Onimusha: The Journey by the Five Warriors Follow story

Era uma tarde chuvosa, grossas nuvens encobriam o céu naquela tarde de primavera, impedindo que qualquer raio de Sol chegasse até o solo.

Tal paisagem fazia com que o cemitério tivesse um ar muito mais triste e desolador do que nunca. Lugar onde nossos entes queridos jazem após sua longa peregrinação por esta terra e onde no fim nós também descansaremos.

Um cortejo cruzava o cemitério, eram treze pessoas mais um padre, desses treze cinco eram crianças. Cinco meninos vestidos com ternos pretos que carregavam em suas jovens mãos um pequeno caixão de cor branca. Os adultos haviam se oferecido para carrega-lo, mas eles se recusaram. Afinal ela era uma deles, portanto somente eles poderiam fazer isso.

Ela era uma amiga que conseguiu fazer com que cada um deles por pior que fossem, se tornassem pessoas melhores. Foi por ela que eles enfrentaram tantas dificuldades, foi ela quem os fez enxergar luz aonde não existia e foi ela quem no último momento... os salvou.

O cortejo termina.

Todos param de ante de um enorme mausoléu com um grande anjo feito de mármore branco em seu topo, local esse ao qual sua mãe e toda sua família estavam descansando e agora ela também iria. Os meninos colocam o pequeno caixão no chão, o padre começa suas orações e todos o ouvem. Lagrimas são derramadas por todos, os cinco meninos, porém ficam quietos e de cabeça baixa, seus cabelos cobrindo seus olhos parecendo alheios a tudo.

Ao final de seu oração o padre abre passagem e mais uma vez os cinco carregam o caixão, dessa vez para dentro do mausoléu e o colocam a esquerda em um local vago onde já estava preparado para ela. O padre benze o caixão e todos se dispersão exceto os cinco amigos que ainda estavam de ante do local em que o caixão foi colocado, uma das mães dos meninos pensa em ir chama-los, mas é interrompida por um dos que estavam acompanhando o cortejo, ele apenas meneia a cabeça como se dissesse para deixá-los a sós. O homem então acompanha a moça deixando assim os cinco sozinhos.

Lá dentro eles permaneciam em silencio, não conseguiam falar ou dizer nada, apenas lágrimas caiam de seus olhos.

– Por quê? – Pergunta um deles. – Porque isso teve que acontecer? Nós salvamos a cidade, salvamos todo mundo... e logo ela nós não conseguimos... POR QUÊ?! – Pergunta um deles que era moreno e de cabelo afro.

Então o que tinha cabelos louros e usava óculos respondeu:

– Não se sinta assim Douglas, nós fizemos o nosso trabalho... lutamos, vencemos e perdemos ao mesmo tempo, acho que finalmente entendo o que ela disse sobre vitória vazia. É o que estou sentindo agora... um enorme vazio e pela primeira vez... eu não tenho respostas.

– Isso sim é surpreendente! – Exclama outro de cabelos azulados e espetados. – Nunca achei que ia ouvir isso sair de sua boca Jasper... se bem que eu também me sinto assim.

– Todos nós nos sentimos assim Billy. – Responde o que tinha cabelos negros e longos preso a um rabo de cavalo, era um menino oriental e tinha um rosário budista em sua mão. – A senhorita agora está descansando em paz... ela não sofrerá ou se sentira mais sozinha, pois foi ao encontro de seus entes mais queridos.

Todos se silenciam após a frase do amigo, menos um o que estava no centro de todos. Tinha cabelos acinzentados e olhos verdes que fitava o caixão com olhar perdido e triste. Nunca mais poderia ouvir sua voz, ou vela dançando, ela era a deusa deles, a princesa a ser protegida e resgatada do vilão. Era assim que ele pensava, mas agora...

Da um passo à frente se separando dos outros, coloca sua mão direita sobre o caixão e diz emocionado:

– Você nos salvou... a todos nós. E nós não conseguimos te salvar no final. – O menino agora chorava com mais intensidade. – Mais agora eu te faço uma promessa! Não vou deixar mais ninguém próximo a mim morrer, vou proteger e vou ajudar a todos, sem hesitar, mesmo que isso me machuque ou me mate e não rejeitarei o pedido de ajuda de alguém que precise! – Ele agora cai de joelhos no chão e é amparado por seus amigos, que se ajoelham e o abraçam o consolando.

– Não importa de onde venham! De longe ou de perto eu vou ajudar, pois foi isso que você me pediu no último momento, não é? – O Menino de cabelos cinza olha para o caixão e termina dizendo. – Não é verdade... Esme...?

E ele chora como nunca chorou antes.

Ele era o mais forte dos cinco, tinha a força e coragem que os motivava, mas agora, mostrava seu lado mais frágil e indefesso. Seus amigos o ajudam a ser reerguer e por fim dão as mãos e despedem-se de sua brava, corajosa e bondosa amiga.

– Adeus! – Diz Douglas, o menino moreno que se retira do local enxugando os olhos.

– Auf Wiedersehen! – Diz Jasper em alemão, sua língua natal e também se retira do local ajeitando os óculos.

– Good bye dear! – Diz Billy jogando um beijo em direção ao caixão, coloca as mão no bolso e se retira do local.

– Sayonara! Esmeralda-sama! – Diz o menino ocidental de nome Kenji que coloca seu rosário budista encima do caixão, faz uma reverencia e deixa o local.

E por fim só restou o menino de cabelos cinzas que se aproxima do caixão, o contempla por um momento e abre seu paletó tirando um embrulho. Desfaz o nó revelando ser uma espada quebrada que ele coloca por cima do caixão.

– Esta foi minha primeira espada... que ela possa te proteger, tanto aqui quanto no céu e que você sempre se lembre de mim... Ash Blaziken, seu amigo e leal guardião. – Após seu último ato ele se retira, porém na saída do mausoléu se vira e diz ainda derramando lagrimas. – Adeus... nosso anjo esmeralda...

E por fim deixa o mausoléu para se juntar aos seus amigos e então dois anos se passaram...