kiratsuno Kira Tsuno

Viver por tanto tempo apenas para ver o amor de sua vida é gratificante, até chegar o ano novo. Sorrir tanto não é legal quando só se é mostrado por fora. Segurar um sorriso e aguentar o tempo passar até o ano novo chegar, as vezes é irritante. Mas ninguém, até eles mesmo, não precisam saber e nem se importar se é ou não irritante.


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#Drama #Jikook #yaoi #panwink #wanna one #bts #romance
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Eterno Destino Feliz

- Leia para mim o capítulo do Crisântemo Branco*, senhor. – pediu. As vezes era bom começar uma consulta ouvindo um romance, um romance feliz. Ele riu sem humor antes de fechar os olhos aproveitando a sala quentinha que estavam; era bom viver romances felizes.

“Era primeiro de dezembro, estava frio aquela noite anunciando a chegada do inverno; mas nem o frio impedia Jimin de sair de casa. Ele olhava tudo, desde a cidade sendo iluminada pelos prédios aquela noite, até a Torre de Seul de 236,7 metros. Estar ali era, de certa forma, aconchegante e familiar; apesar de nunca ter ido ao parque desde que começou a faculdade. Era como se tivesse iniciado algo importante ali, que fez seu coração parar diversas vezes e agora voltara para um final feliz. Jimin cogitou ter ido ali durante o ano, mas não se lembrava.

Ele parou para pensar um pouco. Os meses passaram como um flash para Jimin, mal havia visto os fogos de Ano Novo 2018 e já estava ali no último mês do ano. Era como se tivesse pulado tudo até ali, se algo de interessante aconteceu durante o ano de 2018 enquanto estava na faculdade, ele não lembrava. Nem sequer lembrava-se do que havia feito naquele dia, ou no dia anterior ou naquela semana. Ele suspirou, precisava voltar para sua cidade e descansar. Esperou seus amigos enquanto observava a cidade e bebia um café. Com certeza a vista era bem melhor da Torre.

Ele deveria ser sincero consigo depois de ver onde realmente estava. Namsan. Ele estava esperando seus amigos, mas nem se lembrava de realmente receber uma mensagem deles para estar ali. Pegou o celular revisando várias vezes a caixa de todos os aplicativos que tinha, nada.

- O que estou fazendo aqui? – questionou-se guardando o celular.

Ele não percebeu quando alguém chegou ao seu lado – ele estava na parte isolada, deveria ter percebido – , ouviu a voz no meio de toda aquela gritaria e fogos explodindo em diversas cores no céu azul. Alguma festa e ele não sabia?

- Também está perdido? – Foi a primeira coisa que Jimin ouviu daquele homem e seu coração deu um salto tão grande a ponto de quase desmaiar de tão tonto que ficou. Não de susto, mas por parecer sentir falta de escutar aquela voz e ele soltou um suspiro por isso. – Você parece ser alguém que não sabe o porque está aqui. Eu também não sei porque estou aqui, só percebi quando vi a torre e a festa de inverno. É estranho porque eu sempre sei onde estou ou vou.

Jimin o olhou. Ele se sentiu estranho quando percebeu que o homem o olhava como se fosse a pessoa mais preciosa que ele estava vendo. Jimin podia dizer que não ligava para o que ele havia dito, não era problema dele o homem estar "perdido" também; mas ele se importava, e não sabia porquê. Ele apenas se importava com tudo que aquele desconhecido, que percebeu ser um pouco maior que ele, dizia ou fazia. O homem sorriu para ele, e Jimin sentiu como se o conhecesse a muito tempo.

Seu nome era Jeon Jungkook.

Conversaram por horas, andando pelas ruas de Seul depois de saírem do parque. E pararam quando chegaram à casa de Jimin. Ele não percebeu quando chegou lá até olhar sua porta.

Mesmo tendo que entrar, não queria. Não queria parar de olhar o homem que estava ali, sorrindo como um bobo para ele. Dizendo o quanto gostou de conversar com ele, logo ele (Jimin não era tão social como parecia). Ele queria convida-lo à entrar em sua casa, tomar uma xícara de café, talvez, e assistir um filme. Mas não o queria longe, seu coração não o queria longe. Não outra vez, alguém, uma voz feminina, disse em sua cabeça. Ele já estava viajando mesmo. Não conhecia o rapaz, pelo menos era o que achava.

E quando já estava abrindo a porta e se despedindo, Jungkook segurou seu pulso e o beijou.

