dubocage Du Bocage

E se você encolhesse diante da pessoa por quem mais sente atração? Você se apaixonaria por uma mulher gigante?


Poetry Satire For over 21 (adults) only.

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Poema

MACROFILIA


Tenho aqui, agora, de indagar:

Todos amam da mesma maneira?

Ou há outras maneiras de amar?


Gosto de me imaginar encolhendo

Por um raio, pílula ou magia

Do tamanho de um Lego permanecendo

Uma constante e vívida fantasia


A essa estatura reduzido

Correndo o risco de ser pisado

Não me seria ameaçador esse perigo

Mas excitante tal estado


Desse modo me infiltraria no quarto

De uma amiga, ou ex-namorada

Aquela garota que me deixou farto

Por no colégio ignorar minha cantada


Estou no assoalho e eis que ela aparece

De sandálias salto-alto, vinda de uma balada

A cada passo dela, a terra toda estremece

Devido a meu tamanho, é terremoto cada pisada


Quase sou esmagado por um de seus saltos

E ela joga-se na cama sem me perceber

Os pés da cama e os lençóis são muito altos

Como farei para até lá em cima me ascender?


Eis que uma de suas pernas pende da cama

E descubro a imperdível oportunidade

Para a escalada minha deusa me chama

Emoção e prazer, a mais pura verdade!


O grande pé solta-se do sapato

Que por pouco não cai em cima de mim

Agarro seu dedo mindinho no ato

E a subida dos dedos começo assim


Ela pelas cócegas dá uma risadinha

Mas não me nota por ela a subir

Permanece imóvel a minha rainha

Enquanto seu calcanhar consigo atingir


Começo a subida pelas pernas lindas

E eis que surge auxílio à minha escalada:

A meia-arrastão me dá boas-vindas

A costura cria cordas para minha parada


Vou subindo de fio em fio até os quadris

Excitado de prazer pela grandeza do monumento

Quando, do nada, a perna vira e não caio por um triz

Quase sou jogado da cama por um momento!


Salvo-me por ter me agarrado à meia

E chego à sensual região da cintura

Se algum homem também tem tal fantasia, leia:

Concretizada com cinco centímetros de altura


Ela vira para cima e sigo engatinhando

Seu umbigo nu a mim parecendo poço de prazer

Pelo definido abdômen vou espreitando

Os dois montes à frente, que já posso ver


Os seios são como duas colinas do Cupido

Enrijecidas por meu suave toque sobre a giganta

Estendo uma mão e toco um dos mamilos, entretido

Excitado, o bico róseo se levanta


Cada peito é do tamanho de um iglu

Onde gostaria de fixar minha morada

Viver para sempre entre os dois, nu

Do tamanho de um prédio a minha namorada


Passo entre os seios e continuo escalando

Suado, entorpecido de prazer

Chego ao pescoço suave, os pelos dela se eriçando

Cada um a mim fazendo grama parecer


Salto e agarro o queixo angular

Impulsionando meu corpo para cima

Assim me deito no topo do maxilar

Como subindo uma borda de piscina


A boca é do tamanho de uma janela

Os lábios carnudos tendo uma textura de fruta

Toco-os naquela dimensão ampla e tão bela

Considerando-os prêmios por minha labuta


E eis que uma sombra ergue-se sobre mim

Sem que eu possa resistir à sua incursão

Uma das mãos da gigante me agarra assim

Prendendo-me entre o indicador e o dedão


As grandes unhas pintadas são como lajes

Espremendo-me feito um inseto

“Pequenino, por que não reages?”

E eu assim respondo de modo direto:

“A Baudelaire faço eco, minha amante

Que lá nos 1800 disse em Paris:

Se for para padecer com uma mulher gigante,

Eu expiro, mas morro feliz!”

June 27, 2019, 10:18 p.m. 2 Report Embed Follow story
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The End

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Du Bocage Liberdade, onde estás? Quem te demora? Quem faz que o teu influxo em nós não Caia? Porque (triste de mim!) porque não raia Já na esfera de Lísia a tua aurora?

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Eun  JI Hietala Eun JI Hietala
hola... es muy interesante.
July 06, 2019, 23:54

~

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