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Em que Sakura é o motivo dos sorrisos involuntários dos garotos ao seu redor.


Fanfiction Anime/Manga Not for children under 13.

#naruto #sakura
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Capítulo Único

Sakura H.

Capítulo Único

Shikamaru Nara

Shikamaru Nara, o aluno dorminhoco da Konoha Legacy, o segundo melhor colégio secundário da pequena cidade de Konoha, não era, claramente – obviamente! – muito competitivo. Sério. Tipo, ele não ligava se tirasse um A- e você tirasse um A+. Ou se seu time tinha feito 14 pontos a mais no último jogo. Ou se seu instagram era muito popular – mesmo por que, hm, não tem como ser muito popular se você só posta foto das nuvens e, ocasionalmente – raramente! – da grama.

Sakura Haruno, a melhor ginasta do colégio e ganhadora do último prêmio “O ÀS DA BIOLOGIA!”, competição anual de biologia para os alunos do ensino médio, era muito diferente. Isso quer dizer que, quando Shikamaru se inscreveu por engano para a prova desse ano e respondeu todas as questões achando que era só mais um teste bobo da velha diretora Tsunade, Sakura estava fervendo de nervosismo e a caneta não parava de tremer em seus dedos. E também quer dizer que, quando Shikamaru apareceu com 1 – ! – ponto a mais na maldita – ! – prova, o que lhe concedeu o prêmio – que ele recebeu com uma grande interrogação na cara – Sakura simplesmente entrou em surto.

Para ser bem honesto com a situação toda, Shikamaru, mais uma vez, como de costume, não se importou nem um pouco. Mas quando a diretora Tsunade, ainda de queixo caído, deslizou a faixa de vencedor para seu peito e ele olhou para a segunda colocada, não teve muita vontade de juntar as sobrancelhas e ir tirar uma soneca. Sakura Haruno estava claramente decepcionada consigo mesma. Ele ainda podia ver os tiques nervosos nas pontas dos dedos dela, como se a caneta permanecesse em posição para ser usada. Ele podia ver um brilho peculiar de ciúmes no fundo das íris esverdeadas. O leve bico que tomou conta de seus lábios, nunca tão rosados quanto os cabelos coloridos.

E, mesmo assim, Sakura suspirou e estendeu sua mão, com um sorriso vacilante, para dizer parabéns. O que era, de muitas maneiras, problemático. Isso por que, quando o Nara enfim apertou a mão da Haruno, ele sentiu muitas coisas se revirando em seu estômago vazio. Por exemplo, ele gostaria de entregar o troféu para ela, se isso a faria sorrir.

Mas, por outro lado, ela era tão bonita com o rosto choroso, que ele teria voltado no tempo e se inscrito na prova novamente – e, dessa vez, de propósito.

E tais pensamentos, meus caros, não podem acabar bem.

Gaara no Sabaku

Tudo o que Gaara no Sabaku, terceirista do Konoha High School, melhor colégio secundário da pequena cidade de Konoha, gostaria de fazer era NÃO ter comparecido num maldito karaokê com a louca da sua irmã mais velha. Temari tinha insistindo que eles deveriam fazer isso; que era a data que eles saíram da infernal Sunagakure, onde moravam no campo e tinham que lidar com muitos animais – e Temari não aguentava nem o cheiro de frango assado – e isso merecia um comemoração!

E Gaara teria concordado com, sei lá, encher a casa de gente. Comprar bebidas. Contratar um DJ – ser o próprio DJ, inferno! Mesmo ele odiando multidões, qualquer coisa teria sido melhor. Mas nããão! Temari tinha que tê-lo arrastado junto com Kankuro, pagado o táxi e dito algo sobre ser “surpresa” para onde eles estavam indo. Maldita fosse a loira. Gaara só ficou porquê a irmã pagou uma cerveja para ele – o que era tecnicamente ilegal, já que ele ainda era dimenor – e, fraco demais para o álcool, depois dos dois primeiros goles ele já estava apto à ficar paradinho na cadeira e vê-la cantando com amigas que só Deus sabia de onde tinham saído. Kankuro, por sua vez, tinha conseguido se atracar com alguma delas.

Tudo já parecia péssimo e na terceira música pop ele teve vontade de se levantar e ir embora. Não foi embora, mas pelo menos chegou ao corredor do banheiro. Se arrependeu amargamente, mais uma vez na noite, quando viu as pessoas que entravam e saiam da sala ao lado, felizes demais – bêbadas, também?! Um deles olhou para o casaco de Gaara, que tinha sido arrastado logo após a aula. E Gaara, de mau humor, olhou para o casaco dele também.

Alunos da Konoha Legacy, o segundo melhor colégio secundário de Konoha. Gaara teve vontade de suspirar. Ah, digamos que os alunos da KL não gostavam muito da sua posição no ranking... Antes que pudesse dizer qualquer coisa, quando o menino já gritava que havia KHS ali, Temari e as amigas, também em suas saias colegiais – a loira tinha entrado um ano atrasada no colégio – saíram da sua cabine em busca dele, jurando que Gaara tinha ido embora sem dizer nada para ninguém.

