Notas do autor: Eai pessoal! Espero que gostem da história! :3 Tipo de pai escolhido é "pai quem vê cara não vê coração".
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W.D. Gaster
Quem o visse, logo o descreveria como alguém sério, fechado e que sempre parece estar pensando em algo. Essa era a imagem que muitos tinham do grande cientista real, porém havia três monstros que discordavam disso.
O primeiro é o rei Asgore, um amigo de longa data do cientista, que já compartilhou longas conversas acompanhadas de xícaras de chá. E os dois restantes, aqueles que agora são o centro de sua vida, Sans e Papyrus, seus dois filhos que lhe eram tão importantes que daria sua vida por eles.
Frutos de seu relacionamento com sua falecida esposa Arial, essa que morreu na guerra entre os humanos e os monstros. Pensar nela ainda lhe causava grande tristeza, mas tinha que ser forte pelos seus filhos, ele era a única coisa que eles tinham agora.
Sans era o mais velho, e mesmo com só sete anos era muito inteligente e aprendia as coisas bem rápido, porém ele era muito, muito preguiçoso, além do seu evidente gosto por piadas. Já Papyrus era o total oposto do irmão, com apenas quatro anos ele era a criança mais energética que Gaster já havia conhecido, bastava tirar os olhos dele por um segundo e pronto! Passava horas correndo atrás dele pela casa, e Sans só ria da situação.
Ele adorava passar o tempo com seus filhos, cada momento era valioso para ele, ver seus filhos aprendendo e descobrindo muitas coisas. Ele lembrava perfeitamente do dia em que Papyrus descobriu uma certa paixão pela culinária, ele passou o dia inteiro tentando convencer Gaster a deixá-lo cozinhar algo, e no final, conseguiu.
A cozinha tinha virado uma grande bagunça nesse dia, farinha e tomates pra todo lado! No final, eles haviam feito um lindo espaguete que tinha um gosto exótico, mas era a primeira vez de Papyrus, no futuro com certeza ele seria bem melhor. Pensando nisso, elogiou o prato feito por seu filho mais novo fazendo a criança abrir um grande sorriso, pobre Gaster, mal sabia ele que, com isso, estaria assinando um contrato onde concordava em ser o provador oficial das experiências de Papyrus, contrato esse que também incluía Sans.
Ele faria qualquer coisa por eles, por isso se dedicava em suas pesquisas, acharia um jeito de quebrar a barreira e trazer a liberdade para todos do subsolo, seus filhos seriam livres.
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Três anos havia se passado, muitas coisas haviam mudado. Sans mostrou um enorme interesse pela ciência, e como tinha uma inteligência elevada ele pôde ajudar seu pai em pequenos experimentos no laboratório - com a total supervisão de Gaster, ele poderia ter sua pose de sério no laboratório, mas nunca deixaria de se preocupar com os filhos. E Papyrus, que com os passar dos anos acabou ficando um pouco maior que seu irmão - coisa que deixou o outro meio chateado -, tinha agora um grande sonho: se tornar um guarda real! Ele passava a maior parte do tempo falando do quanto seria legal se tornar um guarda real, que teria vários amigos e que todos o amariam.
Gaster queria que o sonho dos seus filhos fossem realizados, que eles fossem feliz, e por isso ele estava ali.
Há alguns meses, uma criança humana havia caído no subsolo, e o Rei e a Rainha tinham a adotado. Porém, uma coisa havia lhe chamado atenção, a determinação daquela criança. A determinação humana era algo muito forte, tão forte que Gaster tinha certeza que se fosse manuseada de maneira correta, se ele pudesse controlá-la, poderia até mesmo quebrar a barreira com ela.
Em frente àquela máquina que se assemelhava a um crânio de algum animal sustentado acima de um enorme buraco por grossos fios, Gaster depositava todas as suas esperanças. Com a permissão do rei, ele havia extraído um pouco da determinação do humano, depois de várias pesquisas e tentativas falhas, estava na hora, dessa vez daria certo.
Olhou para o lado onde estava Sans que observava tudo de longe ao lado de um dos seus assistentes, logo pensou em Papyrus que deveria estar treinando agora. Faria isso por seus filhos.
Por eles.
Acionou a máquina que começou a emitir um brilho, olhou para as telas dos computadores, todos eles diziam que a máquina estava estável, estava dando certo. Um sorriso escapou de seus lábios, ele iria conseguir, só mais um pouco e todos do subsolo seriam livres. O brilho se intensificou e pequenas rachaduras se fizeram presentes nas laterais da máquina, algo estava errado. Mais rachaduras, o brilho se intensificava mais e mais, os computadores começaram a apitar, a máquina estava perdendo o controle.
Ele foi rapidamente até os computadores, tentava reverter aquela situação mas nada dava certo, o único jeito seria desligar a máquina. Foi até os controles e apertou o botão de desligar, porém, nada aconteceu. Era tarde demais.
A máquina começou a se quebrar, a determinação que ela continha era tão forte que criou um vácuo que estava sugando tudo, mandou um assistente levar Sans dali, não queria que seu filho fosse sugado, o viu sendo levado pela assistente com lágrimas nos olhos, ele o chamava com desespero, mas ele não poderia o atendê-lo agora, tinha que dar um jeito naquela situação.
Porém, antes que pudesse fazer qualquer coisa, o chão começou a rachar e vários pedaços estavam sendo sugados pelo vácuo. Mandou que todos se retirassem rápido, ele tentou correr até a saída, porém o chão ao seus pés ruiu, o fazendo ser levado junto aos destroços.
Enquanto era levado, lembrou-se de toda sua vida. Quando se tornou o cientista real, o seu casamento com Arial, o nascimento de seus filhos, a guerra, a morte de sua esposa e o crescimento de seus filhos que ela não pôde acompanhar. Seus filhos ficariam sozinhos, ele havia falhado, não conseguiu a liberdade para seus filhos e agora não poderiam nem mesmo ficar com eles.
Não poderia fazer mais nada por eles, seus filhos teriam que ser fortes e cuidar um do outro agora. E antes de tudo se tornar escuro, a última coisa que ouviu foi um chamado ao longe.
"PAPAI!"
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