fanny_odadmayan Fanny Odadmayan

O mundo é bem mais aquilo que nós enxergamos, há coisas no qual preferem se esconder nas espreitas, elas odeiam luz. Estão prontas para te pegar no seu descuido. Num mundo diferente onde tem somente seis horas de sol, as Ordens dos caçadores se empenham em lutar contra seres que fazem mal, uma perversidade profana. Kamille cresceu no convento e quer muito conhecer esse mundo sobrenatural, principalmente saber sobre o sumiço do pai, para isso ela se junta ao caçador Daniel. Em conjunto lutam contra criaturas que vieram diretamente das profundezas do inferno.


Horror Ghost stories For over 18 only.

#possessão #demônios #terror #igreja
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Assista as criaturas se libertarem

Ele acendeu um cigarro e olhou para o céu, já saíam os primeiros raios indicando o novo dia. Respirou fundo enquanto caminhava calmamente se fosse outra pessoa teria medo de passar a noite fora das suas moradias porém aquele homem era diferente estava ali para caçar o que fazia os indivíduos tremeram. Deu algumas baforadas passando por um beco ainda mal iluminado, então ouviu batidas. Parou de andar, sabia muito bem a fonte do barulho daquele lugar sentia os olhos observando cada movimento seu.

Suspirou frustado apesar de seu dever ser combater criaturas, isso exigia esforços tudo que queria era fumar seu cigarro em paz. Arregaçou as mangas da jaqueta começou a falar rapidamente os feitiços então umas chamas roxas correram pelo local mostrando os seres pendurados nas paredes do beco, todos com corpos humanoides mas andavam como um quadrúpede eos olhos eram pretos, dentes enormes certamente rasgaria a carne de qualquer um. Imediatamente reagiram, essas coisas odiavam luz. Ele desenha uma estrela no chão seguida de símbolos, tatuagens escuras aparecem por todo corpo dele. Na medida que os seres tocavam no desenho suas peles queimavam em seguida o caçador pega a adaga na cintura desferindo vários golpes.

As criaturas não queriam desistir, revidavam pulando nele que da muitos chutes. Alguma consegue mordê-lo nas costa o fazendo gemer de dor. Toca no sangue escorrendo pelo nariz, era sempre assim quando ficava alguns minutos tentando expulsá-las daquele mundo. Pega no bolso água santificada e molha as mãos depois murmura o encantamento.

- Espíritos profanos esse não é lugar de vocês saiam daqui, o inferno é o buraco do qual nunca deveriam terem saído. Eu repugno esse mal!

A estrela brilha fortemente posteriormente cria correntes de ventos sugando todas criaturas, no fundo dava para ouvir gritos suplicantes uma abertura para onde almas atormentadas estavam não era algo bonito de se ver. Quando finaliza sente seu corpo estremecer, vozes sussurravam nos ouvidos com certeza repelir coisas assim te rendia muitas maldições. Agacha chateado observando o cigarro amassado no chão nem tinha acabado.

Ouve alguém soluçando se encaminha até uma casa na frente do local onde estava, foi na direção do som. Era uma mulher que estava agachada parecia estar chorando mas difícil compreendê-la, soltava palavras aparentemente sem nexo. Aproxima e é recebido por um abraço sem entender bate gentilmente a mão na costa dela numa tentativa de tranquiliza-la, sentimentos era algo que ele não se dava bem. Ainda mais no seu ramo vendo tantas pessoas amedrontadas por causa do contato com o sobrenatural. Se solta preocupado pelo bem-estar dela, porém pressente algo estranho. Os dedos dela eram frios dando arrepios nele, ela afasta a cabeça mostrando seus olhos tão negros quanto das criaturas que acabou de enfrentar, tudo apareceu ficar escuro, uma sombra aparecia sobre os prédios, as luzes solares se tingiram de vermelho. A desconhecida não andava normalmente seus pés mancavam como tivesse quebrado os ossos.

