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Sua mente sempre lhe traia, sua mente sempre pensava o que era ruim. Talvez fosse apenas o seu maior desejo, no final de contas. Mas nunca a coregem lhe surgia. Por que? Porque era um completo medroso.


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#jongin #exo
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Capítulo único

Se eu fosse, você sentiria a minha falta?

Se eu fosse, você choraria por mim?

Ir pra onde? se perguntava. Não teria um lugar que iram querê-lo.

Sua mente sempre lhe traia, sua mente sempre pensava o que era ruim. Talvez fosse apenas o seu maior desejo, no final de contas. Mas nunca a coragem lhe surgia.

Por que?

Porque era um completo medroso.

O medo sempre o consumia. A sua mente, sempre lhe dizia: "faça isso! Vai ser muito bom, você vai ver.", "Ninguém vai sentir sua falta mesmo!"

Sabia, sabia que não iriam mesmo sentir sua falta. Era o que achava, era o que sempre achou.

Mas ele sentiria. Ele mesmo sentiria falta de todas as pessoas, sentiria. 

E sempre seu medo, sua falta de coragem o impedia de fazer o que sua mente insana mandava.

— O que posso querer mais, se já tenho tudo? - perguntava-se em voz alta.

Sempre teve de tudo, sempre teve amor de seus pais, sempre teve a companhia de seus irmãos por mais que sempre brigassem, ou soltassem palavras de desagrado um para com o outro. Mas amavam-se.

Dinheiro? 

Não era muito, mas o suficiente para pagar as contas.

Amigos? 

Os poucos que tinha, sempre o faziam se sentir bem, sempre o fazia sorrir verdadeiramente. O que mais poderia querer?

Ah! o amor, talvez? 

Hum, não. Já passara por tantas decepções. Que seu coração endureceu de forma que mais ninguém poderia entrar.

Era sempre assim que pensava.

— Eu não sei, eu não quero. - balbuciava em meio a um choro sofrido.

Encolhia-se cada vez mais em sua cama, abraçando seu corpo.

Apenas uma companhia ali presente o agradava.

Sua mente? Não! Esta jamais o agradava. Jamais.

Era apenas uma pequena bola de pelos, que sempre estava consigo. Em todos os momentos. Principalmente em meio a choros secretos em seu quarto sempre trancado.

Aquela coisinha fofa era a única coisa que lhe trazia alegria. Em meio a sua angustia sem motivos. Sempre que este esfregava-se em si. Sempre que este se acolhia ao seu lado, olhando para si, com olhos felinos e esverdeados. Sempre que com uma patinha fofa, chamava-o juntamente com um ronronar manhoso.

Sempre via aquilo como carinho. Então, segurando aquela pequena criaturinha em seu colo, após levantar-se da cama, sentando-se adequadamente e parar com o choradeiro. Conversava com ela.

— Você é o único que sentiria minha falta, não é meu amor? - esfregava suas mãos em meio a cabecinha do gato acomodado em seu colo.

O gatinho apenas ronronava, e encolhia-se mais, fazendo seu dono sorrir. Ah! Como amava aquela criaturinha de todas as formas.

Perguntava-se quanto tempo estava naquele quarto escuro, um dia, talvez? E deu-se conta apenas quando sentiu sua barriga roncar denunciando que passara tempo demais sem ingerir algum alimento.

Deixou sua pequena bolinhas de pêlos deitado em sua cama, vendo este reclamar por ter saido de seu colo, mas logo arrumando-se em um cantinho bem quente em sua cama, e voltar ao sono que anteriormente estava.

Sorrindo com o ato fofo que seu animal fazia, levantou-se da cama, sentindo um pouco de tontura. Maldita pressão baixa! Tudo bem que a culpa era sua, não comera nada por horas.

Após um tempo, passou a caminhar de forma lenta. As roupas demasiadamente folgadas em seu corpo magro.

Gostava daquelas roupas, eram confortáveis, aconchegantes.

Ao abrir a porta do seu quarto, sentiu seus olhos doerem com a claridade repentina e a muito custo, acostumou-se um pouco com a claridade voltando a caminhar preguiçosamente. A casa um completo silêncio.

