ayzu-saki Ayzu Saki

Contos associados ao universo de Anjo de vidro. A relação de Edward com outros vingadores, a versão dos fatos pelo olhar de Alice, primeira missão e o desenvolvimento do relacionamento de Edward e James. Serão 15 capítulos, no máximo, alguns mais curtos que outros. Espero que apreciem <3 Capa feita por Miss_Geléia. Essa estória não teria sido publicada sem ela para me incentivar também. <3


Fanfiction Movies For over 21 (adults) only.

#vingadoress #avengers #Twillight #Edward-Cullen #james-bucky-barnes #crossover
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A viúva negra

Notas iniciais

Aviso: Temas sensíveis, menções a tortura e estupro.

...........

Natasha não sabia muito sobre o que pensar sobre o garoto, além de ele ser uma ameaça. Já era ruim o bastante ter Wanda no time, podendo ler a mente de todos, e agora havia outro, que aparentemente não tinha controle algum, nenhum segredo estava protegido ao redor dele.

Ele parecia instável também. Havia algo de insano nos olhos dele, que a deixava desconfortável. Na maneira como ele ficava parado demais de repente. Stark havia dito que ele precisava respirar, não sendo um vampiro total mais, mas era tão mínimo o movimento, que mal conseguia notar. Ele era silencioso, perigoso. Por isso tentara ao máximo ficar longe, era seu instinto de sobrevivência.

Agora, o observando de longe sentado no banco de frente a uma loja de conveniência, era difícil ver tudo isso. Haviam decidido que ele ia começar a ser introduzido em outros públicos, ficar perto de pessoas agora que sabiam que ele tinha controle. Bucky sempre estava com ele, muitas vezes acompanhado de Steve, os dois sendo fortes para lidar com ele. Porém, sempre haviam outros ao redor em caso.

Por isso ela e Clint estavam ali, no café do outro lado da rua, prontos para agir a sombra de qualquer ameaça.

Ele parecia desconfortável. Nas últimas semanas não havia acontecido nada de errado, ele tinha total controle, mas parecia que não ver Bucky ou uma cara conhecida o deixavam ansioso. Os olhos dele fitavam ao redor de forma desconfiada e alerta. Um capuz cobria os cabelos vermelhos, os braços cruzados apertando forte suas costelas.

Ele parecia pronto a correr a qualquer momento.

-Sabe, ele me lembra você quando te conheci.

Olhou Clint de forma incrédula de canto de olho. O outro nem mesmo a olhou, um sorriso no rosto.

-Ele é desconfiado, instável. Não gosta de pessoas, não confia em ninguém além do Bucky. Foi criado para ser uma arma mortal, mas no fundo é só um garoto.

-Ele tem mais de 100 anos, Clint.

-Não na cabeça. Ele pode parecer maduro as vezes, devido as circunstâncias, mas ele é só um garoto. Em um ambiente desconhecido, com medo de tudo e tentando se fazer de forte.

Voltou os olhos devagar no alvo, tentando não pensar muito nisso, mas era impossível.

-Você parece bem interessado em o observar.

-Eu sou pai Nat. Tenho instintos paternos.

-Então porque não se aproximou dele ainda?

Clint não respondeu, não houve tempo. Os dois tencionaram ao ver um estranho se aproximar do banco, de imediato notando algo desagradável nele.

O garoto também fico extremamente tenso, e pela escuta puderam ouvir a respiração dele parar.

“-Tem um isqueiro? – a voz do homem era grave. De longe observou a aparência. Por volta dos 40 anos, roupas boas, boa aparência. Clint pesquisava a identidade dele a seu lado, os dois alerta.

-Não fumo. – A voz do garoto foi firme, apesar de todos os sinais indicando seu desejo de sair dali. O que ele estaria ouvindo nos pensamentos do estranho?

-Hum. O que faz sozinho aqui?

-Não estou sozinho.

O homem sentou no banco, e o garoto se afastou mais para o canto, olhando para trás, provavelmente procurando Bucky.

