nystrom Rouke Nystrom

Thomas não gosta de si, em decorrências a traumas passados, hoje ele tem medo si mesmo, se inferiorizando ou achando que não é bom o bastante para qualquer coisa, tendo uma visão pessimista de si. Mudando de cidade, apenas para tentar se graduar na universidade, ele irá morar em uma república com outras pessoas. Tendo que viver entre os estudos, e o trabalho de meio período como garçom num café. Mesmo que a sua vida seja igual a um moinho com seus altos e baixos, ele irá vivenciar mais coisas, entre novas amizades, novas mudanças, até mesmo um mochilão pela Europa. Por fim, aprenderá que a vida nem sempre é justa, mas, na maioria da vezes, você recebe o que dá.


Romance Young Adult Romance For over 18 only.

#depressão #autoconhecimento #reflexão #filosofia #psicologico #angst #drama #tragedia
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Estágio 1 - Antes

A definição de lar não significa onde você mora, mas sim onde você encontra a sua paz.

- P. Nystrom -

Estava chovendo. E talvez isso fosse a melhor e a pior coisa para ele. A chuva pode fazer um pecado ser perdoado. Deixava seus devaneios filosóficos sobre perdão, aguaceiro e passado fluírem, assim como aquele fatídico outono chuvoso.

O dia mais perfeito também pode ser o dia mais trágico de todos.

As folhas de um caderno estavam jogadas no chão ao seu redor, o colo em que se encontrava deitado, lembrava aroma de café, pois aquecia e tranquilizava a sua alma. O som e o cheiro da chuva o agradavam, não tanto quanto o cafuné que estava ganhando, mesmo que sempre bagunçasse seu cabelo de uma maneira interessante, ela sempre os ajeitava depois, típico de mãe, ponderava retribuindo com mesmo sorriso singelo.

— Gostei disso — Exibiu aquele sorriso que tinha o significado de ‘você tem a minha benção’. — Então... Este é o esboço da sua Monalisa?

— Igual a prévia para uma tempestade, diferente desta. — Está longe de ser um esboço, pensara ao estar confortavelmente ali, fechou os olhos.

— Dias tempestuosos serviam como uma renovação da esperança na antiguidade, era o sinal que Thor havia recuperado seu martelo. — Fazendo-lhe uma massagem capilar, ele sabia que era uma forma dela tirar o seu receio. Mães são todas iguais.

— Você acha... Que ela vai gostar...?

Ela lhe trouxe para mais perto de si, lhe abraçando. Dizia a si mesmo que o abraço dela era igual a um doce recém-saído do fogão, pois sempre aquecia seu coração, arrancando-lhe um sorriso e um obrigado mãe.

— Acho que a Lis ficaria feliz por você estar transformando isso em algo totalmente seu, — em diversos pontos deste mundo, mães serão sempre as que conhecem melhor os seus filhos, e por serem assim, era que ela passava gentilmente a ponta de seu dedo sobre os dedos da mão dele — exatamente igual ao que vocês têm marcado em seus dedos.

— Ainda está doendo mãe... — Ali era o seu porto seguro, o colo e o abraço dela, eram suas zonas de segurança, onde ele podia desabafar o que afligia a sua alma.

— Eu sei que ainda está doendo pelo o que aconteceu com ela, — deu-lhe um beijo na cabeça — mas assim como cada estação do ano vem para nos renovar, eu acredito que você voltará a ver as flores na primavera, sentirá o alívio das chuvas de outono, irá sorrir mesmo com o frio do inverno e será renovado com o calor do verão.

Obrigado.

Palavras se tornam desnecessárias quando o gesto de gratidão é maior, ele sabia disso, por isso aplacava aquele momento de dor, aninhando-se igual a um gato no seu paraíso particular chamado colo de mãe.

Chute a porta. Pensou a mesma coisa, e por mais que não conseguisse abri-la, ainda persistia nos pontapés. Sua perna doía, o som daquela música que ficava repetindo a mesma estrofe, lhe incomodava.

Alguém... ajuda...

A tempestade estava mais forte, não conseguindo ver muita coisa através da janela do carro, ainda assim ele continuava a tentar forçar a porta para abri-la a base de chutes e mais chutes.

Estranho, pensara, jurava que tinha visto alguém lhe olhar e sumir logo em seguida. Talvez esteja vendo coisas, argumentou para si mesmo.

Sua perna quebrou, o desespero aumentou. Escutando uma voz lhe sussurrando ao pé do ouvido, tudo aquilo que acontecia ali, e tudo o que tinha acontecido antes de tudo, parecia apenas um reflexo entre milhares de espelhos...

... Acordara suado e ofegante, tivera o mesmo sonho novamente, ele tentava controlar a respiração novamente.

