sahsoonya sahsoonya

[KaiSoo] [OS] [UA] [+18] [PWP] Jongin é um estagiário conformado com sua rotina diária de trabalho e uma estranha atração sentida por seu chefe, o príncipe de gelo. Mas, seus dias pacatos no escritório estavam contados, pois o CEO, Do Kyung Soo, pegou o rapaz especulando sobre o que não deveria, e não vai permitir que espalhem rumores infundados sobre si. Mas, será que tais rumores eram tão infundados assim?


Fanfiction Bands/Singers For over 18 only.

#yaoi #slash #lemon #ua #kaisoo #boss #os #sahsoonya #pwp
Short tale
21
5.2k VIEWS
Completed
reading time
AA Share

The ice prince

Notas: Essa fanfic veio de um concurso de fanfictions com tema chefe/empregado. Foi muito divertida de escrever, é um pouco longa, mas espero que gostem. Boa leitura, e viva KaiSoo!



My boss My secret


Mais um dia começava. Um dia que prometia ser cansativo, como o de costume. Todas as manhãs eram assim. E aquela em particular era ainda mais difícil. E por quê? Quem é que gostava de ir trabalhar na segunda? Eu é que não.


Talvez o problema não fosse o fato de ter que ir trabalhar. Talvez tivessem sido as horas que gastei fazendo aqueles malditos relatórios e a minha mania paranóica de levar minhas preocupações para os sonhos, por que sim... Eu costumava ficar tão ansioso em relação ao trabalho que acabava dormindo mal, pois sofria pela ansiedade. E naquela noite, eu havia rolado pra lá e pra cá na grande cama de casal, incapaz de pegar no sono. Eu costumava dizer aos meus colegas de emprego que o problema era que eu não levava jeito pra cuidar dos relatórios, mas o real motivo da minha insônia tinha nome e sobrenome: Do KyungSoo.


O chefe daquela empresa era um rapaz baixo em estatura, mas grande em visão do negócio, por isso o próprio dono da nossa franquia o havia posto no comando antes mesmo de completar trinta anos. E olha que a empresa era muito grande. Ele era mesmo um prodígio, um que todos temiam. Ninguém gostaria de bater de frente com o chefe. Primeiro, por que ele não tinha o melhor dos humores, ainda mais nas segundas, e segundo, por que bater de frente com ele significava fim de carreira para quem quer que fosse, e eu era um simples estagiário que mal começara sua própria.


Resolvi levantar do aconchego da minha cama, antes que me atrasasse e adiantasse meu encontro com ele... Por que sim... Pelo fato de o meu chefe de departamento ser um covarde, todas as segundas-feiras o infeliz me mandava entregar os benditos relatórios em mãos para o chefe.


Eu era o estagiário... Sequer existia a função "reclamar" pra mim, pois devido ao meu status na empresa, uma grande placa de neon com os dizeres "capacho", parecia estar de forma permanente pendendo sobre minha cabeça.


Levantei aos poucos, deitando um pouquinho mais cada vez, decidindo por fim deixar de manha, olhando para o reflexo da derrota no espelho enorme em uma das paredes. Nele, um jovem de 20 anos, pele morena, olhos e cabelos castanhos, vestindo uma regata branca e calça de moletom folgada, me olhava por baixo das profundas olheiras causadas por meu chefe. Sorri para a minha existência deplorável retirando a peça superior e me dirigi ao banheiro, onde enquanto me banhava, ensaiava minhas falas de modo a não cometer o menor erro diante do príncipe de gelo, como Do Kyung Soo era chamado.



***


Eu corria com dois copos de café, entre os carros parados naquele engarrafamento dos infernos. Adentrei o prédio aos tropeços, passando como um raio por toda a extensão do escritório.


Minha camisa social azul já estava toda amarrotada, enquanto eu me movia o mais rápido que podia, de modo a chegar até meu cubículo antes de meu chefe de departamento.


Havia me esquecido dos cafés dele e de seu amigo e confesso que gostaria de ter cuspido nas bebidas, de tanto sofrimento que ele me fazia passar. A bolsa transversal que continha a pasta com os arquivos balançava pra lá e pra cá enquanto corria e quase trombei justo com o carrasco quando finalmente cheguei ao meu destino.


- Salvo pelo gongo, Kim... - disse o homem de meia idade, sentando-se com as mãos repousadas na barriga saliente.


Entreguei-lhe as bebidas enquanto o sinal do ponto tocava, suado e ofegante me curvei, desculpando-me pelo atraso.


Usei um calendário que colava no suporte do cubículo para me abanar pelo exercício quando ouvi novamente aquele ser insuportável chamar meu nome.


- Sim, senhor Lee...


- O que pensa que está fazendo aí? - coçou a barba espessa, me olhando com deboche - O príncipe de gelo já chegou. Apresse-se e entregue logo os relatórios antes que ele já caia matando aqui no financeiro logo cedo.


Quis revirar os olhos, mas me controlei.


- Claro senhor Lee. Neste instante.


Me levantei receoso, pegando as tais pastas e alinhando as roupas, ainda tentando recuperar minha respiração regular. Nas mãos trêmulas os benditos relatórios. "Se acalme, Jongin, lembre-se... Você é invisível. Seja eficiente e invisível e ele nem notará sua presença", eu repetia tais palavras como um mantra, a fim de me acalmar.


Entrei no corredor principal, ouvindo meus passos incertos no piso enquanto me aproximava cada vez mais da porta com a placa CEO.


Bati na porta duas vezes, puxando o máximo de ar que conseguia, encontrando o motivo do meu receio falando ao telefone. Sentado em sua grande mesa oval, por trás do monitor do computador, e parecendo irritado com algo, Kyung Soo balbuciava algumas coisas ao telefone, parecendo bastante insatisfeito com as palavras da pessoa do outro lado da linha. Ele levantou o olhar ao me ver enfiar metade do corpo para dentro e acenou com a mão para que eu entrasse.


Continuou falando ao telefone enquanto meus olhos esquadrinhavam a sala como sempre faziam. Tudo estava impecavelmente em seu lugar, como em todas as outras segundas, e ele estava muito bem arrumado, como sempre. E foi aí que minha batalha interna começou. Mesmo tentando disfarçar, como sempre, meus olhos correram por seu rosto e corpo, notando o quão lindo meu chefe era. Por que sim... Todo aquele receio não provinha somente de seu poder aquisitivo na empresa. A beleza e desenvoltura de Do Kyung Soo também parecia contribuir para me deixar completamente abestalhado diante de si. Os cabelos negros estavam arrumados em um belo topete enquanto ele falava concentrado ao telefone. Como sempre, minha visão me levou até o pescoço, bem alvo. Observei maravilhado o modo como seu pomo de adão subia e descia conforme falava e por Deus... O que eram aqueles lábios voluptuosos? Por tudo que é mais sagrado. Ele os movia lentamente enquanto falava e tudo que eu conseguia imaginar eram aqueles lábios carnudos sendo puxados pelos meus dentes. Me peguei olhando para suas mãos, menores que as minhas, é verdade, mas simplesmente lindas, com veias que corriam por sua extensão, me fazendo acompanha-las até a manga do paletó preto e caro, curioso por saber como era sua pele por baixo das roupas.