Não sabia que horas eram. Então, estranhou ao encontrar sua mãe em meio a sala, assistindo algo. Era estranho que mesmo ao som da televisão, a casa estava em silêncio. Talvez fosse o volume baixo que esta se encontrava.

Sentiu seu coração se apertar, ao ver aquela mulher que tanto ama. Sentia seus olhos lacrimejar apenas de vê-la.

Sabia que tinha errado, mas o que poderia fazer? Pedir desculpas? Não, não adiantaria. Bom, sim, adiantaria, já que era tudo uma bobagem, e oras! Ela era sua mãe. Ela sempre o amaria independente das besteiras que falasse para ela. Ou independente do que não fizera.

Aquele era um fato. Sempre brigava com sua mãe, um rapaz de quase 20 anos, sempre acabava se desentendendo com ela. Motivos bobos.

Ela sempre reclamava que ele nunca fazia nada, não a obedecia, que merecia apanhar por sempre ficar infurnado em seu quarto, por não lhe obedecer e estar sempre ao celular, sabe-se lá o que fazendo.

Muitas das vezes ouvia calado, sempre ouvindo que era um imprestável, não trabalhava e não ajudava em casa. Algumas das coisas que a senhora falava, eram como ofensas para si. Não que realmente fosse. Era apenas a realidade.

Outras vezes cheio de tudo, retrucava tudo o que ela fava, ou, reclamava.

E nessas vezes sempre ia para seu quarto com lágrimas presas em seus olhos, trancando-se em seu quarto, e chorava compulsivamente deitado, encolhido em sua cama. E eram nessas vezes que sua mente insana o artomentava.

Mas como sempre era um covarde, assim se achava por não ouvi-la.

Fazendo um bico choroso, aproximou-se de forma suave ate o sofá onde a mulher se encontrava, jogando-se aos braços dela e chorando. Tremia todo seu corpo.

— O que foi meu amor? - a senhora um tanto assustada, pelo repentino abraço e choro, acariciava os cabelos sedosos do filho. — Por que está chorando? - continuava perguntando mesmo sem nenhuma resposta. Só apenas mais choro.

Ah! Jongin continuava chorando. E a cada vez que sua mãe lhe perguntava o por que, ou o que aconteceu para esta daquela forma, apenas mais vontade de chorar sentia. E era o que fazia, chorava, fungava, tremia ao colo da pessoa que tanto amava. Os carinhos que recebia e tanto sentia falta fazia-o sentir cada vez mais culpado, mais angustiado, mais amado.

Era sempre assim, ela sempre agia como se nada tivesse acontecido. Porém, ele não, sempre se remoia, sempre se sentia mal. Culpado. Mas era um completo covarde. Que nem ao ir diretamente a sua mãe e pedir-lhe desculpa conseguia.

Aquilo apenas lhe fazia mal, aquilo apenas o afetava cada vez mais. Deprimiasse, desesperavasse.

O choro cessava aos poucos, restando soluços doloridos. Agarrava-se cada vez mais ao corpo igualmente magro ao seu, segurando-se cada vez mais forte.

— Shii... Já passou, já passou. - a mulher continuava a confortá-lo. Passando a acariciar o corpo maior que o seu e que tremia. Continuando com as carícias nos cabelos também.

— Mamãe... - chamou-a com a voz falha e abafada. A vontade de chorar novamente aumentando ao pronunciar tais palavras. — Mamãe. - repetiu com a voz mais chorosa. Parecendo uma criança indefesa. E de certa forma era. Uma criança grande de mais, que fazia tudo errado e chorava quando brigavam por ter feito errado mais uma vez. — Me desculpa. - então, mais uma vez chorou. Chorou igual a um bebê.

— Oh, meu amor. Já passou, ok? - abraçava-o tão forte. — Apenas chore... - continuou. Seus olhos também lacrimejando. Não contendo as lagrimas também.

Perguntava-se em meio ao choro, como conseguiria viver sem aquela pessoa? A pessoa que o pôs ao mundo, cuido, criou, amou, deu carinho, deu todo o necessário. O educou da forma correta. Preferia ir antes dela, ao viver sem.

Sim, talvez fosse o amor que lhe faltava, mas não o amor de duas pessoas desconhecidas. E sim o amor de sua mãe. O amor Materno. Fraternal. 

March 23, 2018, 11:53 a.m. 0 Report Embed Follow story
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The End

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