Vida de escritora Seguir blog

ironi-jaeger1558039313 Ironi Jaeger Ser escritor é uma profissão prazerosa, quando a realdade a nossa volta se torna monótoma ou difícil de suportar temos a fuga da realidade através da fantasia. Com o auxílio do papel e da caneta ou de outro aplicativo de escrita criamos nosso próprio reino, e nele construímos um castelo e vivemos no luxo e na riqueza sem nos preocuparmos de onde vem nossa comida ou as roupas que vestimos, já que de posse dos sonhos os criamos ao nosso bel prazer. Podemos colocar fossos em volta do castelo e encher de crocodilos e testar a lealdade dos nossos súditos caminhando em cima de uma fina ponte de madeira onde os ferozes crocodilos só esperam o deslize dos pés de um visitante para ter o seu jantar. Podemos esnobar o príncipe herdeiro de outro reino quase tão rico quanto o nosso, apenas porque a roupa dele não combina com a nossa ou com os olhos dele. E por isso oferecer a ele um copo de vinho com veneno e vê-lo morrer aos nossos pés, mas, se no decorrer da história surgir o arrependimento pelo assassinato simplesmente voltamos ao momento final e trocamos (o morreu, pelo não morreu) e seremos perdoados pelo reino vizinho porque o poder de persuasão é nosso. Criando nosso mundo somos livres nascemos e morremos em tantas histórias que nos confundimos se realmente estamos vivos ou mortos. Na nossa imaginação somos invencíveis, lutamos batalhas épicas, usando uma armadura que nos torna fortes e poderosos, mesmo que na realidade sentimos tantas dores que quase não conseguimos levantar o braço. 0 reseñas
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ANÁLISE DE UM PERSONAGEM James “Sawyer” Ford

ANÁLISE DE UM PERSONAGEM

James “Sawyer” Ford


Na primeira vez que assisti, o seriado Lost, assisti com olhares de uma amadora sem entender muito de como era criado um personagem, que eles possuíam personalidade própria influenciavam os demais personagens e por eles eram influenciados.

A série Lost, tem um conjunto de personagens de dar inveja a qualquer escritor por mais profissional que este seja.


Quando o avião cai na ilha revelam-se personalidades, cada um está ali, para ter uma segunda chance na vida, para recomeçar, mas para isso tem que merecer viver.

Enquanto a trama se desenvolve, surgem grupos, mocinhos e vilões. 


Tudo está confuso, precisam de um líder, mas o líder precisa apoio de uma pessoa fria e quase sem escrúpulos e eis que surge Sawyer.

Parecendo ser um vilão capaz de colocar todo o grupo em perigo, ele esconde para si todos os medicamentos, revistas, livros e as revistas pornográficas. 

Mais tarde ele num golpe de mestre engana John e fica com todas as armas, ele agora tem o poder nas mãos.


Na cena em que é torturado por Sayd, ele diz que apenas para Kate ele dirá a verdade, porque sabe que ela confiará nele, e vice-versa. 


Fiquei curiosa com o comportamento dele na cena em que jogando cartas ele vence todos seus oponentes, mas quando Jack entra no jogo misteriosamente ele perde todas as rodadas.


Neste momento parei para analisar e observar com atenção o comportamento do menino mau, as cenas que fizeram ter certeza que ele não era um personagem malvado, foram aquelas em que ele lê para o pequeno Aaron e este se aquieta com a voz dele.

 E mais tarde ele diz a Jack, “Tu é meu amigo e eu sei que posso confiar em ti, aliás tu é o único amigo que eu tenho aqui.” 


Curiosa com o comportamento do candidato a bad-boy pedi licença e fui para a ilha, sentei do lado dele na sombra e conversei com ele.

Notem que na ilha ele é o único que está sempre lendo? 


Pedi emprestado os lindos olhos dele e analisei os personagens da ilha…Temos a lista a seguir.

Matthew fox(Jack)

Evangeline Lily(Kate)

Jorge Garcia(Hugo ou Hurley)

Além destes que formam o time principal temos. O casal de coreanos Jime Sun, os irmãos Boone, Michael e seu filho, Charlie, Claire, e o misterioso John, os outros personagens são secundários, personagens que entram para engordar a trama e morrer  por um motivo qualquer.


Olhando pela perspectiva dele, pedi emprestado a carapuça de mau caráter dele e analisei o conjunto de pessoas presas na ilha. Quando terminar minha narrativa vocês verão que faz sentido.


Temos portanto um avião caído e um conjunto de sobreviventes, Jack o médico, um líder nato, capaz de pensar e agir sob pressão, mas incapaz de tirar uma vida principalmente a sangue frio, precisa de um bisturi e não de uma arma.