Quando esses momentos de tentação se abatiam contra mim, tudo que eu sabia fazer era me sentir um pervertido. Se meu chefe sequer sonhasse que eu ficava fantasiando com sua pessoa todas as vezes que o via certamente cancelaria meu contrato de estágio e eu estaria na ruína. Ser demitido da melhor empresa da cidade significava morte corporativa para todas as demais. E apesar de ser infinitamente atraente, ninguém se atrevia a arrastar asa para Do Kyung Soo. Ele não correspondia e não permitia que ninguém insinuasse qualquer tipo de relação que não fosse de cunho profissional com ele. Eu já perdera as contas de quantos já haviam perdido seus empregos por tentar algo com o chefe. Estava naquele estágio há dois anos e adotei uma política pessoal de invisibilidade a fim de me manter longe de problemas. Até então tudo estava saindo como o planejado.


A voz grave me despertou de meus devaneios:


- O que deseja...?


O fitei meio afobado. Ele claramente estava tentando lembrar meu nome, mas não pareceu nem um pouco constrangido por não estar conseguindo.


- Kim...


- Ah, sim. Veio trazer os relatórios do Lee, estou certo?


Olhei para o lado, refazendo mentalmente sua frase mais ou menos assim "veio trazer os relatórios que Lee supostamente devia fazer, mas que ele empurra pra você todo fim de semana?" Kyung Soo me fitou curioso, mas como eu não respondi ele apenas assentiu e estendeu o braço para as pastas que eu segurava contra o peito.


Deixei as pastas em suas mãos, sem perder a oportunidade de me abestalhar com a beleza de todo o seu ser. Por mais incrível que pudesse parecer, meu chefe nunca fora excessivamente rude comigo, estranho fato, levando em consideração que eu era um mero estagiário em quem todo mundo pisava sem dó nem piedade. Eu ouvia os efetivos reclamaram todo dia na bendita sala de descanso, em como o príncipe de gelo era frio, calculista e vingativo, mas sempre que estava em sua presença, a única coisa que conseguia era pensar em quão fino e superior ele era.


Quando levantei o olhar novamente percebi que ele me fitava com aquela expressão que eu bem conhecia de "Não vai sair da minha sala não?". Me apressei em me desculpar pela falta de atenção, como em todas as vezes, e me retirei afobado, tal como cheguei.


Eu vivia numa dicotomia. Eu passava todo o fim de semana pensando nos momentos em que podia admirar a beleza de meu chefe, e quando conseguia de fato me aproximar, ficava viajando e não conseguia de fato estabelecer ao menos uma relação amigável com ele, e me odiava por isso. Não que ele fosse corresponder de alguma forma, mas algo dentro de mim me dizia que se nossos status não fossem tão diferentes, alguém como Do Kyung Soo e eu poderíamos remotamente ser amigos.


Fui para a sala de descanso, meio aéreo, para cumprir minhas funções diárias de fazer o cafezinho e afins. E como de praxe, apesar de eu chegar um pouco mais tarde por ser estagiário e poder trabalhar por apenas 6 horas por dia, os mesmos colegas que falavam mal do chefe lá estavam, prontos a alfineta-lo em sua ausência. Eram os chefes de seção, e como em todo dia, Lee estava lá, com sua trupe a falar coisas maldosas sobre o chefe.


- Soube que ele é um novo rico... - Cheol falava.


- Nada disso, seu tolo. O garoto tem gerações de fortuna acumulada. Como acha que conseguiu chegar tão longe? – Min Seok comentou, espiando por cima de meu ombro, como ia o andamento do café.


- Não sei como... Ele é muito jovem para estar à frente de uma empresa deste porte. Certamente é um Chaebol. - Lee observou, afrouxando a gravata e coçando os cabelos grisalhos.


- Ouvi dizer que a Kim Ah chamou-o pra sair... - um baixinho do terceiro andar falou, sussurrando, pois a funcionária de quem falava trabalhava ali ao lado.


- Como ela não foi demitida? - Lee questionou muito surpreso.


Eles nem tinham medo de falar esse tipo de coisa em minha presença. Minha missão de parecer invisível constantemente pareceu ter surtido efeito, pois sempre fofocavam sobre todos ali, menos eu, claro... Por motivos óbvios.


- Ouvi dizer que ele dormiu com ela e ofereceu muito dinheiro pra que ela mantivesse a boca fechada... – Min Seok falou bem-humorado.


- Até eu dormiria com ela e lhe compensaria. É a mulher mais bonita do escritório.


Revirei os olhos. Aquela mulher vivia sendo paparicada por todos devido à sua beleza. Por isso havia sido contratada por Kang. O chefe da garota sorriu de canto, agitando as mãos no ar lentamente.


- Ela não o chamou, tampouco vai.


Todos o fitaram surpresos. Não admitirei, mas até parei de mexer a bebida, tão curioso estava sobre aquele assunto.


- E por que não? - Lee perguntou, pendurando-se nos ombros do amigo de meia idade.


- Ela é muito difícil...


Todos começaram a rir, enquanto eu soltava o ar que nem havia percebido ter prendido. Santo Deus, eu estava mesmo ouvindo as fofocas daquele povo?


- Além disso, o príncipe de gelo parece gostar de homens... - completou, com um sorriso zombeteiro em riste.


Lee até se engasgou com o gole de café que sorvia. Dei uns tapinhas em suas costas, sem nem me dar conta do que fazia, pois estava muito surpreso pelo que Kang dissera. Vi aos poucos a cor de seu rosto passar pro vermelho.


- O que?! De onde tirou isso? - Lee perguntou, tossindo um pouco.


Kang sorriu, percebendo que os amigos haviam mordido a isca, e aparentemente eu também, já que mal conseguia piscar, com minha atenção toda em seu discurso. Não seria possível, seria?


- Ouvi rumores. Além disso, mesmo que as mais belas mulheres arrastem um caminhão pelo príncipe, ele nunca lhes deu atenção.


Aquilo fazia bastante sentido, mas não queria dizer nada. Eu precisava dizer algo. Claro que não o defenderia, mas o fato de ter que esconder minha sexualidade naquele espaço me deixava muito inquieto, além de curioso.


- Talvez ele seja frígido... - saiu sem querer, tão baixo, que quem estivesse longe não ouviria. Esta foi a primeira vez que tomei parte numa daquelas conversas.


Todos os demais no cômodo me olharam meio chocados, parecendo notar minha presença só naquele momento.


Arregalei aos olhos ao constatar que eu sim, havia dito aquilo. Estava pronto para dizer qualquer coisa, me desculpar por intrometer, mas fui surpreendido quando Lee falou:


- Talvez o garoto esteja certo.


Todos passaram a ponderar o que eu dissera, e eu só queria morrer.


- Oras, é possível. Talvez ele seja dessas pessoas que não consegue se envolver com ninguém...


Todos começaram a rir. Eu nunca imaginei que um comentário tão sem nexo como aquele iria gerar tamanha comoção. Ai, se arrependimento matasse, eu já estaria estirado no chão.


E foi quando ouvi a voz grave, que soube que estava perdido. Todos pareciam ter sido atingidos por um tiro. Uma paralisia compartilhada se instalou na sala, enquanto eu me virava para o dono da voz.


- Lee... Quero falar contigo sobre os relatórios... - era ele. Do Kyung Soo estava ali em carne e osso, dirigindo seu olhar sério a todos.


Acho que o pensamento que todos compartilhavam naquele momento além das rezas era que o príncipe de gelo havia ouvido tudo o que dissemos, porém, uma parte de mim jazia envergonhada e conformada que algo muito ruim estava prestes a acontecer comigo.


Não fui capaz de encontrar o olhar dele. Sentia minhas bochechas e orelhas queimando, enquanto Lee se levantava meio aos tropeços de onde estava e se dirigia ao CEO:


- P-pois não, senhor...


Tive que dar uma espiada, encontrando seu olhar... Irônico? Meu chefe olhou para mim pela primeira vez em dois anos e pensei que desfaleceria ali mesmo. Nem me atreveria a imaginar o que ele devia estar pensando de nós.


