— O que quer dizer como “retornar”?
Lux salvara o resto dos magos que haviam ficado para trás, guiando-os para onde Sylas estava. Não fora difícil de encontrá-lo, ele não estava exatamente se escondendo. Era como se estivesse desafiando Demacia a ir atrás dele.
Sylas havia ficado surpreso com a presença dela, não acreditou que fosse vê-la novamente num contexto amigável. A havia abraçado com força a ponto de levantá-la do chão, mas ela tratou de sair rápido de seus braços.
— Para casa. — A maga disse, desamarrotando a roupa.
— Casa? — A risada de escárnio veio pesada.
Lux afundou as sobrancelhas.
— Eu apenas trouxe aqueles que ficaram para trás. Não irei me juntar a você.
Virou as costas. Ela tentou. Sério, ela tentou muito. Mas Sylas havia decidido seguir seu próprio caminho, então seria seu próprio. Estava cansada de tentar mudá-lo.
Ele tomou seu pulso.
— Você está falando sério? Luzin-
— Não me chame assim! — Puxou o braço da mão dele. — Nunca mais me chame assim!
Sylas levou alguns segundos para absorver a agressão verbal.
— Lux… — O riso sumiu. — Eles mataram nosso povo, nossos iguais. Por nenhuma outra razão além de ser quem somos.
Estava de saco cheio das palavras de Sylas.
— E você matou meu rei! — Se virou para encará-lo.
— Seu rei? — Questionou, a boca em ágape. Talvez não a conhecesse tão bem quanto pensava.
Lux cruzou os braços.
— Faça o que quiser fazer Sylas, mas eu não vou ficar parada enquanto meu país está em crise. — Chegou bem perto do rosto dele. — E eu não vou deixar você destruir meu país, minha família! — Não faria nada contra ele agora, não era burra. Sabia que sozinha não conseguiria nada.
— Eles a destruiriam sem pensar duas vezes. — Sua voz estava baixa, profunda.
Lux arrepiou e se repreendeu mentalmente. Sylas ergueu uma mão para tocar o rosto dela, mas foi afastado com força.
— Mesmo assim… — Mordeu a boca. Sabia que sua vontade era infantil e provavelmente nunca conseguiria realizá-la. — Posso mostrar a eles que nem todo mago é mau. Você… Você está apenas dando motivos a eles para caçarem vocês!
— Nós. — Corrigiu com ferocidade.
— Não, vocês! — Lux bateu o pé.
Sylas a olhou por alguns segundos em silêncio. Sempre se esquecia que Lux cresceu privilegiada e protegida. Torceu a boca antes de falar:
— Certo…
Sylas passou uma mão no rosto e respirou fundo.
— Vou te perguntar apenas uma vez. Você sabe quantas crianças foram mortas? Crianças que não chegaram a ter sequer a oportunidade de se descobrirem como magos, apenas detectaram magia nelas muito cedo.
Lux arregalou os olhos, visivelmente enojada com a notícia. Sylas riu novamente.
— Claro que você não sabia. — Foi a vez dele de dar as costas.
— O que você quer dizer com isso? — Lux prendeu a respiração e mordeu a língua, segurando as lágrimas que não iria deixar cair.
— Você sabe exatamente o que quis dizer. — Disse por cima do ombro. — Vá para casa, Luzinha. Seu lugar realmente não é conosco.
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