way_borges229 Way Borges

O filho único de Howard não tinha mais esperanças e sonhos de um futuro feliz ao lado de quem tanto amou, estava quebrado demais para isso, uma imensa escuridão o cercava e o impedia de enxergar uma saída de todo aquele caos que sua mente se tornou. Não se achava merecedor de esta vivo; em seu âmago sentia-se pior que lixo. Um inútil. Um estorvo para todos que o cercavam. Mesmo assim, o herdeiro Stark gostaria de ter uma chance de contar a verdade, explicar o que realmente aconteceu naquele dia que sua vida começou a ruir e que Steve não o odiasse. Foi com esses sentimentos insalubres no peito e pensamentos suicidas que Tony tentou assistir as aulas naquele início de semestre #Stony (+18) (Menções de Thorki e Winterwidow) ALERTA: A historia contém depressão, ansiedade, ataque de pânico, estupro, insinuação da tentativa de suicídio, caso você ache que isso possa te trazer qualquer tipo de mal estar, te aconselho que tenha cuidado ao lê-la.


Fanfiction Movies For over 18 only. © Os personagens não me pertencem, porém a história é inteirinha minha. Capa editada por mim - créditos da imagem ao(s) autor(es).

#ansiedade #depressão #angst #drama #romance #marvel #homemdeferro #capitãoamerica #vingadores #steverogers #tonystark #stony #colegial #amor #superação
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Capítulo 01 - Destroços

Nota do Autor

Olá povo lindo do meus coração, olha eu aqui com uma nova historia cheia de sofrência, mas dessa vez é uma Stony.

Sei que vai ter muita gente querendo me matar por causa disso cof cofMallowReede lais_burghausen_ cof cof, mas eu não resisti a tentação, escrever angst é viciante.

Bom, chega de enrolação


*****


Os olhos castanhos do herdeiro da família Stark estavam presos no prédio de arquitetura colonial de Midtown High School. Tony respirou fundo diversas vezes tentando afastar o pavor, não estava pronto para mais um ano letivo. Queria ter um ataque de pânico antes das aulas começarem, já bastava estar com olheiras enormes pela noite mal dormida devido a ansiedade.

Deu o primeiro passo rumo à entrada do colégio com o seu coração batendo forte no peito; sentia-se enjoado e com vontade de vomitar mesmo que não tenha nada em seu estômago. Suas pernas tremiam, entretanto não era por causa do frio intenso de janeiro que assolava a cidade de Nova Iorque – e que se infiltrava pelas suas roupas até sua pele –, era receio de voltar ao colégio. Queria seus amigos ali com ele, queria Bucky ali para lhe dizer que tudo ficaria bem, estava se apoiando muito nele ultimamente, mas era compreensível, afinal, foi ele quem o impediu de fazer uma enorme besteira depois que aquilo aconteceu.

– Eu sou Tony Stark. Eu posso. Eu consigo. Eu sou mais forte do que imagino.

Murmurava para si mesmo como se fosse um mantra a cada passada que dava, mesmo que as palavras parecessem vazias e uma grande mentira, era algo com que se agarrar naquele momento para não pensar em tudo o que tinha acontecido no último ano. Tony sentia como se estivesse entrando em um colégio pela primeira vez.

O colégio estava mais quente no lado de dentro e cheio de adolescentes andando de um lado para o outro. O jovem Stark se questionou: eles estão tão perdidos quanto eu?

Tinha perdido as rédeas de si mesmo e precisava de comprimidos para se manter na linha. Mesmo não gostando, pois o deixavam com o raciocínio lento e sonolento, já não podia sair de casa sem tomar a medicação e sua mãe fazia questão de lembrá-lo de tomar todas as manhãs.

Esforçou-se para passar despercebido, e de certa forma funcionou, chegou em seu novo armário que ficava ao lado da sala de informática, puxou o papel com a combinação que seu pai tinha lhe dado antes de saírem de casa. Tony o abriu encontrando o espaço completamente vazio, mas ainda haviam marcas de figurinhas na porta. Retirou sua mochila das costas, pegando os livros didáticos para organizá-los sem se importar muito com o restante dos alunos, ao menos até alguém para do seu lado.