Com seu paletó impecável e seu porte superior, Do Kyung Soo lançou um olhar de puro desprezo a todos os presentes, antes de olhar bem pra mim e dizer:


- Na minha sala, Lee. E você... - gesticulou em círculos com as mãos, esforçando-se para lembrar meu nome. Nem eu mesmo lembrava tão nervoso estava.


- K-Kim? - falei mais em uma negativa do que em afirmação. Ele estalou os dedos, assentindo em seguida, antes de prosseguir:


- Sim, Kim... Você também.


Naquele momento, minha mente girou de uma forma inexplicável, enquanto meu corpo estremecia tanto pelo tom autoritário em sua voz quanto pelo medo da demissão. Ser apanhado fofocando da diretoria da empresa significa demissão imediata. Eu já presenciara isso antes.


Apenas assenti enquanto seguia tanto ele quanto Lee. Arrisquei uma última olhada para meus prováveis ex colegas, vendo Min Seok coçando a cabeça, provavelmente arrependido de estar no meio da roda. Kang estava tão branco que parecia um defunto.


Fitei meus sapatos enquanto seguia os passos decididos do chefe. O som dos mocassins de Lee no chão a quebrar o silêncio desconfortável. Parecia que eu estava vendo aquele lugar todo pela última vez. Dois anos inteiros de esforço e escravidão e eu perdera tudo isso por causa da minha curiosidade estúpida. Por que eu tinha que me importar com a sexualidade de meu chefe?


Tudo que eu podia pensar enquanto me sentava em frente à sua mesa enquanto o via contorna-la, é que eu não era assim... Eu não era um funcionário relapso. A vida é muito injusta. Por que justo eu tinha que ter sido apanhado dessa forma? Até Lee iria pagar por eu ser seu estagiário.


- Então, Lee... Já faz algum tempo que eu gostaria de falar com você sobre os relatórios..


Olhei para meu carrasco vendo-o engolir em seco como o bom covarde que era. Seu pior pesadelo era ter que se reportar ao chefe.


- Sim, senhor...


- Sabia que há erros na resolução 983?


Lee olhou para mim como se raios lazer pudessem me atingir por suas orbes. Senti quando uma gota de suor escorreu por minha têmpora, sob o olhar enfurecido de Lee. Kyung Soo me fitava com ambas as mãos repousadas em sua mesa, com uma expressão impassível no rosto.


- Mil perdões, senhor Do, eu certamente serei mais atento na próxima vez.


Do KyungSoo esbanjou seu popular sorriso frio. Focalizei a pasta aberta sobre a mesa, tentando me lembrar de algo que pudesse estar errado. Eu tinha certeza de que havia feito tudo corretamente, afinal, meu pior pesadelo era fazer algo fora de suas especificações.


- Sobre que seção estamos falando mesmo, Lee? – Kyung Soo massageou o queixo enquanto refletia.


Vi o desespero esbanjado nos olhos de meu carrasco. Ele claramente não sabia, afinal, era eu que fazia os relatórios e ele sequer se importava de checar se estava tudo em ordem e mesmo se atualizar acerca dos tópicos tratados, afinal, há dois anos eu fazia aquilo e nunca nada dera errado.


O silêncio preencheu o cômodo enquanto aos poucos meu chefe se curvava levemente sobre a mesa, sussurrando para Lee:


- Você não os fez certo?


Lee olhou para mim com a visão periférica, vendo o quão horrorizado eu estava. Nem que eu quisesse seria capaz de salva-lo daquela situação.


- S-senhor... É claro que os fiz, só estou um pouco confuso...


O Do assentiu, desviando seu olhar pra mim, mais sério ainda:


- Kim? Sobre o que são os relatórios?


Engoli em seco. Aquilo era um teste. Lee me olhava apavorado. Se eu tentasse ajudá-lo seria minha ruína, eu sabia. Mas, eu já tinha a certeza de que de qualquer forma eu estava encrencado. Não adiantava fingir.


- O c-contrato Chang Sun...


- O erro na seção 983...


- Não é um erro, só mudaram a terminologia daquele prédio.


O meio sorriso satisfeito do príncipe de gelo fez com que um arrepio incômodo corresse por todo o meu corpo.


- S-senhor... Me deixe explicar... - Lee se levantou, mas Kyung Soo indicou com um aceno de mão para que se sentasse.


- Nada de desculpas esfarrapadas, Lee. Não é de hoje que venho lhe observando. Pense comigo... Tenho dois funcionários, mas só um faz o trabalho, enquanto dois recebem por isso... Por que estou com dois funcionários então?


Lee começou a implorar de uma forma nada bonita pelo perdão do chefe, enquanto eu observava a cena num estado de choque. Nem me movi.


- Se Kim anda fazendo suas funções acho justo que eu lhe dê seu posto... - falou levantando-se e olhando por entre as persianas, analisando os funcionários em suas rotinas do lado de fora.


Lee continuou implorando, tentando colocar a culpa em mim enquanto eu permanecia sentado e muito chocado para que expressasse qualquer reação ou tentasse ao menos me defender.


- Já chega... Está despedido.


Ambos o fitamos de boca aberta.


Tudo passou como um borrão diante de meus olhos... O escândalo que Lee fez, o modo como Kyung Soo o olhou com desprezo enquanto deixava o cômodo, restando na grande sala somente o chefe da empresa e eu próprio.


- O que ainda faz aí? - ele mantinha as mãos enfiadas nos bolsos laterais da calça social preta.


Olhei ao meu redor confuso. O que eu deveria fazer dali em diante?


- Eu estou demitido, senhor?


A risada de Kyung Soo me fez sobressaltar na cadeira.


- Você acaba de ser promovido, Kim.


***


Fitava as gotas da chuva no vidro do táxi. Olhei em meu relógio de pulso, constatando que ainda tinha algum tempo até que ele chegasse ao escritório. Ele teria uma reunião com sócios estrangeiros e minha função era deixar a sala de apresentações preparada.


Já faziam alguns meses que eu era o assistente do príncipe de gelo. Sorri ao pensar que havia provavelmente gasto toda a sorte de uma vida com aquela manhã na qual fui notado pela primeira vez.


O trabalho não era fácil, mas também não era lá tão horrível quanto trabalhar para o Lee. Minha posição me permitia certas mordomias e finalmente eu não era mais um fantasma na empresa.


Do Kyung Soo não era tão horrível quanto os outros diziam. Na verdade, ele era um homem muito exigente. Gostava que o trabalho fosse feito com praticidade e eficácia, odiava todo tipo de folga e falta de vontade e prezava a boa educação.


Paguei ao motorista, deixando o veículo enquanto corria para dentro de um dos maiores prédios da cidade. Passei pela segurança com um sorriso, batendo em meu paletó de modo a afastar algumas gotas de chuva que haviam caído sobre mim.


Enquanto via os números do painel subindo, dentro do elevador, me peguei pensando em como meu chefe deveria se comportar em casa... Será que ele era tão sério, tão exigente e tão severo? Como ele agia com as pessoas longe dali? E como sempre, minha mente pervertida me produzia imagens de como seria Do Kyung Soo em casa, onde não devia se preocupar com seu trabalho. Como ele se vestia? O que comia? Com quem se relacionava? Essas perguntas ficavam se repetindo em minha mente, enquanto eu tentava de todas as formas imaginar como Do Kyung Soo seria sem aquelas barreiras erguidas.


Arrumei a sala de reuniões, checando minha aparência no espelho do banheiro, em seguida busquei um café antes dos associados chegarem.


Min Seok chegou pouco depois, dando um tapinha no meu ombro enquanto passava por mim com um sorriso.


