Tarde de primavera, caminho pelas barulhentas ruas da cidade , o cheiro a gasolina no ar , as pessoas apressadas quase que colidem umas com as outras e os carros buzinam impacientes para as pessoas que atravessam as passadeiras. Um alvoroço destes torna uma simples tarefa , como ir comprar alguns livros, extremamente estressante.
Olho em meu redor , para verificar se alguém que me pudesse reconhecer estaria por perto. Não gostaria que me encontrassem a comprar livros para a universidade, seria bastante mau para a minha reputação. Olho para o papel que o director da escola me tinha dado novamente, para verificar se aquele seria mesmo o sitio certo para eu comprar os livros, "flores feitas de letras" , uma pequena livraria com canteiros de flores cor de laranja à porta. Entro fazendo o sino da porta tilintar , o sitio é pequeno mas bonito. No cimo de um escadote está uma rapariga elegante de cabelo curto liso e preto , a colocar alguns livros na prateleira mais alta.
-Boa tarde.-Ela diz de forma musical sem se virar ou olhar para mim, suspiro. Estou com pressa e só quero sair daqui o mais rápido possível. Sinto-me nervoso, olho para o relógio pendurado na parede e vejo que estou atrasado, eles já estão à minha espera.
-Preciso de livros para a universidade , para o curso de direito.-disse retirando a lista dos livros do meu bolso.
-Eu disse, boa tarde.- ela repete descendo o escadote. Rapariga chata.
-Boa tarde-digo suspirando enquanto caminho em direção dela. Ela finalmente vira-se para mim e eu consigo ver o rosto dela, ela é muito bonita, tem os olhos castanhos claros e pestanas compridas , e lábios vibrantes e carnudos. Eu não sou muito alto mas mesmo assim a maioria das mulheres são mais baixas do que eu , mas ela é uns centimetros mais alta do que eu , faz me sentir estranho.
-Assim está melhor, como posso ajudar?-ela pergunta com um sorriso amigável. Eu desvio o olhar , o sorriso dela está me a deixar desconfortável, e dou lhe o papel com a listagem dos livros para as mãos.
Ela examina o papel em silêncio.
-Muito bem.-ela murmura meio que para si mesma e entra numa salinha com caixas de livros ao lado do balcão. E voltou com um molho alto de livros nos braços e pousa-o no balcão.
-Aqui tem, são cento e vinte e noventa e nove, por favor.-ela disse com um sorriso altruista. Nunca pensei que livros, simples livros! Vou ficar com tão pouco do que ganhei este mês.
-Eu sei , a educação é estupidamente cara. Especialmente o ensino superior. -ela disse com uma sobrancelha arqueada e uma expressão sarcástica. Ela tem razão os livros deviam ser gratuitos. Suspirei e dei-lhe o dinheiro. Merda. Estou tão atrasado.
-Obrigada.-disse com um leve sorriso enquanto me apreçava para a porta.
-Obrigado eu.- ela respondeu de volta com um doce sorriso.
Procuro o lugar em que estacionei a minha mota e faço-me à estrada. Desloco-me rapidamente ao meu apartamento para deixar os livros e de seguida para o armazém onde está toda a gente impacientemente á minha espera. Estaciono atrás do armazém e corro para dentro.
- Estás meia hora atrasado maninho.-diz Soren sarcasticamente ,ele está bem chateado, desde que nós eramos pequenos que ele sempre odiou esperar.
-Então Timy , o que raio estavas a fazer que te demorou tanto tempo, não é como se fosses alguém muito ocupado.-disse o David só para me irritar. Odeio que me chamem Timy , fazia sentido quando eu era um miudo mas agora é só a forma irritante de eles se meterem comigo.
-Deixei me dormir não dormi a noite toda , fui a uma discoteca.-menti , recusando me a olhar para eles.
-É bom saber que levas o grupo a sério e chegaste atrasado por causa de ser hora da sesta. Mas não tem importância. Porque ontem conseguimos vender um terço da nossa mercadoria e conseguimos fazer 90 000de lucro!Excelente trabalho pessoal!-disse Soren gloriosamente. O Din colocou o braço por cima do meu ombro e apertou me de forma brincalhona a felicitar-me também pelo trabalho.
