juanpablo Juan Diskay

Cada vez mais difícil encontrar um namorado, Ana Luísa estava acostumada a manter distância dos homens, e também estava desanimada e desesperançosa para achar um parceiro de verdade que a fadigasse de tanto fazer amor. Já não queria mais masturbar, apesar de sentir uma forte vontade para isto. Também não queria sair pela noite tentando encontrar alguém. Sua vida estava maçante. A solidão a dominava. Como esta é uma obra de ficção, a similaridade com as personagens, nomes e locais é mera coincidência. Plágio é crime.


Erotica For over 18 only.

#solidaodestruida
Short tale
0
4.0k VIEWS
Completed
reading time
AA Share

SOLIDÃO DESTRUÍDA

Os movimentos nervosos indicavam o desconforto da aproximação de José Luiz, que insistentemente abordava uma funcionária do seu pai. Ana Luíza trabalhava no departamento administrativo de uma empresa de logística, transporte de equipamentos pesados e especiais. José Luiz era o filho mais novo do dono. Dez anos mais novo que Ana, insistia em querer sair com ela. Tinha ereções em somente imaginar com ela na cama. Não respeitava a grossa aliança no anular direito, indicando o compromisso e o futuro da moça.

— Quando é que você vai sair comigo!? Insinuava.

— Quando nascer dentes na galinha! Evitava Ana.

— O que é isso, Aninha? Acredito que você vai adorar!

— Pois comece a desacreditar! A possibilidade é inalcançável!

— Vamos lá! Só uma vez! Apenas uma única vez!

-— Respeite o meu espaço, respeite o meu compromisso com a empresa, respeite a minha liberdade de não querer, meu noivo, sua família! Ligue para estes sites de acompanhantes! Tem muita mulher melhor que eu!

— Duvido! Você parece que gosta muito e sabe fazer direitinho!

— Eu lhe disse! Me respeita, por favor! Me deixe trabalhar!

O rapaz afastou, andando de costas, buscando detalhes que alimente seu desejo incansável por aquela morena. Estava pronto para fazer uma besteira.

DE UM LADO:

— Nossa, Ana! Ele está mesmo afim de você, e o que está fazendo é assédio! Porque não fala para os diretores? Precisa acabar com isso! Disse Júlia, amiga de trabalho.

— Já disse! Já reclamei! E ele continua! Tem que entender que tenho que aceitar esta situação! Se eles contiverem que optar de acabar com esta situação, quem acha que irão descartar? Lógico que será eu! O menino é intocável. É filho do presidente da empresa! Eu saio! Ele fica!

— Talvez tenha razão! Mas como funcionária, deveria saber de seus direitos e os direitos da empresa!

— No momento, prefiro recuar um pouco! É um idiota e afobado! Só está com tesão! Já, já esquece de mim!

— Pode virar obsessão! Mas observando de um outro ângulo, até que é um rapaz bonitinho! Sei do seu compromisso e dar uma escapadinha não vai te fazer mal!

— Primeiro jamais faria isto com meu noivo! Depois sinto repulsa por José Luís! Acho-o repugnante! Não consigo sentir alguma atração! E também detesto pessoas que ficam mastigando goma com a boca aberta, como um porco, e explodindo bolinhas. É nojento! E se um dia eu querer, aí sim vai ficar obcecado!

— Nossa, amiga! Você aí certinha, toda acanhada, toda jeitosinha, escondendo uma mulher sedenta aí dentro!

Ana Luísa sorriu tímida, retornando os seus afazeres.

DO OUTRO LADO:

— Rapaz! Cuidado! Respeite as pessoas! A moça é esperta e se entrar com um processo de assédio, a empresa vai ser prejudicada e seu pai vai te matar! Orientava Hugo, amigo e confidente do José Luís, que também trabalhava na empresa.

— Com aquela cara de santa, mas ali esconde uma vagabundinha doida para ser comida!

— É muito afoito e desnorteado! Já que acredita nessa fantasia, vá com calma! Se tiver que ser sua, será! Se bem que ouvi dizer que é fidelíssima com o seu noivo! Ali é um espaço difícil de conquistar!

— Ela deve ser muito gostosa! Repare naquele traseiro! Deve rebolar igual uma leoa no cio! Ainda vou estacionar naquela garagem!

— Vá com calma, rapaz! Só assim terá uma oportunidade! Mulheres como ela, não gosta deste tipo de homens! E jogue esta goma de mascar fora! Está irritante esta mastigação nojenta!

Ana Luísa escondia a sua situação amorosa, justamente para evitar qualquer tipo de assédio. Era uma segurança pessoal. De uma beleza comum, exibia um corpo apertado naquele uniforme administrativo, destacando as curvas e as peças íntimas discretamente, colocando a mente dos homens num imaginário desbravador, tentando conquistar com os pensamentos o que escondia por debaixo daqueles tecidos. Morava sozinha, e seu “noivo” há uns oito meses atrás, viajou um dia para visitar a família no interior de Goiás, e “sem querer” encontrou com sua prima, um amor infantil e juvenil, despertado novamente neste “inevitável” reencontro. Ana descobriu que eles sempre namoraram. E que ela era a amante da relação. Veio para a cidade grande, estudou, a conquistou e retornou para o seu ninho. Foi simples assim.