- E aí, Kai... - esse era um apelido que Kyung Soo me dera pra não ter que ficar chamando meu nome completo o tempo todo.


- Tudo bem, hyung?


Ele sorriu.


- Hoje é um dia cheio, hein... Boa sorte com o príncipe de gelo. Ele costuma ficar mal humorado quando tem reunião.


Suspirei, tirando meus cabelos dos olhos. Teria que corta-los logo.


- Espero que dê tudo certo.


Ele riu baixinho.


Logo escutei a voz melodiosa chamando-me.


- Seu senhor requisita seu vassalo... - meu colega sarreou.


Larguei a caneca de café na bancada e me dirigi até onde meu chefe estava. O menor estava como sempre impecável. Segurava o paletó cor de giz enquanto me olhava meio tenso. Me aproximei sorrindo, como sempre.


- Onde se meteu?


Estendeu os braços para trás enquanto eu cuidadosamente o ajudava a vestir seu paletó. Ele se virou para mim enquanto eu arrumava a gola, tentando ao máximo não encontrar seu olhar. Eu evitava ficar muito perto de si por motivos óbvios. Estar na presença dele por muito tempo me deixava inquieto e fora de controle.


- Fui tomar um café... - falei terminando de arrumar o paletó enquanto ele me olhava divertido. Apesar de nossa relação ser muito mais amigável do que eu imaginaria que poderia ser eu sempre me mantinha muito sério na maioria do tempo, seguindo meu mestre como uma sombra silenciosa.


- Tudo pronto? - disse, afastando-se. Eu sabia que era para segui-lo, pois ele sempre olhava para o lado, indicando com os olhos o que queria.


Com o tempo, me tornei muito eficiente em perceber o que ele queria de mim mesmo que meu chefe não tivesse que verbalizar.


- Sim. Como você especificou... - falei, checando em minha caderneta quais seriam seus próximos compromissos no dia.


- Excelente.


Seguimos para a sala, onde os sócios já esperavam. Kyung Soo os cumprimentou com um sorriso sóbrio, como fazia com todos. Dentre eles havia um sócio com quem Kyung Soo não tinha um bom relacionamento. Seu nome era Wu Yifan, presidente de uma filial nossa na China. Eu nunca o tinha visto até aquele momento, e notei que os dois não se gostavam muito, visto que mal se cumprimentaram.


Indiquei a todos quais eram seus lugares, e coloquei um copo de água na mesa ao lado de Yifan, ao que ele disse divertido:


- Finalmente decidiu contratar um assistente, Do? Se convenceu de que não é capaz de fazer tudo por conta própria?


Do revirou os olhos. Me permiti sorrir levemente. Ele ficava muito bonito irritado.


- Além disso, é muito bonito não é mesmo assistente... - percebi que ele queria saber meu nome.


- Kai. - falei, me curvando levemente.


- Não precisa cumprimentar um cara desses... – Kyung Soo disse rindo zombeteiro.


Vi o momento em que o olhar de Yifan se desviou ao meu chefe que piscava pra mim. O meio sorriso que despontou em seus lábios me deixou um tanto quanto receoso.


- Ora, ora... Kai. - me estendeu um cartão - Me chame de Kris...


Me estendeu a mão, que apertei incerto. Ele sorriu sedutor. Opa, opa... Ele estava me cantando?


Kyung Soo pigarreou, chamando a atenção de todos.


- Kai... As luzes... - disse, olhando atravessado para Kris, que se divertia com a situação.


Eu não sabia bem quê tipo de rivalidade eles tinham, mas me senti meio desconfortável de ser posto no meio disso. Fui até os interruptores, diminuindo um pouco a luz, enquanto meu chefe começava sua apresentação, falando com muita eloquência sobre o projeto no qual andara trabalhando sem parar nas últimas semanas. Era visível em sua face os efeitos de tanto trabalho contínuo. Eu que conhecia bem suas expressões, sabia bem que ele estava cansado.


Andei pela sala ajudando no que podia durante a apresentação, às vezes captando o olhar do tal Kris em mim, vez ou outra me sorrindo maliciosamente. Em todas as vezes, meu chefe me lançava um olhar de ódio. Será que ele pensava que eu estava provocando aquele cara?

***


Foi com muito estranhamento que entrei no carro caríssimo de meu chefe. Era a primeira vez que eu andava de carro com ele. Além disso, era a primeira vez que iria até seu apartamento.


A apresentação correra bem, mas por causa dos contratempos da finalização do projeto, havíamos atrasado outro e segundo o príncipe de gelo, teríamos que trabalhar no novo projeto naquela noite, para termos certeza de entregá-lo na data especificada pela sede.


- Sinto ter que lhe fazer trabalhar a mais hoje... Se tinha planos... - ele disse, parando com o veículo num sinal vermelho.


- Sem problemas, chefe... Eu só ia assistir algum filme... Nada demais.


Vi quando seu olhar desviou para mim, mas não deixei de olhar pela janela. Toda aquela proximidade me deixava meio acuado. Ainda mais pelo fato de estar indo até sua casa... E uma série de outros motivos, como por exemplo, o fato de Kyung Soo ter tirado o paletó e estar com a gola da camisa branca de mangas longas afrouxada, revelando parte de seu pescoço e clavícula. Deus do céu. As mangas de sua camisa estavam dobradas e eu podia ver com clareza os antebraços alvos e rígidos enquanto apertava o volante.


Ele dirigia com uma mão enquanto com a outra penteava os cabelos lisos com os dedos. Parecia no limite do cansaço, mas mesmo assim tão lindo. Tentei não olhar muito, mas era difícil, pois toda vez que seus dígitos tocavam seu cabelo, o perfume das madeixas subia, inebriando-me. Eu não estava nada bem, respirava com dificuldade, enquanto meu chefe dirigia calmamente, sem a mínima noção do que estava causando aos meus nervos ao mordiscar os lábios carnudos daquele jeito enquanto observava o trânsito.


Será que ele não tinha noção do que causava nas pessoas? Não gostava de admitir, mas passava mais tempo do que o aconselhável observando-o à distância e chegara à conclusão de que Do Kyung Soo era simplesmente perfeito em vários aspectos. Ele era muito diferente do que eu imaginava enquanto lhe entregava relatórios às segundas. Ele até mesmo fazia algumas piadinhas de vez em quando e realmente era uma pessoa informada e inteligente. A cada dia eu ficava mais encantado por sua força de vontade e liderança. Mas, por Deus, eu não conseguia deixar de deseja-lo. Era errado, eu sabia. Ele era meu chefe. Eu era seu braço direito, o único em quem ele parecia confiar em meio àquele caos da empresa. Como poderia ficar tendo sonhos molhados consigo toda noite? Como podia querer tanto tocar aquela pele, quando sabia que qualquer escorregada minha poderia significar demissão?


- Você quer? - ele falou, ao parar o carro.


Olhei estupefato, receoso de que tivesse sonorizado meus pensamentos como naquele dia na sala de descanso. Graças aos céus ele não ouvira, pois seria meu fim. Eu nunca teria sido promovido se o príncipe de gelo tivesse ouvido minhas conjunturas acerca de sua sexualidade, que por um acaso continuava uma incógnita apesar de nossa proximidade e a relação tranquila de trabalho.


- Quero o que?


Ele riu baixinho.


- Comer algo quando chegarmos lá... Ao menos está ouvindo o que estou dizendo, moleque?


Ri emburrado pelo "moleque" e meneei a cabeça.


- Não. Estou bem, obrigado.


Ele estacionou o automóvel no subterrâneo do prédio de luxo enquanto eu admirava a grandiosidade do edifício onde ele morava.