E ai o caos estava instaurado, pois estavam os dois, KL e KHS, no mesmo cômodo. A maioria chapado. Gaara fechou os olhos e massageou a testa, tentando se concentrar, mas, quando os abriu de novo, estava de volta à segunda cabine, da KHS, e havia um microfone apontado para o peito dele. Ele piscou. Pera aí, o que tinha acontecido?!

Argh, alguém diga para ele que os malucos não tinham decidido competir numa competição de música! E alguém diga para Gaara que a garota de cabelos rosa, saia vermelha e blusa do colégio com um nozinho que revela sua barriga magra, não está mesmo querendo fazer isso.

Ao contrário do que Gaara desejava, porém, Sakura Haruno, com as bochechas vermelhas do “refrigerante” batizado que Ino Yamanaka, sua melhor amiga, tinha arranjado, não era do tipo de sair de uma competição. E seu microfone estava muito bem na mão, obrigada.

— Não vou fazer isso – Gaara praguejou, percebendo só agora que já tinha tomado mais duas latinhas. Talvez seja por isso que sua voz estava com esses tremeliques estranhos.

Todo o povo da KHS protestou. O pessoal da KL ria. Sakura, a menina de cabelos rosa, que já tinha cantado duas canções até onde ele se recordava – e ele se recordava muito pouco da última hora, hm – só estreitou seus grandes e belos olhos verdes.

— Está com medo?

Ah, isso é o suficiente para acabar com o orgulho de qualquer pessoa bêbada. Mesmo, hm, Gaara. Ele tomou o microfone da mão de Temari e girou para o telão, como Sakura fazia. Todo o povo gritou.

O terceiro arrependimento da noite veio quando ele viu que a música era You Are The Music in Me – High School Musical.

Para constar: por tudo o que ele se lembraria no próximo dia, Sakura Haruno era uma péssima cantora. Tipo, mesmo. Ela era como um pato pedindo por ajuda. Algo assim. Mesmo assim, quando Gaara no Sabaku acordou, morrendo de dor de cabeça, havia um tom de cor-de-rosa engraçado do qual ele não se esqueceria tão cedo.

Naruto Uzumaki

Sejamos honesto, é claro que esses olhos azuis leitosos e o cabelo loiro de nascença complementam o visual engraçado de Naruto Uzumaki, aluno da Konoha Legacy – o segundo melhor colégio secundarista de Konoha. O que há para se dizer? Naruto é simplesmente engraçado. É por isso que ele tem tantos amigos. Tipo, Sasuke Uchiha. Não que Sasuke Uchiha ria muito, – cof, ele não o faz – mas se alguém poderia arrancar um sorriso daquele rostinho presunçoso, esse alguém era o Uzumaki.

É claro, Sakura Haruno, a dona do cabelo mais incomum de toda a escola, sabia disso. Era um dos motivos pro garoto ser seu melhor amigo – ela amava pessoas engraçadas! Mesmo que às vezes demonstrasse isso de uma forma, hm, incomum; socando-o, por exemplo.

Mas Sakura também sabia que Naruto comia lamen todos os dias com 2 narutos, mas sempre comia sem nas quartas, uma vez que era seu ingrediente preferido e o pobre garoto tinha medo de enjoar dele. Ela também sabia que ele sempre levava a Raposinha, seu cachorrinho – nada AFEMINADO! Naruto era muito hetero, ok?! – para passear na praça da cidade por pelo menos duas horas. E que, mesmo reclamando muito e fazendo bico, lavava todas as roupas do seu padrinho, o pervertido do Jiraiya, e pendurava pronunciando alguns palavrões – ela até ajudava... hm, nos palavrões. Também tinha ideia que a cor preferida dele era laranja, e que não suportava o vermelho por lembrá-lo muito de sua mãe. Sabia que Naruto estava sempre ali para apoiá-la, muito mais do que Ino Yamanaka conseguia. Sabia que podia reclamar das bizarrices de seus pais sem que ele pensasse que ela era muito ingrata.

Sabia que podia confiar nele para contar que todas as suas calcinhas estavam para levar e ela estava usando a mesma do dia anterior por preguiça. Por que ele confiava nela para dizer que tinha se esquecido de passar desodorante pela manhã, então era melhor não chegar muito perto – dependendo do dia, ele também simplesmente enfiava a cabeça dela no sovaco dele, o que rendia mais socos que o comum. Alguns sorrisos a mais, também.

A única coisa que Sakura não sabia, embora ela se gabasse para Tenten que sabia de muita coisa, é que Naruto Uzumaki era apaixonado por ela desde os 11 anos, quando vira os grandes olhos verdes pela primeira vez, sorrindo após ele contar uma piada particularmente ruim. Não, disso ela não tinha ideia.