— Cafajeste! Pensava.

Ninguém sabia da sua situação pessoal. Residia em um miniapartamento e nunca levou alguém lá. Tinha a natureza solitária, com pouquíssimos amigos e o seu “noivo” foi o único homem de sua vida. Desde o seu isolamento sentimental, não esteve com algum outro. Apenas alguns beijos e abraços nesta caminhada, e seus atos sexuais reservava apenas aos seus deleites solitários, lembrando dos contatos quentes e prazerosos com o seu singular homem.

— Quando isto irá acabar? Pensava, sofrendo de amor, com a depressão da falta de desejo na sequência final do seu ápice sexual subjetivo.

— Estou cansada de masturbar! Pensava.

Dia após dia, esperava encontrar alguém para preencher o espaço abismal da sua solidão.

— Anda muito desligada, Ana! Está acontecendo alguma coisa? Perguntou a insistente Júlia.

— Estou um pouco triste! Meu “noivo” viajou e ficará algumas semanas fora!

— Então porque não aproveita e dá uma saidinha despistada!

— Acho que não!

— Acha que ele vai ficar sozinho nesta viagem? Deixa de ser boba, amiga! Uma hora desta já até sabe com quem vai ficar!

Ana viajou nos pensamentos da traição e a infidelidade do noivo, fazendo-a uma amante desinformada. Ligou sua atenção de que já estava na hora de superar sua decepção.

— É! Talvez seja verdade! Mas com José Luís não dá!

— É isso mesmo, moça! Bola para frente! Aproveite a vida! Eu mesmo já coloquei uns três cornos no meu namorado! Puro instinto! Não consigo ser fiel! Disse a amiga, alardeando suas atitudes.

— Vou pensar!

— Pensa não! A vida passa muito rápido!

— É que você é muito afoita! Não sou como você! Nem sei se quero! Deixa-me pensar um pouco!

— Olha ali! Dr. Roberto! Bonitão! Me come com os olhos! Deve ser ótimo na cama!

— Pára com isso!

— Olha o Dr. Carlos, do financeiro! Outro dia peguei ele te olhando no refeitório! Quase entrei nos seus pensamentos, que tentava te possuir! É discreto, bonitão, bem casado, ninguém desconfiará! Sou meio amiga dele! Às vezes conversamos!

— Estou pedindo para você parar com isso!

— Sapatona!

— Isso não sou!

— Me conta! Seu noivo te come gostoso?

— Lá vem você de novo!

— Não vai me dizer que não gosta de um grandão, assim, entrando gostoso na sua chana? Disse Júlia, simulando um tamanho com as mãos.

— Você é louca! E nem existe deste tamanho!

— Adoro! Nossa! Como gosto! Estou molhadinha só de pensar!

— Fala assim com todos?

— Não! Só com você! Acredita?

— Não! Não acredito!

— É verdade, Ana! Falo só com você! Não sei porquê, mas é verdade!

— Então posso te falar uma coisa? Perguntou Ana.

— Claro!

— Eu só tive um homem na minha vida!

-— Mentiiiiraaaa!

— É verdade! Mas é intenso e completo! Mentiu.

— Completo? Como assim?

— Tudo! Nós fazemos tudo!

— Ai, que delícia, amiga! Já tentei atrás e, mas não consegui! Adoro mesmo é na frente!

— Devia experimentar! No começo é desconfortável! Depois acostuma! Mas na frente ainda continua o máximo! Uma vez cheguei lá umas cinco vezes! Mentindo novamente.

— Minha nossa, sua safadinha! Então seu noivo deve ser o cara! Mal consigo duas! Eles logo desanimam! Vamos trabalhar porque já estou toda molhadinha!

— E é eu que sou safadinha........! Riram.

Ana Luísa mentiu mesmo sobre os seus acontecimentos íntimos. Na verdade, eram seus desejos mais ocultos. Se preparava para trair seus pensamentos. Desejava um amante, que fizesse tudo e muito com ela. Mentiu dizer que já transou atrás. Nunca fez isto. Era um desejo também.

Cada vez mais difícil e acostumada a manter distância dos homens, estava desanimada e desesperançosa para achar um parceiro de verdade que a fadigasse de tanto fazer amor. Já não queria mais masturbar, apesar de sentir uma forte vontade para isto. Também não queria sair pela noite tentando encontrar alguém. Sua vida estava maçante. A solidão a dominava.

Mas como não somos donos dos nossos destinos, uma reserva, ou talvez uma incubação, aflorava, também, o interesse oculto de um homem, que a muito lhe observava. Indiferente aos galanteios do provedor de seus desejos camuflados, Ana se preocupava no momento afastar de José Luís, que a cada dia estava mais atrevido e imponderado, somado com a alta demanda dos afazeres profissionais, que lhe ocupava quase todo o seu tempo, produzindo a fadiga e a estricção, natural nos excessos. Ainda solitária, se olhava, nua, no grande espelho do seu aposento, se perguntando onde estava errado, pois carregava um corpo perfeito, com os seios pequenos e firmes, e a silhueta em v de sua vulva de pêlos negros ralos e permanentes. Torcia o corpo, tentando olhar a sua perfeita nádega, juntando com as coxas sem marcas ou sinais dos seus ainda 29 anos. Se achava pouco atraente, notando defeitos físicos inexistentes, talvez querendo ser alguém que ache melhor ou mais bonita que ela. Com certeza há mulheres mais bonitas que ela, porém com a sua beleza singular, única, poderia ter melhor sorte no amor. Assim mesmo, deitava nua, refrescada por um bom banho, esperando que seu “príncipe” invadisse seus sonos mais profundos, buscando no seu banco de memórias as volições de ter um parceiro amante e varonil sobre ela.