-Portanto hoje, vamos todos sair e festejar! As bebidas são por minha conta! Bom trabalho pessoal!- grita o meu irmão entusiasmado. Todos felicitam-se uns aos outros vitoriosamente. É muito dinheiro para dividir por nós , à um ano que não fazíamos tanto. Estou feliz com a notícia mas ao mesmo tempo sinto me mal por não ter contado a ninguém que vou para a universidade, nem sequer ao meu irmão , nem sequer ao Din o meu melhor amigo. Sinto-me mal porque sei que eles me vão expulsar do grupo se descobrirem e porque teria de os abandonar. Eu sei que o que fazemos não está certo , mas isto , é tudo o que eu sempre tive.
- Então aonde vamos??- Pergunta o Devin animado.
- Hoje vamos a um sitio com mais classe...-disse Soren.
-Eu sei que eu estou a precisar de uma bebida!-digo forçando um sorriso.
-Hoje ás dez horas na discoteca "tentation". Vistam-se bem.-anunciou Soren.
Todos vamos embora e eu fui para casa porque eu realmente estava cansado , não porque fui a uma discoteca ontem á noite mas porque tive insónias a noite toda e por isso não dormi nada e precisava de descansar.
Nove horas acordo e vou tomar um duche para me vestir e ir ter com o Din para irmos os dois no carro dele, porque eu sei bem que não vou estar em condições de conduzir para casa. Separei um fato com uma gravata preta e camisa bordeaux. Assim que me visto desço as escadas do condomínio e entro no carro do Din que já estava na rua á minha espera.
-Esmeraste-te no visual hoje tim!-diz Din com um sorriso de troça.
-É , também adoro a tua gravata cor de rosa.-respondo de volta.
- As raparigas gostam.
- Aposto que sim.-respondo.
Conduzimos até lá durante uns 25 minutos até nos depararmos com uma enorme discoteca.
- O exterior não me diz nada.-Digo.
-Pois é, é esta a grande famosa discoteca de que o teu irmão estava a falar?-perguntou Din com uma sobrancelha levantada julgando o exterior da discoteca.
-Olha os outros estão ali.-apontou Din.
-Venham rapazes eu arranjei-nos lugares na lista não temos de esperar nem mais um minuto.-Disse o meu irmão.
-Tu estás muito bem irmãozinho;-disse ele olhando-me de cima a baixo. Reviro-lhe os olhos e sigo-os para dentro da Discoteca.
-Pessoal, divirtam-se!-grita o meu irmão abafado pela musica eletrónica.
Este sitio é enorme , tem um bar gigantesco com tipos de alcoól que eu nem sabia que existia uma enorme bancada de vidro e duas outras de mármore, enormes candeeiros com um estilo foturista pendorados nos tetos e uma pista de dança com luzes brancas e detalhes cromados e uma piscina de espuma enorme. A zona vip tem 3 jacuzzis e stripers. O sitio é definitivamente muito menos bonito por fora do que por dentro.
-Anda, vamos arranjar umas bebidas- diz Din. E lá fui eu.
Doze shots depois e cá estou eu na pista de dança a esquecer-me de todos os problemas e a dançar , com um martini na mão. O meu irmão já bebeu três vezes o que eu bebi e está completamente partido.Quando ele chega ao pé de mim.
-Tim, secalhar já chega de bebida para ti.- ele disse tirando-me a bebida da mão.
-Soren vai buscar uma para ti , aliás , TU , não deverias beber mais.- disse tentando retirar o copo da mão dele. Ele colocou o braço para cima fora do meu alcance. Que imaturo.
-Tu nem sequer trabalhaste nem metade do que todos trabalhamos para termos este dinheiro que estás a gastar agora!-ele grita realmente irritado. Olho para ele incrédulo não acreditando no que acabou de sair da boca dele. Fico furioso.
-Desculpa!?Eu trabalhei tanto quanto vocês , talvez até mais do que tu!-respondo com a raiva a fervelhar dentro de mim.
-Mais do que eu!?NINGUÉM NESTE MUNDO TRABALHOU MAIS POR NÓS DO QUE EU!Seu egoistinha de merda. Nunca sequer levas o nosso negócio a sério!!Isto foi o que te tirou daquele inferno a que chamavas casa!Se não fosse eu agora estarias na rua sem emprego sem nada!!-Ele gritou levantando a mão, SlAP, senti um ardor na minha bochecha. Não há palavras para descrever o tamanho da ira que eu tenho neste momento. Prego-lhe um murro na cara, levando logo outro de volta no nariz. Pego numa cadeira e levanto-a para bater com ela no Soren.
