John acorda, em uma manhã sombria , aonde ainda parece de madrugada, o jovem solitário levanta, se troca e parte para seu trabalho.
Sua motivação está em zero, não vê motivos para ir trabalhar, não quer se dar bem na sociedade, não quer nada, a não ser ver quem ele ama.
Seus pensamentos, tudo o que ele pensava era nela, seus grandes cabelos morenos, seu lindo sorriso, a forma dela de faze-lo se acalmar e sua forma de ver a vida e concordar com ela fazia ele se apaixonar cada vez mais.
Ele queria vê-la, apenas vê-la, nada mais o importava, mas ele sabia que precisava trabalhar, para assim sobreviver, não há outro modo.
John trabalhava no financeiro de uma universidade, e mesmo que trabalhasse muito, é como se ele vivesse no modo automático, ele só contava os segundos para partir e ver quem ele realmente ama.
Depois de um grande dia de trabalho, John estava cansado mas não iria perder a oportunidade de comprar aqueles chocolates que sua namorada tanto amava, ver suas bochechas rosadas comendo e sentindo o sabor daquele alimento que o davam mais força para acordar mais um dia e buscar conforto nos olhos dela, ele estava completamente apaixonado.
Depois de comprar aquele chocolate, ele passa rapidamente em sua casa, toma um banho, se apronta todo e logo parte para a casa de sua amada, ele ja estava completamente feliz, afoito para logo encontra-la.
Ele sai de sua casa de carro, e chega na casa da sua amada, mas percebe que há algo errado, a casa dela estava vazia, sem móveis, jogada ao tempo. Ele fica completamente sem entender.
Ele sai de seu carro, decide andar um pouco e ligar para os pais dela, porque ele pensava que com certeza eles saberiam aonde sua namorada estaria.
Enquanto ele caminha e tentava fazer várias ligações, mas todas inúteis, entrou num cimitério aonde seus pais tinham sido enterrados, e ele acaba chegando, meio que sem querer, no túmulo de seus pais, que ele mal conheceu. Ele para por alguns segundos, da um pequeno sorriso e diz :
- Aonde quer que estejam, descansem bem, e não se preocupem comigo, eu estou apenas vivendo.
Ele ja anda preocupado, não consegue ligar para ninguém e não consegue achar sua namorada, até que saindo do cimtério ele encontra um amigo, e logo o aborda.
- Hey Vinícius, como vai a vida ?
- Vou bem cara. - Respondeu Vinícius o comprimentando. - O fluxo da vida não para amigo, e sua vida ?
- Vai como sempre cara, mas eu preciso da sua ajuda, passei na casa da minha namorada, mas está vazia, e não consigo entrar em contato com ela nem com ninguém, você sabe se aconteceu alguma coisa ?(Vinícius era um amigo próximo de sua namorada e talvez ele tivesse alguma informação útil).
Logo Vinícius fechou os olhos , respirou por 4 segundos, seu rosto ficou entristecido, e disse a John :
- Você não se lembra, não é ?
- Lembrar do quê ? - John estava pensativo - Sobre o que eu deveria lembrar ?
- Venha e me siga. Disse Vinícius sem esperar muito.
John o seguiu para dentro do cimitério, passou perto do túmulo de seus pais e quando ele ia abordar John, ele parou em frente a um túmulo.
John olhou por cerca de 1 minuto, tentando digerir a informação que tinha recebido, quando ele simplesmente desaba em prantos, e disse.
- COMO ISSO ACONTECEU, QUE BRINCADEIRA É ESSA, VOCÊS SÓ PODEM ESTAR BRINCANDO COMIGO.
- Você sofre de uma doença, que lhe faz sempre lhe esquecer, porque ela ja morreu faz um mês, e você sempre acaba voltando aqui, e sofrendo como agora, você precisa visitar um médico imediatamente. (Ja era a 5ª vez que Vinícius lhe dizia isso.)
John concordou, mas ja sabia o que iria fazer, eles se despediram e foram embora.
No outro dia, John não foi trabalhar, não foi ao cimitério, não comprou chocolates, não foi ver seu amigo, não viveu mais, simplesmente se abandonou, e esperou um dia encontra-la, quem sabe um novo dia em uma nova vida, ou simplesmente morrer em paz e acabar com esse ciclo de derrota.
Que as memórias se fechem como páginas de livros, para que não nos perturbem a ponto de nos destruir.