Em um horário incomum, chegou na empresa um pouco mais cedo. Sentada no refeitório, esperando o horário, saboreando o café, assustou com a presença, ao seu lado do Dr. Carlos (- Olha o Dr. Carlos, do financeiro! Outro dia peguei ele te olhando no refeitório! Quase entrei nos pensamentos dele, tentando possuir você! Ele é discreto, bonitão, bem casado, ninguém desconfiará! ...). Ressoou instantaneamente as palavras de Júlia.

— Com licença! Bom dia! Posso? Disse, com uma voz e gestos tímidos, solicitando permissão para sentar.

— Bom dia! É claro! Por favor! Disse, observando o ambiente praticamente vazio, com muitos lugares desocupados.

— Chegou cedo, hoje!

— Acho que confundi o horário!

— Não quero ser indiscreto e nem intrometido, mas sempre estou observando as abordagens do José Luís com você!

— É! Ele é insistente! Disse, deslizando incompreensivelmente os dedos na xícara.

— Deve ser, talvez, por que você permite!

— Hã! Com certeza não! Sou como o diabo fugindo da cruz!

— É a natureza dele! Ainda é muito jovem! Está cheio de energia! O conheço desde pequeno!

— Que vá descarregar sua energia em outro lugar! Disse sorrindo. — Estou surpresa! Se atreveu Ana.

— Surpresa? Porque?

— Deve ser a segunda vez que converso com o senhor!

— O Senhor está nas alturas! Pode me chamar de Carlos mesmo!

— Está bem! Desculpe!

— Mas eu evito! Prefiro ficar um pouco à distância!

— À distância? À distância de quê?

— Talvez contenha na minha sinceridade! Mas tenho te observado! E não é à distância “de quê”! É à distância “de quem”!

— Hum!

— Aceita um copo com água?

— Sim! Aceitou Ana, observando aquele homem tímido e estabanado, sabendo que estava sendo observado.

— Eis!

— Obrigada! Mas estava observando quem? Perguntou ela, sabendo a resposta.

— É onde penso conter na minha sinceridade. Talvez omitir!

— Entendi! Reservas e privacidades!

— Mais ou menos por aí! Completou ele.

Os dois emitiam sinais de nervosismo, com o peito ardil, pequenas tremeluzes nas mãos transpiradas, evitando as pupilas dilatadas um do outro, procurando quebrar as barreiras da aproximação, o que parecia inevitável.

— Converso às vezes com a Júlia! Percebi que são muito amigas aqui na empresa! Disse Carlos.

— É! Somos mesmos!

— Um dia, sem querer, soltou que você é muito reservada na sua vida pessoal!

— É! Sou mesma! É meu jeito! Não gosto muito de misturar as coisas! Me sinto bem assim!

— Poucas palavras! Fidelidade! Privacidade! Confidente!

— 20%!

— 20%? De quê? Perguntou ele.

— De mim, ué? Você acabou de apresentar 20% de uma leitura minha!

— Há, há, há, há... gargalhou, se soltando da prisão do acanhamento. – E que talvez tenhamos muitas coisas em comum!

— Provavelmente! Mas tem mais experiência do que eu!

— Isto é um empecilho?

— Não! Absolutamente não! Depende de qual é o objetivo!

— Incomum às minhas atitudes, sendo que normalmente prefiro me reservar as minhas vontades pessoais e sigilosas, tenho por mim que eu e você ainda seremos muitos amigos!

— E quais seriam estas “vontades pessoais e sigilosas” que teria para compartilhar comigo..., amigo?

— Estranhando a sua implicação, estou pensando que, talvez, em uma oportunidade, aceitaria sair comigo, para bebermos alguma coisa, conversar!

— Estranhando a sua abordagem, penso que seria até um pouco difícil para você, tratando de um homem casado, muito bem casado por sinal, extremamente reservado, até tímido por vezes, desejando estar com uma colega de trabalho, em um ambiente público, saboreando a companhia dela e suas delikatessen, indiferente às suas responsabilidades conjugais!

— É aí que entram aqueles 20% de similaridade de nós dois!

Pensando na possibilidade sequencial deste encontro, a privacidade e o segredo, não teria algum problema se em uma oportunidade, eles sim precisassem desta conversa, quebrando a monotonia monogâmica dos agrados individuais.

— Está bem!

— Tem algum lugar em especial?

— O projeto e a determinação é sua! Disse ela, enrubescida.

— Avisarei!

— Esperarei! Ansiosa!

— Também estou! Bom dia de trabalho!

— Obrigada! Para você também!