-Tim! PARA!-grita Din a correr em minha direção. O Soren desvia-se e eu acabo por atingir o braço de uma empregada juntamente com a bancada , a enorme e longa bancada de vidro... que se partiu em mais de mil pedacinhos por todo o chão , dois seguranças agarram-me e arrastam-me pela sala. A raiva que eu tinha desapareceu e eu apercebi-me de tudo o que tinha acontecido.
-Na semana passada fui informado que se houver danos na discoteca não é para ir lá para fora mas para os levarmos lá para o escritório para tratarem do pagamento dos danos.-disse o segurança mais velho para o mais novo. Merda. A bancada que eu parti tinha para ai uns sete metros de comprimento é impossível ser não ser caríssima. Os dois homens arrastam-me escadas acima. E eu começo a ficar com um nó no estômago. O nervosismo está a tomar conta de mim. Chegamos a uma sala , onde um dos homens bate á porta. A porta abre-se mostrando quem está por trás desta enorme discoteca. Não pode ser. A rapariga da livraria é a dona da discoteca?? Fico confuso e espantado com a tremenda coincidência, não sei porquê mas isso deixou me ainda mais nervoso. Ela olhou-me de cima a baixo com espanto , olhando-me de seguida nos olhos com uma cara de desaprovação.
-Tu...- ela diz.
-O que é que ele fez?-ela perguntou olhando para os seguranças.
- partiu a bancada de vidro tingido e lesionou uma das nossas bartenders no processo.- respondeu um deles.
-Foi um acidente.-acrescentei baixinho enquanto olhava para o chão recusando-me a olhar directamente para ela.
-Este pode entrar, vocês esperam cá fora.- ela diz voltando a olhar-me de cima a baixo.
-Tem a certeza , chefe?-Perguntou um deles. Eu não quero ir. Quero ir para casa e nunca mais sair.
-Fiquem á porta.-ela repete autoritária. Eles largam me e deixam-me entrar para o escritório. fechando a porta por trás de mim forço-me a olhar para ela. Ela não parece de todo o tipo de pessoa que teria uma discoteca ,ela usa uma blusa branca com detalhes em renda com uma saia azul e julga-me com os seus grandes olhos castanhos todos os meus movimentos.
-Partiste a bancada mais cara que eu tenho na discoteca inteira.-ela disse olhando para mim como se fosse devorar a minha alma com os olhos, ela parecia tão doce e meiga na livraria nem parece a mesma pessoa. Eu sabia que aquela bancada ia me custar caro , vou ficar sem a maioria da minha parte do dinheiro de certeza, se o meu irmão ma der depois de eu o ter tentado atacar com uma cadeira, se ao menos ele não tivesse sido tão estúpido comigo.Ela aproximou-se de mim de repente e eu dei um passo para trás.
-O teu nariz está a sangrar.- ela agarra num lenço da secretária dela e vem para perto de mim para limpar o sangue, eu deixei mas corei envergonhado. Eu sou um desconhecido , mas ela está me a tratar de forma tão cuidadosa, eu literalmente parti a bancada mais cara que ela tinha e magoei-lhe uma bartender sem querer, eu sou tão, tão estúpido. Ela deitou o lenço fora no lixo ,e foi até à porta abrindo-a levemente.
-Quem se magoou,Tommy?- ela pergunta a um segurança.
-A Alice, no braço.-responderam.
-Obrigada.-ela fechou a porta e virou-se para mim.
-O que raio se passou para partires uma bancada que eu comprei a um artista russo por milhares de euros e simplesmente assediares a integridade física da minha empregada e colega.-ela perguntou com braços cruzados , impaciente por uma resposta.
-O meu irmão é um idiota e começou luta comigo. Para além disso eu estou alcoolizado , eu não queria magoar a tua empregada foi um acidente eu queria acertar com a cadeira no meu irmão não nela.-digo olhando para a parede para não ter de olhar para ela nos olhos. Ela faz uma cara espantada. Acho que acabei de piorar as coisas.
-O que é que te fez pensar que atirares uma cadeira ao teu irmão na minha discoteca é menos ofensivo!?-ela pergunta séria e chateada.
-A bancada custa quatro mil e quinhentos euros.-ela acrescentou. Engoli seco, isto não é nada justo.