Jimin tremeu. Não de nervosismo, ou desespero por ter um desconhecido o beijando bem ali. Era falta de ter os lábios colados aos seus, falta dos braços longos rodear sua cintura e o puxar para mais perto. Ele sentia falta de um completo desconhecido. Jimin sorriu, sorriu porque mesmo sendo alguém que acabou de conhecer, Jungkook era tão familiar.

- Desculpa. – Jungkook pediu com os lábios ainda próximo ao de Jimin – Mas eu senti que deveria beijar você desde o momento que o vi no parque. És tão familiar para mim, não pude evitar. Eu quero beijar você, Jimin.

Aquele tom de voz pareceu tão familiar outra vez, que Jimin não evitou alargar o sorriso. E se beijaram outra vez e outra e outra. Jimin nunca foi tão feliz como estava sendo naquele mês. Jungkook estava sempre ali, não todo tempo, eles tinham suas coisas; mas estava sempre ali.

Toda a felicidade durou até a véspera de Ano Novo, onde Jimin sempre comemorava sozinho com a mãe – eles comemoravam o ano novo lunar junto com a família em fevereiro.

Jimin iria apresentar Jungkook a sua mãe. Durante o mês, sempre pensava nela e como reagiria ao, agora, namorado. Ela nunca havia aceitado que ele até mesmo gostasse de alguém, era proibido. E ele sempre obedecia. Mas ali estava Jungkook, em pé na sala deles. Apenas eles três, “comemorando” a véspera de Ano Novo. Era para ter sido uma festa feliz.

Ela estava assustada, olhava para Jungkook com horror enquanto seu filho falava. Ela não o ouvia. Jimin se calou quando observou a mãe chegar até Jungkook e o olhar como um estranho desgraçado que teria a vida arruinada se não saísse da casa.

- Saia da minha casa e não chegue perto do meu filho. – a voz estava tão baixa e dura. – Nunca mais, ouviu?

- Mãe!

- Senhora... – Jungkook tentou falar, mas a mulher pegou seu braço e o puxou até a porta.

- SAIA DA MINHA CASA! – gritou o empurrando para fora, só não fechou a porta pois Jimin parou em sua frente. Jungkook estava assustado, e Jimin com medo. Ele estava vendo sua mãe louca outra vez.

Lembrou-se do que ela sempre dizia para ele: Nunca amar ninguém.

Amar a família, sim. Amigos, sim. Declarar amor eterno para alguém e viver até o fim, não.

Uma vez Jimin brincou com ela dizendo que estava gostando de uma garota da escola, e ela simplesmente enlouqueceu a casa. Não apenas ela, a casa. Brigou com ele dizendo que o tiraria da escola, ou que iriam embora da cidade. Ele havia ficado com tanto medo de vê-la daquela forma outra vez, que nunca nem pensou em olhar para alguém de outra forma que não fosse amizade.

- Para! – pediu. Ele estava chorando, sua mãe o puxou para longe de Jungkook. Jimin o viu por cima do embora dela, o Jeon não ousou entrar – Para com isso. Está agindo como antes. O que tem de errado eu ficar com alguém. Ter alguém que goste de mim como as outras pessoas. Ter uma família com alguém que eu gosto.

- Não, não, não... – sim, ela estava enlouquecendo. Agora, sim. – Você não pode gostar de alguém, meu filho. Não sabe o que pode acontecer. Isso é um circulo sem volta e inquebrável. Aquele garoto, o esqueça. Sabia que não deveria ter o deixado sair de casa. Ela disse que isso iria acontecer, está tudo acabado. Esqueça ele, Jimin. Isso é tudo... – ela pensou. – Sim, sim. Isso é tudo fantasia da sua cabeça, aquele garoto, você não está ficando com ele, não está gostando dele, não está apaixonado por ele. Você não o ama.

- SIM! – Ele gritou. A respiração estava pesada, Jimin queria bater em algo, qualquer coisa que estivesse em sua frente. Só havia sua mãe. – EU AMO ELE, SIM! E NÃO É PORQUE VOCÊ NÃO ACEITA QUE VAI MUDAR ISSO.

- Não – agora o olhava assustada, cobriu a boca dele mas Jimin a empurrou.

- EU. AMO. ELE. MÃE.

Ele ouviu o sino tocar alto por toda Busan e os primeiros fogos de ano novo explodirem no céu escuro e, agora, nublado. Era meia noite, ano novo. Com certeza, um feliz ano novo. Park Jimin adorava o ano novo.