Virou para a xícara com o café gelado, disfarçando a vontade de acompanhá-lo com os olhos, impedida pois o ambiente já havia sido tomado por vários funcionários.

— Quero que me perdoe pelas minhas atitudes! Disse José Luís, ao aproximar dela.

— Tarde demais! Pensou ela. — José Luís! Não estou muito bem hoje! Depois nos falamos! Completou ela, sem olhar para o rapaz.

— Para o “seu” Carlos, achei você bem-disposta!

— Nem se compara, não é, menino?

Saindo ele, sem graça, em poucos segundos Júlia sentou afoita ao lado dela.

— Putz! O dia mal começou e já está agitado assim imagine o restante! Pensou novamente.

— E aí, amiga? Como foi?

— Ele me pediu desculpas! Disse que depois conversaria com ele!

— Se desculpar de quê?

— Ué? Das abordagens nojentas dele!

— Ele estava te abordando?

— Allloooowwwwo! Planeta terra chamando! Brincou Ana.

— Sim! E você sabe muito bem! Completou.

— Quem?

— O Zé Luís, sua maluca!

— Nãããão! Estou falando do Carlos!

— Ah, bom!

— Então....

— Conversamos!

— Sim! O que?

— Coisas!

— Que coisas? Me fala!

— Coisas normais! Nada demais!

— Sua mentirosa!

— Porque mentiria!

— Não sei! Mas está mentindo!

— Julinha! Como você é “meia” amiga dele, então pergunte se sou mentirosa ou não?

— Calma, amiga! Só estou curiosa!

— Não quis ser grosseira! Mas foi assim mesmo! Conversamos sobre as coisas do nosso cotidiano, nosso trabalho!

— Conversei com ele sobre você! Disse Júlia.

— Aí vem você com suas loucuras!

— Também foi nada demais! Desviou o assunto logo! Características de um homem interessado!

— Já tomou os seus remédios hoje?

— Cai matando, sua boba! Está doidinho por você!

— Deixe estar! Vamos ver!

— Perdedora de tempo!

Ana jamais poderia confidenciar o convite do Carlos à sua amiga afoita e faladeira. Sentiu novamente o peito arder com o imaginário convite. A curiosidade aflorou nos seus pensamentos. Procurou não idealizar muitas coisas para não ficar iludida. Refletia apenas na companhia dele.

No dia seguinte, em um bilhete digitado sobre a sua mesa, Ana Luísa lia uma descrição de uma data, um horário, um endereço e um número de telefone para contato. Queimou por dentro, acionando uma chama desconhecida, fervilhando seus inúmeros poros, que transpiravam feromônios na sua efêmera pretensão, umedecendo instantaneamente suas intimidades. Olhou para baixo, observando o “v” delicado entre suas pernas, apertado em uma calça de poliéster e elastano azul marinho, procurando se a sua intensa umidade havia transbordado ou aludido no tecido. Abriu mais um pouco e não identificou suas reações íntimas, mas via-se, desprezado por ela, o tecido apertado tentando adentrar na sua desejada carne, destacando singelamente a divisão dos dois grandes lábios. Voltou-se à realidade e percorreu seu olhar no ambiente, tentando identificar o já sabido autor daquelas informações.

Buscou no calendário, percebendo ser no próximo sábado, estranhamente de manhã. Ignorância entendida por ela, pois ele sabia exatamente qual tempo e local que teria para aquele encontro e de como preservar o segredo e a integridade dos dois.

— Francamente, não sei o que fazer! Pensava ela milhares de coisas, tentando ser o mais normal possível.

Os dias que antecederam ao encontro, olhares cruzavam discretamente, às vezes acompanhados de sorrisos tímidos e gestos de aprovação. Haviam muita energia e desejo cruzando naquelas atitudes.

Ana mal dormiu naquela precedente noite, doente de emoção, contando os segundos vagarosos para o momento desejado. As águas de um banho demorado e relaxante, limpou seu agradável corpo com a ajuda de um sabonete aromático adquirido no dia anterior, especialmente para a ocasião. O ritual entorpecia seus sonhos. Tocava e lavava levemente suas intimidades. Procurava encontrar naquela pele, alguma sujidade, já inexistente.

— Ai, Meu Deus! Sussurrou ela, lembrando de um amor desconhecido, sentido a uns quinze anos atrás.

Suspirava fundo continuamente. Desliza sua mão, espalhando o creme hidratante, olhando atentamente por ela, tentando não esquecer, algum espaço. As maravilhas da conclusão daquela metamorfose enclausurada, expunha uma mulher que sabia, no seu mais profundo e reservado desejo, todos os seus anseios seriam quebrados daqui a algumas horas.

— O mais simples possível, sua idiota! Resmungava ela, tentando encaixar em uma roupa que chamasse o máximo de atenção, colocando-a mais bonita do que já era. Dezenas de peças se espalharam sobre a cama. Definiu com um conjunto de peças íntima delicadas, se escondiam em uma calça jeans justa, uma blusa colorida e um sapato baixo, mais confortável.

Conduzia em direção ao endereço descrito, com alguns minutos de antecipação, mal lembrando qual caminho havia adotado para chegar até ali. Estacionando o carro em mini shopping, caminhou vagarosamente até um Cyber Café, sentando a uma mesa. Pesquisou o ambiente procurando sua possível companhia, evitando um desencontro estúpido.

