way_borges229 Way Borges

Para Obito a música a libertação para todos os sentimentos que não conseguia expressa com palavras, ela o levava para um mundo só dele, outra dimensão onde nenhuma dor ou mal podia o alcançar. #KakaObi (+16) (UA) (Capítulo Único)


Fanfiction Anime/Manga For over 18 only. © Naruto e seus derivados pertencem ao Kishimoto, porém a história é inteirinha minha. Capa editada por mim - créditos da imagem ao(s) autor(es).

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Capítulo Único - Som do Coração

Oiê gente linda do meu coração... Essa é uma fic muito especial, ela é presente de aniversario para a minha querida maricona Karol Karambola. Feliz aniversario pessoa linda, muitos, mais muitos anos de vida.


***


Dedilhava as cordas do violoncelo com precisão, totalmente alheio ao que o rodeava, era esse o poder que a música tinha sobre Obito, ela o levava para um mundo só dele, outra dimensão onde nenhuma dor ou mal podia o alcançar, era só ele e o magnífico instrumento de cordas.

A doce melodia que o Uchiha tirava do violoncelo era ouvida por toda a casa, era uma perfeita mistura de tristeza, saudade e nostalgia, era uma sonata de acordes simples, mas carregados de sentimentos e memórias, a sua primeira composição, também era a música que tocava no dia que conheceu o amor da sua vida.

Kakashi era mais que seu marido, o prateado era sua fonte de inspiração, seu porto seguro, seu amigo, seu amante, foi com ele o seu primeiro, o seu primeiro sexo. Não há um dia que o moreno não agradeça a todos os deuses por colocá-lo em sua vida, foi com o Hatake que o Uchiha aprendeu a amar, aprendeu a ser livre.

Não era a dedicação quase obsessiva ou perfeccionismo minimalista que Obito dedilhava as notas no violoncelo que faziam dele um excelente músico, mas capacidade de transmitir todas as suas emoções através da música. O moreno via na música a libertação para todos os sentimentos que não conseguia expressa com palavras, ouvir as melodias que o Uchiha tirava do violoncelo com tanta maestria era como ver um oásis em meio ao deserto escaldante, era tão sublime, perfeito, inacreditável.

Quando Obito tocava a sua alma ficava exposta, sua verdadeira essência era vista por aqueles que possuíam a sensibilidade suficiente para vê-la, e Kakashi sabia disso melhor do que qualquer um. O esposo sempre foi tão transparente para si, conseguia ler todos os seus sentimentos, por isso sempre ficava embasbacado quando ouvia o marido tocar, e aquela melodia em especial deixava ainda mais visível aos olhos à natureza sensível e doce do moreno.

– Posso me juntar a você? – o Hatake pergunta assustando o moreno.

– Há quanto tempo você está aí? – indagou surpreso, não tinha notado a chegada do marido, era sempre assim quando tocava, não deveria mais se surpreender.

– Acabei de chegar. Posso? – questionou apontando com a cabeça para o segundo instrumento disponível na sala de ensaio da casa deles.

Obito apenas acenou com a cabeça confirmando que o prateado poderia se juntar a ele, Kakashi sentou ao lado do marido, ajeitou o violoncelo no meio de suas pernas e começou a toca a melodia que outrora era ouvida pela casa, sentia as emoções e lembranças invadindo a sua mente como uma enxurrada.

Quando criança, o Uchiha era energético e bagunceiro, sempre correndo por aí e se metendo em confusão, ele levava consigo Rin que, mesmo mais calma que o moreno, não ficava atrás no quesito travessuras. A menina era a melhor amiga de ambos, mas isso não significava que os dois meninos se conheciam pessoalmente, afinal, o prateado estudava em uma escola diferente, e foi ela que apresentou a eles toda a beleza do soar das cordas melódicas do violoncelo. Mas um acidente em uma viagem para tocarem em um recital na cidade vizinha tirou a vida de Rin e o movimento das pernas do Uchiha.

Desolado pela morte da melhor amiga e por sua paralisia, o moreno mergulhou na tristeza, perdeu o sorriso que encantava a todos e a sua energia contagiante, os olhos negros que antes brilhavam com intensidade, tornaram-se opacos e sem vida, seus familiares já não sabiam mais o que fazer para alivia a sua dor. Kakashi não estava diferente, considerava Rin uma irmã caçula.

Como um bom homem e um professor preocupado que era, Minato queria fazer algo por seus alunos, gostava dos meninos como se fossem seus filhos e não conseguia ficar quieto assistindo dois garotos talentosos se entregando a tristeza, amava a música e todo o fascínio que ela desperta, seus alunos tinham tudo para se tornarem grandes músicos, por isso resolveu uni-los já que dividiam mesma dor.

