mrseloi Mrs Eloi

O mundo sempre fora subdividido entre mortais e imortais; havia uma época na qual o Deus da Guerra - Sensō no kami, governava os cinco reinos em prol de zelar a paz. Com o passar dos milênios, fastio, o invencível Deus abdicou o trono, para viver pacificamente no Reino Celestial. Venerado, fleumático e estarrecedor, ninguém jamais ousou enfrenta-lo, tampouco se aproximar. — Caso esmague bruxas, você será tido como herói, porém, ao pulverizar fadas, considerar-lhe-iam o vilão. A benevolência é questão de estética e eu nunca me importei entre ser vilão ou herói, desde que meu mundo esteja em remanso.


Fanfiction Anime/Manga Not for children under 13.

#Naruro #sasusaku #romance #fantasia #uchiha-sasuke #Haruno-Sakura #fanfic
4
5.5k VIEWS
In progress - New chapter Every Monday
reading time
AA Share

Purorōgu: Shakkin

Yuki no peji no ai

Purorōgu:

Shakkin.

Escrito por MrsEloi.

.

.

.

☽☀☾

Ten

O vapor abrasador penetrou as têmporas da garota ao erguer a tampa da tigela com água fervente, os dedos delicados envolveram algumas folhas da erva Gyokuro – chá verde e as despejou sobre a água. Ela tentava controlar o tremular do corpo, no qual evidenciava sua exacerbada insegurança.

— O que faz aqui? — a voz rouca e mais gélida que as profundezas do lago dos mil senhores a fez se libertar de seus devaneios, criando coragem para encarar os grandes olhos ônix, no qual se encontravam distantes dali. Cerca de quarenta minutos após ele finalmente notara sua presença. Com uma das mãos espremeu o tecido de seda do vestido lilás em sua palma suada e com a outra, despejou o líquido fervente na xícara de porcelana. Depositou o bule novamente na bandeja de madeira encapsulada e suspirou pesarosa.

— Vim pagar minha dívida. — praguejou imediatamente o gargarejo estridente. Sua fala ecoou ridícula na imensidão silenciosa do Salão dos sonhos perdidos.

— Não há nada que possa me oferecer como pagamento. — um balde de água fria não lhe faria arrepiar tanto quanto aquelas palavras. — Quanto acha que sua vida vale?

Ela ficou em silêncio.

— Uma imortal que não consegue se transformar não é de meu interesse. Perda de tempo.

Boatos rondavam sua terra natal – Konohagakure, uma extensão do Reino do Céu, que Uchiha Sasuke, o invencível Deus da Guerra, nascera das pedras, juntamente com a criação do mundo, por isso, era tão impenetrável. Queria ela adivinhar o que se passava em seus pensamentos, ofereceria até mesmo suas madeixas rosadas para descobrir.

— Posso lhe seguir para onde quer que vá. Uma hora creio que precisará de mim. — sugeriu. Um calafrio lhe percorreu a espinha inteira. — Talvez, eu possa lhe conceder um desejo.

— Quando Céu e Terra ainda não eram povoados eu já governava este mundo. Achas mesmo que tenho algum desejo inconcebido?

Pergunta difícil. Seus pais lhe ensinaram à sempre lhe retribuir o que lhe foi dado. Não iria desistir de recompensar por sua vida. Ele definitivamente estava tentando lhe mostrar o quão velho era? Sua aparência lhe daria, no máximo, cinquenta mil anos. Ele não possuía cabelos níveos, postura encurvada e tampouco rugas. Seu pai, diga-se de passagem, com aproximadamente duzentos mil anos de idade, já aparentava aspectos do envelhecimento. Dizem que as rochas vivem intactas pela eternidade, talvez seja esse o seu segredo.

— Setecentos mil anos me parecem um bom tempo de servidão. Dar-lhe-ei minha juventude.

— No mínimo a eternidade. Nunca pagou uma dívida? És ingênua ou finges de estúpida?

O Deus desviou seu olhar de desdém por alguns segundos em sua direção. Estava debochando de sua singeleza. Sua juventude de servidão não seria o suficiente? A eternidade seria um tanto demais. Poderia então, ter a deixado morrer nas mãos daquela serpente imunda. Ele categoricamente era demasiadamente cruel.

— Não tenho interesse, esta dívida é inexistente. Só servirá para me importunar.

— Seu chá irá esfriar.

Mudar de assunto seria uma boa estratégia. Ela o serviria mesmo se ele não a quisesse. Setecentos mil anos seria o suficiente. De quê adiantaria viver se fosse para seguir a barra de um primitivo impiedoso e por fim, o pior de toda imprecisão, monossilábico.

— Detesto chá verde. — sua silhueta virou fumaça.

Dec. 10, 2018, 4:39 p.m. 0 Report Embed Follow story
0
Read next chapter Dai 1-shō: Eizoku-sei

Comment something

Post!
No comments yet. Be the first to say something!
~

Are you enjoying the reading?

Hey! There are still 2 chapters left on this story.
To continue reading, please sign up or log in. For free!