Quarenta minutos atrasado, Ana Luísa, relutando para não ir embora, desfazendo aos poucos seus supostos momentos, e de repente, sentiu uma horrível emoção, pensando na hipótese do seu hipotético amante tê-la testado, que estaria passando por uma prova de fidelidade e de interesse próprio. Odiou José Luís, imaginando que ele armou tudo só para prejudicá-la. Pagou a conta rapidamente e sentada no carro, xingando a si mesma de estúpida e idiota, viu, aliviada, o seu objetivo inicial, chegando em outro veículo, descendo apressadamente, indo ao local combinado e depois de alguns minutos, saiu do local, com um semblante de decepção, sentindo que teria perdido a sua oportunidade.

— Atrasei demais! Ninguém esperaria tanto! Pensou ele, quase sussurrando.

As mãos delicadas de Ana, tocaram no seu ombro, iluminando a escuridão da sua decepção.

— Oi!

— Oi! Gaguejou ele.

— Demorou!

— Sim! Muitas barreiras quase intransponíveis!

— Não imaginei!

— O quê?

— Que seria tão difícil para você!

— Sim! Nem eu! Planejei tudo, mas as surpresas não estavam no meu script!

— Acho, que talvez, podemos remarcar para um dia mais tranquilo!

— Não! Agora que já estamos aqui, que tal aproveitarmos?

— O que pensou, inicialmente? Questionou Ana.

— Pensei passarmos o resto da manhã juntos, conversando talvez! E você? O que estaria pensando?

— Em quase nada! Deixei você determinar!

— Já tomou seu café?

— Sim!

— Quer ficar por aqui mesmo?

— Você é quem sabe!

— Estou sem chão! Me preocupei muito com o atraso! Poderia você pensar várias situações!

— Queria mesmo encontrar comigo? Perguntou ela.

— Sim! Estou aqui agora!

— Talvez, possamos ir para algum lugar mais tranquilo! Sugeriu Ana.

— O que você sugere?

— Já disse!

A pressão arterial do Carlos aumentou, sentindo um pequeno desconforto no coração, observando que a preparação almejada para uma outra oportunidade, poderia acontecer mais rápido que o esperado.

Ana Luísa não quer ficar se preparando para um ritual que tinha grandes possibilidades de não acontecer. Iria aproveitar aquela ocasião. A trataria como única.

— No seu carro ou no meu? Perguntou ela.

-— No seu!

— Você dirige! Não conheço quase nada! Disse ela.

— Pode deixar! Conheço um bom lugar!

O silêncio imperou no caminho. Ela buscava o oxigênio perdido a muito, tentando manter a sua lucidez. Não conseguia determinar e nem controlar as suas ações. Olhava pela janela, as paisagens ficando para trás, sentindo como se estivesse em outro lugar. Não importava. Seus pensamentos estavam no seu parceiro, ali ao lado dela.

Ele dirigiu para um acesso onde chegando, ela conseguiu ouvir apenas as palavras “suíte máster”.

Estacionou em uma garagem, ele descendo do carro, observava a porta automática isolando os dois em um ambiente luxuoso e íntimo, pouco familiar para os dois.

Educadamente, abriu a porta do carro, e depois abriu a porta do paraíso na terra, local que guardava milhares de segredos de casais que um dia, usufruíram daquele espaço. Ela sentou em uma poltrona, ofegando, correndo os olhos naquele luxuoso e provisório ambiente. A piscina coberta era apenas um detalhe confortável, pequena para as dimensões da cama.

Ele, educadamente, pediu um vinho seletivo, e algumas iguarias para saborearem. Sentou ao lado dela. Olhou também o ambiente e retornou os olhos para ela. Timidamente, olhou-o, aguardando a sua ação. A segurou pela mão.

— Está bom, este “lugar sossegado”?

— Lindo! Muito “sossegado”! Riu do comentário.

O barulho do pass-trought tirou a atenção deles, que recebeu o pedido solicitado, e na mesa, dosou as taças de cristal, ofertando uma para a parceira.

Os olhares ficaram nervosos, querendo olhar e ao mesmo tempo não querendo. Ela entendeu que ali não tem impedimentos, timidez, interferências, ninguém além dos dois, um mundo só deles. Depois de algumas apressadas doses e goladas da bebida, ele pegou a taça dela, retornando e, com uma introversão, tocou sua mão no delicado rosto, sendo a palma apertada com o aconchego autorizado. De olhos fechados, entreabriu rapidamente quando sentiu os lábios dele tocando suavemente nos seus. Deslizou suas mãos no pescoço do tímido amante, puxando-o para efetivar as carícias com a boca e com as línguas. Se entregaram. Não tinham mais como voltar.

