sr.-artie Sr. Artie

Na infância, eram apenas duas crianças frustradas com as suas relações familiares ou sociais. Na adolescência, eram apenas dois jovens tentando salvar o mundo do mal e, inevitavelmente, apaixonando-se um pelo outro. Na maturidade, eram apenas dois adultos felizes que se amavam. Porém, quando o Oráculo a eles chegam, eram duas pessoas remanescentes do que um dia foram, pois ele estava quebrado e ela estava morta.


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#Percy Jackson #Percy Jackson e Os Olimpianos #Annabeth Chase #Drama #Romance #Tragédia #Aventuta #Percabeth
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Prólogo

Notas da História: 

Os personagens são de autoria do Rick Riordan, porém o enredo é inteiramente e completamente meu.
História betada pela querida e adorável Rebel Princess (Nyah - Liga dos Betas). Gente, quero dizer que essa beta é 10/10 maravilhosa somente isto.
Capa criada pela Fellurian
História postada no Nyah
*Percabeth*


Notas Iniciais do Capítulo:

Oi, pessoal.
Aqui está o prólogo dessa nova história Percabth escrita por mim. Na verdade, não é tão nova assim, eu já havia disponibilizado ela antes no Nyah e só agora etsou trazendo para o Inkspired.

Espero que gostem.


Triste, Linda e Trágica

By: Sr. Artie

Prólogo


Eu quero morrer com você.

Provavelmente, essas foram as últimas palavras que ela escutou saírem da minha boca, e, por um momento, eu me arrependi disso, pois eu queria ser forte por ela, para ela. Porém, no fim, eu era apenas um homem que estava perdendo o amor da sua vida. Como eu deveria reagir àquela situação? Não acredito que alguém saiba a maneira certa de proceder diante da morte da pessoa que ama.

Eu queria dizer várias coisas. Desejava coragem para mentir e falar que tudo ficaria bem, que ela sobreviveria, mas eu não conseguiria mentir e não creio que ela acreditaria em mim. Ela era bastante esperta, sabia que seu fim estava próximo.

Minha mente ainda revive esse momento incontáveis vezes, permitindo que o seu grito de dor e agonia ressoe até o íntimo da minha alma, destruindo-me, quebrando-me. Sinto-me um lixo. Havia feito a promessa de que ela sairia viva, que nós dois sairíamos vivos. Contudo, quem sou eu, afinal, para me rebelar contra o destino? Quem sou eu para ir contra tudo que estava previsto pelas Parcas? No fim, ambos sabíamos que tudo que eu murmurava em nossas noites de amor não passava de tolice, a qual era fruto de um sentimento infantil meu que não permitiria que ela partisse, que ela me deixasse.

Agora que não existem mais esperanças tolas, o que me resta ainda? A morte dela pôs fim não só a sua vida, mas também a nossa vida. Então, por que devo seguir em frente? Qual o motivo de viver uma vida que não mais desejo? Acabou. Sem ela, não existe eu, não existe um nós, só existe a saudade e a dor, uma dor que machuca, que corrói.

Apesar de todo esse sofrimento, aqui estou eu, sentado, esperando chamarem meu nome para receber um diploma que eu não quero mais. Minha mãe, juntamente ao meu padrasto, está aqui. Além deles, por mais incrível que possa parecer, meu pai está presente e, inacreditavelmente, a mãe dela também. E o que mais me irrita é que todos estão sorrindo para mim. Eu me pergunto o motivo. Será por felicidade? Por orgulho? Eu não sei. Não, com certeza, não é por tais motivos. Não existe possibilidade da minha família, por mais inconstante que seja, estar feliz após o inferno que minha vida se tornou, e é muito menos provável que a mãe dela possua orgulho de mim, depois que deixei a filha dela morrer em meus braços.

Todavia, existe a possibilidade de eles quererem me ferir. Por que não? Para minha mãe, um filho incapaz de seguir em frente. Para a mãe dela, um genro inapto para proteger a sua filha.

Então é esse o motivo. Machucar-me mais, fazer com que eu sofra mais.

Interrompo minhas divagações quando ouço chamarem meu nome. Levanto-me sem ânimo, pego o meu diploma e retorno ao meu assento, local onde permaneço até o fim da cerimônia. Minha mãe está próximo às escadas, esperando-me. Ignoro-a, passando rapidamente ao seu lado. Não desejo falar com ninguém. Nesse momento, preciso ficar só, por isso me dirijo para a saída do prédio.