Foi tudo em câmera lenta. No momento que os primeiros fogos de artifícios subiram aos céus escuros e iluminaram de Busan. Jungkook revirou os olhos e caiu das escadas da varanda da casa. Jimin empurrou a mãe, não tão forte, e correu ao encontro de Jeon. Ao atravessar a porta da casa tentou descer as escadas, mas não consegui sair. Era como se houvesse uma barreira ali o impedindo de ir até Jimin. Tentou atravessar outra vez e olhou Jungkook que estava deitado e apertava o peito, estava com falta de ar.

O coração de Jimin acelerou, ao ponte de explodir. E então ele escutou, alto em sua mente, como um tambor. Os batimentos de dois corações sincronizados e desesperados por ajuda. Ele caiu de joelhos na varanda tapando os ouvidos, gritando alto e escutando o batimento de um dos corações acelerando alto mais e mais em seus ouvidos. Imagens passaram como um flash assim que ele fechou os olhos.

Acontecimentos embaralhados e alguns borrados martelando seu cérebro e o fazendo gritar mais em agonia, porque estava doendo receber todo um ano que foi apagado de sua memória. Todas as imagens, mesmo distorcidas, ligavam ao garoto que estava bem ali deitado no chão. Todas de Jungkook.

Como se fosse um tiro o coração de Jimin parou – literalmente – fazendo-o abrir os olhos. E devagar foi voltando, normalizando sua mente. E encaixando todos os acontecimentos do ano, até ali. Foi quando uma mulher apareceu apenas para ele, estava parada ao lado de Hansol o encarando de cima. O vestido que usava era longo de seda negro e estava descalça. Os cabelos castanhos dourados caiam sobre os ombros. Sua pele parecia lisa e seus olhos eram pouco puxados da cor do céu noturno. Ela estava sorrindo como uma vitoriosa. Levantou a mão e estalou os dedos. O braço esquerdo de Jimin ardeu, como se queimasse.

- Seu amado está morrendo, sabia? – a voz era alegre e madura, mas Jimin sabia que não passava de uma criança. – E eu estou muito feliz com isso.

E ela desapareceu piscando para ele. Ele viu Jungkook ali e o barulho de um coração voltou, batendo, lento.

Devagar, devagar, devagar. Desacelerando. Ele tentou levantar para atravessar mas a barreira ainda estava ali o impedindo de ajudar o garoto deitado no chão; morrendo. E antes da escuridão lhe tomar e cair no chão outra vez, com sua mãe aparecendo por trás segurando seu corpo, ele viu Jungkook virar o rosto em sua direção e morrer enquanto olhava fixamente para seus olhos.

[...]

Era manhã, Jimin acordou em seu quarto, na casa de Seul. Ele não se lembrava de ter voltado para casa. Olhou para seu quarto e não viu ninguém. Lembrou-se de Jungkook e sua ida até a casa da mãe na Busan e se desesperou. Levantou as pressas da cama correndo pela casa chamando o nome de Jungkook. Nada.

-Ele... Ele pode ter ido trabalhar. – Ninguém conhecia Jungkook no trabalho dele. Foi o que repetiram para Jimin depois de perguntar varias vezes. – Não.

- Sim. – ele ouviu aquela voz feminina outra vez atrás dele. Jimin não percebeu como chegou tão rápido perto dela, ou se ela andou até ele. Mas sentiu os dedos formigarem assim que um estalo encheu a casa silenciosa. A mulher olhou enfurecida – Você me bateu?

- Onde ele está? – as palavras saíram duras. A mulher sorriu ainda com a mão no rosto, agora, vermelho. – NÃO SORRIA ASSIM GAROTA ESTUPIDA, EU PERGUNTEI ONDE ELE...

- Ele morreu, Jimin. – disse ela, com deleite. – Você viu. Sentiu. Ouviu o coração dele parar.

Ele andou para longe dela, indo para a sala.

- Você matou ele. – ele sussurrou olhando os retratos que não estavam ali no começo de dezembro e seus olhos arderam. Ela tinha uma audição boa para escuta-lo da cozinha, e riu dele.

- Nada disso teria acontecido se você tivesse ido passar o Ano Novo com sua mãe no início do ano.

- Ini...cio? – perguntou confuso até as imagens de antes voltarem.