Um ritual delicioso iniciou, com a remoção morosa das roupas, objetos poucos resistentes e impeditivos do objetivo final. As mãos do amante procuravam gravar com o tato, todas as curvas daquele frágil e delicioso corpo, acompanhadas com os beijos carinhosos no pescoço, na boca, no rosto, nos olhos, na mandíbula que movimentava com os sussurros e gemidos que aprovavam as carícias iniciais. O embaraço já não fazia mais parte daquele ritual. Esperariam um pouco mais do escasso tempo da entrega, e aproveitariam o luxuoso espaço, com insinuações e cerimoniais corporais, fugindo e eliminando a ansiedade do ápice. Mergulhos seminus na pequena piscina, beijos e carícias contínuas, homogeneizados com gritinhos e gemidos. Uma lua-de-mel de entregas e descobertas. Ela com os seios desnudos, permitiu que ele saboreasse aquela carne suculenta, com beijos e mordiscadas nos mamilos rijos. Involuntários movimentos dela, esbarravam na rigidez do membro ansioso, que se preservava, se escondendo, ainda, na peça intima do amante. Também ela, não havia exposto o seu íntimo. Sentiu a velocidade dos movimentos, sendo atirada gostosamente na enorme cama, entre gemidos e exigências amorosas. Ana Luísa não reconhecia a si mesma, se permitindo tão rapidamente que Carlos, seu amante, a visse naquelas condições.

— Não importa! Jamais retornarei! Ela filosofou estupidamente em pensamentos, sabendo que tinha ali outras coisas para se preocupar.

Sentiu as mãos dele, forçando lentamente para tirar a última peça do seu corpo. Sentiu uma esposa virgem, mas depravada. Olhou-o quando ele admirava aquela fenda com alguns pêlos ralos, lindamente negros, tentando esconder o seu maior desejo. Alguns longos segundos se passaram, sentiu as mãos dele deslizando na parte externa das suas coxas, indo morosamente pelas partes internas, forçando uma abertura singela, no limite do encaixe de sua boca na fenda úmida e quente. Ela delirou com o prazer do toque da língua salivada e vibrante. Apesar do silêncio da comunicação verbal, a comunicação corporal dizia tudo, sem errar uma palavra ou anseio.

— Aaaiiiiiiii! Delícia! Aprovou os movimentos da língua tentando entrar toda na vagina encharcada. Segurou firme os cabelos dele, apertando o rosto na sua vulva, sentindo o toque do nariz no seu vibrante clitóris, que mandava incessantes mensagens de que queria ser manipulado por uma língua frenética. O odor no receptor dele, interpretou o comunicado, deslizando imediatamente sua boca para o fim da parte superior da vagina, colocando o pequeno nervo apoiado na sua língua, chupando como se quisesse tirá-lo do corpo dela, fazendo ela serpentear seu quadril inexperiente para aqueles carinhos, levantando a bunda levemente, acompanhando as chupadas do amante, exigindo que ele ficasse ali eternamente. Os dedos dele deslizando em suas nádegas e nos seios em movimentos carinhosos, escapavam sendo levados até os lábios dela, penetrando na boca e lubrificando os membros, e ele, maliciosamente, retirava da boca e enfiava na gruta molhada. A boca dele não desprendia do apêndice erótico da parceira. Ela, sem conseguir segurar, entrou em um processo intenso de um orgasmo.

— AAAAiiii! Ahhhh! Ohhhh! Uh! Unfhhhh! Gritou e gemeu alto, curtindo sua uretra vibrante, como se quisesse expelir líquido seminal na boca dele. As contrações e solavancos corporais, desequilibrava o ato, querendo ficar isolada curtindo aquele momento, já acostumada com seus atos solitários. Os delírios orgásticos não percebiam a presença do parceiro. Ele, ainda persistia em ficar com a boca colada no sexo dela. Para ele, era um deleite saboroso.

Ela, ainda extasiada, abriu mais as pernas, exigindo dele carícias em outras partes. Seu corpo inteiro, ali, naquele momento, era milhares de pontos “G”. A língua dele percorreu as partes de trás das coxas, voltando para a vulva lambuzada, vibrando a língua e enterrando os dedos na sua gruta. Sentiu-o descendo passando a língua no períneo chegando as inervações externas salientes do ânus virgem, causando-lhe um prazer imenso. Ele untou os dedos na vagina molhada, e introduziu lentamente naquele orifício apertado, iniciando um movimento de enfiar e tirar, lubrificando as partes internas do reto. Ana nunca sentiu algo semelhante na vida. A vontade dela de gozar era imensa apesar de já ter acontecido há alguns minutos atrás. Ela tirou ele lentamente daquela cunilíngua, e o pôs de joelhos.

— Porque ainda ele está escondido?

— Porque você ainda não o buscou!

Ela enfiou a mão dentro da cueca, e puxou o membro rijo, que ficava apontando displicentemente para cima, fazendo-a olhar os detalhes musculosos daquele pênis de uns vinte centímetros, manipulando vagarosamente, como uma masturbação, apertando o prepúcio para cima e para baixo. Olhou para ele e ele, com os olhos cerrados, gemia com o carinho. Forçou o amante deitar, tirando-lhe também a última peça. Passou sua mão na vagina e compreendeu que nunca havia ficado tão molhada. Aquele momento realmente era único. Aproximou sua boca carnuda e beijou a glande arroxeada, grande e macia, e deslizou na coroa da ponta daquele membro duro. Manipulava a pele do corpo para cima e para baixo, aumentando o ritmo e, às vezes, olhava nos olhos do amante, que admirava aquela mulher saboreando seu avantajado e especial mastro. Ela aumentou o ritmo e o engolia quase todo, masturbando fortemente, repetindo o gesto por vários minutos e sentindo nas mãos, a dilatação dos vasos sanguíneos daquele músculo, e recebeu no rosto o primeiro jorro do creme viscoso, e observando ele projetar os restantes nos seus seios e nos seus ombros. Ele desfaleceu o corpo, mas não perdeu a ereção. Já estava pronto para um recomeço.