A janela dos apartamentos ao redor pessoas aparecerem todos encarando ele, suas faces pálidas e sem vida, nos pés dela sempre alguma alma surgia em suplica contudo esta pisava massacrando o crânio destas.

- Foi você que invocou aqueles seres.

Ela abriu um sorriso enorme mas artificial, como se não soubesse fazer direito tal ação.

- Está...... chegando - sussurrou.

- O que?

Vira a cabeça num ângulo impossível para um mortal.

- Está chegando o julgamento.

Flash de luzes pulsavam como se um ser maior registrava aquele momento, com a visão prejudicada não enxerga nada até ver que estava novamente na frente da casa, não sabia exatamente os eventos que se sucederam. Foi pego de surpresas quando um corpo cai do alto ao seu lado, era da mulher que viu, aparentemente desta vez tinha retornado a normalidade mas infelizmente quem a possuiu fez esta cometer suicídio. Tenso nota uma multidão assustada reunir para ver aquilo, sai discretamente entre as pessoas, afinal sua Ordem nunca deveria ter sua imagem associada a nada.

.........

Deitado se esticou na cama, escutava a vizinha dando seu gritos cotidianos não tinha conseguido dormir muito. No rádio uma locutora falava as notícias, acabou deixando o aparelho ligado, a imagem daquela pobre garota sofrendo e depois tendo que tirar sua vida estava encravado na sua memória. Um ventilador girava lentamente no teto, o pouco ar circulando fazia ele ter raiva do calor mesmo a estação não sendo uma culpada. Vai até onde tinha um recipiente pequeno de plástico laranja, dentro havia vários comprimidos, joga nas mãos alguns e os toma. Alguém bate na porta e ele atende se surpreendendo com as duas freiras gêmeas o encarando, entram sem convite sentando no sofá a espera do outro

- A madre tem um serviço para você.

Olhou intrigado para elas, estas seguravam terços com contas grandes de madeira e vestiam hábitos todo preto. Existia uma Ordem de caçadoras que já faziam o mesmo trabalho dele por isso estranhou a visita delas, além disso pessoas como ele não tinha bom relacionamento com instituições religiosas.

Analisaram aquele apartamento, parecia pequeno era como se era usado apenas um cômodo, pois todos os móveis estavam de forma aleatória. Esperou alguma fala, o silêncio ali já estava irritando, então pigarreou depois se encostou numa poltrona de frente para as freiras.

- Foi o que nós dissemos a madre tem um serviço para você - falou uma das irmãs.

- Ah bom dia senhoras, estou bem obrigado por perguntarem - ironizou.

- Sou Katy e esta é Lucy, fomos enviadas para contratar seus serviços.

- Estão me zoando - respondeu sarcástico - De qualquer forma não trabalho para terceiros.

- Ora acredite nós o recompensaremos bem ..... vamos lá todos necessitam de recursos monetários.

O homem não falou nada apenas a fitava.

- Aconteceu algo com suas caçadoras? Na verdade eu poderia mata-las seria mais fácil.

- Seus feitiços não funcionam em nós - disse a outra gêmea até então quieta.

- É uma pena .... Bom senhoras se vocês não tem nenhum plano para fazerem eu gostaria que saíssem.....

- Deve ter algo que queira, todos desejam algo.

Ele respirou fundo pegou um cigarro e ascendeu dando longas baforadas, não sabia responder essa fala sua vida se baseou em caçar criaturas malignas.

- Caso eu atender o pedido de vocês me deixam em paz ?

- Se quiser encarar desde jeito, então sim.

Deu de ombros afinal tinha nada para fazer, não deveria ser nada difícil o que mandariam ele fazer.

........

O convento St. Lúcia era composto de três grandes prédios além de um pátio e a capela, tudo era feito num estilo bem antigo. Apesar do lugar ser grande as janelas e portas pareciam cercar como numa enorme fortaleza. Na hora que chegaram, uma fila de freiras varriam o chão, quando viram ele começaram a cochichar, todas olhavam com curiosidade. O homem se lembrou que aquela igreja era conhecida por ser fechada ao mundo exterior, fora isso não tinha costume de permitir pessoas do sexo masculino naquele local, com exceção de autoridades religiosas. A sala da madre era arejada para um lugar fechado, uma mulher entrou que andava muito ereta.