- Fique à vontade para pedir o que desejar... - falou, quando deixamos o carro e caminhamos calmamente até o elevador.


Bem que eu queria pedir algumas coisinhas. Mas, eu precisava daquele emprego e pedir ao seu chefe para explorar seu corpo não deveria ser o tipo de coisa que seu funcionário deveria almejar.


***


Eu revisava alguns documentos enquanto meu chefe tinha ido tomar um banho. Sua parte já havia acabado e ele ligara para um restaurante pedindo pelo nosso jantar, mesmo após minhas objeções, e se banhava enquanto eu terminava. Eu conseguia ouvir ao longe o som do chuveiro, tentando não me focar muito naquilo enquanto esquadrinhava a sala de estar com os olhos.


Ele tinha poucas fotos espalhadas pela casa, dele e sua família, constituída de um irmão mais velho, ele próprio e os pais. Não havia nenhum indício de que mais alguém frequentava aquela casa, e de alguma forma estranha aquilo me consolava um pouco. Me sentia como aquelas adolescentes bobinhas que sofriam pelo senpai, enquanto o cara não fazia ideia de que existiam.


O apartamento todo era como Kyung Soo, arrumado e de alguma forma sistemático. Eu gostava dessa sua personalidade. Apesar de um pouco mal humorado, meu chefe era responsável e dedicado, e era capaz de sacrificar-se em nome de seu trabalho, que para si era sua vida. Talvez por isso tenha me escolhido como seu assistente. Eu também levava meu trabalho muito a sério, apesar de perder o foco muitas vezes, enquanto sonhava com um certo chefe, que era mal compreendido por todos.


Estava tão distraído com meus pensamentos que não percebi a presença de Kyung Soo atrás de mim. Dei um pulo quando uma gota de água caiu no espaço entre meu pescoço e a gola da camisa social. Ele se afastou rindo, e disse:


- Opa, te assustei


Me virei tendo a visão com a qual sonhara a vida toda. Meu chefe usava uma calça folgada e uma regata também folgada. Os cabelos úmidos estavam levemente presos à testa enquanto uma toalha pendia em seu pescoço. Meu Deus, que delícia. Eu conseguia sentir de onde estava, o cheiro de sabonete que desprendia de sua pele.


- S-sim, assustou. Não faça mais isso.


Ele ergueu as mãos em rendição.


- Minha culpa. Você parecia tão distraído. Só queria dar uma olhada nos papéis.


- Praticamente terminei... - desviei os olhos de seu corpo, reunindo alguns dos papéis.


- E a comida? - disse, sentando-se de frente para mim.


- Não chegou ainda. - comecei a guardar algumas coisas na minha pasta, me atrapalhando um pouco quando senti seu olhar fixo em mim, e acabei derrubando minha carteira, e de dentro dela caiu o cartão que Yifan me dera. Antes que pudesse pegá-lo, os dedos habilidosos de Kyung Soo o pegaram. Ele analisou o tal cartão e sem mais nem menos o rasgou, bem diante dos meus olhos.


- Kyung Soo! Por que fez isso? - tentei salvar os últimos pedacinhos, mas meu chefe já sorria vendo como os pequenos pedacinhos que jogara sobre a pequena mesa de centro não poderiam ser reconectados.


- Você não precisa do telefone daquele crápula.


Aquela feição dele... Era muito estranha. Eu nunca o vira assim.


- O que há de errado? Ele só estava sendo gentil... - fiz um bico involuntário, desistindo de juntar os pedacinhos ao ver a face incrédula de meu chefe ao que eu estava fazendo.


- Não, não estava. Ele estava dando em cima de você.


Arregalei meus olhos. Era a primeira vez que via meu chefe falar assim.


- E daí?


- E daí que não vai se envolver com meu rival.


Aquela sua frase devia ter algum significado. Um que eu não conseguia identificar. O fitei incrédulo enquanto o observava esfregar a toalha branca e felpuda nos cabelos negros.


- E o que te faz pensar que eu cederia?


- Nesse ponto eu devo concordar contigo. Nós dois sabemos o quão difícil você é...


Tive que desviar o olhar ao ouvir isso. Se olhasse para ele não sei se poderia me segurar.


- Que tipo de afirmação é essa? - arrisquei um olhar rápido, encontrando a expressão brincalhona de meu chefe. Ele estava se divertindo.


- Ora, Kai, nós dois sabemos que você não é do tipo que cede fácil. Sou prova disso.


Eu estava muito chocado. Comecei a bater o pé impacientemente no piso laminado de sua sala, enquanto aos poucos assumia uma expressão incrédula frente ao meio sorriso malicioso de meu chefe.


- Não sei aonde quer chegar, chefe... - falei, arqueando uma sobrancelha.


Ele se levantou. Prendi a respiração. Fitei seus pés descalços caminharem até mim e senti o peso de seu corpo abaixar um pouco o estofado em que estava, enquanto ele sentava ao meu lado no sofá. Meus olhos deviam estar muito arregalados, pois ele ria, claramente se divertindo ao ver meu embaraço.


- Sabe Kai... Às vezes me pergunto se te afeto de alguma forma, ou se só tem medo de mim mesmo...


Eu não podia acreditar na forma sedutora como as palavras deixavam seus lábios, enquanto seus grandes olhos negros ainda se prendiam em meus próprios lábios, na medida em que se aproximava.


- Isso é alguma piada de mau gosto, Kyung Soo?


Ele estalou a língua.


- Ah, é... Havia me esquecido. Você acha que sou frígido, não é?


Meu queixo caiu. Então ele sabia. Ele sempre soube. Um rubor subiu à minha face enquanto sentia o olhar de KyungSoo queimar sobre minha pele.


- O que? Achou que eu esqueceria isso?


Engoli em seco. Minhas mãos tremiam inquietas. Aquilo era um jogo, eu bem sabia. Kyung Soo estava jogando comigo, mas como eu poderia resistir à tudo aquilo? Decidi entrar no jogo, afinal, ele havia começado e o que eu tinha a perder afinal? Não estávamos no escritório de qualquer forma.


- Bem... Nunca o tinha visto com ninguém... Qualquer um ficaria curioso.


O sorriso cafajeste que recebi em troca, fez com que uma corrente elétrica se espalhasse por todo o meu corpo, em ondas de ansiedade.


Sua voz saiu quase num sussurro, quando tive minha resposta:


- Por que não vem sanar sua dúvida, então?



Umedeci os lábios enquanto tentava contar até dez a fim de me acalmar. Eu não podia agir inescrupulosamente. Era meu chefe ali, afinal de contas. Eu não conseguia imaginar nenhuma possibilidade de que aquela situação fosse acabar bem, mas veja bem... Foram anos de desejo contido, sonhos molhados e banhos frios para afastar aquela quase obsessão. Se eu fosse demitido no dia seguinte, ao menos teria realizado a maior de minhas fantasias... Dormir com meu chefe.


Um grande silêncio se instalou naquele cômodo enquanto eu tentava fazer minha contagem, minha visão sendo preenchida pela imagem convidativa de meu chefe ainda sorrindo.


"1, 2,3, 4, 5... Vamos, respire Jongin..." Eu me dizia em pensamento, tentando conter meus impulsos.


Foi quando senti sua mão pousar na minha perna, e deslizar suavemente ate a parte interna da coxa num aperto gostoso, que perdi a contagem e a sanidade.


E foi aí que ataquei aqueles lábios carnudos, mandando o juízo às favas, apenas com uma certeza... De que queria explorar todo o corpo de meu chefe.


