lala_barbosa Laryssa Barbosa

Mundos Opostos é uma fantasia paranormal que proporcionará a seus leitores um passeio por duas realidades distintas, que agora precisarão se unir contra o retorno de um mal imensurável. A história é narrada por Molly, que ao se mudar para a cidade em que seus pais haviam se conhecido, descobre sua verdadeira origem. O destino a levou até Leonardo, um lobo não muito querido por sua própria alcateia. Eles se descobrirão essenciais para a sobrevivência de suas espécies.


Paranormal Hombres lobo No para niños menores de 13.

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1.

Eram aproximadamente onze da noite de uma quinta-feira muito fria em Portland. Eu já imaginava, afinal eu havia pesquisado bastante sobre a cidade, mas não fazia ideia que era naquele nível. A cidade era bem limpa e agradável, aparentemente cheia de opções para se divertir a todo momento. O contraste gerado pelas cores do céu gélido e as luzes da cidade me trazia uma paz indescritível, aquele cenário todo era lindo. Pude desfrutar de alguns minutos de uma imensa tranquilidade naquele lugar.

Pelo jeito o amigo do meu pai morava em uma parte mais afastada da cidade. Já tínhamos quase cruzado a cidade e ainda faltavam uns nove quilômetros no GPS. A chuva leve começou a cair, dificultando um pouco a visão da estrada, mas nada que nos impedisse de continuar. Meu pai se mantinha concentrado durante todo o percurso, trocando algumas poucas palavras comigo. Desde a morte da mamãe, o comportamento dele mudou muito e o jeito que ele encontrou de lidar com isso foi reprimindo suas emoções. Mas eu não o julgo afinal, como poderia?

Após alguns minutos, nós entramos em um bairro afastado. Não tão isolado do resto da cidade porém longe o suficiente de toda a agitação urbana. A chuva havia cessado, permitindo visualizar claramente a cena. A direita, era possível ver as casas, relativamente afastadas umas das outras e enormes. Do outro lado, se percebia uma extensa floresta, que sem dúvida me chamava a atenção. Não sei se me atraía pela beleza de sua vegetação conífera, ou se era a percepção sombria que me era proporcionada. talvez uma junção dos dois.

- Chegamos.

Meu pai exclamou, parando o carro em frente a um gramado. Era enorme e tinha um toque um tanto rústico, apesar da modernidade claramente apresentada. Meu pai discou alguns números em seu celular e avisou que já havia chegado. Logo uma luz se ascendeu na casa e uma senhora abriu a porta da frente. Um homem de cabelos grisalhos surgiu de dentro da casa juntamente com um jovem ao seu lado. Meu pai desligou o carro e nós saímos.

- Rick, meu amigo. - papai exclamou. Eles se cumprimentaram com alguns tapinhas nas costas.

- Bill, que bom ver você! Faz quanto tempo, uns 12 anos desde a última visita? - riu.

- A vida é uma loucura. - riu. - Esta aqui é a Molly, se lembra dela?

- Claro, mas me lembro dela com um metro a menos e correndo pela casa. Como vai Molly? - Eu me aproximei e o cumprimentei tentando ser o mais simpática possível. Era incrível o que estavam fazendo por nós e eu estava muito grata por tudo aquilo. - Este é o meu filho, Leonardo.

Ele estava parado ao lado do pai com as mãos no bolso da calça e se aproximou para nos cumprimentar e, logo após o fazer, voltou à seu estado que quietude. Ele não parecia ser antipático, muito pelo contrário. Seu semblante era de uma suavidade incrível. Talvez fosse só um pouco tímido como eu, ou apenas reservado.

- Bem, vamos entrando antes que a chuva volte. - Ele nos guiou até a porta. - Leonardo, leve o carro para a garagem por favor. Louise vai pegar as malas de vocês e levar para seus quartos.

Uma mulher não muito velha nos cumprimentou na entrada e nos levou à sala da casa na companhia de Rick. A casa era simplesmente uma mansão. Pelo que eu sabia, Rick era um corretor de imóveis muito bem sucedido e fazia vendas por todo o estado. A mulher dele havia morrido a alguns anos, mas ela era cirurgiã se não me engano. Eu estava diante um castelo do mundo real, e me vi distraída encarando aquilo tudo, quando alguém me despertou do transe.

- Gosta do que vê? - Era Leonardo parado ao meu lado encarando o mesmo lustre que eu.

- É tudo muito lindo, acho que nunca estive num lugar como esse. - tentei sorrir. - Você tem sorte, deve adorar morar aqui. - Ele riu num tom quase sarcástico.