-Parece que está. Estou te observando a um tempo, acho que precisa de companhia.

-Estou bem, estou esperando uma pessoa.

-Posso te dar uma carona para casa. – o homem insistiu. – Ou podemos ir a algum lugar.”

Natasha olhou ao redor. Onde estava Bucky? Viu em câmera lenta o homem erguer a mão, puxando o capuz da cabeça do garoto. Sabia que a qualquer momento ele iria reagir e atacar. O corpo tenso, ouviu um pequeno rosnado.

Tinha que agir.

Largou o jornal e saiu do café, atravessando a rua rapidamente. Estava a alguns metros quando o garoto a fitou, os olhos alertas ficando levemente aliviados. O homem havia se aproximado mais ainda no banco.

-Edward, algum problema?

Sua voz era puro mel. O homem se ergueu de imediato, a fitando. E aparentemente ele tinha algum instinto de proteção nele. Ou talvez fosse sua pistola amostra quando ergueu a jaqueta, e o homem havia se retirado.

O corpo do garoto continuou tenso como uma corda de violino, mesmo quando sentou no banco ao lado dele. Seu próprio coração batia rapidamente em seu peito, o desastre tendo sido prevenido. Se ele atacasse o homem em público, as coisas iriam acabar mal.

-Eu não ia atacar.

Ah claro, telepatia. O olhou de forma feia e ele desviou os olhos para o chão, o rosto levemente coberto pelos cabelos vermelhos desalinhados quando o capuz foi puxado.

-Eu não consigo controlar.

-Eu sei.

O que não tornava tudo menos desagradável.

-Acredite, eu também não gosto de ouvir o que se passa na cabeça de todo mundo.

A voz foi surpreendentemente ácida, e sorriu de leve com isso. Talvez Clint não estivesse tão errado.

-Você poderia pensar em russo, assim eu não entenderia.

Isso era...esperto. O olhou de canto e ele sorriu minimamente.

-Tony pensa em línguas diferentes todos os dias.

Dessa vez sorriu. Claro que Stark iria arranjar um jeito em volta daquilo. Maldito gênio. E por isso ele se divertia perto do garoto. As piadas internas dos dois agora faziam mais sentido.

-Nada a se fazer sobre as coisas que eu sei que você já viu.

O garoto a fitou e abriu a boca, talvez para dizer que não havia visto nada, mas claramente era mentira. Na primeira vez que ficaram juntos viu nos olhos dele que ele sabia de cada horror que havia pensado ao se deparar com sua situação.

Ele fechou a boca, e então franziu a testa levemente. O rosto tão bonito concentrado. Ele olhou para trás e sabia que Bucky devia estar os observando, pelo sorriso aliviado no rosto do garoto.

-Eu posso...contar algo meu.

-Hum? – olhou interessada.

-Para compensar. Um segredo pelo outro.

A forma como ele parecia tão orgulhoso da solução a fez pensar que novamente Clint estava certo. Ele era só um garoto.

Assentiu, e o garoto a fitou de forma intensa. Notou que a lente no olho esquerdo já havia derretido pelo veneno, tornando o olho castanho, ainda com alguns tons de vermelho. Apenas há pouco haviam começado a mudar sua dieta de sangue doado, ao sangue de animais. Havia uma geladeira no compound constantemente estocada apenas para isso, graças a SHIELD.

Os olhos desviaram para o céu, em algum ponto além dos arranha-céus. Por um momento achou que ele havia desistido de falar, mas se surpreendeu por não ser o caso.

-Drogas não funcionam no nosso sistema, mas quando eles me mudaram, algumas passaram a funcionar.

Havia lido isso nos prontuários, assim como sabia quais eram as drogas. Eles tinham que possuir alguma garantia caso ele perdesse o controle afinal. A última que precisavam era um novo Hulk. Apesar de as mudanças que fizeram tenham supostamente diminuído sua força em comparação a outros da espécie, o garoto ainda era tão forte quanto os super soldados, e mais rápido que qualquer um deles. Mesmo faminto e fraco, da primeira foi necessário Steve, Bucky e Stark para o render ao chão.