Kate, emotiva e acostumada a fugir dos seus problemas ou os exterminar matando seu oponente, cabeça quente, não muito aconselhável a lidar com armas.


Hugo, uma pessoa perturbada e com uma esquizofrenia evidente..Está mais para se aventurar em ocasiões perigosas do que proteger o grupo. 


O casal de coreanos Sun e Jim, são um caso à parte, vivem em um mundo alheio. Ela tem uma alma boa, mas controlada pelo marido, os dois são poucos comunicativos e inúteis em termos de proteger o grupo.


Os irmãos Boone, inúteis desde o começo colocados ali apenas para serem mortos cada qual na sua vez.

Michael e seu filho, Michael é um mau caráter por excelência, sem escrúpulos e um vilão disposto a defender apenas a ele, sem se importar com as consequências para o grupo, tanto que mata duas inocentes mulheres.


Charlie, um ex drogado, vivendo entre as lembranças da fama e a certeza da derrota, ele cria sua própria obsessão pela linda Claire e pelo bebê. Perdido em seu mundo de paranoias é o companheiro ideal para as aventuras do perturbado Hugo.


Claire, esta vivendo em mundo só dela, creio que nem mesmo comeria se não lhe trouxessem alimentos, ela melhora muito depois que seu filho nasce, o que lhe dá muita responsabilidade.


E o misterioso John, este homem com jeito de ser um dos mocinhos é, na verdade, um cruel vilão, disposto a tudo apenas para provar que as suas teorias são as corretas. É ótimo e mau influenciador, um bom mentiroso.


Diante deste cenário, ele o pseudo-bandido, pega para si a tarefa de proteger não só os medicamentos, mas as armas. Sendo ele um golpista aprendeu a conhecer o caráter das pessoas e o modo de como elas podem ser influenciadas. Conversando com cada uma delas, ele as separou em confiáveis e não confiáveis. 

Os medicamentos precisavam ser protegidos, eram essenciais, as armas nas mãos erradas provocavam tragédias, os livros ele oferecia para quem quisesse ler, mas todos estavam ocupados demais para isso.


Apesar de parecer alheio a tudo, ele sabe que algumas coisas precisam ser evitadas para o bom andamento do grupo e todas as atitudes dele são justificáveis.

Poderia ainda descrever muitas atitudes dele, mas já estou me alongando muito.


Tudo que descrevi acima é justificável na cena onde ele perde os jogos, ou seja, ele permite que desfrutem das coisas que ele tem, desde que lutem por elas, e funciona muito bem. Tanto que Jack não se opõe às atitudes dele em uma cena ele diz.

– As armas eu as terei, quando precisar delas venho buscar. Ou seja, uma clara indicação de que concordava que Sowyer segurasse as armas.

Assim se constrói um personagem inteligente, astuto e útil em todas as situações.

Como já disse, um personagem digno de causar inveja para qualquer escritor.

Ironi Jaeger

16 de Febrero de 2022 a las 13:03 0 Reporte Insertar 0
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Amigos e Café, Nas Entrelinhas…

Amigos e café, nas entrelinhas…


Assistindo filmes mais antigos observo os homens e suas maneiras de conquistar uma mulher, com respeito e elogios maldosamente ditas.


Assim, se uma mulher soubesse ler nas entrelinhas ocorria duas coisas. Ou ela se ofendia e encerrava a conversa, e nesse caso o mocinho estava fora de combate, a não ser que aquele fosse o momento errado a mocinha estava em companhia que ela precisava se preservar.


Noutra situação, a mocinha mais esperta, sabendo que nas entrelinhas cabiam mais do que um sorvete, um doce na padaria ou um passeio pelo jardim, campo ou a cavalo.


Os mocinhos precisavam saber colocar as palavras e torcer para que as entrelinhas fossem preenchidas pela mocinha…


Não quero dizer com isso que não rolava amassos, beijos ardentes, mãos atrevidas e outras coisas que eu agora deixo nas entrelinhas.


Hoje em dia se um homem, não mais chamado de mocinho, mas de conquistador, convidar uma mulher para tomar um café.


O vamos dar um passeio, evoluiu para vamos tomar um café, não será uma xícara de café em um lugar público, ou na companhia de sua querida mamãe. Será apenas uma metáfora para dizer vamos, transar, qual motel vamos?


E qual a diferença entre os homens das antigas e de agora?
Eles precisavam formar famílias que eram a base da sua existência, precisavam ter uma mulher ao lado, para não serem fracassados.


E o dar uma volta era tranquilamente em lugares públicos, até porque queriam ser vistos com a mocinha, para que ela se sentisse segura e nele confiasse.