Desde o momento que se encontraram no Parque de Namsan, não em dezembro; mas no ano novo de 2018. No início. Na festa da faculdade que Jimin o encontrou no meio da pista com alguns amigos. Os encontros inesperados em todos os lugares. E mesmo lembrando do que sua mãe dizia sobre amar alguém, pensar nisso não mudava sua vontade de estar perto de Jungkook. Estar longe dele estava fora de cogitação. Desde a primeira vez que o viu em Namsan, havia se apaixonado perdidamente por ele. E foi intensificando, intensificando. Não era um clichê de amor a primeira vista, era o destino deles. Jungkook nasceu para amar Jimin, e Jimin nasceu para vê-lo morrer. Sempre, Sempre, sempre. E Jimin não sabia porque.

Era apenas o destino deles.

Lembrou-se de uma conto que sua mãe havia lido para ele quando o mesmo fez dezesseis. Um príncipe francês havia voltado para casa em 1400 encontrando a bela Louise Huet, a nova empregada, cuidando de seu irmão mais novo, o príncipe não pôde evitar se apaixonar por ela assim que a viu, assim como ela também. Não puderam evitar todos os acontecimentos daquele ano, e muito menos o desastre da morte da linda moça no ano novo de 1401, quando ele havia dito para ela que a amava mais do que a si mesmo. Ela foi embora levando sua felicidade e todas as memorias que as outras pessoas tinham dela. Ninguém lembrava que um dia existiu Louise Huet, apenas Jean Martin. No final do conto, sua mãe havia dito que era por isso que ele nunca deveria amar ninguém.

Todas as pessoas que amamos morrem mais cedo que nós.

O celular de Jimin tocou a poucos centímetros dele, era sua mãe. Ele não queria falar com sua mãe, mas sabia que ela insistiria até ele atender. A tela apagou por três segundos para outra vez o nome da mãe aparecer. Ele atendeu no quinto toque.

- Jimin? – a voz parecia cansada. – Você está bem, filho?

- Mãe... – o que ele diria?

- Porque não veio para o ano novo? Todos estavam esperando você. – o ano novo. Ele riu, amargurado. Ela havia esquecido.

- Poderia responder uma coisa para mim, mãe?

- Claro!

- Você sempre disse para nunca amar ninguém como a senhora amava o papai, por que? – a resposta veio três minutos depois.

- Como assim? – ela realmente parecia confusa com a pergunta, riu segundos depois – Eu nunca disse isso, Jimin.

- Mas... – agora ele que estava confuso. A mulher que estava na cozinha riu, Jimin fechou a cara. – Eu tive um namorado esse ano.

- Um homem? Oh! – ela riu outra vez – Se você teve, não tem mais. Queria tê-lo conhecido.

- Você está bem, mãe? – ouvi-la dizer que queria conhecer um namorado dele era estranho. Não era como a mãe de algumas horas que expulsava Jungkook de casa.

- Eu que pergunto, Jimin. – ouviu a porta fechar do outro lado da chamada. E ela cumprimentou alguém. – Você está bem? Tive uma sensação de que não estivesse bem. Algo aconteceu? Seu ex namorado fez algo ruim?

- Não. Nunca. – pensou no ano que passou com Hansol. Seus olhos arderam e o coração apertou – Ele foi embora, mãe, eu sinto falta dele.

- Ele não era pra você, Jimin. – ele soluçou – Não chore, meu filho. Queria estar ai com você, iria encontrar esse garoto e bater nele por magoar meu bebê.

Jungkook uma vez disse para Jimin que era tolice chorar por qualquer garoto. "Se um dia nossa filha chegar em casa dizendo que sente falta de algum garoto que a tenha magoado e chorar, primeiro vou dizer que ela é uma idiota porque só uma idiota pra chorar por um imbecil. Mas depois vou abraça-la e matar o garoto, porque ninguém magoa e faz chorar nenhum dos meus bebês." Jimin riu disso quando ouviu, mas agora o fez chorar. Porque ele estava chorando por um garoto, mas era diferente. Ele choraria sim por Jungkook.

- Lembra-se do conto de Shiragiku? – a voz da mãe se fez presente, ele havia esquecido que ainda estava ao telefone. – A moça havia ido embora e mesmo Jean a amando, ele seguiu em frente até achar a pessoa certa.

Até o conto que ele lembrou a um tempo atrás era diferente da versão dela. A historia terminava com anos e anos de infelicidade de Jean com Louise até a morte do rapaz em 1670, quando ele não aguentou mais a ver partir. Ele nunca soube o porque de sua mãe não terminar de verdade a estória. Depois de uma hora conversando com a mãe e ela exigindo a presença dele no Ano Novo Lunar em fevereiro, ele olhava para a para as prateleiras de fotos e pensava no conto de Shiragiku.

