Etérnia ainda estava tremendo com o poder do Coração se espalhando pela terra, a magia começava a se infiltrar pelo solo. Enquanto tudo floria do lado de fora, as vinhas se arrastavam pelas estruturas do interior do planeta, cobrindo de um verde natural o que antes havia sido tomado pela tecnologia de Horde Prime.
Logo a sala onde o monstro dos primeiros havia estado foi tomado pelas ramas e se florindo aos poucos, cobrindo tudo o que restava ali, até a máscara partida de Sombria. Foi quando uma massa negra começou a percorrer as duas metades, cobrindo o vermelho de negro, até chegar as pontas e ganhar a liberdade, caindo sobre a grama verde até se consolidar em uma sombra firme e consistente.
O ser olhou ao redor, os olhos brilhando em meio a escuridão de sua forma como duas velas e então riu alto. A Horda havia sido destruída então? Da última vez que tivera um corpo seu a Horda ainda estava em expansão e ela tinha certeza de que logo dominariam Etérnia.
— Oh Luminosa! — ela pegou as duas metades da máscara e as juntou para poder encarar o rosto dela novamente — Parece que você escondeu muitas coisas de mim nos últimos anos, não é mesmo? — segurando no meio para que não se desmontasse novamente e então correu um dedo por sobre ela — Parece que você até mesmo mudou sua aparência não é mesmo?
Ela sabia que não iria receber nenhuma resposta da mulher, então largou o objeto no chão novamente e começou a andar para reconhecer o ambiente. Era um corredor longo com várias entradas que seguiam até sumir da vista, mas não havia qualquer sinal de luz ou escapatória.
Olhou em volta tentando compreender aonde havia ficado presa. Se lembrava de pouquíssimas coisas sobre sua vida anterior. Se lembrava da família, sim! Lembrava-se bastante de tudo sobre quando virou as costas para sua família e foi entregue para o reino da magia. Também se lembrava do seu julgamento e como havia acabado presa no corpo de Luminosa.
Mas o último lugar que estivera… Não havia sido Lua Clara, nunca deixariam, apenas para garantir que nada saísse do controle. Tinham medo dela, todos eles. Também não havia sido no centro do tribunal, não. Ela se lembrava de ter sido vendada para chegar onde sua sentença ocorreria, mas não se lembrava do lugar exato.
Voltou para o centro do cômodo e voltou a tomar a máscara de sua antiga prisão. Tentara se libertar e assumir o corpo tantas vezes, mas nunca tivera sucesso, até que um dia sentiu que não tinha mais forças nem para tentar. Ela conseguia sentir como se sua magia fosse puxada dela, mas não conseguia acreditar que a virtuosa Luminosa poderia fazer aquilo.
— Parece que tenho muitas coisas para descobrir, não? — Então encaixou a máscara sobre o rosto — Acho que vou usar esse seu novo estilo — ela respondeu para si mesma deixando toda aquela sala estranha para um lugar mais a fundo — É claro, se você não se importar, velha amiga.
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