Ela afastou e tomou uma ducha rápida, não querendo perder um minuto daquela oportunidade.

— Nossa! Ainda nem fui penetrada! Pensou limpando o sêmen do seu corpo.

Aproximou novamente dele, chupou o mastro limpando o restante do corrimento pós ejaculação, e o beijou apaixonadamente, como se fosse o último homem da terra. As línguas misturavam a salivação pegajosa e erótica. Ele a segurou e a virou deitando a novamente na cama. Deslizou o corpo na umidade da transpiração, lubrificou novamente a vagina com um beijo longo na fenda sedenta, e sobre ela, que ajeitava instintivamente a abertura das pernas, e ele, aproximando com aquele enorme provedor, encostou a glande na pele macia dos pequenos lábios, pincelando e apertando do clitóris até o ânus. Ana remexia o quadril, solicitando urgência do ato. Sentiu a cabeça afastando a carne sensível, com a umidade acima do normal, achando a entrada para alojar deliciosamente naquela gruta misteriosa, e a penetração foi lenta e carinhosa. Como se fosse a elementar vez dos dois. Forçando sua virilidade até o fundo, onde a pequena dor de encostar no colo do útero, foi o sinal do limite daquela exploração.

Os movimentos contínuos e assimétricos, alinhado com o rebolado incessante do quadril da Ana, as penetrações levavam os amantes ao delírio, gemendo e ofegando com o prazer imenso da relação.

— Isso, meu homem! Enfia gostoso em mim! Mete muito nesta buceta! Ela te quer muito! Mete! Suplicava delirando, sentindo os beijos intermináveis do amante.

O púbis dele, roçando na vulva dela, apertava o clitóris com o peso deslizante, masturbando-a, que segurava os braços dele, apertando, evitando arranhá-lo, já quase soltando seu fastígio sexual, segurando a muito tempo.

Ele levantou o corpo continuando socando forte, e ela gemia e gritava de prazer, levantando o tronco, tentando ver aquele imponente membro deslizando dentro dela. Ela puxou o corpo do parceiro, juntou os troncos e girou, ficando sobre ele, apoiou as mãos na cabeceira da cama, e sacudiu por vários minutos sua bunda, colidindo no púbis dele, sentindo o mastro entrar e sair deliciosamente. Agachou sobre ele, apoiando no peito, e socava sua buceta na virilha do dominado amante, fazendo um barulho de estalos, como se fossem tapas. O coito estava intenso e prazeroso. Ele apertava os seios e deslizava as mãos abrindo as nádegas, como se estivesse querendo entrar o máximo possível, com os culhões e tudo. Ela deformava suas feições, encaixando sua gruta naquele mastro duro.

— Me come, seu tarado! Enfia gostoso na minha buceta!

— Toma, minha putinha deliciosa! Engole ele todo! Disse ele, forçando o quadril para cima, socando rápido naquela buceta.

— Putinha...! Sou mesmo! Sou uma vagabunda também! Me deprava! Me come! Mete muito! Enfia gostoso dentro de mim! Vai! Mete! Ahhhhhh! Mete! Ahhh! Mete! Mete mais! Gritava gemendo, cavalgando como uma mulher experiente.

Ele deslizou a mão, e apertou com o dedão, o clitóris duro, e ela começou a deslizar sua vulva no púbis úmido, e contraindo a bunda, estagnou seu corpo, como se alongasse os músculos, gritou.

— Ahhhhhhhhhhhhh! Uhhhh! Ohhhhhhhhh! Gooooozzzeeeiiiii! Gozei! De novo! Aaaaaaiiiiii! Ohhhhhhhhh! Espremendo seu corpo no dele, recebendo afagos do amante, com beijos intensos.

Sem descansar, ele a virou, abancando ela de joelhos, deixando-a de quatro, e por detrás, lambeu sua vagina recentemente saciada, deslizando a língua, lambendo do clitóris até o ânus várias vezes, que contraia e dilatava com o carinho. Pincelava a língua, enquanto os dedos simulavam penetrações, tanto na vagina como no orifício apertadinho. Ele cuspiu sua salivação na entrada do ânus, e levantou o corpo, ainda com o membro ereto, e a penetrou na vagina, novamente e saborosamente. Uma leitura detalhada do corpo da Ana, pelas costas, era executada pelos olhos sedentos do Carlos. Ana torcia o corpo tentando olhar para ele. Ela segurava a mão dele, que a puxava o quadril pela virilha, socando forte na vagina transbordante. A umidade seminal, esfolada e misturada com a saliva dele, gerava um creme leitoso e pegajoso, emitindo um odor inconfundível de sexo, junto com o barulho dos estalos ocos da vagina dilatada e avermelhada, quando enfiava e tirava o cacete duro de dentro dela. Acariciava a entrada do ânus, simulando penetrações com o maior de todos, proporcionando, ocultamente, um prazer indeterminado à Ana. Ela não imaginava que sentiria tanto prazer ali.

