"Eu tenho algo que não quero perder, mas todos esses sentimentos terríveis crescem e crescem, me afundando mais ainda”.
Meu nome é Byun Baekhyun, eu sou, ou pelo menos era um pianista, mas sou lembrado como o cara que tentou cometer suicídio três vezes. Você pode não entender os motivos, mas pra mim, não há razão para continuar vivendo, se alguém conhece o sofrimento de perto, esse sou eu, por isso é que a inexistência parece um alívio, acabar com tudo, talvez, seja a minha única razão pra continuar vivendo.
Foi então que conheci Oh Sehun, um assassino, alguém marcado pela morte de três pessoas, eu não entendo ele, a gente vem de mundos completamente diferentes, eu tenho certeza que os dois jamais nos encontraríamos não fosse à interferência da Tia Mônica.
O ano é 2017, em minha última tentativa de suicídio recebi da tia a proposta de visitar o Centro de Detenção de Seul, onde vivem presos condenados a morte. Para escapar de um tratamento psicológico aceitei de má vontade fazer as tais visitas e acompanhar a tia Mônica, mulher essa que eu amo mais do que tudo, mais até que a minha própria mãe.
E você deve estar se perguntando o motivo disso, pois é. Mesmo não gostando de admitir, eu venho de uma família rica e poderosa na Coreia, sempre tive de tudo, inclusive fama, mas nunca experimentei o amor e o carinho que as pessoas sentem da própria família. Já Sehun lutou a vida inteira pela sobrevivência ao lado do irmão mais novo, em uma vida extremamente miserável, violenta e cruel. Eu sou pessimista, odeio clichês, mas posso ser bastante previsível. Sehun é realista, nunca teve tempo para sonhar, mas foi capaz de amar muito, até receber mais um tombo da vida.
Podemos dizer que nós dois perdemos a vontade de viver e por isso cometemos tantos erros na vida. Mas os encontros semanais mudaram para sempre a nossas vidas e talvez, nos deram uma esperança de dias melhores.
É provável que eu nunca vá dizer isso a ele, mas... Com Sehun eu vivi uma profunda e significativa jornada, a procura de uma resposta da pergunta que sempre tive medo de encarar:
“Será que tem algo pelo que viver nessa vida?"
Inspirado no mangá "Watashitachi no Shiawasena Jikan" da Sahara Mizu, que por sua vez é baseado no livro "Nossas horas felizes" da autora Gong Ji-Young.
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