Eu ando rápido. Vou indo mais rápido até estar correndo. Corro mais. Corro mais ainda. Corro até o ar faltar em meus pulmões, fazendo-os doerem pela ausência de oxigênio circulando no sistema. Então eu paro. Simplesmente desisto.

Tento localizar-me no espaço e vejo que estou no parque, indo em direção ao nosso banco, ao banco que, em uma tarde fria de inverno, eu a pedi em noivado.

Sento-me e dirijo meus olhos aos céus, impassíveis, admirando aquele mar de escuridão quase total, senão pela presença da lua minguante que traz um pouco de luz a esse cenário taciturno. Observando aquela lua, lembro-me que possuía alguém capaz de iluminar-me também. Agora eu sei, eu não sou uma pessoa boa, não gosto de ajudar os outros e não me importo com a felicidade alheia. O Eu de cinco anos atrás não era nada além de um reflexo da boa índole que ela possuía, da luz dela que incidia sobre mim.

Sem isso, o que sou eu então? Nada mais que um conglomerado de sentimentos ruins e sórdidos. Talvez por isso a escuridão optou fazer-me de morada, envolveu-me, abraçou-me, deixou meu sangue quente outra vez, fazendo-me sentir vivo, mesmo eu desejando estar morto.

Ao lado dela, eu não podia entender as pessoas que se deixavam levar pelo ódio, um sentimento tão perverso, mas agora, quando nada me sobrou, o ódio é tudo o que me mantém aceso. Duas vezes o ódio apoderou-se da minha consciência. Na primeira vez, ela estava aqui para evitar que eu cometesse erros, para parar-me. Na segunda, ela já encontrava-se longe do meu alcance, onde os meus dedos não mais poderiam tocá-la, senti-la.

Oh, Céus!

Queria poder acordar e pensar que tudo isso não passou de uma brincadeira de mau gosto dos filhos de Hipnos. Queria abrir meus olhos e vê-la deitada ao meu lado, sentir o seu cheiro inebriante por todo o nosso quarto pela manhã, mas eu sei que tudo isso não será mais possível. Os filhos de Hipnos não possuem disposição suficiente para torturarem tanto alguém.

A verdade é que esse mundo é insano, marcado por histórias trágicas desde seus primórdios. Isso não mudaria agora, certo? Por gerações, pares românticos têm sido separado por acontecimentos que são indiferentes a qualquer coisa que eles façam. Um casal de semideuses formado por um cara que babava enquanto dormia e uma garota que constatou isso em voz alta nas primeiras conversas que tiveram, não seria uma exceção.

O destino é uma droga. Funciona como amarras, prendendo as pessoas e, covardemente, as força a sucumbir aos seus desejos.

Desde muito cedo eu entendi a dor perder alguém que você ama. Mesmo que por um curto período de tempo, eu cheguei a acreditar que minha mãe estava morta. Porém, o sofrimento de outrora a nada se compara ao que sinto agora. A ideia de um futuro sem ela é mortificante e, por mais que eu saiba que devo esquecê-la, ao menos um pouco, para me dar a chance de continuar em frente, eu não consigo.

Tudo o que minha mente consegue pensar é em como o destino é algo terrivelmente impiedoso. Por duas vezes eu salvei o mundo, me fiz de forte, lutei, fiz o meu melhor, e, mesmo assim, ela foi tirada de mim. Isso só comprova qual é o passatempo favorito dos deuses: ver os semideuses, seus filhos, sofrerem, porque, caso contrário, tudo aponta para que eu não mereço ser feliz. Então, é isso? Eu não mereço ter paz?

Eu deveria saber. Os heróis que me antecederam nunca terminaram bem. Um deles morreu queimado em uma fogueira, enquanto o outro, praticamente invencível, morreu após ser atingido por uma única flecha. Enfim, heróis nunca terminam bem. Não aqui, na vida real. É por isso que eu parei. Esse é o fim. Eu deveria ter parado antes. Caso tivesse, talvez ela ainda estivesse comigo, ao meu lado nem que fosse para reclamar comigo da baba enquanto durmo, ao menos mais uma vez, mas agora é tarde. Tarde demais.

Meu nome é Percy Jackson e essa é minha última aventura — triste, linda e trágica

March 11, 2018, 2:53 p.m. 0 Report Embed Follow story
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