-A culpa foi do meu irmão! Ele pregou me um estalo, ele bateu me primeiro! Deviam cobrar-lhe a ele!-digo revoltado.
-E tu tentaste dar-lhe com uma cadeira , não é por estares alcoolizado que tens desculpa para fazeres tudo o que te apetece e comportares te como uma criança que não se sabe controlar!-ela gritou de forma severa e eu encolhi-me. Não é justo. Não é justo. Não é justo.
-Agora podes ser maduro e lidar com as tuas consequências ou ser uma criança que não admite quando erra.-ela diz apontando para mim. O meu nervosismo aumenta eu não tenho esse dinheiro e duvido que eu o vá ter.
-A culpa não foi minha!-eu digo frustrado , a minha voz falhou o que me fez ficar envergonhado. Esta rapariga já na livraria me deixava desconfortável, agora está me a fazer sentir tão pequeno. Ela suspirou e fez um leve sorriso para ela mesma, o que me deixou receoso, será que ela vai chamar a policia? Isso podia ser muito mau , ela vai processar-me ou algo do género? O meu coração começa a bater mais rápido enquanto eu a vejo a ir à secretária dela. Ela pega numa cadeira e coloca-a no meio da sala. Não entendo , ela vai atar-me á cadeira até a policia chegar?! Ela estuda a minha linguagem corporal de cima a baixo, eu sinto que ela é como os cães e consegue sentir o meu medo. Ela senta-se na cadeira ajeitando as suas roupas e colocando o cabelo atrás da orelha. Ela olha para mim com um sorriso meigo.
-Vem aqui , por favor.-ela diz olhando para mim como se estranhasse eu estar hesitante. O que é que ela quer? Não sei se é do álcool mas tenho um enorme nó no estômago.
-Por favor.- ela repete de forma autoritária. Caminho até estar a um metro de distância dela. Ela cruza os braços impaciente e manda-me um olhar de aviso, o que me faz caminhar os restantes passos até ela.
-Faremos como se fosses uma criança então.-ela diz agarrando no meu pulso com uma força surpreendente e puxando em direcção dela o que me faz cair de bruços no colo dela. O que raio está a acontecer?! O choque está me a impedir de lutar contra a forte pressão que ela me está a fazer nas costas para me manter no sitio. Ela não pode estar a pensar em...Não, é impossível, eu sou um homem adulto! Ela deve ser completamente louca! Começo a bater as minhas pernas.
-O que raio pensas que estás a fazer?!- grito olhando para trás. Ela debruça-se sobre mim e sussurra no meu ouvido:
-É isto ou a policia.
-Não pudemos só falar como adultos!?-pergunto tentando me levantar.
-Eu tentei, mas parece que alguém não assume os seus erros, além disso não ouvi um único pedido de desculpas sair da tua boca.-Ela diz e eu sinto a mão dela agarrar nos elásticos das minhas calças e boxers e a baixa-las até as minhas bordas.
-NÃO!Por favor.-Grito assustado com os nervos á flor da pele e tento colocar as minhas roupas para cima. O meu coração bate a mil à hora. sinto-me tão exposto. Sinto as minhas bochechas a corar. Eu quero gritar para ela chamar a policia se esta é a segunda opção mas se a policia investigar-me muito , podem descobrir o Gang , ou multar-me ainda mais ou eu posso ser preso ou...Eu nem sei!!
-Queres a policia então?-ela pergunta mesmo sabendo a resposta.
-Não sua louca!-grito no pico da frustração. SPLAT. OW.
-Eu peço desculpaa!Por favor para.-grito em rendição. SPLAT SPLAT SPLAT SPLAT SPLAT SPLAT. Ela faz chover mais golpes dolorosos no meu indefeso rabo que me fizeram sugar ar pelos dentes com a dor. Ela bate com muita força. Como é que alguém que aparenta ser tão meigo e doce pode causar tanta dor. SPLAT SPLAT SPLAT SPLAT. Contenho-me com todas as minhas forças para não deixar escapar nenhum som nem deixa-la perceber que ela está realmente a afetar-me.
-Tu és um homem adulto! Sabes melhor do que culpar os outros por as tuas ações! E ainda ousas faltar-me ao respeito e não pedires desculpa!Obviamente precisas de incentivo para realmente lamentares o que fizeste!-ela repreendeu-me fazendo-me sentir pequeno e vulnerável, não há dor maior do que a da humilhação porque eu estou a passar. SPLAT SPLAT ela continua a encher-me de palmadas, dolorosas e humilhantes que fazem as minhas pernas baterem e as minhas costas arquearem.
