Kaguya estava observando o céu estrelado, quando sentiu um manto ser colocado sobre seus ombros. Por um breve momento, ela se lembrou de quando Tenji fazia exatamente a mesma coisa na “primeira vez” em que falou com ela, mesma ação que seus filhos estavam fazendo agora.
Mesmo que ela não se incomodasse com o vento frio da noite, seus filhos se incomodavam por ela. Na maioria das vezes, os dois chegavam a passar a noite observando a mãe assim como ela observava o céu noturno.
— A senhora sempre fica observando o céu, mamãe... — Hamura comentou, apoiando o rosto no ombro da mãe.
— Parece sempre esperar por alguém... — Hagoromo completou o comentário, fazendo o mesmo gesto que o irmão.
Aquele cuidado desnecessário foi aprendido por eles observarem os outros. Eles observavam o jeito atencioso com que as pessoas se tratavam e, por mais poderosa que a mãe fosse, ambos queriam proteger e cuidar dela.
A mulher apenas sorriu e continuou encarando as estrelas. Ambos não precisavam saber da verdade ainda, saber do fardo que ela carregava sozinha e de tudo o que já sacrificou para que pudessem ter aquela vida tranquila em meio aos humanos.
— Estou aproveitando a paz.
Apesar de os dois irmãos não entenderem aquela resposta, preferiram não incomodar Kaguya e apenas aproveitar o momento ao lado dela, afinal, os dois entendiam perfeitamente o amor que a mãe sentia por eles e aquilo já era explicação para qualquer coisa que pudessem ter dúvidas.
Anos mais tarde, ainda sem entender perfeitamente todas as razões que levou a mãe fazer o que fez, ambos os irmãos ainda sentiam o amor por ela. Amor que ultrapassava eras, ultrapassava distancias e até mesmo a morte.
Foi um grande erro de Kaguya não compreender os diferentes tipos de amor e o quão forte este sentimento pode ser.
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