capacidade de suas pernas perante o frio, JinWoo concordou e até sorriu. Mingjun o ajudou com a mala e, sem soltar seu braço (talvez por medo que ele fosse ao chão), passou a caminhar com ele os poucos metros que faltava para chegar até sua casa.

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Apenas depois que ambos tinham tomado um banho quente e estavam aproveitando um chá quente em frente à TV, Mingjun teve coragem de perguntar o que havia acontecido.

Poderia parecer loucura abrigar alguém daquele jeito, sem conhecer realmente a pessoa, mas sofrera com o abandono quando não podia nem entender ou falar, como poderia apenas deixar seu vizinho da frente morrer congelado em plena véspera de Natal?

Mas também não podia ficar totalmente no escuro.

- Se não quiser falar tudo, só me explica por cima. Seus pais brigaram de novo? Por isso você saiu de casa? – era de conhecimento da vizinhança toda que o casal no 307 era problemático e vivia brigando. Diziam que as brigas haviam começado quando o segundo filho do casal nascera, já que o pai não acreditava que o menino era seu filho.

Os gritos e discussões eram bem constantes.

- Eles me expulsaram. – JinWoo se encolheu no sofá e praticamente escondeu o rosto atrás da caneca enquanto falava. – Descobriram que eu desisti da faculdade de administração pra cursar dança e surtaram. Falaram coisas horríveis e me deram a escolha: ou eu me formo no que eles querem ou não piso mais naquela casa. – aquela era parte da verdade. Tudo tinha começado realmente com aquele problema em seu curso, mas tinha sido dois dias antes. Seus pais, apesar de palavras duras e preconceituosas, ainda deixaram ele esperar até depois das férias de inverno para trancar sua matrícula. Mas tudo tinha ido por água abaixo naquela noite. Ele não queria contar, não queria se expor ainda mais, mas Mingjun tinha sido tão legal para ele naquelas poucas horas em que estiveram juntos, que não achava justo não falar. – Meu pai também acabou descobrindo minha sexualidade e isso foi a gota d’água para ele... Ele disse que preferia me ver morto do que com outro cara.

Sim, o motivo que culminara na sua expulsão foi o fato de seu pai ter mexido em suas coisas. Ele disse que precisava se certificar que JinWoo não estava usando nenhuma “roupa de menininha” ou “maquiagem igual aqueles viadinhos” por aqueles tantos meses no curso de dança e, em sua busca desenfreada e invadindo totalmente a privacidade de seu filho, acabou encontrando o que tanto buscava.

Além de maquiagem, que obviamente era algo comum no meio artístico como um todo, ele também achou, escondida em um bolso de uma jaqueta qualquer, uma foto de JinWoo dando um selinho em outro menino. A foto, tirada em uma daquelas máquinas de shopping, tinha sido feita um ano antes, quando ele ficava com seu colega de classe, Minhyuk.

Nem ao menos lembrava que ela existia e que estava em seu bolso.

E nem pudera salvá-la da ira de seu pai.

- Ei, tá tudo bem, não tem porque se envergonhar de ser quem você é. – Mingjun julgou o silêncio alheio como vergonha pelo que tinha acabado de contar, não se tocando que JinWoo estava com o pensamento longe. – Se te conforta, eu sou gay também, e meus pais me jogaram foram antes mesmo de saber que eu era. – ele encolheu os ombros e sorriu abertamente para a expressão chocada que JinWoo sustentou diante de sua afirmação. – Eu não sofro mais pelas escolhas que eles fizeram. Eu sou uma boa pessoa, e isso que importa. Ah, e você pode ficar aqui até encontrar aonde ir.

- Tem certeza? Não quero incomodar.

- E iria pra onde? Você não trabalha e não tem dinheiro, certo? Você fica até arrumar um lugar melhor, e enquanto isso me ajuda a manter isso aqui arrumado. E eu te contei que tenho uma cafeteria? Você pode me ajudar lá também e...