-OW, foi um acidente!-digo desesperadamente depois de uma palmada especialmente dolorosa. Eu só quero desaparecer, a humilhação de ter uma mulher a bater-me nesta posição tão vulnerável só torna todos os golpes aplicados em mim dez vezes mais dolorosos. Ainda por cima ela é tão bonita , SPLAT SPLAT SPLAT.
-AH , aaah aí não , por favor.- implorei depois dela me ter dado algumas palmadas bem fortes nas bordas.Odeio o quanto isto me afeta, odeio o quanto eu quero espernear no colo dela para conseguir sair desta situação horrível . Aah devia ter ficado calado, ela continua a bater nas bordas e ainda desce lentamente para as coxas enquanto dá múltiplos golpes no mesmo sitio o que me faz bater as pernas incontrolavelmente.
-Aaaaaah , por favor , desculpa-me! por favor!- grito em dor. Sinto lágrimas a surgirem nos meus olhos, recuso-me a deixá-la ter a satisfação de me fazer chorar.
-Não estás no controlo do teu castigo , eu vou bater onde acho melhor bater. Tenho a certeza absoluta que tu não atiras-te uma cadeira sem querer , teres partido a minha bancada e magoado a minha colega pode ter sido um acidente mas isso não te tira a culpa de cima. Poupa-me as tuas desculpas, só as estás a pedir porque queres que a dor pare , mas com certeza que serão sinceras assim que estivermos acabados.-ela diz batendo-me com o dobro da força para enfatizar as suas palavras. Dói. Dói muito. Começo a bater as pernas com mais força.
-HMMM , aaaaaah AH , dói muito por favor.-digo por impulso, se continuar assim vou começar a chorar, eu não posso deixa-la ver me a chorar.
-Para quieto, é para doer.-ela diz de forma autoritária. Ela coloca uma das suas pernas por cima das minhas e prende-as com força para eu não conseguir mais espernear. A minha respiração ficou acelerada. Não tenho como fugir da dor agora.
-Respira.-ela susurrou numa voz calma e passou suavemente as costas da sua mão na minha pele castigada, e eu comecei a respirar mais calmamente. Dói imenso, eu não estaria surpreendido se o meu rabo estivesse da cor da minha camisa. SPLAT SPLAT SPLAT SPLAT SPLAT SPLAT!
-OW OW , aaaaaah aaaah quem me dera ter como te pagar AH a-a sério.-digo honestamente arqueando as costas.
-Não te preocupes tu vais pagar.- ela diz intensificando as palmadas. Oquê? vou ter de pagar na mesma?? Eu não aguento mais , não consigo aguentar mais! Dói muito. Lágrimas escorrem pelo meu rosto, sinto-me derrotado mas estranhamente aliviado por deixar as lágrimas escorrerem livremente.
-POR FAVOR, eu não aguento maais "sniff" desculpa, AH DESCULPA!-imploro em derrota. Mas ela baixa me um pouco mais os boxers expondo as minhas coxas que ela enche de dolorosas e ardentes palmadas. Não consigo aguentar doí tanto. Eu já levei um tiro, eu já levei murros ,duas facadas e nada disso me quebrou tanto como este maldito castigo de criança! Choro incontrolavelmente deixando soluços de dor sairem da minha boca. Enquanto isso ela dá-me os mais dolorosos golpes nas bordas novamente.
-AH EU IMPLORO-TE, hmm aaaaahh - eu grito penosamente. E ela para.
- O teu rabo está tão vermelho quanto o teu lindo rosto.- ela disse acariciando suavemente as minhas nádegas que ardiam mais do que fogo.
-Porque-e é que... "sniff" és tão cruel para mim...- digo com alguma dificuldade por entre os meu soluços.
-Eu estou a ser justa , não cruel. Eu sei que está a doer mas tu precisas disto para aprender uma lição , eu não posso parar simplesmente assim que tu me pedes para fazê-lo...-ela diz com um tom comprienssivo. Ela faz umas festas no meu rabo enquanto me faz acalmar a minha respiração. Continuo a chorar baixinho no colo dela durante um minuto até que ela diz:
-Mais vinte e cinco e acabamos.- ela diz calmamente. Vinte e cinco!? Eu nem aguento mais cinco...