Hoje em dia os homens convidam uma dama para sair, e tudo que não fazem e ir em um local público, pelo motivo de que pode lá ter um conhecido… deixo novamente nas entrelinhas.


Bem, sei que os tempos são outros e o mundo evoluiu ou regrediu, e agora falemos de tomar café com amigos…


Não como amigo no café, eu disse a alguém…

10/09/2017 Ironi Jaeger

10 de Septiembre de 2019 a las 10:28 0 Reporte Insertar 0
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O Azar do Gato Preto

Histórias que o povo conta

Episódio 1


Marceli, era uma moça pouco atraente, não por não ser bonita, mas pela forma de se apresentar com suas roupas fora de moda cabelos presos em penteados que a deixavam com aparência envelhecida.

Mesmo assim seu amigo Jonas nutria por ela uma simpatia especial e sempre que tinha oportunidade a convidava para almoçar, ela educadamente recusava seus convites.

Marceli era diferente das outras mulheres da empresa sempre que tinha um minuto de folga estava com um livro nas mãos.

Alguns debochavam dela diziam que ela deveria deixar de lado os livros e viver uma história amorosa de verdade.

-O príncipe encantado não existe lhe diziam. Existe todo tipo de animal, menos esse.

– É melhor ser comido pelo lobo mau do que pelos vermes da terra disse outro colega.

Marceli sonhava com seu príncipe que era igualzinho aos mocinhos dos livros que ela lia. Esta história em particular falava de um gato preto que enfeitiçado por um ciumento bruxo vagava pelo mundo seduzindo mulheres carentes. Ficava com elas por algumas noites e quando notava que estavam apaixonadas sumia.


Certa noite adormeceu com o livro na mão, acordando mais tarde notou que um gato preto havia entrado pela janela e dormia com ela na cama. Encantou-se pelo animal e acariciando seus pelos macios comentou.


-Como você é lindo amiguinho e pelo jeito não tem dono visto que não usa coleira.

Precisamos providenciar uma, já que não tens coleira não tens dono, então a partir de hoje ficarás na minha casa. Levantou-se e alimentou o gato oferecendo a ele uma tigela de leite.


Pela manhã ao entrar na cozinha teve uma surpresa, ali sentado junto a mesa estava um belo rapaz. Ela levou um tremendo susto gritando:


-Vou chamar a polícia. E correu até o telefone. O moço gentilmente a pegou pelo braço dizendo:

-E vai dizer o quê para a polícia; que tem em casa um gato preto que vira homem?

Ela pensou um pouco e largou o telefone.


-Eu me chamo Giorgio e sou um príncipe enfeitiçado de dia sou um inocente gato e a noite transformo-me em um ardoroso amante. Fui enfeitiçado por um marido ciumento que me pegou com a mulher certa porém na hora errada e desde então vagueio pelo mundo a procura de mulheres sozinhas e carentes.


A primeira noite juntos foi de amor no jantar, na sobremesa, no banho, na cama.

Ela estava decidida que aquele gato era seu e providenciou uma coleira, mas quando a mostrou Giorgio ficou furioso..


-Está para nascer uma mulher que me coloque uma coleira. Não sou de nenhuma de vocês, sou de todas. E tu senhorita Marceli deve gastar teu dinheiro contigo. Comprar roupas que te deixem linda. Comprar sedas, cetins e rendas para me agradar na cama.


Como ela não estava disposta a perdê-lo aceitou o conselho.

Todas as noites antes de fazer amor ele a mandava comprar um café em um ponto que ficava distante de casa, ele exigia o café da tal cafeteira e ela tentando agradar saia e comprava o café.


Nesta noite ela chegou em casa e sentiu no ar um perfume enjoado, floral, adocicado, bastou fungar umas vezes e reconheceu o odor.


Ao cumprimentar seu amado com um beijo ouviu dele a recomendação de que precisava do café.

-Porquê todas as noites me mandas comprar café? Posso muito bem preparar uma xícara pra ti.

-Lembre-se de que isso é um sonho e se não fazes o que quero sumo na noite.


Intrigada com o perfume que o ar revelava ela saiu pela porta e espiou pela janela do quarto e lá estava seu amado com sua colega de trabalho.


Dona de um rápido raciocínio ela pensou que se aquele momento era de verdade um sonho então…

Foi comprar o café, voltou e ofereceu para seu amado.


-Está gostoso ele disse feliz. Quente e amargo como gosto. E a propósito. Gostei dos dias que ficamos juntos, porém estou indo embora amanhã de manhã. Está será nossa última noite juntos. Aproveite.