No primeiro instante, eles se odiaram, não suportavam dividir o mesmo espaço, mas para a alegria de Minato e das famílias Uchiha e Hatake, o amor pela música os uniu, foi através de uma bela e triste sonata chamada Lírios D'água – uma melodia composta por Obito em homenagem a sua melhor amiga Rin – que nasceu a amizade entre os garotos.

Da amizade nasceu um grande amor, e já se passaram quinze anos de companheirismo, dedicação, amizade e muito amor. Um amor tão antigo que os definia, Kakashi não sabia existir sem o Uchiha, o moreno não se sente vivo sem o prateado. Como todo casal eles brigam, não concordavam com muita coisa – quase nada, na verdade –, mas nada sério o bastante para se separarem, afinal, o amor só é amor, se não se dobra a obstáculos e não se curva diante das dificuldades, o amor é uma marca eterna, ele sofre tempestades sem nunca se abalar.

Obito se livrou das correntes do medo de sua limitação e se tornou um dos grandes talentos do século, o Hatake brilhava ao lado do seu marido, tocavam juntos um dueto perfeito nos palcos e na vida. Ambos viviam pela música e um para o outro, em total entrega.

– Uau, acho que nunca tocamos essa música tão bem – Kakashi comenta depois das últimas notas dedilhadas no instrumento musical.

– Eu também acho – Obito confirmou e depois sorriu.

– Vim te chamar para jantar e acabei esquecendo – o prateado falou coçando a nuca.

O Uchiha aumentou o sorriso em seus lábios, colocou o violoncelo no suporte, virou sua cadeira de rodas para o marido.

– Vem que eu te levo – pediu batendo as mãos nas coxas.

Kakashi sorriu nasalar e fez com seu violoncelo o mesmo ritual que o moreno executou há alguns instantes, sentou no colo do marido, tirou a máscara que cobria metade de seu rosto e beijou apaixonadamente os lábios de Obito, conhecia bem cada canto da boca do outro e seu sabor, mas explorava as dobras de sua cavidade bucal como se aquele fosse o último beijo que dariam.

O prateado gemeu baixo entre o ósculo, os lábios do Uchiha tinham um sabor incrivelmente doce, era o seu vício, o único que tinha e não era capaz de largar, não se cansaria de prová-los. Separaram-se pela escassez de ar em seus pulmões, grudaram as testas e ficaram perdidos nos olhos um do outro.

Eles não falavam “eu te amo”, nenhum dos dois sabia como expressa em palavras os sentimentos que possuíam, ambos não conseguiam usá-las para demonstra a importância que tinha na vida um do outro, também não sabiam fazer grandes demonstrações de amor, mas isso nunca foi preciso. Encontravam nos gestos as palavras que não eram ditas em voz alta, cada toque, cada beijo trocado, cada olhar mais significativo tinha implícito o amor entre os dois. Esse era o amor que possuíam, simples, puro, genuíno e único.

– Vamos antes que a Sakura venha reclamar com a gente pela demora – Kakashi avisou e sorriu quando o moreno revirou os olhos.

– Às vezes eu me pergunto: quem manda nessa casa? Nós somos os pais por aqui, a gente que deveria pegar no pé dela e não ao contrário – Obito comentou enquanto começava a movimentar-se empurrando a cadeira de rodas com o marido sentado no colo.

– Desde que a adotamos, ela é que manda em tudo por aqui, você já deveria está acostumado – o prateado brincou. – Ah, o Naruto e o Sasuke também estão aí e para variar, eles estão brigando.

– Esses dois! Não sei por que não se assumem logo?

Ambos saíram da sala deixando para trás seus instrumentos musicais que por anos foram testemunhas do amor entre os dois.


***


Espero que tenham gostado, e de novo, feliz aniversario Karol

May 3, 2018, 4:03 a.m. 0 Report Embed Follow story
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The End

Meet the author

Way Borges Nome: Waynne Borges Idade: depende da ocasião Sou um universo em constante expansão, sempre aprendendo coisas novas e aberta a novas experiências. Tímida no primeiro contato, mas depois o difícil vai ser me fazer parar de falar. Sou gentil, atenciosa e educada com todos e espero a mesma cortesia, entretanto, isso não significa que eu não saiba ser grossa quando necessário. Adoro chocolate, séries, filmes e desenhos. Cachorros e gatos sãos meu ponto fraco, fico toda derretida.

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