— Mete, meu amor! Me arrebenta toda! Vai! Enfia muito! Como se fosse a sua última vez! Mete, Mete! Me come! Me possua toda! Ai! Uh! Ai! Ah! Rebolava e gemia alto.

Ele a puxava pela cintura e socava forte, deformando a anatomia da bunda com o impacto. As mãos, às vezes deslizava nas costas e nos cabelos dela, puxando delicadamente como se fosse uma rédea, e ela não se aguentava de tesão, gemia e gritava pedidos de amor.

Ela puxou o corpo, tentando parar as penetrações e ele forçava para continuar.

Diminuindo a celeridade, ele concentrou nos seus carinhos manuais, lubrificando o ânus. Aquele orifício já estava encharcado. Ele a deitou, ficou ajoelhado no chão, a puxou para a beira da cama, e abrindo as pernas, chupou novamente aquela vagina fadigada, pincelando a língua do ânus até o clitóris que permanecia duro e pedinte de carícias.

Aproximou seu quadril e a penetrou na vagina docemente, fazendo delicados movimentos de penetração, chamando-a para ver o coito delicioso.

Quando ela curvou o corpo para olhar, ele tirou de dentro da vagina e apertou a glande na porta do ânus. Ana desabou na cama, encurvando sua cintura, apertou os lençóis e quis. Ele empurrou, e instintivamente, ela deslizou o corpo junto com o movimento. Ele a segurou pela cintura e apertou novamente, fazendo a enorme cabeça romper a barreira. Movimentou lentamente e cada vez que levava o corpo para frente, puxava ela para trás. E depois de várias tentativas, a penetração evoluiu colocando mais da metade dentro do rabo dela. Ela gemeu de dor e prazer. Mordeu os lábios inferiores, e espremeu suas pálpebras, interpretando sofrimento nas penetrações, mas na verdade, o prazer começou a superar a aflição. Ele lubrificou mais com saliva e, momentos depois, já deslizava gostosamente dentro do reto dela. Ela delirou. Com dor, mas delirou.

— Puta que pariu! Que coisa mais gostosa! Enfia assim! Devagar! Quero sentir tudo! Gritava ela, já acostumando com a dor que transformou em um prazer intenso e inacabável.

Ela lançou uma das mãos na sua vagina, enfiando os dedos e apertando os pequenos lábios. Deslizava e dedilhava o clitóris sedento. Com os olhos fechados, saboreava cada sensação que seu corpo sentia. Não conseguia fechar a boca, emitindo gemidos e gritos de prazer.

— Mete! Come muito meu cú! Mete! Arrebenta ele todo! Mete, meu amor! Está bom! Está muito bom! Estraçalha esta puta! Arrebenta meu cú! Mete! Mete! Vai! Mete! Mete! Vai! Vou gozar de novo! Vai! Está chegando! Goooozzzzaaaannnnnddooo! Gritou ela, dando solavanco no corpo, contorcendo para um lado e para o outro, com Carlos a segurando e metendo muito nela, sentindo novamente seu cacete inchar, tirou rapidamente do traseiro e enfiou virilmente na buceta, lançando jorros intermináveis de esperma, fazendo Ana sentir mais contrações múltiplas de um intenso gozo. O tempo não foi contato no desfalecimento corporal dos dois, recuperando da fadiga sexual. Se abraçaram e cochilaram. Atento, Carlos levantou e verificou que eram quase uma da tarde. Ficaram quase três horas naquela relação. Chamou a linda mulher que adormecia, e ela, apaixonada levantou e deu um demorado beijo no amante. Tomou um banho, e sem trocar uma palavra, os dois se separaram no estacionamento.

A noite ela recebeu uma mensagem.

“Foi intenso e maravilhoso! Não tem como não te querer mais!! Não tem como te esquecer!! “ . Sendo apagada logo depois de ler duzentas vezes.

Adormeceu, entorpecida com o dia, quando ainda naquela tarde, festejava, nua, no seu apartamento, o fim da solidão, agora em estado terminal.

Na segunda feira, ansiava vê-lo, depois de passar mais um domingo na solidão, buscando lembrar de cada detalhe do momento mágico daquele sábado. Teve até um orgasmo espontâneo, sem manipular.

Depois de algumas horas trabalhando, pode vê-lo à distância, cruzando os olhares, mantendo a seriedade e a confidência.

— Ele é mais bonito que eu pensava! Admirava ela.

— Ela é mais bonita do que eu havia percebido! Admirava ele.

Nos dias seguintes, vários bilhetes anônimos indicavam a proximidade de uma próxima vez.

Delirante e sonhadora, Ana compreendeu que acabou de matar sua solidão.

March 12, 2020, 9:32 p.m. 0 Report Embed Follow story
0
The End

Meet the author

Juan Diskay Imagino os segredos e desejos mais íntimos de um ser e alimento-os com histórias picantes.

Comment something

Post!
No comments yet. Be the first to say something!
~