Nossos lábios se encontraram num baque, que me foi um tanto dolorido. Tanto eu quanto ele estávamos ansiosos pelo contato. Sem cerimônias invadi sua boca com a língua, sentindo a sua própria encontrar a minha, entrelaçando-se e acariciando sua semelhante de forma erótica. Tomei a liberdade de prender seu lábio inferior com meus dentes, como tantas vezes imaginara e o puxei, sentindo um resmungo vindo de si. Senti chupar minha língua e estremeci pelo contato gostoso. Eu ia enlouquecer.


Quando me afastei, vi que ele me olhava febril e desejoso, mordendo os próprios lábios. Isso foi demais pra mim e me vi avançando pra cima dele como um animal faminto. Envolvi as coxas com muito mais força do que gostaria e simplesmente o icei, puxando-o para sentar em meu colo. As coxas fartas entraram em contato com minhas pernas e embora estivéssemos ambos de roupas, eu sentia como se o contato queimasse onde sua pele tocava. Era tão gostoso. Arranquei a toalha de seu pescoço, beijando afoito a região ainda úmida, sentindo-o remexer-se a cada chupada mais forte, suas mãos entrelaçadas aos meus cabelos da nuca, enquanto sussurrou:


- Eu sabia que você não era aquele garotinho inocente... - mordeu meu lóbulo levemente. Arfei.


- Digo o mesmo... - cheirei seu pescoço, ensandecido pelo perfume sem igual, e pelo fato de ele estar rebolando em meu colo.


Nem preciso dizer que nessa altura do campeonato, eu estava mais que duro, enquanto sentia os glúteos de meu chefe se esfregando de forma deliciosa em meu pau, e aquela fricção estava ficando cada vez mais torturante, enquanto trocávamos beijos eróticos.


Fui o primeiro a tomar a atitude de tirar a regata, puxando-a pra cima com mais força do que gostaria expondo o tronco alvo e torneado de meu chefe. Dedilhei a carne rígida de seu peitoral, enquanto lambia seus mamilos, sem o mínimo de pudor. Não aguentei e tive que correr com as unhas por aquele abdômen, me deliciando com os ofegos baixos de Kyung Soo em meus ouvidos. Ele ondulou o corpo, me deixando ainda mais necessitado de resolver aquele grande problema no meio de minhas pernas e beijei seu ombro enquanto puxava o cós da calça, num pedido mudo de que tirasse aquelas roupas de uma vez para eu poder admirar aquele corpo delicioso com o qual sonhei por tanto tempo.


Ele me olhou desafiando, enquanto disse um tanto ofegante:


- Você está muito vestido, senhor Kim...


Não foi preciso pedir duas vezes, abri minha camisa com tamanha urgência que acabei estourando alguns botões. Ele examinou a parte superior do meu corpo com um sorriso cafajeste. Eu gostava muito de malhar e sempre me mantive em forma. Ele pareceu aprovar.


Nos levantamos enquanto ele tirava com uma lentidão que não pertencia ao momento, meu cinto, abrindo lentamente o zíper da calça social.


- Ai, anda logo com isso, Kyung Soo... - falei, vendo-o rir maroto. Claramente estava me torturando.


- Tão impaciente... - ele riu.


Abaixou minhas calças, e eu terminei de tirar os sapatos e tudo de uma só vez, vendo o menor dar uma apertada em meu membro por cima da boxer, me arrancando o primeiro gemido da noite. Ele sorriu, me empurrando para o sofá, enquanto descia as próprias calças, me surpreendendo quando vi que não usava cueca. Salivei ao ver aquele corpo alvo e sexy diante de meus olhos. O tronco era forte, o abdômen delineado, as coxas grossas e roliças, e aquele membro enorme pulsando por minha causa. Espero que o sindicato não fique sabendo disso...


Quando ele se aproximou, a primeira coisa que fiz foi afundar minhas mãos naquela bunda firme, me fartando enquanto o trazia para mais perto. Ele fechou os olhos enquanto eu o aproximava de meu rosto. Iniciei uma massagem lenta no membro ereto diante de mim, estimulando a glande primeiro e depois todo o falo suavemente, depois firme, em movimentos cadenciados. A visão de Kyung Soo se contorcendo pelo meu toque, sendo visto de baixo daquele jeito, com a face mergulhada no mais puro prazer me deixava ainda mais excitado. Não me fiz de rogado, abrigando a ereção dentre meus lábios, sentindo os dedos de Kyung Soo se embrenharem em meus cabelos enquanto ele arfava. Engoli a ereção até onde consegui, com uma mão estimulando seus testículos e com a outra introduzindo o primeiro dedo em seu interior, de modo a prepara-lo. Ele estremeceu sob meu toque, enquanto eu aumentava o ritmo da felação. Eu sentia seu abdômen se contrair em espasmos quando introduzi o segundo dedo, sendo abrigado por seu interior quente. Comecei a movê-los para frente e para trás lentamente enquanto ouvia os gemidos contidos de Kyung Soo. Ele mordia os próprios dedos, de modo a não escandalizar seu prazer. Aquilo era o paraíso.


Meu chefe já dava claros indícios de que estava prestes a se desfazer ali mesmo e decidi abandonar seu pênis, muito a contra gosto, para não estragar a diversão. Seu olhar estava febril quando me afastei de seu corpo.


- Eu esperei isso por tanto tempo... - confessou, se aproximando, enquanto me ajudava a me livrar de minha boxer, que foi parar encima de um vaso de flores.


- Eu também... - foi tudo que pude falar, antes de ter meus lábios tomados pelos seus.


Ele se sentou sobre minhas pernas e começou a masturbar meu membro com clara urgência. Nós dois precisávamos nos aliviar logo, e estávamos enlouquecendo a cada minuto.


Beijei cada canto de seu rosto que alcancei, sentindo como sua pele estava quente sob a minha. Ele era perfeito, assim como eu imaginara.


Seus dedos ágeis subiam e desciam por meu falo enquanto eu gemia em seu ouvido, vez ou outra mordendo por reflexo, o pescoço até então alvo.


Quando senti que estava quase gozando, pedi que parasse com a masturbação e ele se ergueu um pouco, para que ajeitássemos nossa posição. Segurei sua cintura fina enquanto ele descia lentamente, abrigando minha ereção aos poucos.



A sensação de ser esmagado pelo anel de músculos dele era indescritível. Seus lábios se partiram quando ele sentou em meu colo, escondendo o rosto em meu pescoço, certamente se controlando até que se acostumasse com meu volume. Distribuí beijos molhados em sua clavícula e pescoço e logo começou a se mover, subindo e descendo lentamente, tendo minhas mãos como apoio. Abri a boca em busca de ar, e a tive tomada por ele, que me beijava avidamente, apesar da posição e descia mais rápido. Decidi inverter as posições, girando nossos corpos e deitando meu corpo sobre o seu no grande sofá, penetrando-o de uma só vez bem fundo e forte, ouvindo um gemido deleitoso. Apoiei minhas mãos acima de sua cabeça no estofado, enquanto me embrenhava entre suas pernas, estocando cada vez mais forte, ouvindo seus ofegos deleitosos enquanto ele abraçava meu tronco, umedecendo os próprios lábios.


- Mais... Mais, Jongin...


Foi a primeira vez que o ouvi dizer meu primeiro nome, como se eu fosse mais uma pessoa normal, assim como ele, e não seu empregado. Aquilo me fez sentir poderoso e ainda mais desejado e investi como um animal pra cima dele, estocando rápido e fundo, sentindo-o contorcer-se abaixo de mim e comprimir suas paredes internas, mantendo-me naquele aperto gostoso que me enlouquecia. A fricção de nossos corpos estava indiretamente masturbando Kyung Soo e ele logo gozou, com um gemido lânguido. Continuei investindo, buscando meu próprio prazer, fascinado por aquela expressão erótica em seu rosto. Eu ia enlouquecer. Mais algumas estocadas e foi minha vez de gozar forte dentro dele.