Sasuke Uchiha

A primeira vez que Sasuke Uchiha, líder do clube de Kung-Fu da Konoha Legacy, segundo melhor colégio secundarista de Konoha, vira Sakura Haruno pela primeira vez, eles tinham 12 anos e a bunda dela estava cheia de talco. Bem, essa não é uma visão tão prazerosa. Mas, explicações dadas: ele ainda era faixa branca nessa época, uma vez que acabara de entrar no colégio que oferecia as aulas extras. A sala voltada para o Kung-Fu tinha entrado numa inesperada reforma e, como prometia ser algo rápido, foram transferidos para o ginásio onde aconteciam as aulas de ginástica olímpica.

Sakura Haruno e seu corpo magro demais, com os cabelos puxados num coque traseiro que fazia sua testa parecer duas vezes maior, e isso era muita coisa, tinha a ponta dos dedos apontados para o alto, as coxas firmes na posição altiva em cima do cavalo. Ela parecia confiante no seu próximo movimento. Sasuke tinha desviado os olhos do seu professor apenas por um segundo, uma vez que ele tentava ignorar todas àquelas garotas de bodys, cheias de risinhos, mas quando o fizera, seus olhos caíram na garota de cabelo cor-de-rosa. E a bunda cheia de talco. Bom, as pernas. Mas a bunda dela estava bem na direção dos seus olhos, o que ele poderia ter feito?

Quando a garota pontou o pé e se virou, pronta para fazer sabe-se lá o que em cima do cavalo, sob o olhar atento de sua treinadora, deu de cara com Sasuke Uchiha.

O que foi, de muitas formas, engraçado e estranho. O segundo mais que o primeiro. Porquê Sakura de repente arregalou os olhos e seus pés vacilaram. Sasuke só teve tempo de olhar para os pés dela, com as sobrancelhas juntas, e a menina despencou para o lado – ainda com os braços erguidos! Ele assistiu, quase em choque, como ela caiu que nem um peixe morto. O rosto mais vermelho do que tudo que ele já tinha visto.

O que causara tamanha reação, ele jamais saberia. O que sabia é que mesmo agora, 5 anos depois, a menina continuava o evitando pelos corredores da Konoha Legacy. Apesar de ter sido um episódio estranho e que rendeu muitas risadas, ela tinha sido capaz de se tornar a melhor ginasta da escola e Sasuke já tinha assistido muitas de suas apresentações – como ela também já tinha assistido as dele. Mas ela continuava virando um corredor antes dele, e desviando seus olhos-esmeralda toda vez que ele entrava na sala, e os arregalando se, por exemplo, Sasuke Uchiha, o, agora, garoto mais gato do colégio, a encontrava no shopping.

Sasuke não podia evitar pensar que isso era curioso. Muito menos podia evitar ir exatamente onde sabia que ela estava, só para ver as mesmas reações de sempre. Não podia evitar – Sakura e seus cabelos cor-de-rosa tinham se tornado um tipo estranho e engraçado de prazer.

Kiba Inuzuka

Kiba Inuzuka não era de muitas palavras, muito menos de grandes aglomerações ou irritações. Honestamente, ele preferia a companhia do seu grande cachorro Akamaru do que de pessoas. No Konoha Legacy, a escola secundarista de 3 andares de cidade de Konoha, onde ele estudava, não costumava se destacar, muito menos aparecer – passava os intervalos com Shino, dividindo uma garrafa de refrigerante e ajudando-o a decorar o próximo texto do clube de teatro. Talvez por isso um ódio crescia dentro dele...

A mesa deles, Kiba e Shino Aburame, ficava justamente na frente da mesa da grande atleta do colégio, Sakura Haruno, cujo dom na ginástica era de conhecimento geral – a velha Tsunade só sabia falar desses troféus e dos troféus de Sasuke Uchiha, o metido, no Kung-Fu – e aquela maldita garota de olhos esmeraldinos era a única coisa que o tirava do sério! Ele não sabia de onde vinha essa raiva, sinceramente. Até gostava das amigas dela, que sentavam juntas em todo intervalo; Ino Y. era gata para caramba, Tenten M. dançava engraçado e Hinata H. sempre o ajudava na revisão de alguma lição. Mas Sakura H. era simplesmente coisa demais!

Para começar, seu cabelo era cor-de-rosa, e isso era irritante por si só. Ela não podia ser loira ou morena, simplesmente? A testa dela brilhava terrivelmente com o sol das 14hrs – ainda mais por que ela insistia em prender o cabelo para trás e arrumar os fiozinhos de seu couro cabeludo com uma faixa vermelha que tinha um laço gigante. Sua risada estridente ecoava por todas as mesas ao redor quando ela jogava o corpo para trás e ria abertamente, gotinhas de suco escorrendo dos seus lábios abertos. Ela tinha as melhores notas em 6 matérias! Ela fazia ginástica – e era a melhor nisso – e estava em todas as campanhas de conscientização.