- Você mudou as memorias da minha mãe? – ele perguntou ainda sentindo a presença da mulher na casa. Ela ainda estava na cozinha, mas não disse nada. – Eu sou amaldiçoado como ele? Jean Martin?

Não respondeu outra vez.

- Eu sou como ele? – perguntou alto ouvindo-a resmungar da cozinha – Estou preso a isso.

- Não é tão ruim, Jimin. – porque ela fala como se tudo isso fosse engraçado? – Veja o lado bom.

- Ah, claro! Viver para sempre preso aos meus vinte e cinco anos é ótimo. É muito bom encontrar o Jungkook daqui a vinte e cinco anos, e vê-lo morrer 365 dias depois, e de novo; de novo; de novo; de novo; e de novo. Para sempre. Pode ter certeza que é muito legal viver essa vida.

- Viu? O lado bom é que você pode ver quem ama para sempre. – ela riu.

- Porque está fazendo isso?

- Eu não tenho motivo para fazer o que faço, Jimin. – a mulher apareceu encostada na janela da sala – O numero no seu braço vai contar os dias que terá com ele, desde o momento que o ver, até a morte e iniciará outra vez. – ele olhou o braço esquerdo, era um pouco confuso entender, era um cronômetro de números pretos com fonte Bradley Hand ITC no braço dele? Parecia mais um relógio do filme O Preço do Amanhã, a única diferença é que não contava o tempo de sua vida e sim de outra pessoa. Lembrou-se da vez que Jungkook disse que queria ter um relógio como aquele, despois de assistirem o filme. "Se servisse apenas para ver o tempo, não precisaríamos usar relógios pesados. Seria legal, Jimin ". Ele riu; não, não seria legal.

- Porque não está surtando com isso? – Jimin queria perguntar o porque de aquela mulher ainda estar em sua casa – Pensei que você fosse como os outros, choraria pela casa e quando me visse, condenaria minha alma ao inferno e juraria me matar. Você está simplesmente aceitando que o amor da sua vida morreu ontem, sua mãe perdeu as memorias, e você será, como todos dizem, infeliz para sempre vendo Jeon Jungkook morrer a cada vinte e cinco anos. Você só esta ai, olhando o tempo parado no seu braço esperando 2043 começar.

Jimin a olhou. Ele suspirou levantando do sofá indo até a mulher que acabou se assustando com a proximidade. Jimin pegou o braço branco e magro dela a puxado até a porta de entrada da casa. O vento frio entrou na casa, e Jimin empurrou a mulher para fora.

- Mas o que... – ela iria protestar, mas Jimin a interrompeu. Estava irritado de vê-la ali.

- Vai se foder.

E fechou a porta ouvindo a reclamação de que estava frio. Jimin sabia que ela poderia entrar quando quisesse, mas ela não entrou. Ele se deixou escorregar pela porta. Gostaria de ter dito algo para ela além daquilo, mas não conseguia pesar em nada que fosse o silêncio. Era como se todos as palavras tivessem sumido de sua memória. Ele também não sabia porque não estava sendo como o que ela acabou de dizer, o que era diferente para ele não estar surtando? Sabia que não podia sair daquele circulo, e viveria pela eternidade vendo Jungkook morrer.

Ele arranhou o braço esquerdo, querendo arrancar aqueles números parados e ver a pele sangrar. Encolheu-se na porta abraçando o corpo sentindo a pele arder. Porque estou tão normal com isso? Talvez ele tivesse a esperança de que aquilo um dia fosse acabar, mesmo que seja algo tolo de pensar. Ele riu sem humor sentindo as lagrimas que segurava deslizarem pelo rosto cansado. Ele estava se segurando para não surtar."


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Obg por chegarem ao humilde final, bem confuso a History, right? Ela era pra mim antes.

Olha eu posso acabar demorando pra Att, eu ando meio ocupada esse tempo já que comecei a faculdade esse ano e alguns cursos tb. Então desculpem a demora, de qualquer coisa.

March 6, 2018, 12:47 a.m. 0 Report Embed Follow story
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To be continued...

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Kira Tsuno Hello, Kiratsuno in your area. Eu tenho uma conta no SS. Vim para cá pq ja conhecia o site e tb por ter medo de perder minhas coisas no SS dnv e ter todo um trabalho jogado fora pela 3x. Não que eu tenha sido uma grande autora la, eu não fui, nao me considero e não me importo com isso. Gosto do meu trabalho mesmo sendo reconhecido por poucas pessoas ou nenhuma quase. Mas gosto doq faço por isso vou ficar aqui mas sem largar as outros sites. Obg, Kiratsuno. Por agora

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