JinWoo não conseguiu esconder o sorriso involuntário ao ver seu anfitrião ser tão expressivo e falar tão animado. O sorriso de Mingjun era acolhedor também, e ele sentia que os dois poderiam ser os melhores amigos do mundo.

Mingjun era como seu milagre de Natal.

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Três anos depois...

- Uma moeda por seus pensamentos... – a voz de Mingjun o despertou de seus devaneios, enquanto JinWoo observava o porta retratos que carregava a foto dos dois, no Natal de três anos antes.

Era uma foto simples, uma selfie tirada de mau jeito, enquanto eles compartilhavam o mesmo sofá, um pouco sem graça por não terem o mínimo de intimidade para um momento como aquele. A foto dividia espaço sobre um móvel com outras duas, tiradas nos natais seguintes, cada uma com um seu próprio significado.

Uma fora o dia em que Mingjun pedira JinWoo em namoro. Eles tinham se beijado algumas vezes antes, mas o dono da cafeteria não estava feliz apenas com aquilo. JinWoo se surpreendeu com o pedido, mas aceitou prontamente, dizendo que acreditava que Mingjun estava agindo estranho apenas porque não o queria mais em sua casa.

JinWoo era um pouco devagar às vezes.

O ano seguinte foi a primeira foto na casa nova. Finalmente eles puderam ir para longe da antiga casa do dançarino e, por consequência, para longe dos olhares que os pais dele dirigiam aos dois.

A única pessoa que JinWoo mantinha contato era com seu irmão mais velho.

- Estava pensando que os meus melhores momentos com você foram em Natais. – a resposta veio tardia, mas ganhou um sorriso e um beijo em seu rosto pelo que Mingjun dizia ser “coisas fofas que você diz, que fazem meu coração ficar quentinho”. – E que esse ano não pode ser diferente, então eu preparei uma surpresa.

Mingjun o olhou, confuso, mas ainda com o mesmo sorriso. Ele era muito mais dado àquele tipo de coisa do que o namorado, afinal JinWoo não sabia esconder nada dele, o que parecia bem diferente daquela vez.

Ele observou o outro se distanciar com um sorriso nervoso nos lábios, que mordiscava vez ou outra. JinJin, como o chamava carinhosamente, pegou entre os presentes da árvore de Natal um único envelope. Ele era cumprido e parecia cheio de alguma coisa, já que aparentemente fora difícil fechá-lo sem rasgar.

- Feliz Natal. – JinWoo esperou que a atenção de Mingjun estivesse totalmente no envelope e se ajoelhou em sua frente. Foi com total surpresa que Mingjun encontrou ali duas passagens para a Inglaterra.

– O que... – apenas então ele percebeu o namorado ajoelhado em sua frente.

- Quando você me salvou de morrer congelado, três anos atrás, eu achei que poderíamos ser grande amigos e que você seria algo como um milagre de Natal pra mim. Hoje eu sei que o destino só deu um empurrãozinho pra gente se conhecer direito logo e eu poder perceber que você é o amor da minha vida. Então eu fiz a loucura de comprar as passagens e esses anéis, e queria saber se, na nossa viagem, você quer se casar comigo? – ele abriu a mão e mostrou uma caixinha de veludo simples, que Mingjun não teve paciência de esperar que ele abrisse, e pegou para abrir ele mesmo.

Sua resposta foi se jogar sobre o, agora, noivo, e beijá-lo com todo sentimento que conseguira.

Quem diria que abrigar um vizinho com problemas familiares pudesse dar tão certo no fim das contas...

Era o que ele também podia chamar de Milagre de Natal, afinal de contas.

Fim


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Notas Finais:

Gostaram? Não? Me deixem saber ^^


É uma fic fofinha, só pra aquecer o coração *-*

Espero que tenham gostado!


Bjs *-*



7 de Diciembre de 2020 a las 01:36 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

Conoce al autor

Rak Black Potterhead. Kpopper. Apaixonada por cpop e rap chinês. Aprendendo Mandarim. Sonhando em sumir no mundo. Ouvir música, ler e escrever são as coisas que me movem.

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