Ajudar as baleias? Sakura H. apoia!

Recolher todo o plástico da praia? Sakura H. suporta!

Contra perfumes nos lenços umedecidos dos bebês? Sakura H. assina!

A revolução jovem comunista de Konoha? Sakura H. defende!

Se havia um debate, ela tinha uma opinião. Se havia um projeto, ela tinha um pé à frente. Kiba suspirava com irritação. Ela não podia simplesmente ser um pouco menos... menos?

Para o horror de Kiba, que levava uma vida muito tranquila, obrigada, as coisas mudaram drasticamente na sua casa e ele já não tinha tempo para reparar na Haruno. Sua irmã, dona de uma clínica veterinária, estava prestes a fechar as portas – ela tinha atendido tantos casos de graça, ou por um valor que mal cobria as contas, que muitas estavam em atraso. As economias dos Inuzukas não seriam suficientes e logo Hana I. teria que declarar falência. Ele, que ajudava todos os dias na clínica, não podia estar mais arrasado – não só por ser o seu sonho comandar a clínica algum dia, mas por que sua irmã estava prestes a perder o trabalho de muitos anos.

Para o seu horror crescer ainda mais, ele desabafou e chorou a frente de Shino, que mal sabia como consolá-lo. Limpando as lágrimas, só percebeu depois que as risadas recorrentes de Ino e Sakura Haruno já não ecoavam por seus ouvidos. Na verdade, de semblante preocupado, Sakura o olhava diretamente, mesmo Ino tendo sussurrado muitas vezes para a amiga que não deveria ficar encarando.

Kiba se levantou irritado àquela tarde. Bem, e daí? Algumas pessoas têm problemas, será que a perfeita Sakura Haruno não sabia disso? Não precisava ter dó dele! Sua raiva só diminuiu no dia seguinte quando, ao acordar, tinha visto que Sakura organizava um novo evento escolar e tinha divulgado em todos os grupos da Konoha Legacy.

“A Clínica Veterinária Inuzuka precisa da sua ajuda! Se temos que deixar um legado, por que não o melhor deles?”

De repente, Sakura estava almoçando em sua casa e conversando animadamente com sua irmã, a pobre ainda em choque com a promessa de ajuda repentina. Kiba engoliu todo o seu orgulho durante aquelas semanas, certo de que qualquer garota que trouxesse para apresentar para sua família já não seria nada impressionante.

Na verdade, se ele não precisasse apresentar mais ninguém... Por que não? Talvez a garota certa já estivesse ali, bem na frente dele.

Shino Aburame

Se inscrever no clube de teatro da Konoha Legacy, a escola secundarista mais comentada de toda a pequena cidade de Konoha, não tinha sido ideia de Shino Aburame. A professora de linguagens, Kurenai Yuhi, tinha insistido muito para isso – “insistir”, nesse caso, quer dizer simplesmente tê-lo inscrito sem aviso prévio.

“É preciso superar sua timidez”, a professora tinha dito. Shino não gostava da ideia. Honestamente, ele estava bem do jeito que estava. Para quê um clube de teatro?! Ele nem era bom de decorar as falas, de qualquer forma. Não achava que figurinos extravagantes combinavam com sua figura, e seus poucos amigos já eram o suficiente para dois Shinos!

Bem, de qualquer forma, Kurenai tinha prometido, em segredo absurdamente confidencial, que acrescentaria 3 pontos à mais na sua média durante os dois semestres, se o coordenador do clube a garantisse que ele estava indo e se empenhando. 3 pontos em linguagens era coisa para caramba! E o clube só levava dois dias da semana, por que não? “Eles sempre precisam de alguém para puxar as cortinas ou ajeitar as luzes!”, Kiba Inuzuka tinha dito. E talvez ele estivesse certo; Shino Aburame não precisaria ter que bancar a árvore ou arbusto na frente de todo mundo, certo? Certo...?

Para a sua total surpresa e choque, mesmo!, a diretora de elenco tinha o achado absurdamente interessante para certo papel na próxima peça. Shino estava lá, quieto, fingindo que não estava mesmo lá e contando todas as linhas no piso de madeira, embolado em seu casaco de frio num dia de primavera ameno, 21º graus, simplesmente bancando a inexistência total, quando a mulher arqueou a sobrancelha e o chamou. “Ei, ei, o garoto ali de casaco. Sim, você. Eu sei que você está me ouvindo, não adianta olhar para o lado...”, a diretora de elenco tinha dito. Shino já não pôde mais ignorá-la ou ignorar a existência do palco. Ele engoliu em seco.

Ela pediu que ele recitasse a décima fala do terceiro ato. Shino, que nem sequer tinha aberto o roteiro desde que ele fora entrega, olhou-a com total horror. Quando abriu o papel, deu de cara com a fala de um dos personagens principais – o fantasma fantasmagórico com pinta de assustador, mas que na verdade é muito carente e gosta de música gótica. Ele recitou a fala toda, com viés de poesia, tentando ler do pior jeito possível. Segunda surpresa daquele dia; a diretora de elenco gostou! Na visão dela, que deveria ser um pouco cega, Shino tinha captado a mala do personagem – ou tinha sido “alma”? Bem, ele não sabia, por que começou a passar mal.

