NO CENTRO DA CIDADE, o prédio da Pediatria do Hospital Konoha erguia-se em uma construção moderna e de beleza exuberante. Sendo o último edifício daquela quadra a ser construído, não foi difícil para o saltitante Uzumaki encontrá-lo no início de uma manhã em que o céu era pincelado por tons pastéis.
Ele alisou a camisa social e tentou pentear os cabelos dourados com as pontas dos dedos, buscando passar a imagem mais responsável que um residente inseguro em seu primeiro-dia conseguia reproduzir. Discretamente cheirou-se, torcendo para que o perfume escolhido por sua mãe não causasse nenhum constrangimento e inspirou profundamente, abandonando as portas da estação de metrô e caminhando na direção da construção, procurando conter toda a euforia e expectativa que seu interior esbanjava.
Já dentro do hospital topou com uma mulher de fios rosados. A peculiaridade de suas mechas coloridas logo chamou sua atenção e ele se aproximou ao reconhecer em suas mãos a identificação de residente:
— Seu cabelo é demais! — Elogiou e a desconhecida sorriu, murmurando um agradecimento e permitindo sua aproximação — Já tentei deixar colorido no início da faculdade, mas...
— Um livro de anatomia te deixou sem tempo para cuidar?
Os dois gargalharam ao compartilharem do pequeno drama universitário.
— É tipo isso, mas como não sou muito atencioso, acabou numa confusão de cores. A medicina é a única coisa que presto mesmo. — Respondeu com um suspiro frustrado e se identificando na recepção. A desconhecida-conhecida o seguiu — Sou Uzumaki Naruto, a propósito.
— Haruno Sakura. — Ela se apresentou achando graça do novo colega — Olha, se ficarmos no mesmo grupo, posso te ajudar!
— Sério? Mesmo se te pedir para deixar essa juba com as cores do arco-íris?
— Se os plantões não nos matarem, sim.
A resposta do loiro estava na ponta da língua, pronta para abandonar sua garganta, quando eles dobraram um corredor e um rapaz alto surgiu em sua frente. O Uzumaki colidiu contra o corpo firme como aço e acabou estatelado no chão, perguntando-se o que diabos havia acontecido e prestes a surtar, quando a mão estendida da Haruno surgiu em seu campo de visão.
— Você deveria tomar mais cuidado, dobe. — Uma voz ríspida e firme como o corpo veio da pessoa responsável por sua queda. Ele tinha cabelos tão escuros quanto a noite e carregava em seus olhos um sentimento beirado a indiferença que franziu as sobrancelhas do residente.
— O mesmo vale para você, teme. — Rebateu, aceitando a ajuda da mulher.
Os olhos azulados encontraram as esferas negras e o desconhecido bufou.
— Está falando comigo?
— Há mais algum palhaço por aqui?
Naruto não era dado a brigas, mas algo no sorriso cínico que surgiu na face pálida o deixou possesso, com vontade de pular naquele desgraçado e pincelando seu rosto com as cores roxas dos hematomas de bons socos.
— Irei me lembrar de seu rosto. — Grunhiu afastando-se da dupla.
Elenem havia entrado em umelevador, quando a voz assombrada de Sakura anunciou:
— Você está louco? Sabe quem é ele? — Naruto negou — Uchiha Sasuke! Da poderosa família de médicos!
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