Um tapa pode esfolar o interior de sua alma.
Um tapa pode significar o afastamento quase embutido.
Você vacila e ele soberba. Você entra em prantos e ele sorri entre lágrimas.
Amor desdém e insalubre. Tapa reles e abrupto.
Ele peca perante suas promessas, você se vinga perante seu orgulho. Mas você não tem a certeza do ato dele, e ele viu sua vingança.
Gritos ríspidos. Ele mente, segundo você. Você bravata-o pela calúnia. Ele confirma sua inocência alarido. Você quase deixa seu corpo ser possuído pela cólera.
-º-
Uma portinhola pode representar a felicidade de um casal.
Uma portinhola pode significar a morte de um amor.
Ele entra em estado de prantos, e suas lágrimas são reles para você. Você entra em estado de furor. Ele sai do vosso apartamento, batendo com força a portinhola. Você olha para a mesma com o barulho ainda ecoando em seus tímpanos. O seu redor fica lúgubre. Você se arrepende.
Descobre afinal que ele não fez tal atrocidade, porque como você o conhece tão bem, sabe que ele não choraria como chorou.
Ficou desvalido. A lástima penetrou seu corpo, brigando com a cólera. Enleou-se. Você se oprime.
Em apenas 24 horas você descobre que o ama. Em 38 horas você já pensa em suicídio. Em 48 horas você é internado por machucar-se. Você sente falta dele.
-º-
Um olhar pode desfalecer você de tal maneira que deseja morrer.
Um olhar pode significar a beleza do amor.
Ele entrou no cubículo e olhou-o de tal intensidade que preferiria nunca tê-lo conhecido.
Você abaixa a cabeça, acabrunhado, e ele já está tocando sua pele com inúmeras sardas – sardas que somente ele tem a paciência de contar, porque a cada dia, mais aparecem.
Ele sorri e você o adula. Enquanto tentam entender vossos sentimentos, vocês dois apoquentam-se.
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