Ela sentada junto ao telefone parecia não se importar com a presença dele ao ligar para seu colega de trabalho que sempre a convidava para sair e marcou um encontro para o outro dia.


-Vocês mulheres são todas iguais. Pensa que fazendo jogos irá me convencer a ficar. Irei embora tão logo o dia amanheça. Não gostei da tua atitude de comprar a coleira e sinceramente está para nascer uma mulher que coloque coleira em mim. Sou um ser livre, pertenço a todas as mulheres e não a apenas uma


Ela permaneceu ali sentada enquanto ele continuava sua humilhação:

-O que tu pensou sua imbecil sua ingênua.

-Sim. Ela respondeu sorrindo. Eu era uma ingênua. Não sou mais. Acordei do sonho.


Estas foram as últimas palavras que Giorgio ouviu antes de cair duro sobre o chão frio da cozinha

-Olá senhorita. Que lindo gato. Como se chama?

-Giorgio.

– E no que precisa de ajuda?


Giorgio acordou dentro de sua gaiola para ouvir estas palavras:

– Ele é um garanhão, precisa ser castrado. E por favor não tira a coleira do pescoço dele.

Moral da história. Não traia uma mulher ingênua e vingativa, nem mesmo em sonhos.

19/04/2019- Ironi Jaeger

31 de Agosto de 2019 a las 16:07 0 Reporte Insertar 0
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A CHEGADA DOS PERSONAGENS

Manhã fria. A chuva tocada pelo vento chicoteava o lombo de quem se atrevesse a sair para a rua.

Aqui no Sul do Brasil, temos o Vento Minuano, (e não é a marca de produtos de limpeza). Era um desses dias em que o vento gemia ou assoviava, (depende de quem escuta) pelas esquinas.


Deitada na minha cama quentinha pensava em um bom motivo para levantar, já que o celular estava comigo na cama e a tomada fica ao meu alcance. Então levantar cedo numa manha fria de domingo? Para quê? Realmente não via necessidade disso.


Ouço uma buzina de carro, quase abafada pelo ruido do vento. Penso comigo; não pode ser pra mim, não estou esperando ninguém ainda mais numa manha fria de domingo.


Segundos se passam e a buzina insiste com mais intensidade. Pode ser para o vizinho, penso, porém o barulho da buzina persiste agora mais longo, mais alto e irritante.


A contragosto jogo as cobertas para o lado, visto o roupão e vou espiar pela janela da porta. Em frente ao portão está parada uma Van, e o motorista insiste na buzina, já devidamente irritado.


Abro a porta e recebo uma baforada de vento com chuva miúda, contrafeita caminho até o portão.

O motorista abre o vidro e pergunta:

– É aqui que mora a escritora?

-Sim. Respondo surpresa.

– Então, estes personagens te pertencem.

– Como assim! Não pedi nenhum.

– Não sei de nada senhora. Eles me contrataram para trazê-los até aqui. Pagaram só a passagem de vinda.


Os personagens saem um a um, estranhos, caricatos, alguns baixos, outros nem tanto. Alguns taciturnos, com suas roupas esticadas e as damas com seus chapéus coloridos.


Havia um lote de personagens diversos, simpatizei com alguns e outros já coloquei na linha do abate.(para matar na história).

– O que vou fazer com todos eles?


– O problema é seu senhora, tu os pediu segundo a planilha (da terra dos personagens) inventada por mim é claro.

– Deves cuidar deles, alimentar, vestir, abrigar e prestar contas deles em um relatório mensal.


– Mas minha casa é pequena. Mal cabe eu e minhas dúvidas…

– Compre uma maior, ou os abrigue em um hotel. Tens o poder da escrita na ponta dos dedos.


Eles me olham como se eu fosse a sua criadora, a maioria deles nem lembro de ter concebido.

– E aí senhora. O problema é seu. Só foi contratado para trazê-los.

Penso um pouco e já separo os que vou usar no meu próximo livro.

– Esperem um pouco. Digo e volto para dentro de casa. Pego papel e caneta para anotar o nome de todos.


– E o senhor? Olho para o motorista. Preciso de alguém para dirigir o carro do meu personagem na próxima história?

– Claro que fico… desde que me reserve momentos bons.

– Que tal um romance com aquela mocinha de vestido amarelo e chapéu na cabeça?

– Feito.


Por isso as vezes sinto tanta dor de cabeça, os personagens fazem tanto barulho que quase enlouqueço.


E confesso… depois de escrever este texto… confesso… tenho medo de ouvir uma buzina em frente de casa… Não tenho como abrigar mais personagens,

18/08/2019-Ironi Jaeger

18 de Agosto de 2019 a las 17:26 0 Reporte Insertar 0
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