Era a saudade que o deixava seguro do que sentia, porque queria apenas regressar e dizer que ele era incrível, exatamente da forma que era, sem mudar. Não teria como melhorar algo que ao seu ver já era perfeito.
Em comemoração à Crowley ter "miraculosamente" conseguido salvar seus preciosos livros, bebiam em meio à livraria de Aziraphale, porque vinho era o que tinham no momento, e a cumplicidade adquirida ao longo dos anos.
Era a aventura de suas vidas, o mar, o sal que vinha com o vento e lhes açoitava as peles. Era o luar que os banhava de modo igual, e os olhares que trocavam quando torpes demais naquilo que sentiam, fazendo-os naufragar em solo firme.
Entre revisões de matérias e assuntos triviais, olhares discretos tornavam-se mais intensos e interessantes, ainda mais quando os lábios moviam-se, sem nada precisar dizer, apenas fazer.