- Fico contente por aceitar nosso chamado. Primeiramente vamos nos apresentar, eu sou Celestine e você qual é seu nome ?

- Daniel Swan - respondeu rabugento.

- Gostaria de alguma coisa talvez um caf.....

- Eu não estou aqui para conversas atoa.

- Caro senhor gostaria de ter um diálogo amigável com você.

-Para que quer meus serviços?

Ela bufou realmente o homem era uma pessoa difícil resolveu chamar uma jovem que veio caminhando cantarolando, esta tinha síndrome de down, quando viu a religiosa sorriu.

- Por favor querida busque duas xícaras de café para nós.

- Sim! - falou ela indo na mesma alegria que chegou.

- Nossas caçadoras estão realizando um trabalho por isso estou requisitando você - explicou.

- Interessante me pedir isso, nós somos meros pecadores fazendo pactos na espreita da noite - exprimiu sarcástico - Diz aí o que elas foram fazer ?

- Tem assuntos que não cabe....

- Não me vem com essa madre.

A jovem volta trazendo o café sorridente, dessa vez outra mulher vem com ela que senta perto dele cruzando as pernas. Daniel encara a estranha, se vestia diferente usava uma calça escura, uma blusa branca que deixava seus ombros a mostra contudo trajava um colete marrom de botões.

- Obrigado Claire - agradeceu a madre se dirigindo a outra sorridente que saiu da sala cantando.

A chefe religiosa pega uma caixa cheia de fotos preto e branco.

- Esta casa fica no extremo da nossa cidade - disse entregando algumas imagens para ele ver - Tem vários casos de mortes nesse lugar, virou uma espécie de lenda urbana. Tivemos notícia que três adolescentes irresponsáveis entraram nesse lugar, acredito num desses testes de coragem, nunca mais foram vistos. Gostaria de que trouxesse eles a salvo, também desejo uma caixa de madeira do século XVIII.

- Ah ótimo eu vou ser seu caça tesouros.

- Apenas cumpra - fala irritada.

- Abre o jogo porque quer tanto essa caixa velha?

- É somente uma relíquia.

- Hum, e o que ela faz numa casa abandonada?

- Você não está aqui para perguntas.

- Tanto faz...... bom partirei hoje a noite.

- Excelente! Discutiremos seu pagamento depois.

- Ah senhor, eu não sei muito desse mundo sobrenatural mas na escuridão essas criaturas não estão mais fortes ? - perguntou a desconhecida.

- Coisas assim odeiam o dia.

- Entendi - diz fitando ele fixadamente nos olhos depois se volta para a religiosa - Madre tivemos problemas com a irmã Mary.

O homem saiu da sala se despendido das duas.

- Não me diz que.... - falou a madre.

- Sim - respondeu.

Ele deu mais uma olhada para o convento antes de sair ainda não sabia porque tinha aceitado mas procurou relaxar pega o frasco de remédios no bolso, joga três pílulas brancas na mão e engole de uma só vez. Ouve alguém chamar repentinamente virou-se para trás num susto, aquela mulher estranha do convento entrou na sua camionete batendo a porta com um barulho forte, indignado solta alguns palavrões. Só me faltava essa, pensou.

- Merda garota, o que está fazendo ?

- Primeiro não sou uma criança para falar assim e... ah dane-se vou com você até essa casa.

Ele soltou uma risada alta debochando da atitude dela.

- Como se eu fosse deixar .

- Qual o problema ?

- Escuta se você morrer .....

- Então é isso que te preocupa ah que fofo - zombou - Olha eu sei me cuidar então vamos.

- O que vou fazer não é passeio no parque mocinha, nunca nem lutou antes aposto, como quer ir comigo?

- Medo é? Não será responsabilizado de nada caso eu morrer ou você teme umas freiras te darem bronca porque eu acompanhei você? - falou o provocando.