Meu corpo foi perdendo as forças enquanto ele cedia um espaço ao seu lado no sofá, deitando meio de lado, quando me retirei de dentro de si. Virei de lado e ficamos ali deitados no sofá, numa posição extremamente desconfortável, um olhando pro rosto do outro. Uma fina camada de suor envolvia seu corpo, enquanto tinha os cabelos úmidos grudados na testa, e respirava com dificuldade. "Lindo" - pensei.


Eu não podia acreditar que realmente havia transado com meu chefe. Dedilhei a lateral de seu tronco, sentindo a pele arrepiar onde eu tocava. Admirei cada pequena pintinha em seu peito e pescoço e fiquei olhando, completamente maravilhado, para aquele corpo diante de mim... Um corpo que havia sido meu.


- Bem... Que droga... - falei, quando a verdade dos fatos começou a se abater sobre mim. Tínhamos acabado de ferrar tudo, mas por incrível que pareça, Kyung Soo não parecia nem um pouco preocupado com nada. Seus olhos estavam se fechando lentamente, me fazendo lembrar do quanto estava cansado.


- Shh, só vamos dormir... - sussurrou com aquela voz grave que me arrepiava só de ouvir.


O trouxe pra mais perto enquanto ainda podia desfrutar daquele momento. Ele encostou o rosto em meu peito e achei engraçada a diferença de tonalidade de nossas peles. A dele era extremamente branca, enquanto que a minha era bronzeada. O contraste perfeito. Logo senti que sua respiração ficou mais regular. Ele havia caído no sono. E embora eu estivesse num turbilhão de pensamentos naquele momento, decidi apenas desfrutar, envolvendo meus braços em sua cintura e o seguindo para o mundo dos sonhos. Nem sei que fim levou a comida.


Os raios solares me despertaram. Abri lentamente os olhos, coçando-os e fechando novamente. O despertador não havia tocado, então eu teria mais alguns minutinhos de sono. Mas ao repousar novamente a cabeça no travesseiro, numa manha que eu conhecia bem, senti o cheiro de comida. Estranho. Eu não tomava café.


Ao abrir novamente os olhos, as memórias da noite anterior voltaram em peso quando me lembrei de que havia feito sexo com meu chefe e ainda dormia no tal sofá, e estava coberto por uma manta. Me enrolei nela, rumando a cozinha, ainda coçando meus olhos inchados.


Terminando de encher uma tigela com arroz, um Kyung Soo de rosto inchado me saudou:


- Bom dia, flor do dia. Pensei que não ia mais acordar... Já ia te cutucar para ver se estava mesmo morto ou não.


Revirei os olhos, resgatando a boxer e apanhando minhas coisas.


- Tome um banho... tem algumas roupas minhas maiores no balcão do banheiro pra você. Eu te espero pro café.


Meio sem jeito, me dirigi ao banheiro, me enfiando debaixo do chuveiro enquanto repassava em minha mente tudo o que fizemos na noite anterior.


Me arrumei da melhor forma que pude e rumei novamente a cozinha. Estávamos atrasados para o trabalho, mas meu chefe não pareceu se importar. Só quando comecei a comer, que notei o pequeno corte em meu lábio e olhei para Kyung Soo, que sorria malicioso.


- Ops... Desculpe.


Ri baixinho, vendo-o afrouxar a gravata, expondo vários chupões na pele pálida.


- Ops... - imitei seu tom de voz enquanto ele comia calmamente.


Ambos rimos.

Tudo estava muito bom, mas ainda havia uma questão martelando sem parar em minha cabeça e eu precisava muito sanar aquelas dúvida.


- C-chefe...


Ele ergueu seu olhar. Um olhar diferente dos outros. Um olhar terno.


- Kyung Soo, Jongin... Só Kyung Soo...


Assenti.


- Como as coisas serão agora?


- Serão como sempre foram... - disse, bebendo seu suco. - Você é meu assistente.


Suspirei conformado. Eu já imaginava que aquela aventura iria acabar assim, mas mesmo tendo gostado - e muito - do que fizemos, eu não queria que tudo fosse esquecido da forma que ele estava propondo. Ele não fazia ideia, mas eu fantasiava aquilo há muito tempo.


- Ei... Não estou dizendo que não vamos mais nos ver fora da empresa... - ele justificou, vendo meu olhar desapontado. - Mesmo que isso tenha acontecido, ainda trabalha pra mim e não quero que a fama de que durmo com meus funcionários se espalhe...


Ri baixinho.


- E não é verdade? Não dorme?


- Só com você... - falou resoluto. O fitei e vi que suas feições estavam sérias.


Ele não estava brincando. Respirei fundo antes de continuar.


- Por mim tudo bem... - tentei soar confiante, mas a verdade é que estava aliviado por não ser o único a ter tido uma espécie de queda por seu chefe.


- Você ficava me evitando por isso? - ele falou, colocando mais legumes em meu prato.


Assenti. O sorriso dele foi sincero.


- Era difícil executar bem meu trabalho enquanto eu sonhava com seu corpo nu.


Ele começou a rir, e o olhei incrédulo.


- Mas não deixou de ser eficiente e responsável por causa disso...


Bebi um pouco de suco, apreciando a forma como o sol conferia à sua pele uma aparência ainda mais bela.


- Espero que não tenha me dado o cargo de assistente por que queria meu corpinho... - brinquei.


- Não foi isso... Não só isso... - ambos rimos - Você era capacitado, eu sempre soube. Porém, nunca se impunha ou dava opinião. Não tomava atitude. Só fui capaz de ajudá-lo quando você se mostrou mais atuante.


- Falar da sua opção sexual é ser atuante? - arqueei uma sobrancelha.


- Com certeza... Olha que noite de sexo maravilhosa tivemos. Graças à você e sua curiosidade...


Revirei os olhos rindo de sua fala.


- Estamos atrasados.


- Relaxe... Fizemos hora extra ontem, então podemos chegar mais tarde, aliás... Está com chefe, mas não vá achando que vai ter moleza pra você não...


Sei de que hora extra estava falando.


- Eu não gosto de que as coisas venham fácil mesmo... - gracejei.


- É por isso que gosto de você, Jongin. Adoro desafios...

***


A copiadora fazia seu trabalho enquanto eu observava os funcionários em suas rotinas normais. Peguei os documentos de que precisava e comecei a caminhar por entre as mesas, deixando uma cópia em cada uma, sorrindo gentilmente para meus colegas.


Ouvi uma gritaria no fim do corredor, que indicava só uma coisa. O príncipe de gelo estava mal humorado. Alguns sócios saíram aos tropeços de sua sala, com expressões faciais descontentes e murchas.


Jung me olhou com aquela expressão de sempre, em um pedido mudo para que eu levasse o relatório em seu lugar. Afinal, eu era o assistente do chefe, aquele que fora apelidado de vassalo, e o único com quem ele agia com complacência, muito embora os bons funcionários da empresa soubessem que não era bem assim. O chefe era muito justo, porém não tinha o melhor dos humores.


- Kai, por favor... Quebra esse galho pra mim. Ele esteve de mau humor a manhã toda. Como você foi àquela convenção da faculdade, não viu... Ele parecia soltar fogo pelas ventas ao saber que tinham formatado errado aquela planilha. Eu até refiz, mas estou com medo de ser a vítima da vez. - ela disse, mordendo os lábios.