A coisa piorou quando ele descobriu quem tinha assumido o segundo papel principal, o da mocinha moçoila que usava vestidos longos, mas na verdade tinha calças masculinas por baixo das saias. Sakura Haruno – a própria! Ela era muito conhecida na Konoha Legacy por ter ganhado o quarto prêmio mais importante de ginástica olímpica categoria teen, pela quarta vez – cujo sorriso por se destacar entre todas as garotas do teatro alcançava suas orelhas, estrearia junto dele.

Shino Aburame, que não tinha ideia de como essa garota de saia curta demais e cabelo de menos arranjava tempo para tantas atividades semanais, foi forçado a se reunir com ela todos os dias de teatro. Ele descobriu que Sakura só tinha arranjado tempo por que o período de campeonatos já tinha passado, que ela tinha hálito de cereja – oras, que ironia! –, que ficava bem nas tais calças masculinas e na tal saia longa, e que suas piadas sobre galinhas eram as melhores que ele já tinha ouvido. Também escutou por ai que ela só tinha conseguido o papel por ter cabelo rosa, já que a diretora de elenco daquele ano era excêntrica.

Sinceramente, depois da quarta semana, Shino Aburame se esqueceu completamente desse boato. Sakura Haruno era perfeita para o papel; ela era a melhor mocinha com problemas de identidade e gosto peculiar por trap – “Arte! A arte contemporânea é fantástica, vocês não acham?”,tinha dito a diretora de elenco – que ele conhecia.

“Temos uma cena de beijo”, Sakura Haruno tinha dito. Shino fez uma cara preocupada – por dentro, ele estava agradecendo à professora Kurenai.

Rock Lee

Havia algumas coisas que deixavam Rock Lee, estudante da Konoha Pre-Legacy, a escola de ensino fundamental de Konoha, muito feliz: 1, suas aulas de educação física. O professor Gai e seu penteado excêntrico eram sua verdadeira inspiração, provavelmente para o resto da vida. 2, sentir que estava progredindo nas suas metas; quaisquer que fossem. Se sua meta da semana era comer dez batidas de maçã com banana ou ajudar oito velhinhos a atravessar a rua, ele se sentia feliz. 3, assistir as aulas de ginástica rítmica.

Era simplesmente fascinante como àquelas garotas, da mesma idade dele, conseguiam fazer coisas tão incríveis com o próprio corpo. Tantas piruetas, tantos pulos, tanta flexibilidade! Ele se perdia nas cores das fitas, das bolas, nos saltos, nos movimentos das maças. Rock Lee sempre perdia seus primeiros 30 minutos de ir para casa, só para assistir às garotas, sentado na arquibancada e vibrando com cada movimentozinho.

Quando o ensino médio, chegou, porém, já não havia ginástica rítmica na Konoha Legacy. As meninas mais velhas treinavam apenas a olímpica, o que fez com que ele suspirasse e não frequentasse a arquibancada do novo prédio.

Até aquele dia.

Ele estava há apenas 2 meses no ensino médio. E já era tudo tão diferente! Sua turma não tinha mudado muito; e às vezes ele via a amiga Tenten Mitsashi, a de coques, que era da outra sala, pelos corredores.Aproveitando a mudança, Lee tinha se inscrito no clube de Kung Fu, não mais o futebol que jogava garoto, e eles teriam aulas na semana seguinte. Como o professor Gai sempre tinha dito: “é bom se preparar!”. Foi por isso que ele resolveu ir até a quadra do colégio – ele tinha feito alguns meses de Kung Fu antes, mas já fazia muito tempo... E tinha ouvido falar que Sasuke Uchiha, Naruto Uzumaki e Neji Hyuuga estavam se inscrevendo também, os melhores do Kung Fu no ensino fundamental. Rock Lee também queria provar seu potencial, apesar de não ter pertencido ao clube antes.

Teoricamente, se ele tinha visto a reserva corretamente, era para a quadra estar vazia. Não havia nenhuma aula especial àquela hora. Talvez houvesse um ou outro estudante lendo, ouvindo música, mas Lee não era envergonhado; de qualquer forma, ele tinha vestido seu melhor macacão suplex verde por baixo do uniforme e se isso não te der confiança, nada mais pode!

Para sua surpresa, porém, não havia ninguém ouvindo música, ou lendo. Havia alguém... dançando. Uma garota dançava com as fitas. Sakura Haruno, cujo cabelo cor-de-rosa combinava com o body e shorts que ela estava usando, rodopiava sem muita certeza do que estava fazendo. Não havia confiança nas suas pernas, e seus olhos estavam fechados com força. A música ecoava de seus fones, muito alta, para fora; o mp3 preso em seu antebraço. O fio dificultava seus movimentos, mas ela continuava tentando manter seu equilíbrio, seus movimentos com a fita.

