mandy Mandy

"Kirishima estava f****o. Não só por ter acabado de, acidentalmente, desconfigurar o modem wi fi da casa que dividia com o melhor amigo, que, por sinal, iria sem sombra de dúvida assassiná-lo assim que soubesse do ocorrido, mas também por estar ridiculamente apaixonado pelo melhor amigo em questão. O que podia fazer? Que culpa tinha se era gay e Bakugou lhe parecia a criatura mais maravilhosa de todo universo?"


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#bnh #kiribaku #lgbt #bakushima #bakukiri #romance #boku-no-hero
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Prólogo

Puta que pariu” Bakugou gritou internamente pela milésima vez desde que havia sido praticamente intimado a carregar as compras da senhora do último andar. A velhinha, que ele dizia escravizá-lo, se apoiava em um de seus braços com um sorriso gigantesco no rosto, tirando um pequeno proveito dos músculos do bíceps de Katsuki enquanto se apoiava nele para subir até o quinto andar.


Por que caralhos mora no quinto andar se não consegue subir? Por que caralhos não pediu ajuda ao porteiro?” A expressão irritada traduzia seus pensamentos, mas a mulher nem de longe se importava com as caretas, apenas pôs as sacolas para dentro de sua moradia antes de deixar um beijo estalado no rosto de Bakugou – cuja expressão não poderia ser mais mortal – e entrar em seu apartamento.


Shineeee!—O loiro disparou enquanto esfregava o próprio rosto, limpando o excesso de saliva com os dentes arreganhados em descontentamento. Ao fim do momento de fúria, deu meia volta para descer correndo as escadas antes que mais alguma daquelas senhoras pervertidas – cujo maior passatempo era apertar seus músculos – o encontrasse.


—Eeh? Katsuki-chan?—A porta acabava de ser aberta por uma vizinha qualquer, que sorria dócil com as rugas marcando os olhos, enquanto carregava uma sacola do que parecia ser lixo para jogar fora. Bakugou suspirou, ainda mais irritado pela derrota, seu plano de fuga havia falhado.


•••


—Foi pego pelas senhoras de novo, ein, Bakugou!—O ódio de Katsuki apenas aumentou diante da voz bem humorada de Kirishima, que o encarava da cozinha aberta, estilo americana, quando entrou em casa.


—Cala a boca, imbecil! E quantas vezes vou ter que falar pra pôr uma roupa na hora de cozinhar?—Bakugou não perdeu a oportunidade de reclamar da mania de Eijiro, o colega de apartamento, de cozinhar apenas de cueca e avental.


—O fato de eu cozinhar desse jeito é que torna o sabor tão especial.—O vermelho piscou pra ele, sem nunca perder aquele sorriso alegre e idiota que sempre exibia. Katsuki bufou.


—Vai pro inferno!


A primeira vista parecia uma situação descoordenada e desagradável entre duas pessoas que não se gostam, uma debochada e outra estressada, mas a grande verdade era uma só: tratava-se apenas de melhores amigos que moravam juntos e possuíam aquela rotina estranha de reclamar sobre roupas (ou falta delas) e sorrir quando o amigo era alugado como crush da terceira idade. Mais um dia comum no apartamento dividido por Kirishima e Bakugou…


Ambos se conheceram no início do ensino médio, estiveram na mesma turma durante os anos de colegial e acabaram desenvolvendo uma estranha amizade graças a persistência de Eijiro em se aproximar. Bakugou era a última pessoa com quem qualquer aluno da escola queria se meter, possuía um temperamento explosivo, arranjava brigas com a mesma frequência em que berrava palavrões – altíssima – e ainda tinha a péssima mania de afastar todos os que o cercavam, isso quando não estava disposto a passar por cima deles.


Não que ele não 'tivesse tentado fazer o mesmo com Kirishima, a única diferença entre ele e a maioria dos outros alunos era que o ruivo não havia se deixado abater e continuou ao lado de Katsuki até o momento em que o loiro entrou em uma briga maior do que podia aguentar, e, graças a presença de Kirishima, não saiu muito machucado e ainda vitorioso.