Olhei para a sala com a placa CEO, e suspirei. Kyung Soo não perdia por esperar. Estávamos juntos há um ano, mas ele continuava o mesmo no trabalho, mesmo que fosse o mais amável dos homens comigo. Jamais me levantou a voz ou destratou e até mesmo me apresentara aos pais. Claro que, o pessoal da empresa não fazia ideia de nada disso.


- Pode deixar Jung, eu cuido disso... - peguei a pasta vendo a moça respirando aliviada.


Fui caminhando até a sala, dando três batidas antes de ouvir sua voz grossa mandando-me entrar.


Ele tinha as sobrancelhas unidas, parecendo tenso, até que me viu. Sua expressão se suavizou quando entrei, fechando a porta atrás de mim.


- O que deseja senhor Kim? - falou, com um sorriso.


- Vim trazer esses documentos que pediu...


Coloquei as pastas na mesa, em seguida tentando me afastar, mas senti meu pulso ser segurado por uma de suas mãos, enquanto com a outra ele tocava meu rosto. Sorri.


- Como foi lá?


- Normal. Nada de mais...


- Sentimos sua falta aqui. Ninguém é tão eficiente quanto você... - seus lábios se curvaram num sorriso.


Me afastei receoso de que alguém pudesse entrar. Éramos muito profissionais no escritório, quase nunca nos tocando mais que o necessário.


- Eu sei que sou insubstituível... - me gabei, vendo-o dar a volta na mesa, se acerca do calmamente.


- Realmente... - falou.


Olhei para baixo, encontrando o homem que me enlouquecia completamente impecável como sempre.


- Temos muito trabalho pra fazer... - falou, piscando um dos olhos com um sorriso matreiro nos lábios.


- Hora extra novamente? - falei.


- É o que parece. Saímos às seis. Tem aula hoje?


Ele sabia que não. Meneei a cabeça.


- Temos muito que fazer. Termine suas obrigações e me espere na saída.


Me curvei, sussurrando em seu ouvido, pois sabia que a secretária na sala ao lado poderia nos ouvir caso disséssemos algo suspeito:


- Pizza?


Ele sorriu.


- Tudo o que quiser... - sussurrou de volta.


O fato de saber que meu chefe sempre fora interessado por mim me deixava um tanto envaidecido. Todo aquele teatro de que nem sabia meu nome era só uma máscara para um interesse que ambos compartilhávamos. Ele sempre soube o quanto eu me esforçava e isso parece tê-lo maravilhado. Mal sabia eu que o dono daquela empresa gigantesca estava interessado num simples estagiário como eu.


Selei seus lábios lentamente, me deliciando com a maciez e o sabor inconfundível de seus lábios. Ele ficou surpreso, mas não me afastou.


- Quanta audácia, Kai...


- Uma prévia de hoje a noite... - sussurrei, quando me afastei de si.


Ele sorriu cafajeste, voltando à sua mesa e me olhando divertido. Girei meus calcanhares dando as costas para si e indo em direção à porta.


- Mal posso esperar... - falou, dirigindo os olhos ao monitor.


Sorri, satisfeito.


Abri a porta, sorrindo para a secretária concentrada em seu trabalho, sentada em sua mesa.


- Ele parou de gritar... - falou.


- Só está de mal humor. Ele não vai mais causar problemas... - falei, ajeitando meu topete, vendo-a sorrir enquanto voltava ao trabalho.


- Não sei o que você faz... Mas não pare.


Rimos em harmonia enquanto eu ia em direção à minha sala, achando irônico que todos me agradecessem por manter o príncipe de gelo de bom humor, quando na verdade, quem mais se divertia enquanto fazia isso era eu mesmo.


Entrei em minha sala, sentei-me em minha mesa e liguei o monitor, dando continuidade ao meu trabalho, tentando conter a ansiedade para minha noite de "trabalhos" com meu chefe.




Eu amava meu trabalho.


***** My boss... My secret *****


Aug. 21, 2020, 6:56 p.m. 3 Report Embed Follow story
4
The End

Meet the author

sahsoonya Sahsoonya KPOP, ROCK, ANIME, DORAMA, GAMES, POETRY, HORROR MOVIES, ENGLISH, KIDS EXO - KAISOO "I would prefer not to" - Bartleby the scrivener (Herman Melville)

Comment something

Post!
Isís Marchetti Isís Marchetti
Olá, tudo bem? Faço parte do Sistema de Verificação e venho lhe parabenizar pela Verificação da sua história. Eu achei bem interessante o enredo que você escolheu para fazer essa história, é difícil encontrarmos algo entre chefe e estagiário para ler, por mais que possa parecer um tema clichê, não é tanto assim como as pessoas pensam. A coesão do seu texto está boa, apesar disso teve um trecho que fiquei um pouco confusa, em um diálogo com Lee, logo no início ele fala: "O príncipe de gelo já chegou. Apresse-se e entregue logo os relatórios antes que ela já caia matando aqui no financeiro logo cedo" Se o príncipe é o chefe Kyung Soo, então esse ela não está coerente, aconselho a você a revisar esse ponto, caso você tenha inserido uma pessoa a mais e ela for outra pessoa, seria bom fazer uma apresentação por nome. A estrutura do texto também está muito boa, os diálogos estão bem desenvolvidos e não são infundados, apesar disso, por ser uma história que tenha sexo explícito ela precisa vir acompanhada da TAG #PWP para ficar de acordo com as regras, caso tenha alguma dúvida referente a isso é só dar uma olhada nas regras comunitárias do site. Quanto aos personagens, eu tive a impressão de que o Kai era apenas um mero figurante em sua própria vida, como se ele não tivesse propósito e por isso vivia tudo monotamente, mas isso mudou quando começou a se envolver com seu chefe. Já Kyung Soo é aquela pessoa que é amorosa mas que leva o serviço muito a sério e apesar de parecer frio ele só quer que as pessoas sejam mais conscientes sobre seus trabalhos. Os dois formam um encaixe perfeito. Quanto à gramática, em alguns lugares ao longo do texto faltam acentuação em algumas palavras, como por exemplo "paranoica" em vez de "paranóica" e "ligara" em vez de "ligará", tambem tem uma parte do texto em que em uma caixa de diálogo, no final, aparece algumas letras desconexas, em um monte do texto eu encontrei a seguinte palavra escrita "encima" em vez de "em cima", não são erros que prejudicam a leitura em si, mas aconselho você a revisar. Parabéns pela iniciativa em ter participado de um concurso, espero que tenha sido bem satisfatório. Abraços!
July 16, 2020, 19:11
Biological Storm Biological Storm
Bendito concurso! Porque eu amo essa fic! Adoro o Soo todo CEO frio e imponente e Jongin tentando resistir a ele. :D E nossa, né, um dos melhores lemons da vida. Francamente, não sei como tu ou a AiKimSoo não ganharam esse concurso. As duas escreveram ótimas fics para ele. Uma das minhas OS preferidas para todo o sempre!
January 28, 2019, 18:52

  • sahsoonya sahsoonya
    Olha eu de novo, respondendo comentários milenares!!! Desculpa a demora. Eu também amo muito essa fic, por que ela tem um q de seriedade por parte dos personagens, que é diferente do comum, sabe? Eu simplesmente adoro escrever fanfics pelo ponto de vista do Jongin. Não sei por que, mas gosto muito. Estava revisando, já que há alguns errinhos de concordância, palavras repetidas e etc, e achei seu comment. Desculpa a demora, e agradeço pelo carinho com as fics. Isso me faz feliz. Beijão! PS: tô vendo que está postando ômega ou alfa... que eu amo tanto! Muito sucesso! May 18, 2019, 17:09
~