juanpablo Juan Diskay

Augusto conheceu uma moça, Viviane, encontrando-a pela primeira vez, sem sentir, ou sem querer, aproximou dela, mesmo sabendo dos riscos que ele colocava a vida dela. Sem muito entender o porque, ele começou a preocupar com aquela moça, que demonstrava todo o seu sofrimento. mas a vida continuava e Augusto, com abstenção limitada de seus desejos, viu em Aninha a oportunidade de aproximar intimamente de uma mulher. Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com fatos ou pessoas terá sido mera coincidência. Obra registrada. Plágio é crime.


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#emoutrasmaos
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A Exposição e Encontros

Viviane acorda todos os dias às seis da manhã, para preparar seu filho de sete anos para ir para a escola. Sempre pensa que aquele momento é o melhor de seus dias em geral. Este momento e somente à noite consegue livrar dos seus sofrimentos diários. Todo dia é quase a mesma coisa. Retorna da escola e começa a preparar apressadamente um café para o seu marido que já chegará do trabalho. Ele trabalha à noite, e todos os dias a assedia com violência física e moral. Já planejou várias vezes de sair de casa e ele a ameaça até a sua frágil vida. Não procura uma ajuda pois também a ameaça. Sempre avisa que, se não continuar com ele, quem vai sofrer com as consequências será a família dela, desde os sobrinhos mais novos até os pais dela. Estava prisioneira de um psicopata lunático que achava que era o dono do mundo e que tudo estava sobre o seu controle. Era um policial de profissão. Sempre frequentou os piores lugares para atuar como meganha. Porém, a carne dele é fraca. Não pode ver uma mulher e logo a quer para ele. Frequentava um prostíbulo, cujo proprietário apareceu misteriosamente morto por envenenamento. E como era frequentador assíduo, assumiu unilateralmente como proprietário daquele estabelecimento. Desde então começou a trabalhar na noite. Sai de casa por volta das 20:00 horas e chega por volta das oito da manhã. É neste período da ausência dele, que Viviane tem sossego na vida. Ele é agressivo e prepotente. Joga na cara dela de que ele a tirou da vida para morar com ele, mesmo ela nunca ser uma prostituta.

Na verdade, Viviane trabalhava em um comércio como atendente, comércio este que era aliciado pelo seu companheiro. Em uma determinada noite, ele se ofereceu a levá-la para casa, depois do expediente. Inicialmente, ela relutou muito, mas depois cedeu, pois, o sujeito começou a tratá-la com respeito e ajudá-la muito nas suas necessidades domésticas, favorecendo evidentemente seus pais e irmãos. Em um certo período, começaram a namorar e sempre a tratou com reverência e carinho. Ato inevitável, ele a engravidou. Aí sua vida mudou completamente. Desde então, vive com ele sempre ameaçada. Ela já pensou em tirar sua própria vida, mas ele avisou que se matasse, logo depois o filho deles lhe faria companhia e depois seriam os pais. Ele não a deixa ter alguma amizade, mal pode conversar com a professora do filho. Os vizinhos já chamaram diversas vezes autoridades, para conter os abusos morais e físicos e logo caía no esquecimento, pois a ameaçava e ameaçava a família dela se ela contasse para alguém a verdade. Era um sofrimento terrível.

— Porque, Deus? Porque me deu esta vida? Não entendo porque devo sofrer tanto! Lamentava sem saber ou o que ter o que fazer.

O único dia que a deixava sair sozinha, era no sábado de manhã para ir à feira de legumes, frutas e verduras que acontecia próximo ao condomínio. Comprava o necessário para a semana. Todos na feira sabiam do seu sofrimento. Alguns até tentavam ajudar, mas sempre informava que se alguém tentasse, este alguém também sofreria sérias consequências das atitudes do seu marido. Se sentia e deveras era vigiada 24 horas por dia. Até não poderia estar sendo, mas se sentia assim. Certa vez, ficou conversando com um feirante sobre coisas diversas. Na semana seguinte ela soube que o feirante estava internado pois havia sido espancado em um assalto. Não sabia mesmo o que fazer.

No bloco onde morava, o apartamento ficava no terceiro andar. Haviam mais outros cinco prédios. Tinha área de lazer com piscina, playground e quadras poliesportivas. Também havia uma academia de musculação. Viviane já morava ali a cerca de cinco anos e nunca conseguiu usufruir destas benfeitorias. Há seis meses que não via seus pais ou algum parente. Era uma verdadeira prisioneira do destino. Destino este que não lhe ofereceu muitas opções e, sem saber, logo mudaria completamente o rumo da sua vida. O acaso lhe preparava uma surpresa, que suas emoções superariam de tudo que até hoje já havia passado.

Augusto era um indivíduo discreto e simpático. Morava no bloco ao lado de Viviane. Era solteiro e morava sozinho com sua cadela labrador “Fisher”. Ele possuía uma academia de artes marciais e com sua equipe já haviam ganho vários prêmios nacionais e internacionais. Conhecia quase o mundo inteiro, participando de várias competições. Tinha também um programa de tirar jovens das ruas e introduzir o esporte na vida deles. Era muito querido em várias comunidades carentes. À noite dava aula de Literatura numa faculdade. Homem de poucas palavras no social, raramente confraternizava com os amigos. Tinha uma vida atinada e autossuficiente. Morava cerca de um ano ali no condomínio. Via-o fazendo corridas matinais com sua cadela, e nos finais de semana sempre o viam também na piscina nadando por horas. Duas vezes por semana dava aula no condomínio de artes marciais e terapias de tai chi chuan, uma arte marcial chinesa que é reconhecida também como uma forma de meditação em movimento. Fazia este trabalho como voluntário. Nos dias das aulas chegava a concentrar até 200 pessoas, de idosos a crianças. Ele, como sempre muito discreto, pouco dava importância a vida alheia dos seus vizinhos. Conhecia a maioria nestes encontros coletivos e mal sabia o nome de alguns. Tinha a disciplina de não envolver muito na vida de outras pessoas para que também os outros não envolvam na sua.