– E aí, filhote de cruz credo!? – a voz familiar fez um pequeno sorriso brotar nos lábios de Tony. Ultimamente, apenas James Buchanan Barnes conseguia lhe fazer sorrir.

O único filho de Howard e Maria Stark olhou para o rapaz de cabelos castanhos escuro contrastando com a pele branca, de olhos azuis-esverdeados de um metro e setenta e sete ao seu lado.

– Aluado, sentiu minha falta? – Tony questionou fechando a mochila.

Seu amigo tinha passado as festas de fim de ano em sua casa. Como Bucky não tinha família por ter sido emancipado aos dezesseis anos – e ele precisava de companhia –, sua mãe foi rápida em convidá-lo para passar uma temporada com eles. Foi bom ter alguém para conversar, mesmo que na maior parte do tempo Bucky falasse sozinho. Tony agradecia por tê-lo ali do lado, concentrar-se na voz rouca do amigo o fazia esquecer por alguns instantes as memórias ruins.

– Nossa! Você nem imagina como senti a sua falta, Almofadinha – Barnes dramatizou colocando a mão no coração e fazendo uma expressão de sofrimento.

O Stark mais novo sorriu abertamente e isso foi uma vitória para Bucky, não via aquele sorriso há tanto tempo que tinha esquecido como era bonito. Não sentia pena de Tony, ele não merecia esse tipo de coisa, poderia dizer que está mais para afeto, consideração e acima de tudo, respeito. Nunca pensou que aquele garoto mimado e arrogante, que conhecia desde a quarta série, fosse tão forte e que um dia desejaria protegê-lo de todas as mazelas da vida.

– Você sentiu falta de comer a minha comida – o filho de Howard comentou fechando seu armário.

– Claro! Você belisca como um passarinho, alguém tem que comer, não vou deixar comida estragar – os dois tinham começado a andar pelos corredores movimentados. Ambos tinham os mesmo horários, cortesia do progenitor Stark.

– E aí, maricas? – uma voz feminina chama a atenção de ambos.

Natasha Romanoff se aproximava com um sorriso zombeteiro nos lábios, Bucky sorriu abertamente para a garota que era uma combinação perfeita de beleza e força. Quem olhasse para ela a compararia com uma boneca: fios vermelhos, pele branquinha e macia como seda, corpo curvilíneo, olhos azuis acinzentados... perfeita! Não conseguiria imaginar o quanto Natasha é geniosa, protetora e perigosa.

– Meu amor! – Barnes exclamou de braços abertos chamando a namorada para um beijo e um abraço, ele estava com saudades da ruiva violenta. Nunca esteve tão apaixonado, às vezes se sentia em um filme água com açúcar que a senhora Stark tanto ama.

– Não vem com “meu amor” para o meu lado, Barnes – ela falou demonstrando todo o seu mau humor.

– O que foi que eu fiz? – Bucky questionou murchando as orelhas como um filhotinho que acabou de ser repreendido.

– Você não me ligou desde o Natal, os dois sumiram para ser sincera – ela reclamou fazendo um bico emburrado.

– Culpa minha – Tony se pronunciou levantando a mão direita parcialmente coberta pelo casaco verde fosco dois números maiores. – Minha família foi para o campo e não pegava sinal no celular.

A expressão no rosto de Natasha suavizou e um sorriso afável surgiu em seus lábios vermelhos. É sempre assim quando o herdeiro dos Stark estava envolvido e ele sabia, por isso usava esse fato para salvar o amigo de enrascadas com a recente namorada.

– Tudo bem, seus maricas, eu perdoo vocês pelo sumiço – avisou e enlaçou o braço dos dois.

O trio saiu andando pelos corredores movimentados, o sinal estava prestes a bater anunciando que as aulas iriam começar. Natasha tinha apenas três aulas com os garotos, mas gostava de acompanhá-los até a sala, era uma maneira dela se certificar que Bucky não mataria aula e que Tony estava bem. O último ano não foi nada gentil com ele e sua fragilidade estava estampada em seus olhos castanhos.