- Bom, morar aqui tem suas vantagens mas é pura vaidade do meu pai. - Ele parecia não gostar nem um pouco do que via. - Talvez agora esse lugar não pareça mais tão vazio com vocês aqui. - lançou um sorriso cálido em minha direção. Eu apenas retribuí com um sorriso enquanto ele se afastava por um corredor, e voltei a admirar o local.

Por alguns longos instantes, eu fiquei junto ao meu pai e Rick na sala de estar conversando e comendo alguns petiscos que Louise havia levado. Eles me contaram algumas histórias da época em que nossas famílias passavam as férias de verão juntas em Montana, as quais eu realmente não me lembrava. Conversamos sobre minha mãe, sobre meus planos para a nova cidade, sobre o novo emprego do meu pai e diversos outros assuntos.

- A conversa está ótima Bill, mas creio que devem estar exaustos. As malas de vocês provavelmente já estão em seus respectivos quartos.

Nós morávamos em Spokane, em Washington. Após a morte de minha mãe tudo ficou muito diferente. Meu pai se afastou da escola onde dava aulas por um tempo e eu acabei não indo pra faculdade, porque tudo aconteceu bem na época das provas finais e eu não tive nem cabeça para comparecer. Depois de alguns meses, meu pai recebeu uma proposta de trabalho da Universidade de Portland para começar imediatamente. Segundo ele, era uma oportunidade muito boa, então me propôs que nos mudássemos para cá. Pela urgência da situação, Rick aceitou nos ter como hóspedes até que ajeitássemos nossa vida na cidade.

O plano era comprar uma casa mais próxima da Universidade e depois vender a nossa em Spokane, para não precisar trazer toda a nossa mobília antes de realmente ter um lugar para deixá-la. Meus pais tinham um dinheiro guardado, para quando eu fosse para a faculdade, mas eu insisti para que ele usasse. Não era muito mas iria ajudar com as despesas da mudança e nos manteve enquanto meu pai não estava trabalhando.

Eu ainda estava perdida em mim mesma. Não fazia ideia do que fazer com a minha vida e não tinha esperanças de descobrir tão cedo. Inicialmente eu iria estudar na Universidade de Washington, mas mesmo tendo tudo planejado, eu continuava perdida. Nunca tive paixão por nenhuma área, nunca quis de verdade fazer alguma coisa, então era complicado pensar no futuro. Era sempre uma grande sombra.

- Bill, você vem comigo que o seu quarto é lá em cima. E o seu é aquele no final do corredor, Molly. - ele apontou e me despedi dos dois.

Ao final do corredor, haviam duas portas, uma de frente para a outra e eu não me lembrava de Rick ter me falado qual delas era o quarto correto. Arrisquei a porta da esquerda, e abri. De início achei ter acertado, mas ao andar pelo quarto não achei minhas malas. Logo vi Leonardo parado na sacada me olhando.

- Me desculpa, errei o quarto. - falei envergonhada. Ele riu, vestindo uma camiseta. Aquele quarto estava insuportavelmente frio, era impossível que ele estivesse com calor a ponto de estar sem camisa na varanda, mas ele estava.

- O seu é o da frente e, provavelmente não está tão frio quanto aqui, não se preocupe. - ele soltou aquela frase com tamanha naturalidade, como se eu tivesse pensado em voz alta, mas não. Talvez minha reação em apertar meus braços cruzados contra o peito tenha me dedurado. - Se precisar de alguma coisa pode me chamar, a porta fica aberta. - agradeci e fui em direção a porta, mas antes que eu saísse, ele murmurou. - Você não fala muito, né?

- Na verdade não. - ri

- Deveria. - ele se aproximou. - Sua voz é um doce. - aquele sorriso sedutor e misterioso me fez estremecer, senti minhas bochechas corarem pela timidez e eu apenas lancei um sorriso leve em sua direção.

- Boa noite Leonardo. - me despedi com os olhos fixos nos dele, eram tão convidativos, cativantes, mas ao mesmo tempo sugeriam algo desconhecido e enigmático.

- Por favor, me chame de Leo. - ele disse parado no batente da porta, me observando entrar em meu quarto.

- Anotado. - fechei levemente a porta e me deitei na cama sem nem trocar de roupa, tamanho era o cansaço.

Aos poucos meus olhos já fechados pesaram, e eu adormeci.

15 de Octubre de 2020 a las 18:09 0 Reporte Insertar Seguir historia
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