Raramente comprava suas coisas para as provisões. Tinha uma doméstica que fazia tudo para ele. Compras, cuidar das roupas, cuidar da casa e até às vezes cuidar da cadela Fischer.

Em uma situação rara, um sábado de manhã Augusto foi até a feira para comprar algumas frutas. Rodou pela feira procurando os melhores produtos com os melhores preços. De longe percebeu uma morena de pele clara, com a nítida expressão de tristeza. Usava um vestido florido, solto no corpo. O calor era intenso. Parecia que ela estava tendo um problema com o vendedor. Ficou alguns minutos observando discretamente, até que ela afastou, Augusto aproximou da barraca.

— Desculpe, mas não pude deixar de observar uma situação que acabou de acontecer aqui. Algum problema com a moça? Perguntou ao feirante.

— Sim! Ela estava com pouco dinheiro para levar a compra. Infelizmente não posso deixar levar. Sou apenas funcionário. Qualquer falta de dinheiro no caixa, sai do meu bolso!

— Ela vem sempre aqui?

— Sim. Todo sábado faz compra aqui. Leva uma coisinha ou outra! Todos aqui a conhecem!

— Então porque você não a fia? Semana que vem ela paga! Já que todos a conhecem aqui! Questionou Augusto.

— Aí que está o problema! Só fornecemos para ela o que tiver condições para pagar! Não sabemos se ela terá o dinheiro ou não semana que vem! Outra coisa é o marido dela! Ele não permite que ela compre a crédito! Tudo tem que ser a vista! Explicou o feirante.

— Que conversa é esta? Se ela quer levar irá levar! Quanto é a compra? Eu pago! Disse Augusto revoltado.

— Senhor! Eu não sou seu amigo, mas aconselho ao senhor para não se envolver nesta história! Ali as coisas são muito complicadas!

Augusto ficou alguns segundos pensando e decidiu que iria pagar as compras. E que se ela quisesse levaria mais coisas.

— Por favor! Chame-a e diga que ela pode levar as compras com o dinheiro que ela tem! Que resolveu dar um desconto. Vá lá! Ordenou Augusto.

— Depois não diga que não te avisei! Disse o feirante saindo atrás da moça.

— Que história mais maluca! É cada uma que ouço! Resmungou baixinho, observando a moça se aproximar com o feirante.

Quando ela chegou foi quando Augusto percebeu a beleza daquela mulher, que aparentava ser mais velha que a idade poderia condizer. Olhos negros lindíssimos. Todo o esplendor da beleza dela, estava embutida num olhar de sofrimento e angústia. Ela não conseguia fixar o olhar o mínimo em alguma coisa. Suas mãos tremiam e ele percebeu que aquela moça estava no limite dos seus temores. Aproximou e o feirante disse que conversou com o dono da barraca e resolveu dar um desconto, por ser fiel cliente.

— Bom dia, senhorita! Cumprimentou Augusto, fingindo estar comprando algo. Ela olhou rapidamente para ele, balançou a cabeça positivamente, e retornou as atividades de embalar os produtos. Augusto percebeu que o feirante colocou mais coisas na feira dela.

— O que é isso, moço? Não precisa! Disse ela.

— Eu insisto! Fique entre nós! Ninguém precisa saber! Disse o feirante.

Ela olhou para Augusto, e ele sorriu para ela. Voltou o olhar para o feirante e sinalizou com a cabeça a presença do Augusto.

— Está tudo bem! Fique tranquila! Disse o feirante.

Ela acabou de embalar tudo, balançou a cabeça cumprimentando Augusto e se retirou. Estava com várias sacolas e andava lentamente, parando a todo momento, ajustando a carga que levava.

— O senhor deve ser novato por aqui! A história dela é muito complicada! Ninguém se envolve! Recomendo de novo também se manter bem longe dela!

— Olha, meu amigo! Não me interessa o que acontece com as pessoas! Veja o que lhe devo!

Augusto pagou e pegou suas compras e se dirigiu em direção ao condomínio. Logo avistou a moça caminhando com dificuldades, tentando levar as compras.

— Com licença, senhorita! Posso ajudá-la?

— Não! Obrigada! Pode deixar!

— Desculpe mas vou insistir! Me dê aqui algumas sacolas! Disse Augusto pegando algumas sacolas e acompanhando-a até a entrada do condomínio.

— Augusto! Meu nome é Augusto!

— Prazer, Sr. Augusto! Viviane! Disse sem olhar para ele.

— O prazer é meu! E continuaram em silêncio até a entrada do bloco onde ela morava. Aproximou um senhor grande e forte, parecia um segurança ou algo assim. Augusto percebeu que ele estava armado. Pegou as compras que estavam com ele, agradeceu e se afastando e adentrando no prédio.

— Por nada! Bom dia! Augusto sentiu uma vontade quase incontrolável de olhar para trás, mas seguiu em frente indo para o prédio onde ele morava.


Dec. 19, 2019, 9:46 p.m. 0 Report Embed Follow story
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