Rock Lee assistiu quando ela caiu; assistiu também quando ela se levantou e continuou o que parecia ser um rascunho da ginástica rítmica com a qual ele estava tão acostumado. Um rascunho de uma observadora melhor do que ele era, mas, ainda assim, apenas observadora. Ele com certeza teria se lembrado se já tivesse visto àquela garota fazendo as aulas de rítmica – quer dizer, o cabelo dela era rosa!

Lee não foi capaz de dizer nada enquanto a observava; ele mal era capaz de respirar. Ele não conseguiu desviar os olhos da pele clara sob a sombra da cobertura, da sola dos pés sujos, das fitas vermelhas que combinavam com seu laço de cabelo gigante demais – o laço não caiu, ao contrário dela. Mas toda vez que Sakura Haruno caia, e Rock Lee só descobriria o nome dela horas depois, Sakura se levantava e ele sorria, estático em sua posição.

De repente, numa fração de segundos, as fitas voaram da mão dela. Parecia bem pensado, até Lee observar o olhar de surpresa da Haruno – e perceber, tarde demais, que os bastões estavam rodopiando com muita força na sua direção.

Sakura H. nunca mais tentou praticar ginástica rítmica. Rock Lee, por sua vez, nunca mais a tirou da cabeça. Hm, literalmente, por que agora havia uma cicatriz bem debaixo de sua franja tigelinha.

Neji Hyuuga

Quando o baile de primavera da Konoha Legacy, colégio de ensino médio de Konoha, uma pequena cidade há 10 km de Tokio, finalmente aconteceu, havia uma grande expectativa no ar. O assunto do momento era tentar descobrir quem seriam os rei e rainha do baile. A melhor aposta para rei era, claro, Sasuke Uchiha, líder do clube de Kung Fu, cujo mau humor parecia ter ficado maior nessas últimas semanas.

Mas havia quem apostava numa derrota do Uchiha para outro moço de olhos tão impactantes quanto. Neji Hyuuga, que tinha as melhores notas em exatas e a melhor média calculando todos os anos, também não estava para simpatias nessas últimas semanas – era estressante não ter ninguém para convidar e poder despistar as garotas sem ser grosso. Apesar de tudo, ele não conseguia ser mal educado com essas meninas e era bem ruim ver seus rostos decepcionados quando ele simplesmente recusava.

Tinha pensado em levar a prima, Hinata Hyuuga, que andava suando em lugares que ele não imaginava que ela poderia suar, mas ela estava nervosa justamente por que já tinha par (!), e aí Neji Hyuuga, que estava louco para testar alguns novos golpes do Kung Fu em alguém, ficava mais bravo ainda. Tinha pensado em não ir, também, mas Sasuke Uchiha já tinha deixado claro que a equipe precisava estar lá; algo sobre verbas e a diretora Tsunade, mas Neji não tinha prestado muita atenção e, honestamente, não se importava. Sair da equipe, no entanto, seria desconfortável; ele gostava de estar lá e o mestre Kakashi era muito bom – e amigo pessoal da família Uchiha...

Calculou ir sozinho. Pareceu perdedor demais. Até Naruto estava se gabando por aí de já ter um par, apesar de ninguém desconfiar quem fosse e Rock Lee dizer categoricamente que o loiro estava mentindo, só por que ele mesmo ainda não tinha conseguido um par. Mas se até o Uzumaki tinha conseguido um par...

Neji estudou a possibilidade com todos os nomes femininos que conhecia. Praticamente todas as cheerleaders, incluindo Karin Uzumaki, Shion e Kim, já tinham par. Ino Yamanaka já tinha recusado pelo menos 15 meninos, e Neji a excluiu da lista imediatamente; era muito barulhenta. Das meninas que conhecia, sobravam Tenten Mitsashi, que ia sempre à sua casa com Hinata e Tayuya, que tinha acabado de terminar o namoro de poucas semanas com Shikamaru Nara. Tenten era divertida, mas Neji ouviu-a falar que não iria ao baile por ter compromissos familiares no dia. Tayuya era a ex de seu amigo.

E então aconteceu. Naquele dia eles passariam alguns minutos a mais meditando e a treinadora da equipe de ginástica olímpica, que já tinha rendido muitos prêmios para o colégio, perguntara ao mestre Kakashi se as meninas poderiam participar dessa sessão – elas estavam a duas semanas de uma competição importante, nervos à flor da pele. Como eram poucas, Kakashi permitiu.