A mesma coisa, num ângulo diferente.

Olhou para o criado-mudo, seus cigarros de cappuccino, o questionário de sua mãe, dois livros, algumas folhas de anotações, o colar de nébula e o rádio relógio marcando três da madrugada. O horário que a realidade do inferno se choca com o da terra, sempre a essa hora, aquele mesmo sonho voltava. A ilusão é apenas o pensamento que emergiu na realidade.

Pegou o colar, observando a nébula que fora feita com algodão.

Toda a minha sorte, eu entrego a você.

Uma sorte entrega a ele, e no fim das contas, sua amiga estava dormindo a quase seis meses e não tinha previsão de quando ia acordar....

Lis, não queria a sua sorte, daria a sua e a minha, para você estar aqui...

Fechara seus olhos, lembrando-se de uma música que dizia... “Feche seus olhos e agora é passado...”

May 19, 2018, 10:55 p.m. 6 Report Embed Follow story
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shinobidesu shinobidesu
Tô chocada com a calmaria que as tuas palavras passaram no início do capítulo. Temos um talento e tanto aqui, não é não? Fiquei bem triste quando vi que já tinha chegado ao fim desse capítulo, espero ver mais dessa história por aqui. Aguardarei ansiosamente, abraços!
November 16, 2018, 17:22

  • Rouke Nystrom Rouke Nystrom
    Karina Diniz, desculpa pela demora excessiva em te responder, fiquei um tempo sem logar aqui no inkspired. E mesmo tendo visto o seu comentário (que fez o meu dia diga-se de passagem) eu sempre fico sem saber como responder os comentários logo de cara, e sempre preciso encontrar uma música para me ajudar a responder adequadamente os comentários. Olha te confesso que essa é a segunda versão desta estória que eu posto, a primeira era legal, mas a maneira que eu escrevia não era. Eu mudei muita coisa do que escrevi na primeira vez (eram umas doze mil palavras que mudei para 700 e poucas nessa segunda versão). Olha agradeço por dizer que eu tenho um talento e tanto, mesmo eu achando que tenho muito que melhorar ainda. (Minha beta sempre me diz o quanto eu evolui nesse tempo todo que eu mando capítulos para ela betar). Logo mais você vai ver o segundo capítulo, terminei ele semana passada depois de reescrever pela terceira vez (tentei detalhar um pouco mais do que as outras duas versões). Vou aguardar ver você de novo por aqui, e espero não demorar para responder como nessa vez!! hahahah. Abraço! o/ December 12, 2018, 19:51
Karimy Lubarino Karimy Lubarino
Não sei como estava antes, mas gosto de como está agora, de qualquer forma, que bom que está se sentindo melhor escrevendo desse jeito, isso que importa. Descobrir o que melhor funciona pode ser mais complicado do que parece, entendo bem. Quanto a demora, sem problemas, sei que às vezes nossas tarefas diárias nos sugam! Espero com ansiedade o próximo capítulo! Bjs!
July 10, 2018, 14:46

  • Rouke Nystrom Rouke Nystrom
    Antes estava bem maior os capítulos, este que era o primeiro tinha cinco mil e quinhentas palavras, e era outro foco o capítulo. Era bem cheio de detalhes e pensamentos abstratos. Mas não estava fluido, via isso e mesmo assim insisti em escrever da minha maneira antiga. Mudei quando lia uma original no site do nyah, e me apaixonei pela maneira que o autor narra a estória, que acabei aprendendo a escrever daquela maneira ao meu jeito e assim nasceu a reinvenção da adeus céu azul. Estou mudando tudo o que eu escrevi, tenho os docs antigos apenas como avaliação de coisas que ainda posso usar. July 22, 2018, 22:42
Karimy Lubarino Karimy Lubarino
O comecinho da história está delicioso, com um gostinho de quero amis impregnado do começo ao fim e, devo acrescentar, chegou tão rápido ao final do capítulo! É apenas o começo, mas já tenho grandes expectativas, principalmente pela deliciosa regressão, feita com suavidade e, ao mesmo tempo, de forma marcante. Ansiosa pelo próximo! ;)
June 20, 2018, 02:36

  • Rouke Nystrom Rouke Nystrom
    Obrigado Karimy. Sendo sincero, essa é a segunda versão desta estória, mas postava ela em outro site. E confesso que estava com certo receio de ter mudado a maneira que estava acostumado a escrever, para esta. Mas ao mesmo tempo, foi mais libertador mudar. Peço desculpa pela demora para te responder aqui, prometo que não voltará a acontecer. Por fim, estou terminando o segundo capítulo, falta só uns ajustes e depois corrigir ele. Te desejo um bom restinho de final de semana. =3 July 08, 2018, 20:42
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