Você não controla a língua nem com os senpais né, Bakugou?”


Ele odiava mais do que qualquer coisa o bom humor constante do amigo, era como uma força completamente oposta a sua que parecia atraí-lo com o passar do tempo, e antes que tanto ele próprio quanto os que o rodeavam notassem, Bakugou passou a agir como um satélite: orbitando Kirishima quando o esperado era justamente o contrário.


Do meio do primeiro ano em diante, era quase impossível imaginar a presença unitária de Bakugou ou Kirishima, a ligação estabelecida era forte e qualquer um que os visse custava a acreditar que se conheciam a menos que dez anos, especialmente devido a habilidade de Eijiro ao lidar com Katsuki.


Não eram todos que conseguiam interagir com Bakugou, ele não era a mais fácil das criaturas no que diz respeito a compreensão, mas, incrivelmente, o ruivo conseguia lê-lo perfeitamente, sem esforço algum, muitas vezes agindo como seu porta-voz sentimental enquanto Bakugou se mostrava uma rocha sólida de apoio ao amigo. Daquela forma, construíram um relacionamento bastante firme, do qual Bakugou não estava disposto a abrir mão com o fim do colegial – mesmo que não fosse admitir.


Havia uma parte sua que tinha plena consciência de que, entre os dois, era ele quem mais dependia de Kirishima, havia aquela constante necessidade de fazer com que Eijiro estivesse bem para que ele próprio pudesse repousar a cabeça no travesseiro a noite e dormir em paz – que Katsuki preferia traduzir como receio de não ter mais alguém que o compreenda, embora ele não ligue muito para esse tipo de conexão, nunca precisou ser compreendido e, às vezes, nem sequer queria.


Entre outros motivos, como fato de não conseguir bancar um apartamento sozinho e não haver outra pessoa no universo capaz de aturá-lo, que englobam o recente fato de Eijiro assumir-se homossexual para tudo e todos, o que acarretou um desentendimento familiar, foi basicamente por isso que Katsuki o chamou para dividir apartamento.


Você não vai ficar naquela porra de casa!” Ele ainda se lembrava dos gritos que dera enquanto Kirishima molhava sua camisa preferida com suas lágrimas, depois de fugir de uma das brigas mais recentes; a que o deixou mais ferido, por sinal. “É idiota por acaso? Por que ainda está lá?”


Não houve uma grande surpresa para os mais próximos do colégio, na verdade, todos pensavam que não só Kirishima era assumido como também Bakugou – era uma espécie de consenso geral que os dois namoravam, e aquela informação deixou o loiro bastante...intrigado. E claro que ele manifestou isso em forma de gritos e palavrões.


Kirishima era o único que Bakugou deixou, de fato, se aproximar, era o único que poderia falar o que quiser para ele sem ser arremessado longe, e ainda eram vistos juntos para todo lugar...não havia muito o que pensar diferente – Ochako havia lhe dito certa vez. Ele a mandou à merda.


Mas aquela informação martelou em sua cabeça durante muito tempo, ainda o fazia. Bakugou foi o primeiro a saber, Kirishima assumiu sua sexualidade de uma vez atrás da escola para si, temendo o afastamento do amigo mais próximo, e quase gritou em comemoração quando Katsuki disse um sonoro “e daí?”, deixando bem claro que aquilo não mudaria nada.


Pelo menos Bakugou achava que não mudaria, antes de saber que o fato de entender o amigo como hetero era o único motivo para que seu subconsciente não manifestasse aquelas sensações estranhas que guardava consigo, a sete chaves, no peito

Aug. 6, 2018, 12:22 p.m. 1 Report Embed Follow story
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Post!
Machadorisos . Machadorisos .
Ora ora ora o que temos aqui? Uma KiriBaku? Hmmmm adoro! Ohhhh Mandy pq tão perfeita? Parece que nasceu para escrever meus shipps ohhh!
May 25, 2019, 07:11
~

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