A caminhada até a sala dos meninos foi rápida e assim que chegaram o sinal tocou, Natasha se despediu de Tony com um beijo carinhoso na bochecha, mas o que ela deu em Bucky era até vergonhoso de assistir de tão sexual que foi. O filho de Howard entrou e sentou no seu lugar perto da janela porque não queria segurar vela para o casal de amigos, suas bochechas estavam ardendo de vergonha devido à demonstração exagerada de amor entre os dois.

Eles costumam ser bem discretos, não sabia dizer o que aconteceu com a ruiva nesses dias que estiveram fora da cidade para ela agir dessa maneira. Apesar do constrangimento por ter presenciado um momento tão íntimo entre os amigos, Tony também estava feliz por saber que uma coisa boa nasceu de toda a confusão que sua vida se tornou.

Bucky e Natasha estavam namorando há quatro meses, os dois vivem brigando, mas os olhares trocados, as pequenas demonstrações de carinho, não deixavam dúvidas de que eles se amavam. Tony suspirou melancólico, ele teve um amor assim, mas agora não tinha nenhum contato com ele, até mesmo Bucky não tem notícias.

Tudo o que o Stark mais jovem gostaria era uma chance de contar a verdade, explicar o que realmente aconteceu naquele dia que sua vida começou a ruir. Não esperava que isso consertasse as coisas, não tinha mais esperanças e sonhos de um futuro feliz ao lado de quem tanto amou, estava quebrado demais para isso, uma imensa escuridão o cercava e o impedia de enxergar uma saída de todo aquele caos que sua mente se tornou, mas ao menos queria que ele não o odiasse.

Deu um pequeno salto na cadeira quando sentiu uma mão sobre as suas, sentiu seu pulso direito arder, nem ao menos tinha notado que se arranhava novamente, Bucky estava do seu lado acompanhado com seus outros amigos que o encaravam preocupados. Sua amiga Virgínia Potts, ou simplesmente Pepper sentou-se na cadeira a sua frente, tocou seu rosto com delicadeza e enxugou as lágrimas que nem ao menos percebeu que rolaram de seus olhos.

– Um dia de cada vez, Tony. Um dia de cada vez – ela falou docemente. Ainda era grande o número de estilhaços ao redor do único filho de Howard e Maria Stark, mas também pudera, ainda estava tudo tão recente, apenas tinham se passado quatro meses desde que tudo aconteceu.

Os cabelos de Pepper eram ruivos, mas de um tom mais claro do que da Natasha, a pele mais pálida e com algumas sardas, os olhos também eram mais doces do que os da Romanoff, mas possuíam o mesmo carinho e cuidado para com ele.

Seus amigos Thor Odison, Wanda Maximoff, Loki Laufeyson sentaram-se em seus devidos lugares, montando uma barreira de proteção juntos com Bucky e Pepper. Tony sentiu vontade de chorar, não sabia se era de felicidade por ter amigos tão bons ou de vergonha por preocupá-los tanto.

O filho único de Howard não se achava merecedor de todo esse cuidado, lembra-se de ter sido estúpido com cada um deles, até mesmo com a Potts, sua amiga mais antiga. Em seu âmago sentia-se pior que lixo. Um inútil. Um estorvo para todos que o cercavam. Não merecia estar vivo, essa era a única coisa que ele tinha certeza. Foi com esses sentimentos insalubres no peito e pensamentos suicidas que Tony tentou assistir as aulas naquele início de semestre.


*****


Notas do autor

Então meus xuxus cheiroso, espero que vocês estejam bem e antes de suplicar por minha vida quero avisar que não vou estabelecer uma data certa para as postagens, tenho que terminar a minha outra historia (a Thorki), quem a acompanha Translucido sabe como ela é mais complicada e maior que essa, mas não passarei seis meses sem atualizar.

Quero agradecer aCecyJarskepor me ajudar com o capítulo, te amo mana

Agora as suplicas!

Por favor, não me matem, eu gosto tanto do meu pescocinho, mas se vocês quiserem, podem votar na historia e comentar bastante.

Bjus nenês

Dec. 19, 2019, 3:35 p.m. 0 Report Embed Follow story
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