Ela tinha certeza que eles ainda não conheciam nem metade do que ele era capaz de fazer.

-Houveram muitos testes, a maioria me deixava consciente o bastante para ter noção do que estava ao meu redor... incluindo as sensações. Ou apenas letargia o bastante para não resistir.

-Paralisia, mas sentindo dor. – Concluiu.

Ele assentiu.

-Quando achavam necessário. – A voz dele era mecânica ao falar isso, distante. - Havia um deles. Dos chefes de laboratório. A maioria deles eram estranhamento profissionais, eu era apenas o rato de laboratório, mas ele.. a mente dele era o pior lugar possível. Era um sádico. Um predador. – Ele pareceu estremecer levemente, preso em alguma memória desagradável.

- Ele sempre pensava em coisas horríveis, sabendo que eu podia ouvir. Coisas que ele fazia com outras cobaias. – Ele continuou, e gostava cada vez menos do rumo daquela conversa. - Coisas que ele queria fazer comigo. E um dia ele fez.

-Você quer dizer...- sentiu seu sangue gelar, querendo que ele significasse outra coisa, mas pelo o olhar dele era exatamente o que havia pensando.

-Exatamente o que eu vi na cabeça desse homem agora a pouco.

Sentiu seu sangue ferver.

-Clint? – falou no comunicador.

-Steve já o interceptou, vamos cuidar disso.

Bom

Voltou os olhos ao garoto, que ainda fitava a frente. Ele não parecia se importar de ela não ter sido a única ao ouvir o seu segredo. O rosto dele parecia distante, os olhos mais vazios.

-Aconteceu só uma vez?

Ele negou devagar: - Ele passou algumas semanas no setor, até sumir um dia. Sempre vinha após os testes, e era...violento demais. Cada vez mais. Eu era durável, ele se acostumou mal. – a voz dele tinha um divertimento amargo. – Ele esqueceu que outros não eram assim, e acabou matando uma cobaia importante. Hydra não gostou. – Os olhos multicoloridos focaram nos seus. Via agora, além do brilho insano, a vulnerabilidade por trás deles. Ele parecia tão...jovem agora. O rosto, tão bonito, perdido. -Eu queria mata-lo eu mesmo.

Ele sussurrou a última parte com vergonha, como se fosse um enorme pecado querer matar o homem que abusou dele por tanto tempo.

-Eu sei. E eu entendo.

-Eu matei outras pessoas. Lá dentro, fora. Muitos.

-Eu também.

Ele continuava a fitando, vendo seus pensamentos provavelmente, mesmo tentando os esconder. O quanto eram mais parecidos do que qualquer um podia imaginar. Os olhos dele pareciam doloridos.

-Um dia...isso passa?

Ela entendia exatamente o que ele queria dizer.

-Não. – falou sincera. – Mas alivia.

-Como?

-Não estando sozinho.

Pensou em Clint e na família dele. Seu afilhado. Em Bucky, Steve, Stark. Em Bruce, principalmente em Bruce.

Os olhos dele foram para trás, para Bucky. Como deixa o homem se aproximou, se colocando atrás do garoto, as mãos nos ombros dele. O viu relaxar de vez, um alivio em seu rosto, recostando a cabeça mais no estomago do outro e sorrindo olhando para cima. Um sorriso pequeno, mas sincero. O rosto dele parecia ainda mais bonito assim.

Bucky sorriu leve de volta e então a olhou, sério, acenando a cabeça de leve. Haviam lidado com a ameaça.

Para sua surpresa uma mão fria tocou a sua de forma tentativa e olhou para baixo. A mão dele era do tamanho da sua. Os dedos longos de pianista. Aceitou a mão, e o olhou de lado. Ele ainda sorria, os olhos ainda tristes.

-Obrigado, Natasha.

É, parece que não poderia mais o ignorar.

-Disponha, Edward.

............

May 6, 2018, 1:41 a.m. 0 Report Embed Follow story
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