Vítima: Kim Jongdae, 25 anos.
Arma do crime: uma faca profissional.
Local do crime: seu apartamento.
Tempo de morte: aproximadamente 5 min.
—
Minseok refaz os passos de Jongdae. Quando se vê frente a frente com Joonmyeon, é impossível não pensar na imagem de seu namorado morto. É uma creche bonita e com crianças alegres, mas o clima naquela sala é distinto.
— Eu preciso de algumas informações, senhor Kim.
— Estou em horário de trabalho, se você não consegue ver.
Minseok suspira.
— Eu também estou, meu caro...
— Não fui eu que matou Jongdae, Minseok.
— Me chame apenas de detetive.
Joonmyeon ri.
— O que você quer comigo, detetive?
Minseok morde o lábio. Está impaciente.
— Quero que me diga o que aconteceu no dia 18 de janeiro de 2018.
Joonmyeon apoia os cotovelos na mesa. Encara o detetive com um sorriso ladino.
— Jongdae veio trabalhar aqui como em todos os outros dias. Lecionou para as suas crianças e esteve a manhã inteira sorridente, como sempre. Porém, o pai de um aluno o acusou de tratar mal o seu filho e tivemos uma discussão nessa mesma sala.
Minseok, finalmente, sente que está indo para algum ponto satisfatório.
— Quem é o pai desse garoto?
— Não posso fal—
— Joonmyeon, se você ainda não entendeu o meu propósito aqui, me deixe explicar: o seu funcionário morreu há alguns dias com uma faca enfiada na nuca e eu preciso descobrir quem o matou. É o meu trabalho, você entendeu? Se você não contribuir para as investigações, se tornará mais suspeito do que inicialmente é.
Joonmyeon respira rápido, mais vezes que Minseok pode contar.
— Jongin...
O detetive franze o cenho.
— O nome dele é Jongin?
— É. Kim Jongin. Pai solteiro.
— Onde eu posso o encontrar?
Joonmyeon se encosta à cadeira, suspirando fundo e fechando os olhos. Está irritado, impaciente e inquieto. Minseok estranha suas ações.
— Ele traz seu filho todos os dias às sete da manhã, vinte minutos antes de abrirmos a creche, e vai trabalhar às oito horas. Se o senhor vier no mesmo horário, eu libero o portão mais cedo para as crianças e vocês podem conversar.
O detetive sente o medo provindo do diretor. Anota tudo o que foi dito — e, como adendo, o comportamento acuado daquele homem.
— Mais alguma coisa, detetive?
Minseok crispa os lábios.
— No que consistiu as suas conversas com ele naquele dia?
— Além da discussão? Trocamos bom dia’s, ele me disse que andava cansado e que suas crianças estavam sendo o seu refúgio. Eu sorri, o abracei e disse que tudo ficaria bem, Jongdae concordou. Após o inconveniente com Jongin, eu o disse que a culpa não era dele. Ele sorriu e foi embora.
Jongdae estava triste. Minseok se sentia triste também.
— Você sabe para onde ele teria ido?
— Não.
— Mesmo?
— Eu não minto.
Minseok o olhou torto, mas está satisfeito por enquanto.
— Obrigado pelas informações, senhor Kim.
— Disponha.
Com o seu bloquinho de notas, anda em direção à saída. Joonmyeon é um homem tenso demais para ser descartado da lista de suspeitos.
Thank you for reading!
We can keep Inkspired for free by displaying Ads to our visitors. Please, support us by whitelisting or deactivating the AdBlocker.
After doing it, please reload the website to continue using Inkspired normally.