-NÃO! Eu n-não aguento mais...Por favor"sniff" aaah, por favor..- digo olhando para trás nos olhos dela com os meus olhos a transbordarem de lágrimas. Ela colocou uma mão docemente na minha cara e fez-me uma festinha o que fez-me sentir confortado.
-Tu consegues...Respira fundo , estamos quase a terminar.-ela disse docemente, e ergueu a mão para me bater novamente. Esta dor traz-me terríveis memórias mas de certa forma esta dor faz me sentir mais leve ao contrário da dor das minhas memórias. SPLAT SPLAT SPLAT SPLAT SPLAT. Deixo-me impotente completamente apoiado no colo dela, a chorar e a abraçar uma das suas pernas numa tentativa de me confortar.
-DESCULPAAH, p-por favor "sniff" peh-erdoa-mee...-imploro-lhe por piedade , sentindo uma termenda vergonha da minha figura, eu faço parte de um gang , sou contrabandista , sei desparar uma arma e ainda assim consegui acabar nesta situação degradante , sinto que ninguém me leva a sério.
SPLAT SPLAT SPLAT SPLAT SPLAT SPLAT SPLAT SPLAT SPLAT. Ela atribui estas ultimas palmadas bem nas bordas que arrancam de mim soluços desesperados.
-AAAAAAH NÃO CONSIGO MAIS ,mais nãooo, ow ow.- grito por mesericórdia. Não me vou conseguir sentar durante algum tempo de certeza , esta mulher está me a torturar , porque é que isto teve de me acontecer a mim. Ela dá as ultimas distribuídas pelo meu rabo e pelas pernas deixando me em prantos debroçado no seu colo, derrotado e humilhado. Demorou um pouco até eu me aperceber que ela tinha parado de me bater.
-Desculpaa...aaah , a cu-ulpa foi minhaa "sniff" de-esculpaa- continuo a chorar sonoramente, sinto-me perdido e abandonado como se ninguém se importasse. Doí muito. Este sentimento faz me chorar mais.
-Estás desculpado, está tudo bem...Já passou...-ela diz suavemente esfregando a dor da minha pele ardida para me confortar.
-Portaste-te muito bem...Já foste castigado... Não precisas de pagar a bancada, eu tenho dinheiro que sobra para a substituir, só me ofendi com o teu desrespeito mas agora não precisas de te preocupar com nada disso...- diz ela acariciando o meu cabelo e as minhas costas.
-Tu bates em toda a gente, "sniff" que faz confusão no teu bar?-perguntei timidamente.
-És o primeiro, normalmente eu só chamaria a policia só que tu és muito giro e eu não consegui resistir.- ela disse rindo levemente.Ela bateu-me por achar-me giro?
-Eu "sniff sabia-a que tu eras cruel...-digo baixinho.
-Eu dei-te uma chance de não seres preso nem me deveres quatro mil e quinhentos euros e deixei-te ir só com umas palmadas. Não é cruel.-ela respondeu , até faz sentido mas ainda doí tanto. Deixei uma lágrima fresca escorrer pela minha cara.
-Chamo-me Rosie.-Ela disse voltando a acariciar o meu rabo. É estranho ela estar a apresentar-se só depois de tocar o meu rabo. Deixei um pequeno soluço escapar novamente da minha boca.
-O-o meu nome é Tim "sniff" de-esculpa mas é que eu...-começo a chorar novamente , tudo o que me tem andado a magoar está a fazer a minha tarefa de parar de chorar muito complicada, o meu irmão , o gang , a minha "familia" tudo está me a quebrar.
-Queres um abraç...- interrompi a frase dela a meio. A resposta era sim , eu precisava de um abraço , eu precisava de algo a que eu pudesse me agarrar e não largar mais, eu sinto que morreria neste momento se ela simplesmente me deixa-se desamparado, derrotado na minha própria miséria. Abraço-a com muita força como se tivesse medo que se larga-se caísse e choro no ombro dela. De certa forma sinto-me aliviado, eu precisava de chorar, e de deitar tudo o que me pesava para fora. Ela acaricia-me o cabelo enquanto eu recupero o meu fôlego. Ela está a ser tão carinhosa comigo , mesmo depois de ter sido ela , uma desconhecida, a me quebrar em pedacinhos, o carinho dela faz-me o coração quente.
Thank you for reading!
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