A primeira garota a entrar na sala de Kung Fu foi Sakura Haruno. Seu body azul cavado reluzia com brilhinhos da luz das janelas e seu cabelo cor-de-cerejeira mal se destacava, preso para trás muito firmemente. Seu rosto parecia vermelho de esforço, seus músculos claramente tensos. Neji Hyuuga teve um estalo. É claro, Sakura! Ela também era uma das melhores amigas de sua prima. Ela não era tão barulhenta quanto Ino, não tinha nenhum ex-namorado, como Tayuya, não tinha compromissos, como Tenten, era bonita e, se tivesse um par, ele provavelmente já teria ouvido sobre. Sakura tinha presença o suficiente para nenhuma menina mais vir incomodá-lo depois que todos soubessem que eles iam juntos.

“Hm...? Você que ir... comigo?” Sakura Haruno tinha perguntado, devagar, como se Neji tivesse dito alguma besteira. Ele confirmou, mas acrescentou brevemente que era por que estava sendo perturbado demais. A diversão então brincou nos olhos verdes e o Hyuuga nunca tinha a visto tão de perto assim. Havia uma porção de sardas clarinhas no seu nariz e maçãs. “Por mim tudo bem. Mas eu não danço.”

Tudo bem, Neji pensou. Ele também não dançava, nem pretendia. Eles iam só se servir de ponche a noite toda e, então, quando desse 2hrs, todos iriam para a after party na casa do Uchiha.

Para o completo horror de Neji Hyuuga, porém, havia algo no ponche àquela noite do baile. Por quê eles dançaram – dançaram muito – e seu sapato ficou cheio de marcas redondas da ponta do salto dela – por quê, sério, Sakura Haruno não dançava nada. Ela mais ria do que dançava, para ser honesto. Mais se segurava nele do que movia de um lado para o outro, e bebia ponche, muito ponche. Em algum momento, ele se lembraria mais tarde, ela também bebeu ponche dos lábios dele – embora dessa parte eles nunca tivessem dito mais nada sobre.

Sasori Akasuna

Sasori Akasuna só precisava fotografar. Ainda com 19 anos, tinha começado agora seu portfólio de fotografia; ele gostava principalmente de fotografar pessoas, transformá-las em parte da paisagem, como se pertencessem ali. Infelizmente, um fotógrafo não consegue se sustentar fazendo apenas uma única coisa e, obstinado à conseguir um público simples primeiro e depois crescer por meio dessa divulgação, começou a abrir ensaios mais comuns.

A sua faculdade também tinha um bom suporte de apoio estudantil e assim Sasori foi convidado para fotografar para o jornal da cidade; a matéria seria sobre os campeonatos estudantis entre dois colégios da cidade, o Konoha Legacy e o Konoha High School, atualmente o melhor no ranking.

Os lugares mais fotografados foram, claro, a quadra e o estádio, onde aconteciam a maior parte das competições. Então a repórter, Yukata Suna, resolveu que eles deveriam fazer pequenas entrevistas com os competidores, a fim de colocar uma ou outra no artigo. Sasori concordou e eles foram atrás dos tais atletas teens.

“Aqui, essa Sakura Haruno. Ela compete profissionalmente, fora do colégio. Vamos atrás dela.”

Quando Sasori e Yukata, a repórter muito animada, encontraram a garota sobre o cavalo, uma série de outras meninas se alongando ao redor ou assistindo-a. Sasori observou com cuidado, a câmera pendurada em seu pescoço. A garota estava de ponta cabeça e seu corpo parecia uma extensão perfeita do equipamento, o seu body marrom com detalhes em bege só reforçando a ideia de unidade. Suas mãos não tremiam e ela parecia muito focada no que estava fazendo; a única coisa que denunciava que era uma pessoa, e não parte do equipamento, o tom vibrante dos fios rosados, presos num coque que se desfazia lentamente.

Sasori tirou uma foto, outra e outra. Quanto mais ela se mexia, mais fotos ele tirava. Ele sorriu involuntariamente. Isso era bom material. A garota merecia ser eternizada.

Itachi Uchiha

Itachi Uchiha não era um idiota. Ele estudava direito na melhor universidade da cidade, a Faculdade De Ciências Humanas de Konoha, e não era enganado tão facilmente assim. Àquelas garotas que entraram na festa de Halloween do instituto, naquele ano, com certeza não eram da faculdade. E com certeza não tinham idade para estar lá.

Primeiro que elas não agiam como as outras meninas; pareciam meio surpresas e acuadas com tudo, mal tinham aceitado bebida e dançavam só entre elas. Ele tinha percebido isso porquê seus amigos estavam discutindo política bêbados outra vez, um chatice sem fim da qual ele já estava ficando cansado de participar, e então não tinha conseguido tirar os olhos delas. A primeira era loira e estava vestida de diabinha sexy – nada original, mas era a mais alta delas e a que se saia melhor de saltos. Mais um pouco e ele teria achado que ela tinha pelo menos 18 anos. A segunda estava vestida de fada, uma fada contida que olhava para todos os lados e mal conseguia relaxar; em algum momento da noite a loira tinha conseguido enfiar um copo na mão da fada de cabelos negros, mas ela fazia uma careta feia cada vez que levava o líquido até os lábios. A decoração sombria e a pouca luz também não foram capaz de esconder a próxima, uma morena com grandes coturnos e uma calça folgada que destacava muito sua dança despojada – ela parecia a mais confortável, depois da loira.