Ele apertou seu maxilar pegou a chave do carro no bolso e entrou no automóvel ficou encarando aquela mulher refletindo não gostava de pessoas no meio do caminho. Ergueu os ombros em indiferença se ela queria ir o problema era dela.Deu uma partida brusca dirigindo-se para as ruas movimentadas.

- Porque mora com as freiras?

- A madre não me dava permissão.

- E porque precisa do consentimento dela?

- Foi quem me criou.

- Pensei que fizessem votos de castidade.

- Eu não sou filha de uma das irmãs!

- Era só sarcasmo ok. E porque quer entrar nisso agora?

- Bom... fico trancada naquele convento o tempo todo só quero uma emoção.

- Se ver as coisas que eu lido nunca mais vai querer sair de casa.

- Não tenho medo.

- E a cenourinha tem nome? - perguntou fazendo referência aos cabelos ruivos vastos dela.

- Kamille e o seu?

- Daniel - respondeu seco.

- Você sempre deixa seu carro destrancado?

- Eu já ia entrar e ademais não tem cara de nem saber executar uma ligação direta.

O caçador dirigiu até uma casa afastada da cidade ela era pequena e modesta, cercada por um portão bem devastado de madeira, a deixando pensativa do motivo para irem ali. Entraram pela porta no qual rangia alto, tinha apenas alguns móveis mofados parecendo ser jogados no lugar. Ficou esperando uma explicação porém ele apenas pediu para segui-lo até uma sala escura, seu impulso fez estar junto de um estranho que poderia ser algum assassino, de repente ficou em pânico, quando a luz foi acesa observou vários objetos esquisitos dispostos em prateleiras.

- Você precisa se defender como é apenas uma garota muito entrona - falava recebendo olhares fulminantes dela - Escolha uma arma.

A mulher encarou inúmeros artefatos ali em cima da mesa, não sabia qual pegar então preferiu o que fosse pequeno .

- Vou ficar com essa adaga.

- Boa escolha. O Sol vai se pôr em algumas horas então precisamos estar prontos.

Kamille acenou concordando queria dar o melhor de si. Sente algo peludo nas pernas um arrepio sobe pelo seu corpo, rapidamente vira se deparando com dois olhos azuis grandes a encarando.

- U-um gato? - gagueja.

- Bartholomeu cuida da casa ele consegue sentir magia negra.

- Ah c-como uma moradia é protegida por um animalzinho desse?

- Ele é muito forte sabia se fosse você não debocharia assim - falou inexpressivo fazendo a outra sem saber se aquilo era brincadeira ou não - Aqui pegue.

Joga para ela uma lanterna, ao retornarem de volta a sala passam por um espelho, ela fita seu reflexo. O rosto estava pálido, colocou as mãos na face imediatamente a pele descola mostrando os nervos e músculos, gritou desesperada enquanto mais se mexia caía vários pedaços da epiderme.

- Ei isso não é real - acalmou a segurando pelos ombros.

- Mas eu vi.... era tão assustador.

- Relaxa você tem muito para surtar ainda.

- Ah valeu pelo incentivo.

Os dedos dele eram quentes, pressionavam forte contra sua pele. Não tinha percebido como ele era alto e imponente.

- Gostei daquele arco posso levar também - disse corada vendo Daniel a encarar.

Ele pega o objeto na parede, tinha ganhado de uma amiga caçadora.

- Ah pode. Quero ver o quanto é boa - desafiou se distanciando da ruiva e mandando esta atirar.

- N-não vou fazer isso.

- Anda logo.

Receosa dispara a flecha que sai com uma força fraca mas na direção do rosto dele, surpresa vê o homem pegar antes de acertá-lo.

- Da para o gasto.

- Simpatia não é seu forte.

- Quero ver querer ser boa quando enfrentarmos demônios agora vamos logo quanto mais cedo fizermos isso, vou poder dormir mais assim que ir para casa.

Oct. 4, 2019, 10:59 p.m. 0 Report Embed Follow story
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