E então vinha a última; ela não dançava, só movimentava os quadris devagar, curtindo algum tom escondido da música. Era uma enfermeira, uma enfermeira de cabelo cor-de-rosa e maquiagem verde forte nos olhos claros. Parecia estar se divertindo, carregando seu copo para o alto e voltando-o para baixo, bebendo mais que a fada. Itachi sorriu travesso, assistindo-as. Provavelmente eram as garotas mais novas que ele já tinha visto em qualquer festa da faculdade. Tinham, o quê? A idade do seu irmão?

A enfermeira incomum murmurou algo para as outras e saiu do canto alaranjado e fumarento em que estavam. Ele ouviu Deidara argumentar algo sobre a reforma de sabe-se lá o quê e decidiu que estava cheio. Deixou o copo para lá e arrumou seu chapéu idiota de pirata. As fantasias tinham sido ideia de Konan, e pelo menos a garota era criativa.

— Menininhas não deveriam estar em festas de adultos – murmurou, encostando-se ao bar. Ela, a enfermeira, estava fazendo o pedido, debruçada sobre o bar. Sua saia branca, que Itachi julgou longa demais, só deixava revelar que ela fazia alguma coisa para ter pernas tão bonitas.

A menina saltou, surpresa, e se virou para ele. Itachi esperou ouvir algo como “d-desculpe, estamos indo embora, a ideia foi da minha amiga”, mas ela juntou as sobrancelhas para ele e seus olhos eram tão verdes quanto a maquiagem.

— E o que o adulto vai fazer? Quem sabe uns tapinhas... – zombou, a voz um pouco trêmula do álcool, mas não estava bêbada. Itachi arqueou as sobrancelhas, sem esperar por essa. O cara do bar entregou-a duas latinhas rápido demais e ela deu as costas, piscando sem se abalar. – Se o adulto precisar de um energético...

Itachi Uchiha olhou-a por mais algum tempo àquela noite. No dia seguinte, sem entender muito bem por que, ao ir lavar o jaleco da fantasia para poder devolver à loja no dia seguinte, ela encontrou um bilhete.

“9xxx7858x, para quando você fizer 18 anos.”

Sakura Haruno

— Eu... Eu ainda não acho que isso é uma boa ideia. – Hinata se faz audível alguns segundos depois, a voz nervosa. O tac-tac dos saltos de Ino pararam, porquê a garota parou de andar para se virar obstinada.

— Hinata! Pelo amor de Deus! Estamos indo numa festa universitária, não, sei lá, apoiar o nazismo.

Tenten riu, balançando seus vários dog tags no pescoço. O cabelo longo e castanho caindo das costas até a barriga, totalmente à mostra por causa do cropped estampado militar, estava ótimo nela.

— Hina, não liga para a Ino. Se você realmente está desconfortável, eu posso chamar um táxi – sugeriu a Mitsashi, colocando a mão no ombro da Hyuuga, quase sobre a asa de fada, para demonstrar apoio. Ela estava adorando ter uma chance de usar os coturnos.

Ino revirou os olhos, aproveitando que elas tinham parado de andar para se olhar no reflexo do celular. Estava usando uma fantasia de diabinha, com direito à saia de tule, arquinho e cabelos em dois rabos de cavalo laterais. A fada do pequeno grupo fantasiado engoliu em seco e balançou a cabeça.

— N-Não! Eu estou bem. Vamos para a festa!

Tenten a abraçou, animada, quase bagunçando o vestido até os joelhos, cheio de cores, e quase derrubando as asas multicoloridas. Ino deu um tapinha na bunda da amiga, mordendo o lábio inferior.

— É assim que se fala, coisa bonita. – Então ela olhou para o lado, para a única amiga em silêncio. – O que foi, enfermeira sexy? Precisando de um médico bonitão? – ela se apoiou em Sakura, que riu e passou a mão na cintura da amiga. Elas estavam da mesma altura por que Sakura tinha pegado emprestado os saltos altos brancos da Yamanaka. Combinava com a fantasia que tinha alugado, de enfermeira. Tinha até o chapéu.

— Só pensando. Você acha que eu deveria chamá-lo para sair, porquinha?

Ino olhou para Tenten e Hinata, que também estavam abraçadas como elas.

— Bem. Vocês tem algo, definitivamente.

Tenten balançou a cabeça.

— Sim, é só ver como ele te olha.

Sakura balançou a cabeça, suas bochechas de repente muito coradas.

— Não. Deve ser coisa da minha cabeça. Ele já teria falado comigo sobre...

April 19, 2019, 5:34 a.m. 0 Report Embed Follow story
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Mary J. Queens De vestido vermelho com os olhos do diabo Tão obcecada pelas luzes das câmeras (ela adora) Você a ama, mas não pode negar (ela adora) A verdade, a verdade

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